quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ancoradouro

Homens e Navios do Bacalhau. 
Arquivo digital de fichas de marítimos que se matricularam para campanhas bacalhoeiras desde o início do século XX.
José Pereira Agostinho - o meu Pai, as minhas raízes.

O povo é povo porque não tem memória e não percebe uma série de coisas. Ainda bem para Carlos Beja e para o PS - também na Figueira…

As ondas de choque do “chumbo” de Mafalda Azenha para a lista de candidatos a deputados, pela Distrital de Coimbra, contra a vontade dos militantes figueirenses, ainda agitam as águas socialistas locais.
Carlos Beja, que se candidatou pelo PS à câmara em 1997, inspirou-se na temporada tauromáquica para espetar farpas no executivo camarário do seu partido. O antigo deputado abriu as hostilidades com o genérico “Sol e sombra da política figueirense”, tendo como alvos os vereadores Carlos Monteiro e António Tavares e o presidente João Ataíde.
O histórico socialista apodou Carlos Monteiro de “dona Constança, por não haver festa nem festança” em que não esteja presenta.
Pelo contrário, dá António Tavares como “desaparecido”.
No entender de Carlos Beja, o primeiro está a ter mais visibilidade para a eventualidade do PS ganhar as eleições legislativas e João Ataíde ser chamado a ocupar um cargo público de relevo nacional. Saliente-se que, embora António Tavares seja vice-presidente, é Carlos Monteiro o n.º 2 da lista. Ou seja, seria chamado a assumir a presidência do município.
Para o presidente, cuja candidatura para o primeiro mandato apoiou, Carlos Beja deixou críticas relacionadas com o convite que fez a António Costa para o “Sunset”. Sustentou que o autarca e anfitrião não devia ter convidado o candidato a primeiro-ministro do PS num evento dedicado à juventude.
No universo socialista, porém, os reparos sobre o convite ao líder e candidato socialista não se circunscrevem a Carlos Beja -  o único que os assumiu publicamente.
Questionado pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre o assunto, antes das críticas do comentador socialista Carlos Beja num programa da Figueira TV, João Ataíde respondeu desta forma: “Convidei o líder da oposição a visitar a cidade [no fim de semana do “Sunset”] porque quero que ele ganhe as eleições, porque sou seu amigo e porque queria que ele visitasse o evento”
Nada de mais, senhor presidente, nada de mais e nada contra: "a coisa até resultou nice, fixe, cool!.. António Costa não foi de andor, mas todos se prestaram a que evitasse a multidão à entrada, furando, assim, tipo, literalmente, as grades de protecção, que, minutos antes, estavam lá bem sossegadinhas, até uns diligentes funcionários as removerem..." 
Carlos Monteiro, por sua vez, reagiu da seguinte maneira. 
“Fico satisfeito pelo reconhecimento que Carlos Beja está a ter pelo empenho que temos ao participarmos nas actividades do concelho”. “Provavelmente”, acrescentou, “poderá ser também a estima que ele tem por mim”, tendo  concluído assim: “é evidente que tento ir aos eventos para que sou convidado, partindo do pressuposto que quando as pessoas nos convidam é porque querem a nossa presença…”.
António Tavares não quis prestar declarações.

A opção (ou a incompetência) foi clara: não se candidatam ao que tínhamos direito, mas não se pouparam a tirar a camisa aos portugueses (incluindo aos desempregados - sei do que falo…)

Inicialmente, o Fundo Europeu de Apoio à Globalização foi criado para apoiar trabalhadores que ficassem desempregados na sequência da deslocalização dos seus postos de trabalho. Contudo, e tendo em conta a crise económica que assolou o mundo a partir de 2008, foi feita uma alteração aos seus estatutos para que pudesse abranger os desempregados resultantes da crise. "A mobilização do Fundo só é possível através do pedido do Estado-membro, já que são as autoridades nacionais que decidem se querem ou não candidatar-se ao cofinanciamento", explica ao Negócios fonte oficial da Comissão Europeia. 
O Jornal de Negócios questionou o Ministério do Emprego e Solidariedade Social, mas não obteve, para já, qualquer resposta.

Em tempo.
E porque é que haveria de candidatar?
Cito PAULA FERREIRA, EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA DO JN.
"Alguém que está desempregado algum problema deve ter, senão teria conservado o seu emprego". Esta visão cultural prejudica quem vai a uma entrevista de emprego, disse o primeiro-ministro. A intenção de Pedro Passos Coelho até pode ter sido bondosa. Vamos acreditar. O primeiro-ministro não partilha da perigosa visão cultural do desemprego, mas verbalizá-la numa entrevista em horário nobre é, no mínimo, de uma enorme falta de sensibilidade social. De tamanha inabilidade, que Clara de Sousa, a entrevistadora, sem deixar passar em claro o deslize, desafiou Passos a colocar-se no papel do desempregado que em casa o estaria a ver e ouvir. O primeiro-ministro acredita que o desempregado, sem posto de trabalho quem sabe se por incompetência de algum gestor - esse quase sempre inocentado -, o compreenderá. Afinal, falamos do mesmo primeiro-ministro que considerou o desemprego uma oportunidade para mudar de vida (disso não restam dúvidas), do mesmo primeiro-ministro que nos convidou a emigrar. Tudo generosas intenções de um homem que apenas e só pretende incentivar, em cada português, a faceta adormecida de empreendedor."

aF, nº249


Onde ficou o respeito pela história da Cova e Gala e pela memória da homenagem aos pescadores da faina maior?..

Sexta-feira, 10 de julho de 2009. Nesse dia, pelas 16 horas, no Clube Mocidade Covense, com a abertura da Exposição alusiva à pesca do Bacalhau, teve início a homenagem aos marítimos covagalenses promovida pela Junta de Freguesia de São Pedro.
Igualmente nesse dia, em continuação do programa, decorreu na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
No dia seguinte, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prosseguiu a Exposição e houve passagem de filmes.
Finalmente, no domingo, dia 12, o evento teve o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Seguiu-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.
Foi este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. 
"Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes". 
A iniciativa não corrigiu a injustiça. Mas fez-se uma coisa bela e digna na Aldeia. Portanto, o mínimo que se esperava era que o monumento a  recordar estes heróis fosse preservado e alvo de respeito por quem de direito.
Foi o que não aconteceu.

Em tempo.
Como demonstrei aqui, em 7 de Dezembro de 2009, a Vila de S. Pedro não existe.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009. 
O projecto de lei que foi aparente e alegadamente redigido, e seguramente assinado, pelo então deputado Miguel Almeida, foi um oportunismo político.
Faltavam 6 meses para eleições legislativas e estavam a começar por aquela altura as jogadas e as influências para a constituição das listas de candidatos a deputados. Era necessário para o então senhor deputado Miguel Almeida mostrar serviço – fosse o que fosse - para ver se conseguia um lugarzito nas listas.
Compreende-se – a vida custa a todos -  mas não pode ficar sem registo a demagogia e o provincianismo ridículo da iniciativa.
A freguesia de S. Pedro faz parte da cidade e da malha urbana da cidade da Figueira da Foz
Da cidade da Figueira da Foz fazem igualmente parte as freguesias de Buarcos, de S. Julião, de Tavarede. Tal qual como a cidade de Lisboa contem as freguesias da Madragoa, de Alvalade ou de Belém.
Alguém está a ver o presidente da freguesia de Belém a reivindicar que Belém passasse a ser vila, porque está nela a Torre, o museu dos coches ou a pastelaria dos pastéis de Belém. Ou até, porque, vejam lá, tem Presidente da República?..
Recorde-se: a freguesia de S. Pedro passou a vila, porque tem uma pizzaria, uma farmácia, não sei quantas cabeleireiras, uns tantos restaurantes, porto de pesca, boas praias, zona industrial, Hospital...
E se alguém se lembrasse de propor a despromoção da cidade da Figueira?
Acham utópico?...  
Não tem Hospital, está  à beira mar, mas não tem porto de pesca,  nem tem indústria, tem areal, mas não tem praia...
Passados todos estes anos, a  única consequência que  resultou para S. Pedro com a condecoração de vila, foi  o enorme gozo que o então presidente da junta certamente teve ao inaugurar a rotunda “Vila de S. Pedro” num sítio um tanto ou quanto fora dos circuitos rodoviários mais intensos da freguesia.
Palavra que estava a esperar que à entrada da freguesia de S. Pedro, ali logo à saída da ponte dos arcos, houvesse algo  a indicar que estávamos na  “Vila de S. Pedro”.
Tardou. Mas, como sei do que a casa gasta sabia que não falhariam. E não falharam.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um político cada vez mais a leste do paraíso…

Cavaco marca legislativas para 4 de outubro e exige governo“estável e duradouro”.
Este é o conceito de democracia do Presidente da República de Portugal?
Até ao último momento -registe-se o facto - vai tentar fazer o que sempre tentou fazer: procurar influenciar o sentido de liberdade de voto dos Portugueses!..
Simplesmente lamentável, pois deveria  ser o último a tentá-lo, quanto mais a fazê-lo…

Em tempo.
Recusar alívio da dívida grega por causa das eleições? 
"É confusão" de Juncker", diz Passos. E Cavaco saíu em defesa do governo.
Sentido de estado é isto!
Ponto final. 

Lá estarei... ( Vai preparando o autógrafo escritor e blogger...)


“O homem que gostava de pessoas”

Reunir a Liberdade e a Justiça é, talvez, a maior utopia: isso, seria conseguir o encontro fraterno do revolucionário com o revoltado.

Dessa utopia, a meu ver estarão muito mais próximos os movimentos libertários e colectivos que têm na raiz a exigência da justiça, do que a sociedade de liberdade formal, classista, decadente, podre e condenada, em que vivemos.
Aliás, os dias que passam não poderiam ser  mais demonstrativos disto mesmo.

O Dr. Luís  Melo Biscaia, foi o Homem em quem consegui ver melhor o que era, na realidade, a ânsia de Liberdade e de Justiça.

Como muito bem resumiu Fernando Campos, “era, no sentido literal, um aristocrata. Um homem deferente, elevado, solícito, generoso. E não por formação ou por educação, mas por verdadeira convicção, porque gostava mesmo das pessoas - incluindo das que não pensavam como ele.”

E a lista PS ficou assim…

António Costa conseguiu incluir vários "ausentes" das propostas iniciais
A saga  pelos vistos  está encerrada.
Entraram João Galamba, Mário Ruivo e Elza Pais; saíram Rui Duarte, António Paredes e Eduardo Barata.
Depois, foi só baralhar e dar de novo e a lista de  candidatos efectivos do PS pelo circulo eleitoral de Coimbra ficou assim: Helena Freitas em numero 1, seguida por Pedro Coimbra,  João Galamba, Elza Pais, João Gouveia, Mário Ruivo,  Cristina Jesus, Rosa Isabel e  André Gomes.
Um nota: João Saldanha de Azevedo Galamba que vai em numero 3,  tem 39 anos. Nas últimas eleições foi eleito pelo círculo eleitoral de Santarém.
Ao que li aqui, terá ligações afectivas e familiares (por parte dos Galamba Marques) à Figueira da Foz, onde é conhecido nos circuitos do surf, desporto que até praticou no estrangeiro.
E pronto, problema resolvido. 
Conhaque é conhaque e a política quase sempre é cinema de ficção!..

Luís de Melo Biscaia - um Cidadão de corpo inteiro, que vai fazer falta para o combate democrático que temos de continuar a travar

Provavelmente não haverá figueirenses a quem o nome de Luís de Melo Biscaia não transmita um sentimento de verticalidade, de entrega às causas políticas e sociais, de humanidade. Outros, melhor do que eu, estarão em condições de traçar o perfil do Homem solidário, do político, do pedagogo, no sentido em que toda a comunidade beneficiou do seu comportamento, do seu exemplo. E também do advogado, verdadeiramente ao serviço das pessoas. Não posso deixar de manifestar o meu profundo respeito e admiração pelo Homem com quem me cruzei várias vezes por razões profissionais e de serviço público. Dizia sempre o que pensava. A Constituição da República Portuguesa deve-lhe a sua participação. Não foi aliás a única tarefa nacional que desempenhou. Foi também membro do governo de Maria de Lurdes Pintassilgo. Foi um Homem do país, mas foi sobretudo um homem da Figueira, tendo passado pela Câmara Municipal e por diversas instituições de natureza social, desportiva e de serviço. Devotado à causa pública, mantinha até há bem pouco tempo um blogue, nunca se furtando a opinar sobre assuntos de natureza pública, criticando ou aplaudindo e, sobretudo, praticando um sentido de pedagogia que influenciou o comportamento da sociedade. Este Homem, a quem a Figueira tanto deve, enfileira já no virtual “panteão municipal” e faz parte daqueles que “da lei da morte se libertaram”.

Em tempo.
A crónica do eng. Daniel Santos, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, constitui uma bela homenagem ao dr. Luís de Melo Biascaia, um dia depois do funeral de uma das ultimas figuras de referência na luta pela Democracia na Figueira que marcaram a minha geração.
Venho do tempo em que  a maioria dos governantes não eram profissionais da política.
Entenda-se: venho do tempo em que os políticos viviam na vida real junto ao Povo.
A Democracia portuguesa  tem que se reformar a sério.
Neste momento, mais do que difícil, tal desiderato assume-se praticamente como utópico!
Venho do tempo em que os valores tinham valor.
Este assunto  – a falta de verdadeiros valores com valor em que vive a sociedade – é sério.
Se não formos capazes, enquanto comunidade democrática e livre, de encontrar modelos de gestão eficazes e honrados dos recursos que são de todos e deveriam estar ao serviço de todos, não nos admiremos que ressurjam os mais desvairados populismos que, em última análise, tenderão a pôr em causa o próprio regime democrático.  
Da cena política internacional à pequena Aldeia, existe gente honrada e competente, que luta por causas nas quais acredita,  imune ao canto de sereia do dinheiro fácil ou do populismo, seja qual for a sua escola.
Esses cidadãos, mesmo que mais não consigam fazer,  não podem deixar de se manter vigilantes e activos, sem confundir o mal com a caramunha, olhando mais longe e presando os valores essenciais de uma sociedade democrática, que resultou do 25 de Abril em Portugal - com Liberdade e Justiça! Paz e Fraternidade! Cooperação e Solidariedade!
Foi este lado do combate democrático que ontem ficou ainda mais fragilizado com o desaparecimento físico do Cidadão Figueirense Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Belém: mais um grande filme série b


Maria de Belém e os rendimentos de deputada acumulados com os das gorjetas  do Grupo Espírito Santo a título de remuneração de pareceres no domínio da saúde…
Isto fede.

O processo de constituição das listas para deputados e a falta de sentido de estado…

"Esta é uma lista de gente capaz e competente, com provas dadas na sua vida profissional, académica, política e associativa. É uma das melhores listas de sempre do PS em Coimbra", disse Pedro Coimbra.
A lista de candidatos a deputados que será apresentada esta terça-feira à Comissão Política Nacional (CPN) do PS, para aprovação final dos candidatos às próximas eleições legislativas, é liderada pela professora universitária Helena Freitas, vice-reitora da Universidade de Coimbra. Integra ainda, nos seis primeiros lugares, o próprio Pedro Coimbra, Rui Duarte, actual deputado, a empresária Cristina de Jesus, o antigo presidente da Câmara Municipal de Soure João Gouveia e António João Paredes, antigo presidente e fundador da Associação Goltz de Carvalho, instituição de solidariedade social da Figueira da Foz e actual chefe de gabinete do presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares.
Sobre o nome de João Gouveia, antigo deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, actual líder da concelhia de Soure do PS e que cumpriu cinco mandatos como presidente da Câmara - os dois últimos pelo PS e três pelo PSD - e é sogro de Pedro Coimbra, o líder federativo recusou tecer comentários.
"O seu currículo fala por si", disse apenas.

Perante aquilo que a imprensa veiculou acerca desta lista como sendo a opinião da direcção nacional do PS (“não corresponder ao esforço de abertura, renovação e qualificação que se seguiu nos cabeças de lista e ser paradigma do pior aparelhismo”, bem como de não cumprir “os critérios aprovados pela Comissão Política Nacional”) a  um militante deste partido a única coisa que lhe resta fazer é escrever uma crónica num jornal a discordar?..
A propósito de livros e de escrita.
Depois de «homens que são como lugares mal situados», de Daniel Faria, teremos um dia destes «homens que estiveram mal situados no PS» de António Tavares?..

O cerne do problema, porém, na escolha dos candidatos a deputados, no PS e nos outros partidos do arco, não passa pela questão de optar por “caras novas” ou por “caras velhas”. Nem da  opção pela “competência” em desfavor da “novidade”
Nas listas do PS pelo círculo eleitoral de Coimbra haverá de tudo um pouco e nem tudo será desprezível. A importância do que acontece nestes períodos, nas chamadas “noites das facas longas", no PS e nos outros partidos do arco, centra-se sobretudo no facto de ser normalmente um espectáculo deprimente de desprezo pela Democracia, recriminações generalizadas, mesquinhez nos saneamentos, promoções improváveis, mostrando ao país como as divergências de opinião não passam de uma brincadeira de crianças, face ao restante  espectáculo que sempre soubemos que acontece nas tais “noites das facas longas” que são as reuniões partidárias para escolha dos candidatos aos “tachos”

Está diferente Passos Coelho!.. Deve ser da falta de cabelo...

"Passos Coelho mente? Rebobine a gravação"...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Filmes Ataíde apresenta…

Imagem sacada daqui

Uma "vanguarda"?..

"Hollande quer apenas seis países num Governo da zona euro".

Um dia de luto Municipal como forma de expressão de pesar pelo falecimento de Luís Melo Biscaia

O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, decretou o luto municipal por um dia, a observar amanhã, dia 21 de julho, como forma de expressão de pesar pelo falecimento de Luís Melo Biscaia, procedendo à colocação da bandeira do Município a meia haste. Em sua opinião,  Melo Biscaia “ao longo da sua vida, expressando um ideal que partilhou com as suas gentes, lutou pela liberdade e pelo crescimento e desenvolvimento da sua terra”.
Será igualmente solicitado a todos os Presidentes de Juntas de Freguesia do Concelho e responsáveis dos serviços instalados nos demais edifícios municipais, que procedam a idêntico ato.
As cerimónias fúnebres realizar-se-ão amanhã, dia 21 de julho, pelas 11:00, na Igreja de Santo António, seguindo o corpo para o Complexo Funerário do Cemitério Oriental, pelas 12:00.

Vidas vazias... (Mais vazio do que isto só conheço a minha carteira)

Cadáver encontrado na piscina de Demi Moore

Em tempo.
Vidas de merda! Vidas vazias, as de alguns destes milionários e celebridades… em cujas casas há festas «diariamente, de dia e de noite»… mas que, nalguns casos, nem são organizadas pelos donos da casa e em que os donos da casa nem sequer estão presentes…
E corre muito dinheiro esbanjado. E corre muita bebida. E corre muita droga. E morre gente nas festas que não se sabe como aconteceram…
Por cá, na medida minorca do nosso "jet-set" e do mundo dos "famosos", como nos mostram diariamente as revistas e programas de TV da especialidade… também temos disso:
Vidas de merda! Vidas Vazias e "sempre em festa"!
Felizmente… outro mundo é possível!
Samuel Quedas

Faleceu um Senhor. Na Figueira e no País...

Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia nasceu na Figueira da Foz em 8 de Março de 1928, numa família de filantropos e de homens dedicados à causa pública.
Durante a vida foi sempre um Homem tolerante e um verdadeiro democrata.
A coerência do Dr. Melo Biscaia é, talvez, o que melhor define o seu carácter. 
Sem nunca tergiversar nas suas tomadas de posição ao longo da vida, foi  um verdadeiro democrata de espírito aberto e tolerante. Acreditava nos seus ideais, mas respeitava democraticamente os dos outros.
Nunca abdicou das suas convicções e foi sempre um defensor da unidade da esquerda no combate ao fascismo.
Militou nos movimentos oposicionistas à ditadura e, por via disso, abandonou, em 1958, o cargo de Vereador da Câmara Municipal para apoiar a candidatura democrática do General Humberto Delgado.
Foi dirigente do Ginásio Figueirense, do Rotary Club da Figueira, dos Bombeiros Voluntários, da Misericórdia-Obra da Figueira e colaborador da imprensa local.
Depois do 25 de Abril, foi membro da direcção local do MDP vindo, mais tarde, a filiar-se no Partido Social Democrata sendo, nessa qualidade, eleito Deputado à Assembleia Constituinte. Em ruptura com Sá Carneiro abandona o PPD e foi um dos fundadores do Movimento Social Democrata com Jorge Sá Borges, José Augusto Seabra e Magalhães Mota.
Foi Subsecretário de Estado da População e Emprego no Governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.
Filia-se depois no Partido Socialista, tendo sido Vereador da Cultura e Turismo da Câmara da Figueira da Foz durante dois mandatos.
Desempenhou o cargo de Administrador não executivo do Hospital Distrital da Figueira, fez parte da Administração do porto comercial da Figueira e, ainda, da Administração da Portucel.
Nos últimos anos a sua participação cívica levou-o a fundar e animar o blogue Lugar para Todos e a intervir no Facebook.
A Figueira está  mais pobre. 
Sentidos pêsames à família enlutada. Um abraço especial ao Pedro.

domingo, 19 de julho de 2015

O risco de escrever a palavra sucesso

Com a passagem do tempo, ficou mais patente a minha necessidade de me afastar de gente de sucesso, de gente de planos, de gente de reuniões, de gente de currículos – no fundo, da chamada gente interessante.
Com a passagem do tempo, ficou mais patente a minha necessidade de me afastar de gente ocupada, de gente apressada, de gente que, depois de uma boa conversa, acaba sempre por admitir que odeia a vida que tem, mas não desiste de a ter assim.
Com a passagem do tempo, ficou mais patente a minha necessidade de me reaproximar da tranquilidade proporcionada pelo mar - o som em fundo deste mar, este mar desta minha outra margem, funciona como  a luz da minha memória.
Com a passagem do tempo, ficou mais patente a minha necessidade de ler – gostava mesmo era de conseguir ler como li durante décadas.
Com a passagem do tempo, ficou mais patente a minha necessidade de comer umas boas sardinhadas – a melhor parte de ficar com a roupa a cheirar a sardinhas é o sucesso que se faz com as gatas...
Vivemos no País que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Isto, é um País de sucesso, quando, estatisticamente, continuamos na cauda da Europa?

Em tempo.
Cada vez  detesto mais "gente" que tem a mania que manda na gente, só para se sentir gente. 
Cada vez mais, gosto de gente que gosta da gente, sem lhe apetecer mandar na gente.
Essa tal "gente" que eu cada vez detesto mais, que vive obcecada em  mandar na gente para se julgar gente, a meu ver, não é gente: essa tal "gente",  se fosse realmente gente, sabia perfeitamente que toda a gente nasce despida e toda a gente vai daqui vestida por outra gente.
Portanto, o sucesso vai continuar a não constar da minha lista de preocupações. 
O que vai continuar a ocupar-me o tempo vai continuar a ser as chamadas pequenas coisas - sobretudo muitos passeios à beira mar...
O meu objectivo é continuar a ter uma vida sossegada - mas não monótona...

sábado, 18 de julho de 2015

Reflexão sobre o nosso tempo

Portugal está num beco com poucas saídas.
E tudo começou no seio família. Os pais - e isto não é uma crítica para ninguém, é apenas uma constatação - andam preocupados em educar os filhos para o sucesso.
Não fui educado assim, nem eduquei assim.
Será que a generalidade dos pais de agora se interrogaram alguma vez: para além dos sinais exteriores de sucesso (carros, casas, telemóveis etc. – tudo do melhor!..) não  existem equivalentes interiores de insatisfação e de carência de vivência em plenitude?

O sucesso nunca constou da minha lista de preocupações.
O  que me ocupa o tempo  não se mede numa escala de mensuráveis bens exteriores. Gosto de pequenas coisas: um passeio à beira mar; uma boa conversa; das palavras – da sua  doçura ou da sua aspereza; da companhia dos Amigos; do convívio à volta de um almoço ou de um jantar.

Sem pensar no sucesso, ele tem surgido – neste momento, tenho uma vida sossegada, mas não monótona...
Agradeço ao meu Pai e à minha Mãe, não me terem educado para o sucesso.
Agradeço ao meu Pai e à minha Mãe, que o seu espólio não tenha incluído bens quantitativos perecíveis ao tempo, carros, casas, dinheiro.
Deixaram-me o  que mais gosto:  potencial  para admirar as pequenas coisas e os pequenos pormenores do dia-a-dia - o sol e o mar - e a capacidade de sentir as palavras e as coisas fantásticas que elas podem fazer acontecer e a capacidade de ser feliz apenas com isso.

À direita deste espaço na lista de blogues “do concelho da Figueira da Foz” e “nacional” existem vários  que já morreram ou estão em coma profundo.
Por experiência própria, sei que com os blogues, aprende-se, com tempo, tanto a gostar de ler, como o contrário.
Sabemos que existe gente que vive com sentimentos a escrevê-los.
Parece que andam por aí à solta vários gabarolas... Vamos ver se para a semana consigo recomeçar...