Está lá tudo que explica o que se passa na Figueira: o diagnóstico; as causas; e a falta das soluções.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 26 de setembro de 2021
Hoje, é dia de eleições
Está lá tudo que explica o que se passa na Figueira: o diagnóstico; as causas; e a falta das soluções.
sábado, 25 de setembro de 2021
A falta de mais casas banho nas habitações e a sua relação com o problema demográfico na Figueira
Daí, termos um problema demográfico no nosso concelho.
Em casas com uma só casa de banho, bastam 3 pessoas para parecer uma multidão quando há pressa!
Embora espaços com meia dúzia de assoalhadas e uma única casa de banho, já não tenham permissão para construção - a lei não o permitiria -, o problema existe: um T2 obriga apenas a uma casa de banho.
Acredito que para famílias que desejam ter mais filhos na Figueira, pior do que o problema da falta da maternidade, a impossibilidade de ter outra casa de banho, a meu ver, constitui, esse sim, o factor de grande inibição.
Sem ir muito longe, nem ser muito profundo na reflexão, pois, volto a confessar com toda a humildade, que não conheço muito bem as disposições legais sobre esta coisa espantosa a que alguém deu o nome de período de reflexão (portanto, neste dia temos de ter cuidado com o que escrevemos...), vinco que o problema da falta de casas de banho suficientes nas habitações é um dos “dramas” do nosso tempo.
No fundo, a higiene tem a ver com tudo...
Em dia de reflexão, porque não refletir?
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Deem utilidade ao dia de reflexão
Foto: Pedro Agostinho Cruz via Dez & 10 |
Alcançado o poder, ficam na gaveta resguardadas da luz do dia, porque todos sabem que não serão postas em prática.
Alguns irão acreditar que votar é um dever!
E vão votar contra aquilo que acham negativo na sociedade figueirense e a forma de o mostrar é votar. Porque existem votos para esse fim, é só exercer esse direito.
Amanhã é dia de reflexão! Para todos os indecisos, que estão a pensar o sentido do voto.
Amanhã é dia de reflexão! Para todos aqueles que irão mudar a tendência do seu voto.
Muitos irão faze-lo pela primeira vez. Outros irão retornar ao partido de há quatro anos. Porque as expectativas, com a mudança na busca de uma política mais virada para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses saíram defraudadas.
Amanhã é dia reflexão! Uma reflexão já com um só sentido. O sentido da penalização deste executivo.
OUTRA MARGEM SÓ TRABALHA COM EMPRESAS DE SONDAGENS QUE NUNCA ERRAM... QUE O MESMO É DIZER: INFALÍVEIS.
"Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO."
Na postagem desta manhã, por lapso, ficou por saber a empresa de sondagens, que nunca erra e nunca tem dúvidas.
Santana agradece...
Autárquicas 2021 na Figueira: sondagens
Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO.
Notícias falsas, que acabam por ter influência junto do eleitorado
Via Jornal Público
A saber: PS, PSD, Figueira a Primeira, CDS, BE e CDU.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Manuel António Pina, um autor “singular”
"O mínimo que nos é exigível é o máximo que somos capazes de fazer".
Manuel António Pina, um dos mais destacados poetas, cronistas e autor de livros ‘chamados’ de literatura infanto-juvenil das últimas décadas, Prémio Camões em 2011.
A biografia do escritor, “Uma vida de palavras” vai estar disponível em breve.
Via Jornal de Letras
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Autárquicas 2021 na Figueira: a virtude do debate de ontem à noite
Não tendo sido nada de particularmente entusiasmante, foi oportuno e esclarecedor.
Mais e melhor ainda: deixou a nu a complexidade da crise e do momento e ponto político em que se encontra o concelho, mostrando que a Figueira vai "continuar a definhar" e que este estado de anomia vai ser demorado e, portanto, perigoso.
Enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem algumas coisas, nada vai mudar. A meu ver, entre muitas outras coisas, o seguinte:
1. que o mal não é o pessimismo, mas a estagnação e o atraso;
2. que o mal não é a desconfiança, mas os embustes criados por ficções políticas constantes e continuadas;
3. que o mal não é a descrença, mas a incompetência já amplamente demonstrada por quem tem governado a autarquia figueirense;
4. que o mal não é a falta de desenvolvimento, mas a permanência no poder de quem o tem bloqueado;
5. que o mal não são os problemas do mundo ou de Portugal, mas a incapacidade figueirense para lutar para vencer os nossos próprios problemas - e são muitos.
6. Só começaremos a dar a volta a isto, quando os figueirenses tomarem consciência do estado a que a Figueira chegou.
7. Para isso é preciso coragem. Desde logo, dizer a verdade e não propagandear histórias de ficção.
A crise da Figueira, em 2021, é, antes de tudo, anímica e política.
O concelho vive há quase 5 décadas dominado por um clientelismo que tudo tem triturado e devorado. O objectivo é a “ocupação” do poder autárquico.
Tirando os 12 anos de hegemonia do PSD - de 1997 a 2009 -, na Figueira o PS tem governado e repartido os lugares pela sua clientela.
Os outros partidos - tirando os tais 12 anos de PSD, que fez o mesmo que o PS tem feito desde a década de 80 do século passado - sem horizontes próximos de assunção de responsabilidades, limitam-se a constatar por parte do poder autárquico, aquilo que com a minha conhecida bonomia classificaria como a inexistência de capacidade para realizar (ou para dar para a realizar) obra, o que demonstra uma confrangedora e ingénua incompetência e um latente equívoco sobre as prioridades.
Por isso mesmo, o debate de ontem à noite, foi oportuno e esclarecedor. Em 2021, na Figueira, a poucos dias de umas eleições autárquicas, fora do arrivismo, da fantasia ou do sofisma, vai-se reduzindo perigosamente o espaço para a verdade e para a acção política séria. Citando Séneca: "Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
A democracia, assim, é um engano e em breve teremos mais uma terrível desilusão. Há quase 50 anos que temos para usar a "arma do povo" - O VOTO - e não saímos disto: o clientelismo partidário encontra um aliado decisivo no “partido do poder”. Sem "poder", não há votos suficientes. Sem votos não há “ocupação do poder”. Sem "ocupação do poder" não há distribuição de benesses.
Como sair disto em 2021: com Santana Lopes?
Na minha opinião - mas é só a minha opinião e vale o que vale - tenho dúvidas.
terça-feira, 21 de setembro de 2021
Autárquicas 2021 na Figueira: coisas realmente importantes para os figueirenses, que têm andado desaparecidas da campanha...
"O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"
... esta, é uma série que já vem longe...
Mas que, curiosamente, tem andado arredada da campanha autárquicas 2021.Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreende estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.
Desde que os preços da água aumentaram, em Janeiro de 2005, as acções de protesto não têm parado. O mesmo movimento que entregou ontem a petição, avançou, no início deste mês, com uma providência cautelar entregue no Tribunal da Figueira, com o intuito de suspender os aumentos dos preços da água. Sensivelmente na mesma altura, três blogs na Internet começaram a apelar aos consumidores para remeterem a Duarte Silva a cópia da última factura paga à Águas da Figueira."
Nota: em 2005 ainda não existia o blogue OUTRA MARGEM (foi fundado a 25 de Abril de 2006).
Na altura, para continuar "as rondas de negociação e o estudo e preparação do plano para a redução do tarifário da água."
Na altura, estávamos em campanha eleitoral...
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"
Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"
Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".
Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior...