quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hoje, dia 25 de ABRIL DE 2012!..


Vejam bem: o Governo de cravo na lapela a ouvir a senha!..
Coelho de cravo na lapela ... Gaspar de cravo na lapela ... Paulo Macedo de cravo na lapela ... Miguel Macedo e Assunção Cristas não ... Paula Teixeira da Cruz de cravo na lapela ... Relvas de cravo na lapela ...
Álvaro de cravo na lapela... Nuno Crato de cravo na lapela...José Pedro Aguiar-Branco de cravo na lapela... Marco António de cravo na lapela... 

Hoje, 25 de Abril de 2012, o dia está assim..

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve senão eu?

Chove... 

Mas é do destino de quem ama
ouvir um violino
até na lama.


Poema de José Gomes Ferreira, escritor, poeta e ficcionista português.

6 anos depois...

É NA AREIA QUE SE DEVEM 
REGISTAR AS INJÚRIAS, AS INGRATIDÕES, 
AS OFENSAS E AS IRONIAS COM QUE 
NOS PRETENDEM ATINGIR PELA VIDA FORA...
Outra Margem
Como escreveu um dia Miguel Torgao que interessa é partir, não é chegar...
Faz hoje 6  anos que começou esta aventura... 
Que continua, apenas, porque sim... 
Antes de mais, e sobretudo, porque me diverte - e muito... 
Depois,  porque gosto - e muito...  
Também,  porque o número crescente de leitores - alguns que pensava improváveis - me leva a  pensar que isto serve para alguma coisa... 
Mas, vamos ao que interessa. 
6, não é apenas um número. Com o significado que lhe quiserem dar…
Faz hoje 6  anos, repito, que começou o Outra Margem
No fundo, 6, é, também,   sinónimo de resistência...
Para um  blogue, não sei se é muito, pouco ou nada... 
De maneira que... 
Olhem... 
"Um dia de cada vez".
Vamos andando e vamos vendo...
Entretanto, por ser verdade e para que conste, fica explícito que este é um blogue de autor -   com rosto, com alma, com assinatura.
Um abraço a todos os que o visitam e comentam.

25 de Abril, Sempre!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Morreu Miguel Portas

"A letra do hino da campanha Zero Desperdício é (para ser benevolente) profundamente infeliz"...

"É possível que os autores da campanha “Zero desperdício” tenham decidido não realçar nos seus documentos as expressões “fome” nem“combate à pobreza” (pelas suas tonalidades de esquerda) e falar apenas de “redução do desperdício” (pelas suas tonalidades de direita). Pode ter sido uma astuta decisão de marketing político, uma decisão pragmática de quem sabe que o PSD e o CDS têm a maioria em Portugal."

"Da fome, do desperdício e da tristeza", uma crónica de José Vítor Malheiro que desmonta a caridadezinha dos restos e outras sobras de comida. 

Cuidado com a linguagem, pois o novo acordo ortográfico é muito traiçoeiro... (4)

Via Meditação na Pastelaria


José Manuel Fernandes diz-se incomodado. Indignado. Talvez mesmo ultrajado. 
José Manuel Fernandes incomodado, indignado e talvez mesmo ultrajado dá-me vontade de rir. 
A pomposidade de JMF soa ridícula. O "sentido de Estado" não lhe assenta (com dois esses): "Sucede que as comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, lugar onde todos os partidos têm acento e têm voz..." E transcrevo  o "acento", porque erros de português são inadmissíveis quando se sai a espadeirar tão bravamente em defesa da Pátria.


Em tempo.
Neste caso, José Manuel Fernandes não  adoptou o acordo ortográfico.
Preferiu  escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais. 

É tempo de dizer "BASTA"



O Coronel Sousa e Castro, considerado um dos Capitães de abril mais moderados, afirma que é tempo de dizer "basta"
Ontem à noite, no programa Prós e Contras da RTP, o Coronel defendeu que os sacrifícios devem ser equitativos. 
Ver vídeo aqui.

Rescisões "amigáveis"!...

Depois de 30 anos de trabalho, um funcionário público pode rescindir o seu contrato por uma indemnização máxima de 9.700€.
Um gestor, depois de 30 dias de trabalho, se for dispensado, leva o valor total dos ordenados em falta até ao termo do contrato...

Via 2711

"Hoje, 24 de Abril", para...

 "é o dia apropriado para evocar"

A História do século XX ensina-nos que o facto de um indivíduo ser eleito democraticamente não faz dele um democrata. A História do Porto nos anos de Rio - já é possível avaliá-la, agora que esses anos se aproximam do fim - é disso um bom exemplo.

25 de Abril na Figueira


Programa oficial. Ver aqui.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Portugal, 2012, em abril...


Quem consente o  que acima está escrito, não merece mais do que isto:

Dia Mundial do Livro


Desde 1996, que o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor é assinalado a 23 de Abril.

Cuidado com a linguagem, pois o novo acordo ortográfico é muito traiçoeiro... (3)

(Daqui)

- Já usas o acordo ortográfico?
- Não é nada fácil, mas ando a tentar. E tu?
- Também. Já escrevo ortográfico sem H.
- Mas essa palavra nunca teve H!
- Bem dizias tu que isto não era nada fácil...

Em tempo.
Por estas e por outras, é que tal como o Senhor Luís,  ainda não adoptei o acordo ortográfico.
Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.

Rob Riemen. “A classe dominante nunca será capaz de resolver a crise. Ela é a crise!”


Rob Riemenpara quem  a «nobreza de espírito» é a  quinta-essência de um mundo  civilizado, pois considera que   sem nobreza de  espírito, a cultura desvanece-se,  esteve em Lisboa na semana passada a convite de Mário Soares para falar sobre o direito à resistência e para apresentar o seu último livro, “Eterno Retorno do Fascismo”.
Na oportunidade, concedeu uma entrevista ao jornal i, que pode ser lida na íntegra clicando aqui, onde fez algumas considerações interessantes sobre a sociedade em que vivemos.
Para aguçar o interesse, fica um excerto.
“A actual classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, porque ela é a crise! E não falo apenas da classe política, mas da educacional, da que controla os media, da financeira, etc. Não vão resolver a crise porque a sua mentalidade é extremamente limitada e controlada por uma única coisa: os seus interesses. Os políticos existem para servir os seus interesses, não o país. Na educação, a mesma coisa: quem controla as universidades está ali para favorecer empresas e o Estado. Se algo não é bom para a economia, porquê investir dinheiro? No geral, os media já não são o espelho da sociedade nem informam de facto as pessoas do que se está a passar, existem sim para vender e vender e vender”.

domingo, 22 de abril de 2012

Canções de Intervenção no Casino

Sacado daqui

Uma ideia…


Acabei de entregar   a declaração do IRS. Ao fazer a simulação do reembolso,  tive uma supresa muito desagradável…
Se colocam  - e a meu ver muito bem – o aviso de que o tabaco faz mal à saúde nos  maços de cigarros, porque não colocar fotografias  de políticos corruptos  no portal das Finanças?...

A ideologia da caridadezinha sempre presente...

Imagem sacada daqui
Surgiu uma ideia, que aliás não é nova: dar as sobras de comida aos mais necessitados. 

Os mesmos que exploram as pessoas e são responsáveis por salários de miséria e redução dos rendimentos das famílias, são aqueles que ao fim-de-semana recolhem as sobras das suas fortunas e decidem distribuir umas migalhinhas pelos pobres.
Nunca distribuem o suficiente para estes deixarem de ser pobres: atenção, isso daria cabo do seu desporto de fim de semana e acabaria com a necessidade dos mais pobres aceitarem trabalhar a qualquer custo e sob quaisquer condições nas suas empresas.
A caridade é uma indústria nos dias de hoje. Não faltam incentivos ao consumo de produtos que contribuem com 1 cêntimo para uma causa qualquer, num país distante de nós. Sentimos que ao comprar estamos a fazer o bem... a contribuir para algo mais que o bolso de quem produz o que compramos.

Eu estou contra esta ideia de dar os restos aos mais necessitados. Como explicamos que na sociedade em que vivemos há anúncios de comida para cão onde é dito que "restos não são uma alimentação saudável" e ao mesmo tempo vem meio mundo defender que para os pobres já serve? 
Nem do ponto de vista da Igreja é defensável: as escrituras dizem claramente para dar o que temos, tudo o que temos e não só o que nos sobra e não nos faz falta.
Sou a favor que hajam salários dignos, condições de vida dignas e criação das condições socias para acabar com a miséria. Sou totalmente contra estas soluções nojentas de propaganda mesquinha que pretendem menorizar as pessoas e forçá-las a uma vida de joelhos, de subserviência e de sujeição.
Isto é ideologia, formatação social para a criação de um modelo que remonta à altura em que o rei vinha passear de carruagem e atirarava comida aos pobres.
O governo está a atirar milhares de pessoas para a pobreza, não é darem umas migalhas às pessoas que vai mudar isso. Não roubem o salário aos portugueses, não lhes roubem os subsídios a que têm direito e para os quais descontaram e ponham a vossa caridadezinha lá onde o sol não brilha.

As pessoas agradecem. Restos não são uma política saudável.