quarta-feira, 17 de maio de 2017

É mermão, face à riqueza de motivos existentes no concelho, como compreender aquela campanha dos primos?

Descendo a serra, pelo lado do Cabo Mondego, sobranceiro a um mar lindo, encimando uma pequena elevação, deparamos com este miradouro.
Deste lugar de eleição, surge-nos de súbito recortado no horizonte o casario de Buarcos e da Figueira e, em frente, o mar prateado por um sol filtrado por uma manhã que ameaça chuva! 
Uma maravilha para os olhos...  
E uma paz sentida num lugar de eleição. 
Mermão: isto é o nosso concelho!..

Campanha de promoção a quê, mermão?..


De colónia é o leite
que você deve usar
leite de colónia
pra beleza realçar

 "Chama-se “A Figueira que já não é só da Foz” e está a gerar reações nas redes sociais, a favor e contra da opção. Mas era esse, justamente, o objetivo da autarquia, isto é, pôr os figueirenses a falar e a debater a campanha de promoção da cidade, que inclui um novo logotipo para ações de divulgação turística, como é o caso. A primeira etapa do plano de marketing, elaborado por uma empresa especializada, é aquela que se vê nos cartazes espalhados pela cidade, que ficará concluída esta semana, defendendo que a Figueira é diversa. Por outro lado, tem por finalidade familiarizar os figueirenses com algumas expressões, palavras, lugares e personagens que lhes são comuns. Na génese da campanha está a forma como os locais se referem à cidade, a que chamam, apenas, Figueira, explica nota de imprensa do gabinete da presidência da câmara. Por outro lado, acrescenta: “Querendo comunicar de dentro para fora, decidimos assumir esse aspeto e torná-lo a nossa base. Face à riqueza de motivos existentes no concelho, tentamos passar a ideia que “A Figueira não é só da Foz”, é também, entre outros, da Serra, do Sol e do Sal, do Picadeiro, dos museus, dos flamingos, da ilha da Morraceira, da onda mais comprida da Europa, das praias de areal a perder de vista, da família e dos amigos. Acaba por ser a Figueira de todos e para todos”.
Jornal AS BEIRAS.

Sou do tempo, em que a televisão era levada a sério. Lembram-se do pudim Boca Doce, o tal que não valia nada, mas que a televisão nos convencia que  "é bom é bom é"!
A televisão tinha um poder imenso. Bastava aparecer um produto novo, chocolate, sabonete, detergente ou electrodoméstico para os portugueses irem imediatamente averiguar da sua fundamental existência. 
Como é que poderíamos viver sem os glutões do Omo depois de provado que existiam? 
E, depois, aquilo entranhava-se: andava tudo a cantar os anúncios!
Creio que posso afirmar, sem receio de ser desmentido, que a publicidade televisiva fazia o que queria dos portugueses.
Só não era mais efeicaz, porque os portugueses não tinham poder de compra.

Entretanto, as campanhas publicitárias não acabaram.
Atenção selectiva é o que interessa e é o que recomendo, neste momento. 
E o que interessa é o que funciona. 
Envelhecer dói. 
Na vaidade - e tanto ou mais do que nas articulações. 
Mesmo que estejamos cada vez mais novos, porque estamos, com a ajuda da medicina, do ginásio, dos ácidos gordos, das vitaminas, de uma boa alimentação, da cosmética, nem por isso paramos o tempo ou somos imunes à gravidade. 
Isto não significa que envelhecer não seja o preço do privilégio que é a vida.
Envelhecemos, mas estamos vivos. 
O corpo e o rosto, agora, duram mais tempo. 
E se bem amados duram em bom estado. 
O envelhecimento faz-se mais lento a cada dia que passa. Não duramos apenas mais, duramos melhor.
Estão a ver a importância das campanhas publicitárias na política?

Há uns anos atrás acreditava-se nos glutões...
E agora acreditam que existem pessoas bem amadas?
Sim, conheço pessoas bem amadas.
E estão de bem com a vida!..

Arte


Mesmo  aqueles que não são consumidores habituais de arte, nas suas mais variadas manifestações, não ficam indiferentes perante uma obra destas. 
A arte está presente em permanência nas nossas vidas. 
Já pensaram como seria insípida a vida sem ela! 
É inimaginável desintegrá-la de nós.
Vejam este vídeo. Asseguro-vos que vale a pena.
Boa noite. Durmam bem.

terça-feira, 16 de maio de 2017

A CDU/ Figueira da Foz apresentou, hoje, os 1ºs. candidatos à Câmara e Assembleia Municipal, respectivamente Silvina Queiroz e Adelaide Gonçalves

Silvina Queiroz                                                      Adelaide Gonçalves
A professora reformada Silvina Queiroz é a candidata da CDU à presidência da Câmara da Figueira da Foz nas próximas eleições autárquicas.
Militante do PCP e dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, Silvina Queirós é membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, para a qual concorreu em 2013 como cabeça-de-lista.
Adelaide Gonçalves, empregada de escritório e também deputada municipal, é a primeira candidata à Assembleia Municipal, órgão em que a CDU está representada por três eleitos.

Mermão: o tiro saíu pela culatra, pois é uma campanha publicitária ineficaz, redutora e polticamente desastrosa!..

A publicidade, nos dias que correm, é omnipresente.  
Lido com ela, como lido com um  filme ou com um  livro. 
Aprecio-a e fico com a minha análise.
Como não sou um consumista, raramente sou levado a adquirir o objecto/serviço anunciado. 
Assim como posso elogiar um livro ou um filme, sob o ponto de vista estético, e não concordar com as ideias expressas, em nada me incomoda a apreciação dos méritos de uma boa publicidade, abstendo-me do objectivo a que ela quer chegar.
Sobre esta campanha, que tanto brado tem dado na Figueira, em especial nas redes sociais, apenas tenho a dizer que poderia ter sido uma boa ideia, que foi total e completamente desbaratada.
Imaginem: para que servem a um gajo do Porto, de Lisboa, de Coimbra, da Inglaterra, França, Marrocos ou da China, que chega à Figueira e vê os cartazes que podem ser vistos na imagem abaixo?
No meu entender, para nada.
Nem sequer para aguçar o espírito de descoberta para tentar compreender o que é aquilo quer dizer!...
O que é que diz um cartaz publicitário, como o da imagem acima, a um gajo que não sabe nada da Figueira!.. 
Para já não focar nos que não sabem ler português!..
Tanto, como a imagem que abre esta postagem.

Figueira Parques: João Ataíde admitiu, em setembro de 2016, numa reunião do executivo camarário, a possibilidade da autarquia vir a alienar a sua posição ao parceiro privado da empresa municipal Figueira Parques...

Durante o fim de semana, alguém colocou autocolantes nas ranhuras das moedas dos parquímetros da Figueira Parques com a seguinte informação: "por falta de licenciamento, a Câmara da Figueira da Foz havia desativado os aparelhos"
De harmonia com o que vem hoje a público no jornal AS BEIRAS, "a autarquia e a empresa público-privada vão participar a ocorrência ao Ministério Público".
Entretanto, os funcionários da Figueira Parques, ontem de manhã, retiraram os autocolantes.
Fonte da administração da empresa afirmou ao mesmo jornal, que os autocolantes provocaram prejuízos, já que os automobilistas mais madrugadores, durante as primeiras horas, não pagaram estacionamento. 
“O assunto vai ser remetido para o MP, para averiguações”, adiantou o gabinete da presidência da câmara. O que está em causa, explicou aquela fonte, é o “uso abusivo do logotipo da autarquia” e a “mensagem falsa e lesiva”
Ao que o jornal As Beiras apurou, haverá testemunhas que podem identificar quem colocou os autocolantes. 

A  Figueira Parques, explora cerca de mil lugares de estacionamento pagos na cidade da Figueira da Foz. Neste momento, a empresa está a construir um parque de estacionamento para viaturas rebocadas nas instalações da PSP. A obra deverá ficar concluída até ao fim de junho próximo. Como contrapartida, a Figueira Parques, que assegura o pessoal de serviço e toda a logística inerente, vai requalificar a zona exterior das instalações da PSP. 
Há vários anos que a concecionária não coloca o bloqueador nem reboca dos lugares concessionados os veículos sem o respetivo pagamento ou indevidamente estacionados, por não dispor de um espaço 
adequado para o efeito. 
Os automobilistas, segundo o jornal AS BEIRAS, edição de hoje,  "terão de pagar cerca de 80 euros pelo serviço do reboque, cerca de 70 euros pelo desbloqueio e cerca de 20 euros por cada 24 horas da viatura no parque. Perante aqueles números, mais vale cumprir as regras." 
A empresa tem um sócio privado, que cobra 35 por cento das receitas, estrutura societária que o actual executivo camarário herdou do antecessor. 
O accionista maioritário, ou seja, a autarquia, quer rever o contrato de concessão, que considera prejudicial para o município...
Estaremos a caminho da privatização da exploração do estacionamento pago na Figueira da Foz?..

Vamos então continuar a discutir o PDM!... (50)


Esta, é uma foto  de 28 fevereiro de 1978.
Este local, hoje, é a avenida onde está o Centro de Saúde Buarcos e está prevista a implantação de mais uma superfície comercial.
Os dois últimos anos foram fracos em precipitação...
A inteligênciia do séc. XXI resolveu tapar a vala de Buarcos, criando galerias com drenagem, que têm a  função de permitir que a água se infiltre na areia....
Com elevada precipitação, como aconteceu na noite da passada quarta-feira, a tubagem fica saturada...
Quem passou pelo local, viu toda a zona do parque radical, em Buarcos, alagada...
Num próximo ano, com precipitação, vamos recordar o fevereiro de 1978... 
Poderemos ver inundações no Centro de Saúde de Buarcos, no Mercado e  Rua dos Pescadores...
Bastará que a água que deveria ser escoada pela Vala de Buarcos, não consiga chegar ao mar...
Aquela Vala de Buarcos tem um historial que deveria ser tomado em atenção por quem vai ser responsável pela aprovação do PDM/2017...

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Humoristas o quê, mermão?..

MOMENTO É PRIMO DO PORKITO DA VARINA DA TICHA DAS CALDEIRADAS DA NOITE DOS ESQUELETOS DA BANDEIRA DO MERCADO DAS ABADIAS NO ABRIGO DO ESCRITÓRIO: 
"Caríssimos figueirenses, 
Se somos todos primos, digam às tias do escritório que a caldeirada está a aquecer.
Acho mesmo que os fulanos que governam esta cidade estão com o período. :) 
Talvez seja um concurso do Plano Nacional de Leitura dinamizado pelo gabinete do primo vereador da cultura ..."
Via Isabel Maria Coimbra

Nota de rodapé.
Esta Figueira não pára de me surpreender!..
Perante isto a minha lógica - a arte de pensar e raciocinar que julgava possuir... - bloqueou e não funciona.
Valeu-me, como terapia, a habitual ida até ao Cabedelo, apesar de hoje, haver algo de diferente. 
A "minha", esplanada, a melhor esplanada debruçada sobre o mar que existe na Figueira, estava encerrada para obras. 
A alternativa, foi sentar-me numa pedra frente ao mar.
A serenidade era total neste fim de tarde. 
Como explicar?.. Era assim como uma amabilidade entre o que via e o que sentia ao ver! 
Atirei os olhos para a linha do horizonte. 
É aí que quero chegar, já que é lá que existe um novo horizonte...
Estava-se bem no Cabedelo. 
Estava sózinho. Contudo, não sentia de todo qualquer tipo de solidão. 
Reparava no leve ondular do mar - havia uma brisa ligeira - e na meia dúzia de surfistas que por lá andava...
E querem saber o resto? Estava-se bem no Cabedelo.
É um privilégio... Eu sei! 
Vou continuar a refugiar-me na Aldeia. 
A Figueira parece um manicómio a céu aberto.

Teleférico no PDM. (E porque não....)

"O SOS Cabedelo propôs a inscrição no PDM de uma infraestrutura de ligação para modos suaves de transporte entre o centro da cidade e Cabedelo, com o objetivo da continuidade de percursos na frente de mar e ao longo do rio - com a ligação à Ciclovia do Mondego cuja obra deve arrancar este ano. 
A proposta apresentada pelo Arq. Miguel Figueira em 2010, então elogiada pelo presidente Dr. João Ataíde, foi primeiro susbtituída pela possibilidade de uma ponte móvel, com custos proibitivos e difícil compatibilidade com a navegação e, depois, por um barco cuja não elegibilidade aos fundos comunitários terá deixado naufragar a ideia.
No âmbito da revisão em curso do PDM importa resgatar o teleférico como solução de ligação ao sul, porque não apresenta entraves quanto à viabilidade, funcionamento ou elegibilidade, deixando esta possibilidade aberta ao futuro da cidade."

Daqui

Cravo vermelho ao peito...

Paulo Pinto, presidente da Comissão Diretiva dos Baldios do Paião investiu 80 mil euros numa aplicação financeira de uma das seguradoras de que é mediador, como o Diário As Beiras adiantou no início deste ano.
Entretanto, o assunto retomou actualidade na sequência das declarações do presidente da mesa da assembleia daquele coletivo, Adelino Pinto, ter avançado a este jornal que vai enviar para o Ministério Público a documentação que reuniu sobre a actual gestão (ver aqui).
Fonte ligada ao dossiê adiantou, entretanto, que Adelino Pinto vai ser ouvido, esta semana, na qualidade de testemunha, pelo Ministério Público, na sequência de uma denúncia anónima, no âmbito da gestão de Paulo Pinto.
Por sua vez, o PSD pediu esclarecimentos sobre as aplicações financeiras e a gestão da comissão diretiva à Junta do Paião (também presidida por Paulo Pinto), fiel depositário dos 217 mil euros dos baldios daquela freguesia que o tribunal lhe confiou, na Assembleia de Freguesia do Paião.
“Enquanto mediador, não ganhei nada com a aplicação financeira e em nada contribuiu para atingir os objectivos da [minha] agência. Aliás, tenho uma declaração da seguradora que prova que a minha mediadora não obteve quaisquer benefícios”, garantiu Paulo Pinto ao Diário As Beiras.
Para Paulo Pinto, porém, tudo não passa de uma questão política e de luta pelo poder. O duplo presidente acrescentou que “aquilo que [Adelino Pinto e o PSD] pretendem é atingir o presidente da Junta do Paião, e não o presidente da comissão diretiva, e tomar o poder dos baldios”.

VIA AS BEIRAS.

Vamos então continuar a discutir o PDM!... (49)

Eis a solução para o horto... 
"O maior centro comercial de Pequim terá uma floresta urbana em seu topo!"

O que andamos para aqui a fazer?..




Há dias assim. 
Em que acordamos, pensamos e damos conta da nossa pequenez e da nossa impotência para mudarmos o rumo das coisas. 
Pensamos melhor.
Damos conta que essa pequenez e essa impotência não é real: é uma impotência que nos tem sido imposta e nós  temo-nos deixado ir...

Porém, pensando mais e melhor ainda, sabemos que  somos nós que temos o poder de mudar tudo. 
É só uma questão de o querer...
Para atingir isso,  apenas teríamos que nos organizar. 

O poder é efectivamente nosso.
Mas, pensando um pouco mais e pensando ainda muito melhor, damos conta que o descanso (entendido como o contraposto do trabalho e, sobretudo, das chatices...) é a atitude mais inteligente para quem se possa dar ao luxo de o poder usufuir. 
E, por favor, não me venham com a história pindérica que o trabalho dignifica. 
O que nos dignifica é o podermos ser felizes... 
Foi para isso que veio a este mundo o ser humano! 
O resto, o resto, como diria o outro são "peanuts"!

O tempo que não se tomam medidas de fundo, resta ir avivando a memória sobre o tema mais estrturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira.

Foto Pedro Agostinho Cruz
"Um dos principais assuntos que deveria afligir os que receberam o mandato popular para cuidar da polis figueirense continua, inexplicável e indefinidamente, adiado, quem sabe à espera de uma catástrofe ou da clemência divina. Falo da erosão costeira, o movimento de avanço do mar sobre terra, o qual se mede em termos de taxa de recuo médio desta ao longo de um período suficientemente longo. Os seus impactes são a perda de terrenos com valor económico, social ou ecológico, a destruição de sistemas de defesa costeira naturais (ex. os sistemas dunares) e as infraescavações das obras de defesa costeira, que potencialmente aumentam o risco associado à erosão e inundação. A erosão costeira sempre existiu, resulta de uma combinação de fatores (naturais e antrópicos), que operam a diferentes escalas, mas, na Figueira, estes últimos, quer os já efetuados - construção e prolongamento de molhes -, quer os que se anunciam – ex. a intervenção na praia do Cabedelo -, têm levado à criação/potenciação de três enormes problemas, com evidentes prejuízos humanos e materiais: excesso de areias a Norte, falta de areias a Sul, forte turbulência à entrada da barra. A intervenção sobre a natureza tem de estar baseada em conhecimento científico e técnico, deve ser feita tendo em conta a sua preservação, embora sem fundamentalismos, e precisa que seja acautelada economicamente, mas a indefinição da decisão política é, neste momento, inexplicável. Voltarei ao tema para a semana."

"By passando… (1)", uma crónica de Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006.)

domingo, 14 de maio de 2017

A vida é feita de momentos únicos!..

Creio nos cães. Creio nas tias!.. 
Creio nas mães e no amor cego pelas crias! 
De forma circunstancial, creio no mundo animal. 
Contra toda a razão, creio na paixão.. 
Creio na alegria, por isso amo a poesia! 
Creio no romantismo do socialismo! 
Passei a crer no valor desta canção para ganhar a eurovisão! 
Depois de ontem, sem saber porquê, tornei-me crente do que não se vê!

Desculpem a interrupção. 
OUTRA MARGEM, segue a qualquer momento...

Autárquicas 2017: PCP apresenta candidatos

O Partido Comunista Português vai proceder à apresentação pública dos seus candidatos municipais no concelho da Figueira da Foz às próximas eleições autárquicas com a presença de Vladimiro Vale, membro da Comissão Politica do CC do PCP.
A apresentação terá lugar no próximo dia 16, pelas 16 horas, no Centro de Trabalho da Figueira da Foz, na Rua Manuel Fernandes Thomaz, nº 210 -1º.

sábado, 13 de maio de 2017

Está quase a terminar um sábado perfeito...

Salazar deve estar a bater palmas no caixão.. 
Fátima (tivemos cá o Papa).
Benfica (sagrou-se campeão).
E Eurovisão... (Portugal venceu!..)

Uma santa despesa!..

"... o município de Odemira alugou autocarros com motorista para a "comemoração do centenário das aparições de Fátima", no valor de 11.400,00"

Ainda bem que na Figueira não é assim.
No resto do País, porém, parece que os contratos públicos são feitos por ajuste entre amigalhaços em almoços, alguns ao que parece, de robalos,  perdão, ajuste directo entre partes...
O que na lei devia ser uma excepção, é uma prática reiterada.. 
Talvez, quem sabe, por ser muito mais humana, amiga, amena, pacífica.
No fundo, evita o confronto e acaba por evitar aborrecimentos, questões maçadoras como a  transparência, a ética e assim sucessivamente... 
Tudo coisas chatas e aborrecidas ...

Vamos então continuar a discutir o PDM!... (49)

Jornal AS BEIRAS. Para ler melhor, clicar na imagem.
Para ver o vídeo clicar aqui.

A sede do poder...

Tarde, como quase sempre tem acontecido, a Figueira está a despertar para a realidade Autárquicas/2017.
Como não nos movemos por ciclos ou interesses eleitorais, aqui pelo OUTRA MARGEM a nossa posição vai continuar a mesma desde o dia 25 de Abril de 2006.
O nosso papel, vai continuar a ser: sozinhos, ou com muitos outros e outras, apelar a que o descontentamento individual, face à actual situação política que se vive na Figueira, dê lugar ao protesto colectivo. 
Nos próximos 4 meses, estamos em crer, por obra e graça de milhares de factores, o protesto vai tomar conta da cidade. 
Cabe dizer aos políticos, que protestar não chega (esse é o nosso papel...). Obrigatório é construir uma alternativa. 
Entendemos, há muito, por isso estamos aqui desta forma, que a alternativa nasce do interior do protesto, ou não terá força para vencer.

No nosso entendimento, a alternativa é uma ideia que requer ser trabalhada por gente - dirigentes partidários ou por uma elite de peritos - capaz de  conferir ao protesto a clarividência que dele tem estado ausente nas candidaturas autárquicas que, até ao momento, se apresentaram e andam no terreno.
Quem protesta, também,  é clarividente. E, sobretudo, não gosta de ver que o olham, simplesmente, como um cavalo selvagem, à espera de ser domado por um qualquer cavaleiro. 
Os cavaleiros, por mais lúcidos, inteligentes e decididos que se julguem, têm de compreender que não são tão clarividentes quanto o seu espelho lhes faz crer.
Aconselho, pois, os senhores que vão  coordenar as candidaturas autárquicas, a não irem pela via da instrumentalização do descontentamento popular e do protesto colectivo. 
Nem todo o protesto tem razão de existir...

O “desespero popular”,  um “povo furioso” ou a “raiva em que as pessoas estão” são uma realidade na Figueira. 
Tudo isto se me afigura pacífico da aceitar, mas deixo duas perguntas:
Este tipo de representação do nosso descontentamento não acaba por fazer de nós uma massa potente, mas embrutecida, um corpo politicamente inimputável e incapaz de pôr cobro, por si só, ao nosso sofrimento?
Não será esta posição de generosidade e voluntarismo, que nos leva a não ver que protestar não basta e que era preciso ter construído uma alternativa?

A esquerda à esquerda do PS, talvez retire algum proveito da situação a que a Figueira chegou. Considero, aliás, que seria justo que assim fosse e, em princípio, podem contar com o meu voto. 
Contudo, não nos iludamos. As dificuldades de navegação, para a Figueira, vão continuar, pois, no fundo, pelo que está vísível, vai ser mais do mesmo.
A esquerda à esquerda do PS, já teve tempo, mais do que suficiente, para ter estudado o caminho que deveria saber trilhar.
O que está em causa na Figueira, hoje, não é apenas Ataíde ou Tenreiro.
A questão é, já se está ver, a da sede de poder político que muitos dos que não estão nos cargos de liderança e representação sentem neste momento. 
Para eles, a repartição do poder é tão urgente como a partilha do pão.

Alfredo Pinheiro Marques, analisa Fátima, numa perspectiva científica e racionalista

"Ser historiador significa ser racionalista. Sem milagres. Os Portugueses teriam obrigação de saber isso (pelo menos desde Alexandre Herculano, no século XIX). A posição pessoal deste historiador português — que se define a si próprio como sendo filosoficamente agnóstico (apesar de ter as suas origens familiares, na Beira Alta, monárquicas e católicas) —­ é a posição de considerar que, hoje em dia, em Portugal, alguém deve ter a coragem e a lucidez de, longe da multidão, ser capaz de falar e de escrever, para recusar a ignorância, a idolatria, a superstição e o fatalismo; a hipocrisia e o obscurantismo; o oportunismo político e comercialismo despudorado; tudo isso que, na verdade, está patente no fenómeno social e mediático de "Fátima", nacional e internacionalmente. Tudo isso que, infelizmente, se constata que até vai sendo aumentado (!), e glorificado… e assim vai sendo transformado em sinónimo do que significa este país, Portugal. Um país falido, subdesenvolvido, e insustentável. Medieval, em plenos séculos XX e XXI."
Para ver o vídeo com as declarações de Alfredo Pinheiros Marques, sobre Portugal e as "Aparições de Fátima" (1917), basta clicar aqui.