quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sempre a puta da política! E a prova são as decisões dos defensores da dama que lhes deu o emprego e que se chama poder...

"Durante a campanha à freguesia de Buarcos, fomos impedidos de apresentar a candidatura no espaço do CAE por ser uma atividade político-partidária.
Tal como na Casa dos Segredos, não se pode debater política numa casa de arte e cultura, ambas fortemente embebidas de política nas suas múltiplas representações. 
Consta que o regulamento da câmara impede realizações político-partidárias em certos espaços públicos, os mesmos espaços utilizados por eleitos camarários para actividades
cheias de conteúdo político e que promovem os próprios eleitos."

Há mais Clubes de futebol, há décadas, a fazer formação desportiva no concelho...

foto outra margem
Para o passado dia 12, faz hoje 8 dias, esteve prevista uma manifestação de dirigentes, seccionistas, atletas e familiares da Naval frente à Câmara... 
A concentração de navalistas junto à Câmara Municipal da Figueira da Foz acabou por ser desconvocada, pois «a autarquia terá mostrado abertura para analisar a contra-proposta do Futebol de Formação da Naval no que respeita à distribuição de tempos de utilização do campo sintético no complexo do Estádio Municipal Bento Pessoa.» 
Como sabemos, há mais Clubes a fazer formação desportiva na modalidade de futebol no concelho. Entre eles está o Grupo Desportivo Cova-Gala, que não não precisa de provar nada, pois o trabalho desenvolvido ao longo dos 37 anos da sua existência falam por si. 
Como entendo que a solução encontrada deve ter a ver também com eles, quando é que o vereador Carlos Monteiro clarifica a situação de uma vez por todas? 
A política, como sabemos, é «o homem e a as suas circunstâncias»
É urgente, para quem se interessa e tem trabalho com frutos para apresentar a nível de formação desportiva no nosso concelho, em décadas de dedicação, conhecer as soluções reais  que a Câmara figueirense tem para este sector. Isso, faz parte integrante da relação de confiança e respeito que tem de existir entre a Câmara Municipal e as Colectividades. 
O «resto», até pode ser muito bom, mas, a confiança e o respeito  contam...

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sejamos simples, directos e concisos...

Funcionários públicos: uns são honestos... Já outros, nem tanto...

Carlos do Carmo: parabéns

A confraria infanto-juvenil do vinho do Dão

"A notícia saiu no Diário de Viseu. Os infantes entre os 7 e os 12 anos vão ter a sua confraria do tintol. Suponho que aos petizes estão destinados, numa primeira fase, brindes com groselha ou sumo de morango, embora esta suposição comece a ser arriscada e o escalão seguinte, dos 12 em diante, certamente já pode gritar vai acima, vai abaixo, para gáudio da populaça.
Portugal é um dos países do mundo onde mais se morre com álcool, ou pelo álcool.
Mas o vinho faz parte da identidade nacional salazarista, já deu de comer a 1 milhão de portugueses; as sopas de cavalo cansado lá foram abandonando a dieta matinal da pequenada mas a nossa droga oficial soma e segue, não seja ela um dos símbolos fundadores do nosso cristianismo, haja negócio.
A iniciativa é da Câmara Municipal de Viseu, a qual em breve será gestora de todas as escolas do município.
E não digo mais nada, ou quase mais nada: um pipo cheio pelos cornos abaixo do filhodaputa que teve a ideia era pouco. Espero que tenha filhos, e um morra na estrada atropelado por um bêbado, a morte de um filho é a dor maior. Era só isto."
Via Aventar

Para acabar de vez com os boatos...


Eu, além de política, também não percebo nada de futebol.
Porém, hoje, dia 19 de novembro do ano da graça de dois mil e catorze, asseguro a vossas excelências: não só a equipa de todos nós não é lá grande espingarda, como Quaresma tem lugar garantidíssimo nela...

A confirmar-se esta notícia extraordinária, confirma-se que a aparência e a imagem, já tomaram há muito o lugar da essência, neste governo...


O problema da Figueira...


O problema da Figueira, não é o orçamento para 2015 e a sua circunstância. 
O problema da Figueira vem de trás... 
Nessa altura, a caravana passou e os cães aplaudiram. 
O verdadeiro problema da Figueira, é que nada mudou... 
A caravana continua a passar e os cães continuam a aplaudir.
O problema da Figueira,  é que somos um concelho constituído, na grande maioria, por indiferentes e resignados.
Portanto, somos governados com a indiferença que merecemos. 
É este o preço que andamos a pagar há décadas.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que o concelho decida o verdadeiramente importante em reuniões à porta fechada.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que exista um hospital dentro de um parque de estacionamento. 
Os programas eleitorais dos partidos, servem só para enganar eleitores antes das eleições... 
Programas eleitorais, aliás, é o que mais fácil de fazer existe. 
Passam os anos, passam as eleições e os eleitores continuam a cair como patinhos. 
Na Figueira, nem foi preciso arranjar alguém com a voz bem colocada.
Aos eleitores locais bastou um sorriso empático...

Não é preciso ser particularmente revolucionário para perceber que a corrupção é um dado permanente deste regime que expulsou o povo da democracia....

«A corrupção em Portugal não acontece porque há alguns vígaros que prevaricam; existe e prospera porque há gente que se apropriou indevidamente da democracia e do Estado».
Nuno Ramos de Almeida no I.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Coisas sólidas e verdadeiras

"O leitor que, à semelhança do de O'Neill, me pede a crónica que já traz engatilhada perdoar-me-á que, por uma vez, me deite no divã: estou farto de política! Eu sei que tudo é política, que, como diz Szymborska, "mesmo caminhando contra o vento/ dás passos políticos/ sobre solo político". Mas estou farto de Passos Coelho, de Seguro, de Portas, de todos eles, da 'troika', do défice, da crise, de editoriais, de analistas! 

Por isso, decidi hoje falar de algo realmente importante: nasceram três melros na trepadeira do muro do meu quintal. Já suspeitávamos que alguma coisa estivesse para acontecer pois os gatos ficavam horas na marquise olhando lá para fora, atentos à inusitada actividade junto do muro e fugindo em correria para o interior da casa sempre que o melro macho, sentindo as crias ameaçadas, descia sobre eles em voo picado.


Agora os nossos novos vizinhos já voam. Fico a vê-los ir e vir, procurando laboriosamente comida, os olhos negros e brilhantes pesquisando o vasto mundo do quintal ou, se calha de sentirem que os observamos, fitando-nos com curiosidade, a cabeça ligeiramente de lado, como se se perguntassem: "E estes, quem serão?" Em breve nos abandonarão e procurarão outro território para a sua jovem e vibrante existência. E eu tenho uma certeza: não, nem tudo é política; a política é só uma ínfima parte, a menos sólida e menos veemente, daquilo a que chamamos impropriamente vida."


Esta é uma crónica de Manuel António Pina.
Nasceu em 18 de Novembro de 1943, faria hoje 71 anos.
Coisas sólidas e verdadeiras, foi a penúltima crónica que publicou no Jornal de Notícias.
Tal aconteceu no dia 1 de Agosto de 2012.
A última foi Vêm aí os turbomédicos, dois dias depois - em 3 de Agosto de 21012.

Vistos Gold barra CDS-PP

"Miguel Macedo saiu da pasta da Administração Interna por causa dos Vistos Gold, mas o escândalo não afectou João Almeida, o então seu secretário de Estado que tinha a tutela do SEF, pois vai permanecer no Governo com as mesmas funções como se nada se tivesse passado. À luz dos factos públicos, para já, as explicações de Paulo Portas têm cada vez mais interesse."

daqui

Aconselha-se a leitura...

Os membros da coligação Somos Figueira, na Assembleia de Freguesia de Buarcos, decidiram canalizar o dinheiro das senhas de presença nas reuniões para a publicação de uma newsletter de distribuição gratuita que, segundo o líder da bancada e candidato derrotado nas últimas eleições, Carlos Tenreiro, pretende «prestar contas do trabalho desenvolvido e concretizar a aproximação entre eleitos e eleitores». Com uma tiragem de 3.000 exemplares, a publicação, que «deverá ser anual», dá também à estampa aquelas que têm sido as críticas recorrentes da coligação à actuação do executivo liderado pelo socialista José Esteves, em questões que vão do «asseio e cuidado de toda a freguesia», que agora compreende também a extinta S. Julião. 
Via Foz do Mondego Rádio. Para continuar a ler clicar aqui.

Verborragia

A propósito da presença do ministro Poiares Maduro, num encontro da federação de confrarias, fica a publicidade à excruciante crónica do vereador Tavares publicada no jornal AS BEIRAS, que aborda a venerável latria à boa mesa e passa pelo protocolo do venusto convívio!..
Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.
Eu, que não passo de um simples de espírito, entendo que o bom, é ser inteligente e culto e não entender.
É uma benção estranha, assim como ter loucura sem ser doido, é um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Acredito, porém, que de vez em quando, há-de vir a inquietação de querer entender um pouco. Não demais: mas, pelo menos, entender o que não se entende...
Não esqueçam, porém, nas Beiras, à terça-feira, a parada semanal de vaidade, onde tudo é programado, escrito e pensado, até o enquadramento, para dar uma imagem de naturalidade.
Pode não se gostar de algumas crónicas do também vereador PS. Pode, sobretudo, criticar-se o estilo, por vezes, demasiado pedante. Contudo, António Tavares é, sem dúvida, um escritor extraordinário.
Leiam.

Viver...

Cito Agustina Bessa-Luís: 
"Eu não me levo muito a sério. É a melhor maneira de viver. Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida."                                                                          
Também nunca me me levei muito a sério. 
Se tivesse levado, penso que a minha vida deixaria de ter metade da piada que para mim tem tido, pois tinha corrido o sério risco de serem os acontecimentos a tomarem conta de mim. 
E eu nunca gostei que tomassem conta de mim. Gosto de ser eu a fazê-lo, mesmo que nem sempre o tenha feito da melhor forma. 
Mas, isso, pode acontecer a todos... 
Passados anos, mesmo naquilo que não terá corrido pelo melhor, penso que poderia ter corrido ainda bem pior. 
Os percalços e as asneiras fazem parte da vida.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Belmonte, para além da telenovela...

imagem sacada daqui
Considerada, a partir de finais do século XIX, um paraíso sobretudo para turistas espanhóis, a Figueira, da altura, tinha nas actividades ligadas ao mar a sua fonte de sustentação - além da actividade turística, tinha a pesca, a indústria conserveira e a exploração das salinas. 
No interior do concelho a agricultura de subsistência e a pecuária ajudavam a dimensionar o escasso orçamento familiar.
Aos poucos, a Figueira começou, graças às suas excelentes condições naturais e climáticas, a entrar no roteiro de viajantes e turistas. À nossa dimensão, começaram a surgir hotéis, pensões e o Casino, e a Figueira vai percebendo que o turismo é uma actividade com retorno económico.
Aqui, para nossa desgraça, tivemos, porventura o primeiro erro histórico: a Figueira deixou, desde muito cedo, que fosse o turismo a ditar o desenvolvimento e não o desenvolvimento do concelho e da região a potenciar a actividade turística.
A Figueira quis ser uma cidade da moda e foram-se copiando alguns dos piores exemplos em matéria de urbanismo e ordenamento do território.
Locais, como nos últimos anos a minha Aldeia, Murtinheira e Buarcos, para além da cidade, ficaram transformados em autênticas urbes sem qualidade e esteticamente reprováveis. Começa a surgir a venda de apartamentos, a construção civil torna-se na segunda ou terceira actividade da região.
Foi a partir da década de 80 do século passado que se cometeram os maiores atentados na sustentabilidade do meio ambiente na cidade e no concelho.
Em 1997, quando Santana Lopes chegou à Figueira, já o declínio da cidade era evidente.
Com custos terríveis para a Figueira, em termos de endividamento camarário, promoveu algumas iniciativas que, depois, os amigos da comunicação social nacional promoviam até à exaustão, o que marcou uma viragem na forma de encarar o turismo e acabou por dar uma imagem falsa – a de que Santana tinha vindo colocar de novo a Figueira na moda.
Foi o segundo erro histórico cometido na Figueira.
E chegámos até aqui: ao retorno ao turista português e a Belmonte...

A dignidade, no fundo, resume-se a isto: a elegância possível no fim de uma cena inglória...


Segundo o Correio da Manhã, “reuniões suspeitas tramaram o ministro Miguel Macedo. Foi com António Figueiredo a Espanha falar do caso longe da PJ; reuniu-se com chinês, agora preso, e pediu bilhetes da Champions para o mesmo.”
Já o jornal i escreve que “Miguel Macedo estava cercado pela suspeita judicial em torno dos seus amigos, conhecidos e tutelados: António Figueiredo, o presidente do Instituto de Registos e Notariado, detido na quinta-feira como um dos principais suspeitos da investigação, era seu amigo e homem da sua confiança política - ao ponto de o ter convidado para seu secretário de Estado quando Filipe Lobo d'Ávila saiu do governo. O convite foi recusado.
Se se juntar a tutela do SIS - cujo director foi fotografado em acção de vigilância da PJ junto do escritório de António Figueiredo - a situação de Macedo era explosiva. E o ex-ministro também conhecia José Luciano - antigo número dois do SIS que agora, a partir de Macau, trabalha para o governo chinês, e tinha sido sócio de Figueiredo num escritório de advogados. José Luciano era padrinho de casamento de Ana Figueiredo, filha de António Figueiredo que era sócia, com o marido, da Golden Vista, empresa que está na origem do escândalo dos vistos gold. Era demasiado para um homem só, mesmo num governo onde o primeiro-ministro, por costume, não aceita demissões.”
Pelos vistos, para os lados do Governo, finou-se a réstia de dignidade que ainda por lá existia...

A propósito das reuniões à porta fechada na Câmara da Figueira... (III)

Em tempo.
Eu não previ, em devido tempo, que a “coisa” ainda daria muito que falar e escrever?.. 

Isto é grave, muito grave mesmo, mas, mas não surpreendente...

Quem tenha estado atento ao percurso político recente de Ferro Rodrigues, fica a conhecer muito acerca da natureza humana e do desplante, desfaçatez e cinismo que anda à solta na política em Portugal! 
Ferro Rodrigues em entrevista ao Público de ontem. 
"Nós não sabemos o que vai acontecer à esquerda «entre aspas» – digo sempre «entre aspas» porque não acho que haja forças mais à esquerda que o PS."
Em matéria de princípios estamos conversados... 
Como diz o povo, quem com ferro tenta matar com ferro vai morrer!