quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Mais uma promessa da APA

A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Escrevemos isto há mais de 14 anos (OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006.)
Entretanto...
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, tal como avisou mais que em devido tempo Manuel Luís Pata, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar, o turismo já faliu - tudo nos está a ser levado...
Cheguei a ter a esperança que, ao menos, perante a realidade os responsáveis autárquicos figueirenses pudessem compreender o porquê das coisas...
Por hoje, via Diário as Beiras, ficamos com mais uma promessa da APA...

"A marina de recreio vai ser concessionada a privados". Mas, "antes a Administração do Porto da Figueira da Foz fará a reparação das infraestruturas danificadas"

Imagem via Diário as Beiras

NÃO É POR MAL: É SÓ PORQUE ESTOU BEM DISPOSTO...


Porque, também, na Figueira há quem pense que falar dos ciganos pode dar votos e cargos políticos bem remunerados, aqui vai.
Sou: lábios vermelhos, contrabandista, operário beto de Cascais e (se tudo correr bem, lá para Abril) avôzinho (uma vez por outra) bêbado
Quando o Ventura diz mal de um cigano, dos ciganos, faz parte dos carrascos, daqueles que mandaram para uma nota de rodapé da História, o facto de mais de cinquenta por cento dos romani terem sido exterminados às mãos dos nazis entre 1939 e 1945, uma percentagem que ultrapassa, e muito, a dos judeus.
Quando diz mal dos ciganos, porque isso desperta a atenção dos jornalistas, pode tê-lo tornado mais conhecido e pode tê-lo feito subir nas sodagens e pode até dar-lhe mais votos na eleição do próximo domingo e outras no futuro.
Pode acontecer tudo isso.
Porém, não consegue fazer dele uma pessoa
Que o mesmo é escrever: uma criatura humana.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Num concelho há tantos anos com tudo por fazer...

«... o desígnio do concelho para esta década? 

Momento divertido da campanha para as presidenciais: Ventura, o cigano que não era cigano e que afinal é espanhol...

Sobre o meu pessimismo: isto não vai acabar tudo bem, os números falam por si...

Garanto: não é uma questão de falta fé. Nas pessoas, em geral. E nos políticos.
Para termos fé é preciso sermos crentes. Um pessimista, como dizem que eu sou, é, apenas, um optimista realista. Que o mesmo é dizer: é um descrente. 
A mim basta-me a realidade...
Em Março do ano passado, as pessoas (em geral e os políticos...) confinaram-se por medo do desconhecido. Todos temos um buraco ao fundo das costas... 
Não o fizeram por consciência e percepção da verdadeira dimensão do problema que é o covid dito 19.
O momento que estamos a atravessar é disso a prova, que não pode ser refutada. A "situação dramática" nos hospitais fala por si. Para além dos números das infecções por convid, segundo informação divulgada pelo
 Instituto Português do Sangue e da Transplantação "o stock referente ao tipo B- já só chega para 4 dias e o de tipo 0-, A+ e A- só cobre uma semana de necessidades hospitalares".
As pessoas têm de se convencer que ficar em casa é, neste momento, a prioridade. Não é procurar "buracos" nas tímidas medidas decretadas pelo Governo, para as fintar e sair. Não para trabalhar, mas para passear.
Mais do que a necessidade de um "sobressalto cívico", temos de nos convencer que estamos perante um problema civilizacional. Portugal está a viver os piores dias da pandemia, com o aumento no número de mortes e de infeções por covid-19, que está a deixar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sob pressão, cada vez maior a cada dia que passa. 


Os números falam por si. O gráfico acima (sacado da edição de hoje do Diário as Beiras), mostra que esta é a pior quinzena de sempre do território da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Em comparação com o período anterior, o índice de risco “Extremamente levado” subiu 400 por cento – passou de três para 12 concelhos.
Portanto: "aqueles que podem confinar devem fazer um esforço" de "aderir à importância" do cumprimento das medidas.
Não esqueçam: a pressão que está a ser exercida no SNS vai ter impacto "nos doentes covid e nos doentes não covid".
E a fava pode calhar a qualquer de nós...

A propaganda, como o humor, é mesmo isto: para nos fazer rir...

Via Diário as Beiras (edição de hoje)


 Via OUTRA MARGEM
Se o MarShopping Algarve, em Loulé, segundo o Expresso, o maior projecto de retalho na área dos centros comerciais a concluir-se este ano, está já com 90% da sua área comercializada,  com data de inauguração marcada para 27 de setembro, e o ‘designer outlet Algarve’ com a abertura prevista para o mês seguinte, vai criar 3000 postos de trabalho, estando neste momento os lojistas no processo de recrutamento, como é possível garantir a criação de 2000 postos de trabalho, com a venda do  Horto Municipal?

"Evolução da dívida municipal - de 1997 a 2020 (Câmara Municipal e Empresas Municipais) - e prazo médio de pagamento a fornecedores - 2009 a 2020".

Não está fácil: respeitem as regras...

 Via Diário as Beiras

"Claques" de André Ventura hostilizam jornalistas em Braga


Via Diário de Notícias
«Indivíduos afectos à candidatura presidencial do Chega hostilizaram no domingo jornalistas e repórteres de imagem, num jantar comício em Braga, após ser noticiado que estavam ali reunidas cerca de 160 pessoas durante o confinamento geral.
Insultos vários, ameaças de violência e até contacto físico com operadores de câmara antecederam o momento em que foi, finalmente, permitida a entrada da comunicação social no repleto salão do restaurante, cerca de duas horas depois do previsto.
"Pouco importa, pouco importa/se eles falam bem ou mal/queremos o André Ventura/Presidente de Portugal", entoaram, com gestos típicos de claque de futebol, enquanto os "cameramen" e repórteres instalavam os seus tripés ou gravadores.
Durante a sua breve intervenção, a anteceder o líder do partido da extrema-direita parlamentar, o director de campanha e mandatário nacional, além de membro da direção nacional do Chega, Rui Paulo Sousa afirmou: "os nossos adversários estão lá fora, mas alguns estão cá dentro...", motivando mais gestos ameaçadores dos apoiantes na direção da comunicação social. 
"É com orgulho que eu digo chega/É com respeito que me vês/E bate forte cá no meu peito/E é por ti que eu canto, André/Ale, ale, Ventura, Ale/Ale, ale, Ventura, Ale/Ale, ale, Ventura, Ale", era outra das "letras" reproduzidas em papel e colocadas em todas as mesas para que os cânticos saíssem mais afinados. A distrital de Braga do Chega inclui concelhias como Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Barcelos, entre outras. A "plateia" do comício era formada quase na sua totalidade por homens.»

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ary dos Santos

07 Dezembro, 1937 - 18 Janeiro, 1984

"Cerca de meia centena de pessoas estão infetadas com covid-19 na aldeia do Maladão, freguesia e concelho de Arganil, onde residem perto de 180 habitantes, dos quais quatro já faleceram também por causa desta doença. Há ainda 10 internados"


«Um “ajuntamento social, evento social, com almoço ou jantar, com grande número de pessoas, por altura do Natal”, terá estado na origem do surto de covid-19, na aldeia de Maladão – explica o presidente da Câmara de Arganil. 
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, uma fonte local adiantou que a festa teve lugar num estabelecimento comercial. Luís Paulo Costa constata que a incidência de covid-19 na aldeia “é muito significativa e representa quase metade dos casos ativos no concelho”
Quanto aos quatro óbitos registados, “nestes casos, havia já doença prévia e grande debilidade funcional e o desfecho lamentável por via da covid-19 não é dissociável da doença anterior que as pessoas já tinham”, sublinhou o edil. 
Também a Junta de Freguesia de Arganil, na sua página do facebook, "lamenta a morte de quatro pessoas, que eram um repositório de memórias de outros tempos”. Em concreto, o tesoureiro da junta, Pedro Alves, evoca a memória da “D. Hortense, da D. Piedade, do Sr. Miguel e do Sr. Luís, que partiram repentinamente, numa época em que a dor dos seus mais próximos pode ser mais intensa face a toda esta situação”. Para Pedro Alves, “mais importante do que encontrar culpados ou bodes expiatórios, urge que cada um, sozinho e em família, saiba tomar conscientemente as medidas preventivas que limitem a propagação do mal, de modo a que a normalidade regresse o mais rapidamente possível ao seio desta comunidade e à nossa freguesia”. O tesoureiro da junta deixa “condolências a todas as famílias enlutadas e os votos sinceros para que todos os que estão a ser afetados por esta pandemia recuperem rapidamente e possam assim voltar aos seus afazeres diários sem restrições”
Também o presidente da Câmara de Arganil admite que os habitantes do Maladão “estão preocupados, apreensivos, mas perceberam que é importante assumir as regras e as recomendações nesta matéria”. Segundo Luís Paulo Costa, tem-se registado uma subida muito significativa do número de doentes covid-19 no concelho, o que é uma “consequência direta daquilo que foi o comportamento coletivo” na época natalícia. “Neste momento, temos a pior situação do ponto de vista de casos ativos desde o início da pandemia (181 casos registados no boletim epidemiológico da passada sexta-feira)”, disse o autarca. Recorde-se que, em novembro, já Arganil tinha tido uma situação relativamente preocupante, com uma escalada muito grande do número de casos ativos. “Mas a situação do pós Natal é manifestamente pior”, remata. | 
Lurdes Gonçalves, via Diário as Beiras

Desígnios inteligentes

Dois anos não é mais do que tempo para o PSD ter arrumado a casa?

Imagem via Diário as Beiras


Recordo que, há dois anos (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz. 
Paulo Leitão, não deixou espaço para qualquer réstia de dúvida: estava solidário com a Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.

Decorrido um ano, de harmonia com o que li na edição de 20 de Fevereiro de 2020, do Diário as Beiras, Carlos Tenreiro aceitou cumprir um pacto de não-agressão política em relação a Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia, nas reuniões de câmara e no espaço público. 
Por sua vez, os dirigentes do PSD, sobre a referida reunião, fizeram um pacto de silêncio e não prestaram declarações.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local. 
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera"
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.

Na minha opinião, que vale o que vale, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraqueceu só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso. 
Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação  (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo. 
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos  militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que arrumar a casa e discutir um programa antes de discutir pessoas...
Repito o que já escrevi.
Perdeu a Figueira, pois uma oposição forte, interventiva e unida, ajudaria o próprio poder a estudar os problemas e a tornar melhor e mais competente a sua prática política.
Os chamados partidos do "arco do poder", na oposição são um saco de gatos.
 
E as eleições autárquicas são já em Outubro de 2021...

Cerca de mil votaram ontem...

O autor  do OUTRA MARGEM foi um deles... 

 
Imagem via Diário as Beiras

domingo, 17 de janeiro de 2021

Restauração figueirense preocupada com o futuro...

Via Diário de Coimbra

Hoje de manhã recuei 46 anos...


Fui dos portugueses que exerceram o direito ao voto para as presdenciais de 2021, de forma antecipada.
Hoje de manhã, estive quase duas horas numa fila para votar. Fi-lo com gosto.
Recuei até ao dia 25 de 1975, aos meus 21 anos de idade,  quando votei pela primeira vez, um ano depois de o vermelho dos cravos se ter tornado símbolo de Liberdade.
Nesse dia, já lá vão 46 anos, os portugueses rumaram às urnas massivamente para, pela primeira vez, exercer um direito cuja força não conheciam na sua plenitude: o direito ao voto.
Nesse   já longínquo  25 de abril de 1975, a participação foi esmagadora: 91,7% dos 6,2 milhões de eleitores recenseados elegeram os deputados que prepararam e aprovaram a nova Constituição. 
Fica para a história como o valor mais elevado de participação em eleições democráticas em Portugal.
Hoje, tudo é diferente. Temos pessoas amorfas, conformadas e controladas. E temos a pandemia. 
Todavia, muitas centenas de figueirenses estiveram estoicamente esta manhã (e muitos mais devem continuar com o decorrer do dia...) ao sol, com máscara e afastamento social, ordeiramente e sem problemas de quaisquer espécie, serenamente à espera de cumprir uma obrigação cívica.
Uma palavra para os membros das mesas de voto, que de forma difícil e sofrida, dadas as condições impostas por este horrível momento que estamos a viver em Portugal e no mundo, estão a enfrentar uma jornada de muitas horas de trabalho: obrigado.
Há 47 anos, antes de Abril de 1974, Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África.
O serviço militar durava quatro anos. Quem ousasse exprimir opinião contra o regime e contra a guerra era severamente reprimido pelos aparelhos censório e policial. Os partidos e movimentos políticos eram completamente proíbidos. As prisões políticas estavam cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.
A 25 de Abril de 1974 viveu-se uma euforia que não dá para explicar.
Quem a viveu, viveu. Quem não a viveu, vivesse.
Peço desculpa, mas não dá para explicar.
É por isso, sobretudo por isso, que não gosto de André Ventura.

Há domingos assim: importantes

Vou votar hoje.
A Liberdade pode também querer dizer algum esforço e  sofrimento.
Porém, ser um homem livre, é o maior objectivo que alguém pode ambicionar.
E uma das razões porque vou votar é porque não gosto de André Ventura.
Além de, em geral, não gostar de pessoas que envergonhariam Portugal, caso fossem eleitos Presidente da República, não suporto fanfarrões e pessoas que não olham a meios para atingir os fins. 
Gosto de patriotas. Gosto dos políticos que gostam de Portugal. 
Gostar de Portugal é respeitar o Povo. 
Não gosto de políticos que utilizam o Povo.
Gosto de Poetas.
Quanto a Poetas, gosto especialmente de António Gedeão (Rómulo de Carvalho), Poeta de Portugal.
DEZ REIS DE ESPERANÇA

Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.