sexta-feira, 19 de junho de 2020

A mania das grandezas e a realidade...

Acabei de ver na televisão o primeiro-ministro afirmar: 
"Não estou preocupado com a imagem externa de Portugal. A resposta muito clara foi dada pela UEFA".

Como estamos a meio de uma época festiva, deixo aqui, via Aventar,  umas quadras que podem decorar qualquer manjerico. São todas da autoria de profissionais de saúde que se emocionaram com esta prenda do Governo.

Não importa se há Covid
Desde que possamos ver uma equipa de Madrid

Mais do que quaisquer aumentos
Nós queremos um jogo da Juventus

A competência do governo é tanta
Vejam lá, vou ver um jogo da Atalanta

Saio às 19h do São José
E vou ver o meu PSG

Não importa se salvo vidas no S. João
Desde que possa torcer pelo Lyon

Mais tarde ou mais cedo, a realidade é sempre mais forte. E, por mais esforços de branqueamento do número de mortos provocados directa e indirectamente pelo Covid-19 em Portugal, a resposta internacional está aí: «Portugueses proibidos de entrar em 6 países da UE».

Dá Deus nozes a quem não tem dentes...

Depois de um período de paragem, devido à pandemia de Covid-19, hoje, pelas 10h30, fez-se ouvir a buzina  na Praia do Cabedelo. Tinha começado a primeira bateria da nova época da Liga MEO. Tinha chegado, finalmente, o dia em que os surfistas voltaram a vestir as licras de competição. Portugal, a Figueira, mais precisamente o Cabedelo, viveu este momento histórico!  E, pasme-se, perante este momento único, o cenário é o que o video, que fiz no momento da abertura da prova, mostram.

Creio que não vale a pena dizer mais nada sobre a falta de brio das pessoas que estão ao leme dos destinos do concelho da Figueira da Foz.

A Liga MEO Surf de 2020 é o primeiro campeonato oficial de surf a ser retomado no mundo após o surgimento do surto pandémico. Um regresso que ocorre debaixo de todas as diretrizes da Direção-Geral da Saúde de forma a minimizar o risco de propagação do novo coronavírus. Entre hoje e domingo, os melhores surfistas nacionais estão reunidos na Praia do Cabedelo, que servirá de palco ao Allianz Figueira Pro, ronda inaugural da nova temporada da Liga MEO, competição que define os títulos máximos da especialidade em Portugal. 
A nível televisivo, tendo presente a proibição de público nos termos legais, o Allianz Figueira Pro poderá ser acompanhado a partir de casa em direto na Sport TV, assim como nos restantes meios oficiais: Facebook do MEO, na posição 810 da grelha de canais MEO, em ligameosurf.pt e redes sociais em @ansurfistas.

"Carlos Rabadão anuncia a sua candidatura à liderança da Comissão Política do PSD Figueira da Foz"...

Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional"

Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, edição de hoje, o Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional". As entidades que lhe conferiram o estatuto reuniram-se esta semana e a proposta foi aprovada por unanimidade. Esta decisão, vai permitir que a  autarquia avance com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montente de três milhões de euros.
No sítio do Turismo de Portugal na internet, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, na freguesia do Paião, é apresentado como uma oportunidade de investimento para fins turísticos. A autarquia não descarta a possibilidade de o alienar, se houver uma proposta de compra sustentada num projeto com interesse público. Neste momento, porém, afirmou o presidente da câmara, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS, o município está determinado em proceder à recuperação das ruínas. 
Muita propaganda tem sido feita ao longo dos anos. Entretanto, Seiça, continua um convento abandonado.

E a zona de Lisboa "atestada" com COVID19...

Morreu o primeiro profissional de saúde com Covid-19 em Portugal

Um médico de 68 anos morreu esta quinta-feira no hospital de São José, em Lisboa, onde estava internado devido a uma infeção pelo novo coronavírus.
A notícia, avançada pelo jornal Público, foi confirmada ao Notícias ao Minuto por Noel Carrilho, da Federação Nacional dos Médicos. Trata-se de um médico de Medicina Geral e Familiar, que colaborava com a equipa de gastrenteorologia do Hospital Curry Cabral. De acordo com o Público, o médico, que não teria factores de risco associados, estava internado nos cuidados intensivos do Hospital São José há mais de 40 dias. Terá sido infectado por um colega de trabalho. Noel Carrilho assinalou o "marco infeliz" que representa a primeira morte de um profissional de saúde por Covid-19 - algo que entende que seria inevitável, tendo em conta a exposição constante ao vírus - , aproveitando para defender o estatuto de risco para quem está na "frente da batalha".
"O estatuto de risco é o mínimo" que os médicos exigem ao Governo, apontou, recordando igualmente as "exigências antigas" no que toca às condições de trabalho e valorização dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), algo "que não teremos pudor em exigir".

O responsável destacou a importância acrescida dos profissionais de saúde no país, sendo esse papel agora mais visível e amplamente reconhecido na sociedade no decorrer do combate à Covid-19, devendo isso abrir caminho à valorização destes profissionais.
Os médicos não querem "medalhas" ou um "reconhecimento anedótico de um jogo de futebol", atirou, referindo-se às declarações de António Costa sobre o facto de Lisboa receber a fase final da Champions ser "um prémio merecido aos profissionais de saúde" . "São declarações que nem merecem comentários".

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Gestão do património de todos nós...(4)

"O Paço de Maiorca necessita de uma intervenção a curto termo para travar o seu acelerado processo de degradação. O Paço já teve uma oportunidade de
oferecer uma função pública quando existiam fundos do Estado disponíveis para
realizar o projeto do arquiteto Pedro Taborda. Esse projeto atribuía ao Paço uma função de apoio a artistas, incluindo ateliers e habitação, contemplando também a envolvente do edifício e a sua relação com o tecido social. As decisões entretanto tomadas, os custos que tiveram para a autarquia e o logro de uma solução para aquele espaço mereciam um apuramento de responsabilidades
mais rigoroso e consequente. Na minha opinião, Maiorca merecia um projeto que trouxesse genuína vitalidade à vila, como o proposto pelo arquiteto
Pedro Taborda, mantendo o Paço no domínio público e reforçando a sua
ligação ao tecido social de Maiorca.
Relativamente ao futuro do Convento de Seiça, é urgente consolidar o conjunto de edifícios e posteriormente intervir. O Convento é o monumento mais antigo do concelho, com uma igreja de traça única apesar de já ter sofrido intervenções destrutivas, com uma história ímpar de produção de conhecimento ligada ao Mosteiro de Alcobaça e uma singular imponência no contexto do património do concelho. Existem exemplos de conventos recuperados para o setor do turismo, como é o caso do Convento de Santa Maria do Bouro, igualmente convento cisterciense, recuperado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura e adaptado a uma Pousada de Portugal, gerida por um grupo privado. O problema é que não faltam casos de venda de património a um privado utilizando o prestígio de arquitetos de renome para assinar os projetos, mas que à primeira oportunidade mutam para soluções que desvirtuaram a ideia do próprio arquiteto e destruíram a traça histórica desses locais em benefício
de efémeros lucros.
Em Seiça, não podemos correr esse risco. Sou contra a sua venda e apoio uma solução que atribua funções públicas ao Convento, que se for executada com o devido rigor arquitetónico poderá servir para criar uma dinâmica turística mais
sólida e duradoura."
Via Diário as Beiras

PCP diz que médicos da urgência do hospital da Figueira da Foz vão ser despedidos

Via Notícias de Coimbra

«O PCP questionou hoje o Governo sobre a situação de mais de 20 médicos em prestação de serviços na urgência do hospital da Figueira da Foz, alegando que irão ser despedidos para contratação de outros através de uma empresa privada.
Na pergunta enviada ao ministério da Saúde, a que a agência Lusa teve hoje acesso, os deputados comunistas Ana Mesquita, Paula Santos e João Dias argumentam que o Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) “conta com um grupo de mais de 20 médicos que desempenham funções no Serviço de Urgências através de prestação de serviços diretamente ao hospital”.
“Estes médicos mantêm a disponibilidade para continuar a prestar serviços no HDF, exigindo que este assuma os compromissos celebrados em 2018 no que toca à dimensão da escala e que foram moeda de troca por redução remuneratória”, explicam.
De acordo com os deputados do PCP, o HDFF “para além de não cumprir os compromissos” com os médicos em causa, “pretende agora despedi-los e proceder à subcontratação de médicos através de empresas de aluguer de mão-de-obra, propondo-se a pagar, inclusivamente, mais à empresa do que pagava aos médicos”.
No texto entregue no parlamento e dirigido ao ministério liderado por Marta Temido, o PCP quer saber se o Governo tem conhecimento desta situação, como a avalia e o que pretende fazer.
“Considera o Governo que esta posição do conselho de administração do HDFF garante o honrar de compromissos assumidos com os trabalhadores e o integral respeito pelos seus direitos”, questionam ainda os deputados comunistas.
O PCP quer também ser esclarecido sobre a posição do Governo face à opção de serem subcontratados médicos “por uma empresa de aluguer de mão-de-obra, pagando-se mais a uma empresa privada do que diretamente aos médicos”

Percepção...



Se ainda não perceberam, a explicação é simples: o que move este executivo não é o governo do concelho. O verdadeiro propósito, também, não é a boa governação do concelho. O único objectivo que motiva o presidente Carlos Monteiro, é a gestão da recepção que a maioria dos figueirenses têm do que se faz. Isto é: a percepção.
Não lhe interessa se, na realidade, crescemos economicamente, os jovens têm futuro, se o desemprego baixa ou aumenta, se os figueirenses vivem melhor, se os projectos de requalificação em curso resolvem problemas de mobilidade dos figueirenses, ou são do ponto de vista urbanístico os mais indicados, se a dívida do munícipio está a diminuir, se a gestão da pandemia no concelho foi competente e eficaz, se o S. João vai ser a festa habitual, etc. 
O que, na verdade, interessa é que os figueirenses,  pelo menos, a sua maioria, pensem que sim. E, quem está minimamente atento percebe facilmente que, para isso, vale tudo: mentiras, meias-verdades, omissões e de vez em quando, mesmo muito de vez em quando, até a realidade. 
Claro: se for útil...

Ontem à noite houve fogo num apartamento do edifício Portugal

Via O Figueirense
"LOCAL: Os bombeiros foram chamados esta noite, às 21h33, a um apartamento situado no Edifício Portugal, no Bairro Novo da Figueira da Foz. Quando os meios de socorro chegaram ao local "já tudo tinha sido resolvido" pela proprietária do apartamento - uma caixa contendo diversos materias havia ardido".
Os bombeiros apenas reforçaram a ventilação do espaço, não se registando outras consequências, referiu fonte dos Sapadores locais a O Figueirense."

Vídeo via Figueira TV

Psst… já reparou no resgate?

"Charge continuada"

Fernando Campos, via O Sítio dos Desenhos.
No Brasil, "o caricaturista Renato Aroeira está a ser alvo de uma acção judicial por ter assinado um desenho que terá irritado o presidente da junta local, o tal de Bolsonaro. O contexto está explicado aqui. Tudo indica que a coisa se baseia numa lei de Segurança Nacional aprovada pela ditadura militar e estranhamente nunca revogada num país que se rege por uma constituição democrática aprovada em 1988 que consagra o direito à liberdade de expressão.
Mas Aroeira não é caso único. Outros cartunistas brasileiros estão neste momento a ser alvos de semelhantes investidas por outros casos. A ideia, bastante óbvia, é silenciar toda a oposição e até o riso, que é o que sobra aos pobres quando não há mais nada.

A verdade é que se queriam silenciar Aroeira, falharam em toda a linha. Acontece que outro cartunista, Duke, publicou no twítter uma releitura da charge de Aroeira e instou todos os seus colegas do Brasil a fazerem o mesmo no que ele chamou “charge continuada”, em alusão ao título do desenho de Aroeira, e que iniciou um belo movimento internacional de caricaturistas em apoio a Aroeira e contra os desvarios do fanatismo e da estupidez em geral. O desenho acima é o meu contributo #somostodosaroeira."

"O grande problema de verão em Buarcos era a quantidade absurda de gente que decidia montar andaimes no centro histórico nos meses de férias grandes..."

"Finalmente alguém teve a visão de perceber que a solução não reside em fiscalizar o estacionamento absolutamente desregrado que entope o centro histórico e grande parte das ruas e ruelas de Buarcos, mas sim os energúmenos que insistem, ano após ano, em encher as artérias com florestas de andaimes que impedem a circulação pedonal.
Já era tempo.
Bem hajam."
Via Buarcos Blog, "ironizemos um cadito".

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Novo Banco, velho engodo

"Começa a ser cansativo, porque tem o mesmo efeito suicida de um tropeção constante em direção a uma espada, olhar para o desastre do Novo Banco e perceber que, por mais que os partidos esperneiem, por mais que os cidadãos se indignem, por mais que o presidente da República demonstre estupefação, por mais, até, que a tempestade tenha custado a cabeça do ministro das Finanças mais famoso da democracia, a vida segue como dantes...

Mas, ficamos entretanto a saber pela boca do novel ministro das Finanças, João Leão, que o Estado ainda pode ter de injetar mais uns milhões fora do âmbito desse contrato, caso haja "eventos extremos" que o justifiquem. Ora, como quando se trata do Novo Banco sempre que sopra uma brisa descobrimos mais tarde que afinal é um vendaval, é bom que comecemos a preparar-nos para o mau tempo."

Oficial: Lisboa recebe Final Eight da Champions em agosto...

Numa cidade, que tem a justiça a funcionar, existe uma ilegalidade e ninguém coloca o caso em Tribunal?...

Na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada na última segunda-feira, dia 15 do corrente, foi abordada, mis uma vez, a questão do estacionamento pago na cidade.
Cito o vereador Carlos Tenreiro: "não se mostra aceitável que uma actividade económica que incide na exploração dum espaço público, afecto ao Município, possa funcionar com cobranças ilicitas, quando é sobre a própria Câmara Municipal que recai a competência de licenciar as actividades económicas exercidas no concelho.
Com que legitimidade pode a CMFF multar outros agentes económicos que não cumprem com a lei dentro do concelho?
O presente caso vertido na notícia em anexo – Diário de Coimbra de 16/06/2020 - só vem confirmar aquilo que sempre denunciámos e que assenta numa verdadeira ilegalidade."

Estratégia local, que o mesmo é dizer combinação engenhosa para conseguir um fim...

"A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) realizou ontem, na incubadora de empresas daquela cidade, uma conferência sobre estratégias para o turismo. A iniciativa, com público a assistir no anfiteatro e transmitida, em direto, nas redes sociais, contou com a participação do presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, Escola Profissional da Figueira da Foz e das empresas Taimeoff e Grupo CH.
Na conferência, foi apresentada a campanha nacional da câmara para a promoção das potencialidades turísticas da Figueira da Foz, dirigida ao mercado interno. A agenda do presidente da autarquia, Carlos Monteiro, não lhe permitiu estar presente, tendo delegado a apresentação no chefe de gabinete, Fernando Cardoso.
A conferência teve, também, como finalidade responder a uma pergunta recorrente: Que há para visitar na Figueira da Foz quando o mau tempo não permite ir à praia? 
O presidente da ACIFF, Nuno Lopes, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, indicou o Cabo Mondego, a Serra da Boa Viagem, o salgado, os arrozais, o Palácio Sottomayor e a Casa do Paço."
Via Diário as Beiras

Gestão do património de todos nós...(3)

"Perplexa perante a pergunta apresentada. Há pouco havíamos manifestado opinião sobre a possível utilização de dois belos espaços patrimoniais do concelho, Paço de Maiorca e Mosteiro de Seiça. Quase diria como o espanhol: ”Yo no creo em las brujas pero que las hay, las hay”.
O assunto é controverso, porque tem subjacente uma série de contradições, coisas mal explicadas. A Câmara Municipal, através da senhora vereadora, continua a insistir que Seiça é Monumento Nacional desde 2018! Mau! Então por que razão a publicação do Anúncio 66/2019, publicitando a abertura de procedimento tendo em vista essa classificação?
Alguém entende? Eu não! Se assim fosse, por que razão continua a sua classificação como Imóvel de Interesse Público patente no painel em frente ao convento, painel que avisa os transeuntes para o perigo de ruína do edifício? Não diz a cota com a perdigota, diz o povo.
Estranha-se muito a demora do processo, dada a urgência de acudir ao mosteiro. Lembrar que alienar a privados património classificado é impossível, segundo o site Direitos e Deveres dos Cidadãos: “os bens imóveis do domínio público estão sujeitos a um princípio de inalienabilidade. Estão, em absoluto, fora do comércio jurídico… por exemplo, contratos de compra e venda ou similares).” Este seria o caso do Mosteiro, bastando-me tal para estar em completo desacordo com a venda, para lá das razões do coração.
Quero que o edifício continue nosso, nosso. São precisos 3 M€! Se for MN pode ser elegível a fundos estruturais. O Paço de Maiorca é um assunto diverso. Havendo o risco de a Câmara ser condenada ao pagamento da indemnização milionária, como pensar-se na alienação? Escrevi em dia de S. António e essa ideia parece advir da fé que tudo corra bem com o recurso interposto!
De minha parte desejo ardentemente que sim. A CM endividou-se para adquirir património relevante, agora que as coisas melhoraram deita-se tudo a perder, passando-o a patacos?! Não concordo e espero que tais peregrinas ideias não vejam a luz do dia, apesar da concordância dos srs. presidentes de J. Freguesia envolvidos."

Via Diário as Beiras