quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!.. (II)

Figueira Beach Sports City é um projecto que Rui Loureiro, ligado à organização do Figueira Beach Rugby, elaborou a convite da autarquia e que tem como objectivo promover a cidade como destino turístico dos desportos de areia e proporcionar aos residentes condições para a prática de diversas modalidades no extenso areal urbano.
O conceito inclui um centro de alto rendimento, tendo o parque municipal de campismo como base (com bangalôs, piscina e ginásio), ao qual deverão juntar-se unidades hoteleiras, para receber estágios de seleções e clubes, nacionais e estrangeiros.
O Figueira Beach Sports City foi apresentado no salão nobre da câmara. 
João Ataíde destacou que a Figueira da Foz já é conhecida pelo torneio internacional de râguebi de praia, defendendo a valorização do areal para outras modalidades e para o “usufruto público”.   (Via AS BEIRAS)

Dentro do espírito de colaboração que caracteriza este espaço, deixo a sugestão abaixo, que apresenta potencial necessário para mudar de vez toda a vida figueirense.

Uma sugestão, apenas uma sugestão... Fica à atenção de quem de direito...

Não é preciso muito,  para algo nos chamar a atenção. 
Tem é que haver uma simbiose, uma atracção, uma identificação entre nós e o foco dessa atenção. 
Aquilo que nos prende o olhar é o importante...  
O acaso existe? 
Para mim existe.
Já quanto à coincidência, tenho as minhas dúvidas...
Reparem na harmonia existente entre a falta de tinta para sinalizar a passadeira, que com alguma dificuldade ainda se nota na foto, e o poste.
Para quem conhece o local, o poste, funciona como elemento perfeito de identificação da passadeira com falta de tinta
Este, é o equilíbrio que poderia ser procurado a nível geral, na cidade e no resto do concelho: registe-se e sublinhe-se, neste caso, a complementaridade desses dois equipamentos - a passadeira sem tinta e um poste - como contributo inestimável para a segurança dos peões figueirenses.
Que tal, dada a falta de manutenção das passadeiras para atravessamento de peões nas ruas e avenidas do nosso concelho, inventar uma lei que torne obrigatório a colocação de postes a identificar as passadeiras?..

Esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...


Rui Curado da Silva, hoje no jornal AS BEIRAS.
"Um vídeo captado a passada semana pela associação SOS Cabedelo mostra um cargueiro em dificuldades a renunciar à entrada na barra, depois da rebentação o ter desviado subitamente da sua trajetória em direção ao Porto Comercial. Dois meses depois de 180 mil euros investidos em dragagens ficam enormes dúvidas sobre o alcance deste investimento e sobre a configuração atual da barra. Entretanto na mesma semana, a equipa do arquiteto Miguel Figueira apresentou perante uma comissão parlamentar a solução de transferência de areia em excesso na Praia da Claridade para o Cabedelo através de bypass. Os deputados presentes não ficaram indiferentes aos argumentos apresentados e existe agora a expetativa de elaboração de um projeto de recomendação a favor desta solução."

Nota de rodapé.
Esta nossa barra!..
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

No PS é assim. Nos outros, é mais ou menos igual...

Na imagem sacada da edição do Diário de Coimbra de ontem, está identificado um problema que afecta uma cidade e um concelho que tem o nome de Figueira da Foz. 
Nela estão patentes alguns dos problemas básicos e as fragilidades que a democracia que temos não conseguiu resolver.
Os partidos não funcionam e só se agrupam, de 4 em 4 anos, para escolher candidatos. 
Isto, depois, tem implicações, pois tem a ver com a escassa qualidade da classe política que tem governado a cidade e o concelho. Uma classe política escolhida desta maneira, só pode resultar em listas formadas por políticos medíocres...
E, depois, admiram-se por mais de 50% do eleitorado não ir votar, o que conduz à desgraça que sabemos: o poder fica nas mãos de uma maioria incompetente!
E já agora, ainda que mal pergunte: o candidato nomeado para a presidência da câmara, no que ao PS diz respeito, que tem fortes hipóteses de ser o futuro presidente de câmara, foi designado, eleito, constituído, proclamado ou escolhido por quem?

Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!..

A cidade da Figueira da Foz quer assumir-se como uma referência nos desportos de areia.
Ontem, apresentou um projeto nesse sentido, que inclui as vertentes competitivas e de lazer.
O projeto, intitulado “Figueira Beach Sports City”, tem a duração de três anos, até 2019, e inclui a promoção da prática de modalidades como o râguebi, vólei ou futebol de praia, entre outros, no areal da Figueira da Foz, eventos competitivos na praia de Buarcos e a criação de uma escola municipal de desportos de praia.
Na sessão de hoje, o presidente da autarquia, João Ataíde, disse que na Figueira da Foz há hoje uma “separação clara do que é o espaço de praia e antepraia [junto à avenida marginal e mais longe do mar]”, defendendo a valorização da antepraia “para o usufruto do público”.
Por outro lado, o turismo “tem cada vez mais uma perspetiva interativa de ocupação do tempo” e a autarquia achou que podia “tirar vantagem do imenso areal” para ali promover atividades de lazer e competitivas de desportos de areia, afirmou João Ataíde.
“Mas a Figueira da Foz tem de contar, em primeiro nível, com os seus residentes, com os seus cidadãos, os jovens da Figueira são os primeiros destinatários do que se está a promover”, sustentou o autarca.

Até teria piada... Vamos a isso?..


O SEXO QUE MATA



O maior génio musical e poético da Música Popular da segunda metade do século XX, na opinião de Alfredo Pinheiro Marques, é uma mulher.
A cantora compositora e instrumentista canadiana Joni Mitchell (Roberta Joan Anderson), em 1995 — após vinte e cinco anos sem querer aparecer em qualquer televisão… —, aceitou apresentar uma canção ("Sex Kills") e ser entrevistada na NBC em Los Angeles (no programa "The Tonight Show, with Jay Leno").
Fica, por gentileza do seu responsável máximo, um excerto conservado e transcrito na videoteca do ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR(Centro de Estudos do Mar), Figueira da Foz, Portugal.

Joni Mitchell, “Sex Kills”, in Turbulent Indigo, 1994 (trad. port. Alfredo Pinheiro Marques, 2012)

Parei atrás de um Cadillac
Esperando a luz verde do semáforo
Olhei a placa da matrícula
Dizia "Just Ice" (Só Gelo).
É a Justiça só gelo?
Governada pela ganância e a cobiça?
Somente quem é forte fazendo o que quer
E quem é fraco sofrendo o que deve?
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!

As pílulas dos doutores dão-te novas doenças
E as contas submergem-te numa avalancha.
Os advogados já não eram tão requisitados
Desde que Robespierre chacinou metade de França.
E os chefes índios, com suas velhas crenças, sabiam
Que o equilíbrio está desfeito, com estes ions loucos.
Sente-se no trânsito automóvel
Toda a gente odeia toda a gente!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!

Todas essas masturbações nos escritórios
O violador na piscina.
E as tragédias nos jardins de infância
Crianças pequenas levando armas para a escola.
O ozono ferido
Estes cancros da pele
O sol hostil agredindo
Este caos massivo em que estamos!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.

Sexo mata…!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Entre a realidade e a ficção...

Uns fazem
Outros, durante anos, prometem...

"Tranquilidade", ou falta dela?..

foto António Agostinho
"Nada tenho quanto à tranquilidade revelada pelo Presidente da Câmara sobre a nomeação do administrador-delegado da Amorim Turismo no Casino da Figueira, acerca do que não devo pronunciar-me, até porque poderia tornar-me suspeito dada a nossa proximidade pessoal e que também já foi profissional. Mas confesso que foi a expressão utilizada que me inspirou e me fez refletir sobre a quase absoluta e estranha tranquilidade, calma, sossego e quietude que percorre a cidade e o concelho. Há já muito que nos vamos habituando à narrativa (vocábulo que Sócrates consagrou no léxico político) dos protagonistas políticos para argumentar num sentido e no seu contrário com a mesma expressão, o mesmo fácies, em controle absoluto pelas emoções. Vem aí a altura de assumir com honestidade as legítimas propostas que os candidatos genuinamente defendem e explicar com humildade o incumprimento de promessas. Sabe-se que estes raramente são os melhores. São os disponíveis."

Daniel Santos, hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
A propósito de tranquilidade, dado que estou bem disposto e tranquilo, aproveito para vos deixar uma história, que esteve recentemente novamente na ordem do dia a propósito da morte de Mário Soares.

A história é sempre contada pelos vencedores. 
Foi assim que aconteceu em Portugal ao longo da sua secular história. Foi assim que aconteceu em Novembro de 1975.
Os “fazedores da verdade” insistiram e persistiram na ideia de que Cunhal queria impor uma ditadura soviética em Portugal a seguir ao 25 de Abril. 
Apesar disso não passar de um famigerado “se”, o facto é que continua a fazer o seu caminho, tal a força dos “média” e o empenho dos "comentadores oficiais do regime"
Pergunto-me, ainda hoje,  se no quadro de guerra-fria, então existente, entre os EUA e a União Soviética de 1975, não terão sido os americanos e os ingleses, os amiguinhos de Mário Soares, que o manipularam (ao Soares) e fizeram sobressair a ideia de que Portugal seria a nova Cuba da Europa, até como forma de mostrarem aos Russos e ao mundo que eles, os capitalistas, estavam a recuperar e a ganhar terreno, tal como aconteceu.

Cá por mim, que vivi os acontecimentos ao vivo e a cores, continuo convencido que Cunhal  sempre quis implementar a democracia parlamentar em Portugal - de esquerda, evidentemente
Registe-se, a bem da verdade, a influência que Cunhal teve no 25 de Novembro ao desaconselhar uma guerra civil em Portugal. 
Cunhal, em Novembro de 1975, respeitou os portugueses, foi tolerante: aceitou com tranquilidade a vontade do povo, apesar de saber que esse mesmo povo já estava contaminado pelo vírus daquilo que ele designava por contra-revolução. 
Cunhal, a meu ver,  é, com todo o mérito, uma grande figura da nossa história. 
Não por ser ditador, que nunca o foi, não por ser um tirano, que nunca o foi, mas sim porque esteve sempre ao lado dos que sempre sofreram - os explorados e oprimidos
Cunhal, tinha convicções -  lutou por elas. Cunhal, tinha um sonho de liberdade - e bateu-se por ele.
Com armas?..
Todos sabemos que não - com paz e tranquilidade
Lutou a vida inteira - e começou muito antes do 25 de Abril de 1974.
Um homem destes merecia outro país? Claro que merecia.
Mas, era Portugal que ele amava e que o fazia sonhar.

Muitos figueirenses mereciam outra Figueira. 
Claro que mereciam.
Mas, é esta que temos - e é esta que temos de continuar a tentar mudar.
Com tranquilidade. E com serenidade - mas, talvez, sem toda a serenidade...

O Largo de Santo António e a gestão "dos intelectuais baratos"...

foto Diário de Coimbra
A delegada regional da Cultura esteve, ontem, de visita à Igreja de Santo António e ouviu as «preocupações» do provedor da Misericórdia-Obra da Figueira, que tutela o monumento classificado como de interesse público. Joaquim de Sousa salientou que da igreja têm «tomado conta», mantendo a sua preservação, até porque integra «uma das fachadas mais históricas da Figueira». Mas o “cerne da questão” está na zona envolvente: «o muro a cair», escadas que «são um perigo», o freixo (a mais antiga árvore da cidade com 200 anos) «esquecido, com uma pernada que se cai é um perigo» e a «sujidade».
Para a requalificação do espaço, segundo o que disse aos jornalistas, Celeste Amaro, a diretora regional de Cultura do Centro, durante a visita à instituição, «têm de ser compatibilizadas todas as vontades», ou seja, a vontade da instituição, da autarquia e daquela direção regional. Uma coisa é certa, concluiu: «como está, não pode continuar».
Joaquim de Sousa, provedor da Misericórdia Obra da Figueira, revelou ainda que, em março de 2016, apresentou à vereadora Ana Carvalho um esboço das obras que defende que deviam ser feitas na zona protegida da igreja da Misericórdia, que abrange um raio de 50 metros, para corrigir a «asneira» da década de 1940, época em que foi reabilitado o espaço com uma solução arquitetónica desenquadrada do conjunto histórico. «Tal como está, não pode continuar», afirmou ainda o Provedor, que sublinhou a disponibilidade da Misericórdia para apoiar financeiramente a requalificação do espaço, como já fizera, aliás, no mandato autárquico do falecido presidente Duarte Silva, quando construiu um muro na rua do Hospital e cedeu uma área de terreno à câmara. A colaboração com a autarquia para a manutenção do largo, no entanto, durou até João Ataíde tomar posse, em 2009. «A primeira coisa que esta câmara fez foi meter uma placa de madeira para assinalar o que já estava assinalado, que entretanto já apodreceu, e duas mesas de madeira», afirmou Joaquim de Sousa aos jornalistas. 
«Perante isto», acrescentou: «retirámos o mobiliário que lá tínhamos e entregámos o largo aos intelectuais baratos».

Os gostos alteram-se com os tempos?...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Provedor João Paulo Guerra, não? Porquê?

"Honrado com o convite da RTP" e "surpreendido pelo veto do Conselho de Opinião (CO)", João Paulo Guerra, que conheci pessoalmente em 1979 quando estive a estagiar no jornal O Diário,  não baixa os braços. "Estou à espera da fundamentação para a decisão do Conselho de Opinião", afirmou ao DN, sem querer alongar-se em mais comentários. Garante que "o assunto não está fechado", mas que o tempo agora é de silêncio. Depois logo se vê.
Entretanto, fica o depoimento de algumas figuras públicas. A ler clicando aqui.

Aqui, quem tem a responsabilidade de cuidar também se cansou?... O vandalismo não serve para explicar tudo!...

É mais do que a ideia: ir ao futebol na Figueira envolve perigo - existe mesmo perigo.
Ainda no passado fim de semana estiveram largas centenas de pessoas nesta estrutura em "degradação".
"De há uns tempos a esta parte tem-se debatido e discutido muito o estado de degradação do Municipal José Bento Pessoa.
Um dos últimos debates foi mesmo no interior da Câmara Municipal com Miguel Almeida a questionar o Presidente Ataíde o que pensava fazer para se encontrar uma solução.
João Ataíde respondeu que por hora não havia verba, que a Câmara não estava em situação económica de poder dar resposta."
Mas... "a bancada do Campo Sintético apresenta também ela um estado de degradação e de perigosidade que urge ser acudido. As fotos mostram como está a bancada e não existem dúvidas que se algum acidente com um espectador acontece de quem será o responsável.
As pessoas procuram sentar-se e correm o risco de se enfiarem em algum buraco. Parafusos que podem provocar ferimentos e tudo isto tão fácil de reparar apenas com meia dúzia de placas de contraplacado.
Não quero aqui hostilizar ou fazer a politica do deita abaixo, mas meus senhores há coisas que não têm justificação e esta para além de ser uma delas pode ainda trazer outros dissabores."

Santos da casa…

"Recordando 2011, ano em que o Movimento Milénio-Expresso atribuiu o 1.º lugar, na categoria Cidades, ao Miguel Figueira e à sua equipa, um grupo de cidadãos da Figueira da Foz ligados ao surf, unidos por uma paixão comum e um propósito inequívoco, o movimento SOS Cabedelo. Miguel, figueirense de direito e de nome, arquitecto, preconizou uma ideia de desenvolvimento para a cidade, travando a erosão costeira pela via da reposição do equilíbrio das areias entre o norte e o sul recorrendo a um bypass (pipeline sob o Mondego, idêntico ao da baía de Coolangata na Austrália) para transportar a areia do lado norte da barra para as praias do sul. Estas com um visível recuo, e repondo assim a linha de costa “devolvendo o mar à cidade”. Ideia visionária e por demais apresentada em fóruns nacionais e internacionais, ainda não convenceu os decisores políticos, nem locais nem nacionais. A ousadia com que foi concebida é inversamente proporcional ao desinteresse dos decisores públicos (?) A semana passada mais uma tentativa de sensibilização foi feita com uma apresentação à Comissão Parlamentar de Ambiente e Ordenamento do Território na Assembleia da República. Será agora? O que diz o LNEC? Já o chamaram? Porquê tanta resistência? Que estudos técnicos já fizeram? Parece difícil acreditarem, mas… afinal Santos da casa até podem fazer milagres! Mexam-se."

Nota de rodapé.
Perante esta prosa da economista Isabel Maranha Cardoso, um pobre e modesto escribra como eu, só consegue pedir a quem de direito: não se esqueçam! Instruam-se, instruam-se, sempre! Uma pessoa, tal como um político, instruída, vale por duas carago!
E já agora: deixem de pensar que a única opinião sensata é a vossa.
Escrito isto, o melhor é citar quem percebe do assunto.
Há quem olhe para o mar e veja o horizonte. Há quem se fixe nas ondas ou nos surfistas que as enfrentam. Há quem descanse a vista nas curvas das mulheres em biquíni.
E há quem, como o arquitecto Miguel Figueira e o Surfista Eurico Gonçalves, veja mais além. A dupla, com o apoio de um grupo de pessoas ligadas ao mar e à Figueira da Foz, anda a tentar colocar o surf e o mar ao serviço do desenvolvimento da cidade. Para isso, defendem, é preciso travar a erosão da costa sul da Figueira e salvar a «onda» da cidade. «A protecção das ondas é a primeira fronteira de protecção da orla costeira, dissipando a energia que de outra forma se concentra com efeitos devastadores sobre o sistema dunar.» Dessa forma, será possível capitalizar um importante activo para a competitividade da cidade, o surf, «cujo potencial nunca foi aproveitado». A proposta passa pelo recurso a um “bypass” de areia para proteger o sul da erosão costeira e reactivar a «onda» do Cabedelo. «A cidade é descontínua, e no mar não é bem assim. Daí que as nossas propostas sejam sempre de integração: integração do mar como parte do território; do sul na cidade; das pessoas e das ideias. A cidade cresce na mesma medida em que consiga incorporar estas diferenças. Não é um acto de fé, é uma constatação de facto: uma cidade partida não é viável.».

Na Figueira é sempre carnaval: este ano, Romana deverá ser a rainha



A cantora de "Não És Homem para Mim" deverá ser a rainha do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz 2017, que desfila na avenida do Brasil nos dias 26 e 28 de fevereiro. Ao que o Diário As Beiras apurou, a organização está em conversações avançadas com a artista, podendo fechar contrato esta semana. Caso não haja acordo, a alternativa poderá passar por um ex-concorrente de um concurso de televisão ou outra figura mediática. Entretanto, este sábado, 28, pelas 21H30, no pavilhão do parque das Gaivotas, será eleito o rei, residente no concelho. A coroação realiza-se a seguir à eleição, com direito a baile. 
O tema do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz 2017 para os reis é os descobrimentos, tendo o mítico Adamastor, de Camões, como inspiração. Os dois desfiles vão contar com as três escolas de samba do concelho da Figueira da Foz (Unidos do Mato Grosso, A Rainha e Novo Império), sete carros alegóricos, seis grupos, dois grupos de foliões e um trio elétrico. 
A organização promete um dos melhores carnavais dos últimos anos.

O Povo foi quem mais ordenou...

Marcelo foi eleito há um ano PR

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Gordon Kaye (1941-2017)


Construções na areia...

Mistério dos mistérios no desporto local.
A câmara da nossa cidade, não tem piscina, pista de atletismo, pavilhão, campo de futebol, etc... 
Realisticamente, virou-se para as construções na areia.
Aliás, em devido tempo, todos fizemos as nossas construções na areia. 
Esse, porém, foi um tempo datado e bonito nas nossas vidas! Vivíamos os nossos sonhos através das construções que fazíamos na areia, o que era empolgante.
Hoje, podemos continuar a sonhar através das construções na areia duma câmara municipal que tem à frente dos seus destinos, há sete anos seguidos, o senhor doutor João Ataíde...

Nota de rodapé.
Imagem sacada da edição fim de semana do Diário de Coimbra.

O meu voto está garantido: no (pica) "sete"...

Teotónio Cavaco, hoje na sua crónica habitual no jornal AS BEIRAS.
"No que diz respeito ao ciclo eleitoral, em muitos concelhos já passou um pouco mais de sete anos desde que as respectivas equipas vencedoras iniciaram mandato, faltando um pouco mais de sete meses até serem sufragadas de novo – é o caso da Figueira. Há sete anos, foi prometido uma Aldeia do Mar (com esplanadas, comércio e um Hotel, entre outras), isenção de taxas e licenças e a redução do IMI, um Corredor Verde, o PDM, o coreto no Jardim, o Mundialito de Futebol, o Mundial de surf, uma Rede Integrada de Transportes, rastreios gratuitos no 1.º ciclo de Oftalmologia e Dentista… tudo anunciado em sete cartazes, nada disto efetivamente concretizado. E agora que faltam pouco mais de sete – meses… – para o sufrágio, promete-se a finalização da requalificação(zita) da praia, a iluminação da praia para o surf noturno, a intervenção na Piscina-praia, o PEDU(zinho). Somos convidados a perdoar setenta vezes sete, mas dizem os entendidos nestas coisas que o sete, justamente por representar o fim de um ciclo e o começo de um novo, traz a ansiedade pelo desconhecido, e portanto, a renovação… Voto em eleições a cada sete meses!…"

Lido isto, não é difícil imaginarmos o jardim municipal, com  música  vinda do coreto nos dias de festa. O coreto, evidentemente rodeado de gente ávida de a ouvir. 
Noutros tempos, isto é, noutra Figueira, era assim, com simplicidade, que a música chegava ao Povo. 
E hoje? 
Hoje, há concertos no CAE para elites...
E foi assim que a Câmara se foi demitindo de mais uma das suas funções culturais.
Para que não se perca tudo, deixo-vos com António Zambujo...