quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Noticiário local (parte 2)...

Via Diário de Coimbra. 

"A propaganda sempre conviveu com o jornalismo".
A notícia é apenas um instrumento da propaganda. E é uma prática barata.
“45 Graus” é um podcast de José Maria Pimentel, “economista de formação e curioso por natureza”, onde um convidado e o próprio falam sobre temas diversos. 
Na edição número 60, JMP e Gustavo Cardoso, professor catedrático e investigador de Media e Sociedade no ISCTE, falaram do futuro do jornalismo e dos seus desafios actuais. 

O associativismo

Via Diário as Beiras.
"O Clube Náutico da Figueira da Foz (CNFF) tem a mesma direção há 25 anos, sem alterações na estrutura. A média de idade ronda os 60 anos. É um caso raro no associativismo, se não for único."
Fim de citação.

Na Figueira, desde a maçonaria, à opus dei, à academia da raia, aos rotários, aos lioneses, às confrarias, às associações desportivas e recreativas, partidos,  sindicatos,  associações e confederações de empresários, associações de bombeiros, podemos encontrar figueirenses provenientes de várias estirpes.
Tirando algumas excepções, o figueirense filia-se, associa-se e torna-se dirigente, não porque partilhe dos sistemas de valores ou de práticas que as associações perfilham, mas porque pode ser um trampolim  que o ajude a subir a escadaria do reconhecimento social.
Uma das situações mais divertidas é verificar o esforço do figueirense pequeno e médio para se "integrar" e interagir com o figueirense da classe alta.
O  figueirense, de todas as classes - pequena, média e alta - custe o que custar, deseja é o reconhecimento social. 
Nada contra. 
Eu próprio, tuga figueirense me confesso: sou sócio dos bombeiros e de várias colectividades.
Já fui sócio de vários sindicatos e de uma Associação patronal.
E tenho o blogue. 
Mas, esse, modéstia à parte, é outro campeonato...

Silvina Queiroz, via Diário as Beiras


«Há poucos dias foi (re)colocada, em reunião de Câmara, a questão da criação da Polícia Municipal!
No papel. Ainda bem. 
A Assembleia não foi unânime na decisão, tendo a CDU votado contra. Na altura como hoje, não concordo com a criação deste corpo e é algo surreal que tenham sido os edis do PSD, embora despojados da confiança política por parte do partido, a ressuscitarem a questão. 
Foi em mandatos autárquicos dessa força que nasceu a ideia, primeiro com Santana Lopes, depois com o Presidente Duarte Silva. Continuo não vendo a necessidade desta estrutura, por várias ordens de razão. Agora, somam-se as certezas de que problemas que constitucionalmente são atribuídos ao Estado, ao Governo central, não devem jamais passar para a tutela exclusiva dos municípios.
Municipalizar a segurança?! As competências das polícias municipais são mais reduzidas do que as da PSP, como não poderiam deixar de sê-lo. Esbarram e ainda bem, nas competências daquela força de segurança, essa sim responsável pela segurança dos cidadãos nos diferentes contextos, muitas vezes também com a GNR, fora da área urbana. 
Por que se pretende então a polícia municipal? Para aplicar multas de estacionamento, na nossa cidade em grande parte “a cargo” dos funcionários da empresa de estacionamento, “passada” ao preço da chuva a uma entidade privada. Como é sobejamente conhecido, imagino. 
Quando as coisas se complicam, lá são chamadas as forças de segurança com autoridade e formação capacitante para a assumpção da tarefa. Como é óbvio que tem de ser. 
Nas grandes cidades, admito que o corpo de polícia municipal possa dar uma mãozinha à PSP, dada a extensão territorial. Aqui precisamos do reforço do destacamento da PSP e não arranjar forma e pretexto para a tutela poder acabar com a força que é o garante da tranquilidade e da ordem pública. A antiga proposta de PM previa a afectação de 30 efectivos. E mais 30 sapadores? Sim, esses fazem falta

Tudo isto é triste tudo isto é fado. Mas, antes que o populismo mais perigoso assente arrais, fica um momento de humor...

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Desonestidade intelectual

Rui Sá, Engenheiro

«No passado sábado, vinha a conduzir e apanhei, na Antena 1, o programa "Geometria variável", moderado por Maria Flor Pedroso e onde intervém Carlos Coelho, do PSD, e Nuno Severiano Teixeira, do PS.

Um programa que, como tantos outros, junta comentadores do bloco central e em que o moderador mais não faz do que lançar temas sem qualquer espírito crítico. Um dos temas era o XXI congresso do PCP e, como seria de esperar, a tese de que "não saiu nada de novo", pelo que "não houve razão para não o adiar" foi a afirmada. Mas o que me tirou verdadeiramente do sério foi ouvir a seguinte caricatura lá proferida, creio que por Carlos Coelho, com o riso anuente de Nuno Severiano Teixeira e o silêncio cúmplice da moderadora: que disse que Jerónimo de Sousa tinha dito no Congresso que "ser Trump ou ser Biden é a mesma coisa"; e que João Ferreira, confrontado por Miguel Sousa Tavares com esta mesma "citação", teria dito: "Não são iguais, são diferentes, mas não sei se Biden é melhor". 

Como ouvi Jerónimo de Sousa no congresso e vi a entrevista de João Ferreira à TVI, soltei, no carro, uns impropérios à moda do Porto porque sabia que estavam a mentir. E reli o discurso de Jerónimo que diz o seguinte: "Uma realidade [o papel dos EUA na escalada de confrontação e agressão no plano internacional] que não é colocada em causa com a eleição de Joe Biden como presidente, o qual já assegurou que prosseguirá uma política externa que reafirma o objetivo da imposição do domínio hegemónico dos EUA ao nível mundial". E João Ferreira referiu: "Não creio que Biden seja igual a Trump. Não é. Do ponto de vista das medidas que sejam tomadas no plano interno não se pode dizer que seja igual. Do ponto de vista externo há uma dúvida legítima que será validada pela prática". O que não tem nada que ver com o que foi dito no "Geometria variável"

A isto chama-se "desonestidade intelectual". E custa ver como pessoas, que são apelidadas de "senadores" da República, são, afinal, tão rasteirinhos! Recebendo, ainda por cima, dinheiros públicos para o serem...»

Noticiário local

 Via Diário de Coimbra, edição de hoje.

Tudo como dantes no Quinto Molhe: ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

Vídeos de hoje. 

 

Ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... 
Isto, foi escrito por mim há mais de 14 anos.
Foi em 11 de Dezembro de 2006 no blogue OUTRA MARGEM
Em 15 de Dezembro de 2020, a erosão costeira a sul do Quinto Molhe deveria merecer a atenção de todos: autoridades competentes e população da freguesia de S. Pedro. 
A situação, como os vídeos mostram é dramática. 
Tudo foi previsto e tudo se cumpriu. 
Muita coisa poderia ter sido evitada. 
Em Dezembro de 2020, continuamos como em 2006. 
Ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... 
Agora, ainda de forma mais visível... 
Vão ao Cabedelo e vejam o que lá se passa.

Concorda com a criação de um corpo de Polícia Municipal?

"NÃO". Teotónio Cavaco, hoje no Diário as Beiras 


«Sendo um assunto adormecido durante cerca de vinte anos (de facto, embora tenha sido apresentado em 2019 e agora, novamente, como uma novidade, a Polícia Municipal foi criada através de Resolução do Conselho de Ministros, em janeiro de 2002, ratificando a deliberação da Assembleia Municipal de julho de 2000, que aprovou Regulamento e quadro de pessoal), vale a pena considerar três aspetos fundamentais:

– alterou-se significativamente a situação, desde 2002, para que se justifique a implementação de mais um corpo policial, para cooperar na “manutenção da tranquilidade pública e na proteção das comunidades locais”?
– numa época tão difícil, mesmo dramática para muitas famílias e empresas, de brutal quebra no consumo, na produção e no investimento, com graves consequências na atividade económica, nomeadamente turística, e no emprego, que conduziu a economia para uma recessão que trará dificuldades acrescidas principalmente na Figueira, será honesto desviar o foco da efetiva busca de soluções que minimizem os impactos da pandemia?
– alguém já percebeu ou fez estudos que permitam aferir quanto vai custar aos bolsos dos figueirenses criar e manter mais este corpo municipal?

Não tenho qualquer dúvida em responder “não” às três perguntas anteriores, pelo que me parece evidente que a implementação de um corpo da Polícia Municipal na Figueira nada acrescentaria à vigilância de espaços públicos ou abertos ao público, à vigilância nos transportes urbanos locais (quais?), à guarda de edifícios e equipamentos públicos municipais ou à regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal.
Já agora: para quando o início dos trabalhos de intervenção nas instalações da divisão policial da PSP da Figueira da Foz, reclamados e anunciados há tantos anos, sem que, até agora, se saiba qual é o calendário e a tipologia dos mesmos? Isto é que é assunto!»

Para memória futura...

Aqui pelo Cabedelo, já há quem ande preocupado com a segurança... 

A obra, esta, tem o selo de garantia do SOS... Pior deve estar o quinto molhe. E ninguém se importa...

(I)magina só, Eduardo

"Imaginem só. Na semana em que morreu um agente da polícia e que outro cidadão ucraniano se queixou de maus-tratos numa esquadra, Magina da Silva, o diretor nacional da PSP, resolveu borrifar-se para o ministro da Administração Interna e, à saída de uma audiência com Marcelo, revelou o que andaria a ser pensado em termos de reorganização das polícias. 

Acabar com a PSP e o SEF e fazer-se uma fusão de uma "polícia nacional", à semelhança das congéneres europeias. Eduardo Cabrita foi lesto a responder: a reforma do SEF, apressada pelo morte de Ihor Homeniuk nas instalações do aeroporto daquela força policial, será explicada pelo Governo e "não por um diretor de polícia". O ministro da Administração Interna sentiu-se e de que maneira. 

Hoje, Eduardo Cabrita vai ao Parlamento tentar defender-se de uma oposição que quer sangue. Dará novidades sobre quais são os projetos do Governo, mas uma coisa é certa. Se Eduardo Cabrita continuar, o lugar de Magina da Silva será posto em causa. Mas o contrário também se aplica. Será o ex-ministro da Administração Interna António Costa a decidir."

Via JN

Tinha sido a solução. Mas, agora, já é tarde para a Figueira, para Portugal e para o mundo...

Via Diário as Beiras

Anda qualquer coisa esquisita no ar da Figueira: a pandemia não pode explicar tudo...

Na edição de hoje do Diário as Beiras, li isto. "Os três elementos do PSD da Assembleia de Freguesia de Quiaios demitiram-se, seguindo o exemplo do eleito CDU"!..
Ora, acontece que Quiaios elege 9 elementos parara a sua Assembleia de Freguesia!..
Nas autárquicas de 2017, verificou-se o seguinte resultado eleitoral: PS - 652 votos, 4  eleitos; PSD 537 votos, 4 eleitos; CDU 153 votos, 1 eleito

Tempos difíceis...


Imagem via Diário as Beiras

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Polícia Municipal


Uma crónica de João Vaz publicada no Diário as Beiras

"Será precipitado, errado e inconsequente criar uma força de Polícia Municipal na Figueira da Foz. Esta é uma decisão que carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício. Estamos praticamente em ano de eleições ( 2021 ), logo as decisões tomadas não devem comprometer o próximo executivo com uma decisão de elevado impacto na despesa corrente a médio e longo prazo. 
O trabalho prévio não parece estar elaborado, desde a análise à ligação com as forças de segurança (PSP, GNR) até ao perfil de atuação. Questiona-se ainda a sustentabilidade económica. Uma polícia municipal minimalista de 20 agentes custará mais de um milhão de euros por ano. Há algum estudo económico e técnico? 
Há muitos exemplos de ineficácia da Polícia Municipal, tanto em grandes concelhos (Lisboa) como nos pequenos. Predomina a ideia que esta Polícia serve apenas para “passar recibos” e não consegue atuar no fundamental, a segurança. Por esta razão, a ineficácia, o PSD Madeira chumbou recentemente a criação da Polícia Municipal no Funchal, uma cidade de 110 mil habitantes residentes e muitos milhares de turistas. Já na Figueira parte do PSD (2 vereadores) acha, e sublinho o “achismo”, que é essencial uma Polícia Municipal, e o presidente da Câmara acolhe bem esta ideia. 
Numa tese académica sobre a Polícia Municipal de Guimarães verifica-se que mais de 70% dos agentes manifestaram não estar motivados nem ter meios legais para atuar. Parece ser este o panorama geral, o polícia municipal é desconsiderado, inclusivamente pela população e pelas outras forças de segurança. Será sério criar uma Polícia Municipal? Para controlar o estacionamento e remoção de veículos da via pública? Fiscalização de obras? Já temos a Figueira Parques e o corpo de fiscais da Câmara, e ainda a PSP e a GNR a quem compete a prevenção dos crimes violentos e o controlo rodoviário, e querem ainda gastar mais um milhão de euros em polícia e fiscalização?»

Cabedelo, 14 de Dezembro de 2020. 14 horas. Faltavam 30 minutos para a preia mar...

 

A pandemia não pode servir para explicar tudo...

Via Diário as Beiras, edição de hoje: " O c i c l o D i á l o g o s ComSentidos, promovido na Figueira da Foz pelo figueirense António Carraco dos Reis, interrompido devido à pandemia"!..
Ainda que mal pergunte...
O evento em causa,  Diálogos ComSentidos, "um projecto de reflexão e partilha, pluri e inter-confessional", não foi promovido por uma vasta equipa, que teve diversos apoios, entre eles o da Câmara Municipal da Figueira da Foz?


 Imagem via Diário as Beiras

Quem é que pára este horror? Estes bandidos têm de ser travados. Onde estão as Autoridades Internacionais?


«Escola secundária atacada por grupo armado na Nigéria. Centenas de estudantes desaparecidos. 

O salva-vidas Rainha D. Amélia, está no porto da Figueira para substituir o Patrão Macatrão

Está desde a semana passada na Figueira a embarcação salva-vidas Rainha D. Amélia, que veio  para substituir o salva-vidas Patrão Macatrão, que se encontra em reparação nos estaleiros do Alfeite. 
Foto José Teixeira, via O Palhetas


Recorde-se: em Agosto passado a Figueira estava a viver uma situação que já não era nova: o porto da nossa cidade encontrava-se já há oito meses sem embarcação salva-vidas de grande capacidade.
«O alerta para a situação do salva-vidas Patrão Macatrão partiu do PSD da Figueira da Foz, que se manifestou preocupado com a possibilidade deste município do litoral do distrito de Coimbra - que para além do porto comercial, possui porto de pesca e actividade de náutica de recreio - estar sem aquele equipamento nos próximos meses. "A Figueira da Foz arrisca-se a passar o outono e o inverno sem a lancha salva-vidas. Mas uma situação de emergência pode acontecer a qualquer altura, até pode acontecer agora, o mar é imprevisível", disse à agência Lusa o líder concelhio do PSD, Ricardo Silva. O presidente da concelhia social-democrata lembrou, por outro lado, o histórico de acidentes, alguns mortais, ocorridos nos últimos anos na zona da barra do porto, como o naufrágio do arrastão Olivia Ribau, em outubro de 2015, que provocou cinco mortos. "Na altura, o Patrão Macatrão também estava avariado e não pôde ser utilizado", recordou na altura Ricardo Silva.»