terça-feira, 20 de junho de 2006

Óh Freguesia de S. Pedro



Foto:
Pedro Cruz




Óh Freguesia de S. Pedro
Porque choras de saudade? ...
Antes, havia medo
Hoje existe a liberdade!


Minha Terra natal
Minha Terra amorosa
Gostar de ti é normal
Mas duma maneira fogosa


Um país para ser feliz
Deve libertar o povo
Pois o povo é do país
E o país é do povo!


Sei que não és cidade!...
E como gosto de ti...
Mas se faltar a liberdade
Não vou viver mais aqui.


Mas sei que vou ficar.
Ninguém me tira a liberdade
Muito menos a vontade
De simplesmente olhar o mar!


segunda-feira, 19 de junho de 2006

O polidesportivo Gala Sidney













O Decreto-Lei n.º 100/2003, de 23 de Maio, aprovou o Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança a observar na Concepção, Instalação e Manutenção de Balizas de Futebol, de Andebol, de Hóquei, Polo Aquático e Equipamentos de Basquetebol existentes nas instalações desportivas de uso público.
No essencial, este Decreto-Lei consagra a obrigação de que "nos ginásios, pavilhões, salas de ginástica e campos polidesportivos exteriores, apenas devam ser utilizados equipamentos desportivos adequados às actividades de educação física e desporto escolar devidamente montados e regulados e em boas condições de conservação e limpeza".






O polidesportivo, que faz parte dos equipamentos de apoio à Habitação Social Gala Sidney, inaugurado e aberto aos utentes há alguns meses, está nas condições de segurança, que as fotos do Pedro Cruz dão conta.
A baliza do lado norte, tem o poste do lado nascente sem qualquer fixação.
O piso, junto ao muro, na parte norte do campo, lado poente, cedeu.





O perigo é real.
Restam duas hipóteses para preservar a segurança dos miúdos:

1 - ou se resolvem as lacunas;
2 - ou se fecha o recinto, até serem devidamente reparadas as deficiências.





domingo, 18 de junho de 2006

Frases lapidares




“Nada pode ser falado nesta freguesia, sem falar no nome do presidente” – esta frase, lapidar e perversamente profética, foi proferida no decorrer da última Assembleia de Freguesia de S. Pedro, pelo próprio Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro.
A memória é curta, todos o sabemos.
Portanto, nada como, de vez em quando, injectar umas vitaminas para avivar a memória, não vá alguém esquecer o nosso valor, a nossa importância, a nossa presença decisiva, fundamental e incontornável.
Porém, a memória é curta e isso é o que nos vale.
É sempre de louvar, e nunca é de mais acentuar, que quem tem responsabilidades seja claro e diga o que lhe vai na alma.
Todavia, quem é que concorda que tudo o que é ou não realizado, numa terra, numa cidade, num País, só foi, ou não, feito porque o presidente era fulano de tal?!...
Aquilo que uma terra, uma cidade, um país, fazem, ou não, também tem a ver com os seus cidadãos – com a sua vontade, o seu interesse, o seu empenhamento.
Ou à falta disto tudo.
Ao contrário daqueles que apelam aos iluminados, aos salvadores da pátria, aos insubstituíveis, para ajudar a tirar-nos do buraco, o necessário é apelar à não resignação.
Cada vez mais, é preciso, é necessário, é fundamental, questionar, inquietar.
Claro que isso passa pela responsabilização de todos, devidamente acompanhada por uma dose de optimismo e confiança no futuro – nos bons e nos maus momentos.
Não é fácil contrariar o pessimismo e a resignação dos portugueses, quase todos o sabemos.
Mas, não desesperemos.
Também quase todos sabemos que temos memória curta.
Lembram-se, há uns atrás, não muitos, de o nosso actual Presidente da República, quando era Primeiro-Ministro, dizer, para aqueles que considerava as forças do bloqueio – Mário Soares e a comunicação social: “deixem-nos trabalhar”.
Esta foi, também, uma frase lapidar e, hoje, sabe-se, perversamente profética.
Na altura, considerava que sozinho podia fazer tudo e fazia melhor.
Enganou-se, como sabemos e ele próprio já admite.
Não é o próprio prof. Cavaco Silva, que agora nos incentiva a termos iniciativa, a termos participação activa na vida do País?
Sei que a memória é curta.
Mas estarei enganado?

sábado, 17 de junho de 2006

Na véspera do Portugal-Irão


“Posso ver o jogo?!...”

Na sala, o televisor estava ligado.
A partida tinha começado.
Pai e filho partilhavam o espaço.
A mãe, na cozinha, ia fazendo o jantar.
A partida de futebol era entre equipas de continentes diferentes: uma, era africana; a outra, era europeia.
“Pai: porque é que aqueles pretos todos vêm de África naqueles barcos tão pequenos?”– pergunta o filho.
O pai enfastiado, a mordiscar uns amendoins e com a garrafa de cerveja nos queixos – “deixa-me ver o jogo...”
“Pelo que vi na televisão, será que eles são estúpidos? Não sabem que era melhor virem de avião! ...”– insiste o puto.
O pai, emborca mais uma golada da mini, mas já a ficar impaciente, vocifera – “posso ver o jogo?! ...”
“O que é eles vêm para cá fazer? Na terra deles não há que fazer?” – insiste o puto.
O pai, já a ficar exasperado: “mau! ...”
“Porque é que eles vêm naqueles barquitos? ... E se aquilo vai ao fundo? ..”
E o puto continua – “porque não os ajudam na terra deles? ... Eles não precisam de fazer lá casas?”
“Silêncio, deixa-me ver o jogo ...”
“ Mas, ó pai ...”
“Chiça, que é de mais! ... Posso ver o jogo?!... Quantas vezes tenho de repetir? Já tou farto de pretos ... Se eles quisessem trabalhar, tinham muito que fazer na terra deles. Mas, não, o que eles querem é dinheiro fácil, sem fazer nenhum! ... Eles vêm para cá é pra gamar, pra confusão... Se fosse eu a mandar punha-os todos a andar... Nem no mundial entravam ... ”
E, entretanto, marcha o resto da mini ...
“Ó homem, vê lá como falas à criança! ...”
“Tu também? ... Cala-te e vai pra cozinha.”
E, já em desespero de causa, enquanto abre outra fresquinha, berra: “posso ver o jogo?! ...”
Furibundo, ao mesmo tempo que se atirava à garrafa acabada de abrir, rosna: “que se lixem os pretos... Um homem, já nem na sua casa, tem sossego! ...”
E, em jeito de remate final: “Pra próxima, vou pró café....”


sexta-feira, 16 de junho de 2006

A UNIFICAÇÃO





Numa altura de crise geral o movimento associativo não foge à regra.
O associativismo português vive dias difíceis e a inversão dessa tendência não parece estar para breve.
O associativismo na Freguesia de S. Pedro acompanha o que se passa no resto do País. As Colectividades de S. Pedro, todas elas, sentem muitas dificuldade na organização do seu a dia a dia.
Por diversos factores, mas onde a escassez de recursos humanos qualificados assume, hoje, como nas últimas décadas, relevância.
Como sabemos, na Cova-Gala existem três Colectividades: o Clube Mocidade Covense, o Desportivo Clube Marítimo da Gala e o Grupo Desportivo Cova-Gala.
Aparentemente estamos bem servidos. No entanto, se formos ao concreto, não obstante a boa vontade de alguns esforçados carolas, principalmente a nível recreativo e cultural, o panorama é francamente desolador.
É assim agora. Era assim há vinte anos atrás.

Um pouco de história
Foi para tentar atenuar as dificuldades que as Colectividades enfrentavam e para tentar potencializar os parcos recursos existentes que, por volta de 1989, Carlos Alberto de Jesus Lima, o pai e ideólogo da tese, começou a tentar corporizar a ideia da unificação.
A primeira reunião, digamos assim, a sério, aconteceu na Sede da Junta de Freguesia de S. Pedro, no ano de 1989. Estiveram presentes representantes das três Colectividades e, como convidado, Domingos São Marcos Laureano, Presidente do Executivo da nossa autarquia, nessa altura.
Em 1990, aconteceu outro facto que podemos considerar uma tentativa, não sei se assumida e previamente pensada, de encetar o caminho da unificação: a organização conjunta da festa em honra do Padroeiro S. Pedro, pelas Direcções das três Colectividades locais.
Diga-se, em abono da verdade, que nem tudo correu bem, digamos assim e, citando, “por problemas de bastidores”.
Entretanto, a atestar que existia gente que na época pensava na unificação, iam acontecendo outras realizações conjuntas das colectividades, como é o caso da organização de algumas edições do Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro, uma realização que prestigiou a nossa Terra...
E as Autarquíadas – quem se lembra ainda desta iniciativa – foi igualmente outra iniciativa promovida pelas Colectividades da Cova-Gala.
O tempo foi correndo, a ideia da unificação foi ganhando alguma consistência, adeptos, defensores, mas, igualmente, foram aflorando algumas resistências mais ou menos camufladas.

94/95, anos decisivos
Chegámos a 1994, ano em que aparentemente foram dados passos importantes.
Foi apresentado um Projecto de Unificação.
Os Clubes – todos os Clubes, realizaram Assembleias Gerais e aprovaram esse Projecto, cuja implementação passaria por três fases:
1ª.– Esclarecimento.
2ª.– Iniciação do Projecto pelas Colectividades.
3ª.– Unificação das três Colectividades, pelo menos numa primeira fase, sem a perda da identidade própria de cada una delas.
Depois, com o decorrer do processo logo se veria.

O que parou o processo?
As coisas pareciam estar a avançar. Chegou mesmo a haver um Projecto de Estatutos e um Regulamento Geral da nova associação a ser criada, da autoria de Carlos Lima.
Esse documento foi discutido em reuniões no seio dos Clubes, mas a partir daí estagnou-se até aos dias de hoje.
A partir de 1995 o processo hibernou.
Visto à distância, ocorreu um factor de índole pessoal, que parece ter contribuído decisivamente para o encalhamento do processo: Carlos Lima, por razões pessoais, pediu a suspensão do cargo de Presidente da Direcção do Desportivo Clube Marítimo da Gala.
Este acidente de percurso, provou-o o futuro, tirou dinâmica e capacidade de organização para levar por diante o processo de unificação das colectividades de S. Pedro, que não era uma tarefa fácil de concretizar, pelas implicações e reacções que tal mudança iria implantar no panorama associativo local.
Por outro lado, ainda que não assumidas publicamente, as tais resistências mais ou menos encapotadas, iam minando o processo.
E a inércia acabou por ditar leis...


Dias de hoje
Em 2006, mais de dez anos decorridos sobre a paragem do processo de unificação, a realidade é esta: não há uma estratégia de fundo, definida, concertada e devidamente fundamentada para o desenvolvimento do associativismo em S. Pedro.
E a realidade recreativa e cultural, no âmbito do nosso concelho, para não ir-mos mais longe, é a conhecida de todos nós.
Na ausência duma ideia de fundo, o poder político fez aquilo que é normal: tomou medidas avulsas e pontuais, onde foram gastos largos milhares de euros, como aconteceu no ano passado, curiosamente ano de eleições autárquicas, no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense.
As carências recreativas e culturais, entretanto, subsistem. A nível desportivo, as coisas têm funcionado bem melhor, embora também aqui existam lacunas fundamentais que, por esta ou aquela razão, têm sido adiadas. É o caso do piso do Campo do Cabedelo.
Meus senhores, sei que há quem não goste que se fale do problema, mas colocar desportistas – crianças ou adultos – a praticar desporto numa pedreira daquelas é, no mínimo, uma violência.
É neste panorama de dificuldades gerais, que a problemática da unificação das nossas Colectividades, volta a ser um tema a ganhar actualidade.
O futuro, que todos ansiamos pujante e vigoroso do associativismo na Cova-Gala, passa, inevitavelmente, pelas opções de fundo que terão, mais tarde ou mais cedo, de ser feitas.
E que têm vindo a ser adiadas.
Até quando?

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Padroeiro de S. Pedro

A Festa
Como tem acontecido todos os anos, finais de Junho, princípios de Julho, na Cova-Gala, é a época marcada no calendário para o povo homenagear o Padroeiro da Freguesia, S. Pedro e, ao mesmo tempo, conviver em clima de alegria e festa.
É, também, a altura em que muitos cova-galenses espalhados por diversos cantos do mundo – EUA, França, Holanda, Canadá, Suiça, Bélgica, etc. – aproveitam para retornar por breves dias ao torrão natal, para o reencontro e o convivo com os familiares, os amigos, a Terra, os petiscos, os vinhos – numa palavra – para o reencontro com as raízes.
Com mais ou menos dificuldades, com mais ou menos crise, a Festa vai-se realizando.
Este ano, o programa é o que reza o cartaz à direita.


O trabalho


Mas para que a Festa aconteça, muito trabalho tem de ser concretizado ao longo de vários meses.
Este ano, a juventude arregaçou as mangas.
Cá fica uma foto a dar testemunho disso mesmo.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Agora haja civismo




Depois de termos alertado neste espaço, no passado dia 7 do corrente mês, para a situação de desleixo e abandono em que se encontrava, pelo menos desde o final de Maio, esta “obra de arte”, assinalamos com prazer que está a ser reparada.
Como não estamos aqui só para apontar o que está errado, fica o apontamento: se não funcionar melhor, pelo menos esteticamente ganhou-se imenso.
Bom trabalho. Demorou mais de 15 dias, mas ficou resolvido.
Agora haja civismo.

Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade, dois grandes Portugueses que morreram há um ano



Álvaro Cunhal foi uma das figuras mais marcantes do século XX português.
Não é possível fazer a história do nosso tempo sem ter em conta a sua personalidade e intervenção, durante os anos da ditadura, no 25 de Abril e nas décadas que se lhe seguiram.
Comunista desde a juventude, manteve-se até ao fim fiel a si mesmo e ideais de sempre.
Era um homem de múltiplos talentos político, escritor, desenhador, pintor, tradutor, que conseguiu fascinar tanto apoiantes como adversários.
Alguns anos antes de partir decidiu falar da sua vida pessoal e da sua obra de criação literária e artística, assumindo nesta altura a autoria dos seus livros publicados sob pseudónimo, autorizou que deles fizessem filmes, editou os seus desenhos e a sua pintura e publicou a sua tradução do Rei Lear de Shakespeare.

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu em Póvoa de Atalaia, concelho do Fundão.
Viveu em Lisboa, onde frequentou a Escola Técnica Machado de Castro.
Terminados os estudos liceais, cumpriu o serviço militar e entrou para o funcionalismo público como inspector dos Serviços Médico-Sociais (1947-1983). Em 1950, é transferido para o Porto, onde fixa residência.
Desde cedo se dedicou à poesia, alcançando grande notoriedade com livros como “As Mãos e os Frutos”, 1948 e 2Os Amantes sem Dinheiro”, 1950.
Traduziu vários poetas estrangeiros, de que se destacam Federico García Lorca e Safo, e organizou várias antologias, sendo a mais conhecida a que dedicou ao Porto com o título Daqui Houve Nome Portugal, 1968. Em 1989, ganhou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro O Outro Nome da Terra. Nesse mesmo ano, recebeu o prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia estrangeira publicado em França com a obra Blanc sur Blanc e em 1990 foi criada no Porto a Fundação Eugénio de Andrade.

terça-feira, 13 de junho de 2006

O centro, o meio e fim




A política lida com um valor muito cobiçado: o poder.
Consequentemente, com o séquito de atributos sociais que nele estão pendurados, como o status, o prestígio social, as oportunidades de negócio, a satisfação da vaidade pessoal, o sentido de importância pessoal, a condição de celebridade, a capacidade de fazer valer sua vontade sobre outros, etc.
Por isso, a política e o poder, que dentro dela e por meio dela se conquista, atrai bajuladores e oportunistas. No interior da política encontra-se de tudo.
Até aqueles que pensam, que a sua figura é incontornável. Aqueles que pensam que, para falar sobre determinado assunto, é impossível fazê-lo sem falar deles!... Eles são o centro, o meio e o fim. São tudo.
Só conseguem conviver, sendo a fonte das atenções, dos agrados e da bajulação.
Não resistem a julgar: o poder, para eles, ou é para gratificar, escolher, promover, prestigiar: ou para prejudicar, perseguir, punir, excluir.
A realidade, é que são os políticos poderosos, que geram os aduladores.
Fossem eles mais resistentes e indiferentes às adulações e outro galo cantaria neste nosso Portugal.
O problema , é que a bajulação e a adulação são daqueles doces venenos que o cacique gosta de ingerir... Como consequência do seu efeito, deixa-se toldar e lá vai o discernimento,
O político prudente sabe que a maioria dos elogios que recebe são falsos e interesseiros. Como disse Maquiavel na sua obra, “O PRÍNCIPE”: O Príncipe prudente deve escolher homens sábios, que dele tenham a permissão de dizer a verdade, mas somente a respeito daquilo que lhes é perguntado. (...) O Príncipe deve aconselhar-se sempre, mas somente quando deseje e não quando os outros queiram. Convém que se lhes tire o hábito de dar conselhos que não foram solicitados. Mas, ao mesmo tempo, pedir conselhos quando necessite, sem impor restrições, e ouvir com muita paciência e atenção as respostas que seus conselheiros dão às suas perguntas, para que a perturbação que o respeito impõe não impeça nenhum deles de expressar suas opiniões”.
Cuidado com os elogios. Satisfazem o ego, mas também embriagam e adormecem o espírito crítico.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

O que é uma Instituição Particular de Solidariedade Social?


“É uma entidade jurídica constituída sem finalidade lucrativa, por iniciativa privada, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos e desde que não seja administrada pelo Estado ou por um corpo autárquico, para prosseguir, entre outros, os seguintes objectivos, mediante a concessão de bens e prestação de serviços:
a) Apoio a crianças e jovens;
b) Apoio à família;
c) Apoio à integração social e comunitária;
d) Protecção dos cidadãos na velhice e invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de incapacidade de auto sustento;
e) Promoção e protecção, nomeadamente através de prestação de cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
f) Educação e formação profissional dos cidadãos.”
A sua importância, na vida das populações, pode aferir-se pelo seguinte: depois do Estado, estas estruturas são o maior empregador nacional.
Na Freguesia de São Pedro existem duas IPSS: o Centro Social São Pedro, ligado à Igreja Católica e o Centro Social da Cova e Gala, ligado à Igreja Evangélica.
Estas Instituições são fundamentais para largas dezenas de famílias da Cova e Gala. Nas diversas valências em que exercem as suas actividades, Apoio Domiciliário, ATL, Gabinete Social, Creche e Jardim de Infância, a sua acção na comunidade é significativa, notada e relevante.
Ser dirigente de uma IPSS é uma responsabilidade muito grande.
Juridicamente, os órgãos directivos das IPSS, estão equiparados a qualquer entidade patronal. Nos dias de hoje , com os desafios que se colocam, o voluntarismo, a boa vontade, o “amadorismo puro” dos dirigentes não é suficiente, nem eficaz. Os tempos mudaram.
Em termos de gestão, existem cada vez mais exigências e desafios.
Basta dizer, que é necessário responder, com celeridade e eficácia, a uma série de organismos, nomeadamente o Ministério das Finanças, do Trabalho e da Solidariedade Nacional, da Educação, Câmara Municipal, com quem as IPSS se relacionam e trabalham.
A formação dos dirigentes e outros responsáveis das instituições, é fundamental para compreender e tentar transformar a realidade das IPSS. O momento é delicado, pois na maioria dos casos, o que pode estar em causa é mesmo a sobrevivência das Instituições.
Se as IPSS não estiverem atentas às modificações que se estão a verificar no seio das comunidades, o seu papel pode vir a ficar esvaziado de conteúdo.
Portugal está a mudar: nunca houve tanta gente com tanta idade; e nunca houve tão pouca gente nova.
Estão a ser colocados novos, exigentes e terríveis desafios às IPSS. Como dar respostas adequadas aos mais carentes e, ao mesmo tempo, assegurar a sustentabilidade das próprias Istituições? As novas formas de pobreza, muitas vezes envergonhada, colocam novas questões ao sector. A crise social é aguda e as IPSS têm novas frentes de combate a que têm de dar resposta, pois o que está em causa são as pessoas.
O social, no Portugal de 2006, é um sector competitivo, onde a produtividade é determinante para um funcionamento sustentado das IPSS.
O quadro social e político, em que estas estruturas têm de funcionar não observa, por vezes, condições favoráveis.
Por exemplo, têm de prestar apoio às crianças, recebendo-as nas Creches, Jardins-de-Infância, e ATL e, também, têm de ajudar os mais idosos – o chamado Apoio Domiciliário - que vivem com sérias dificuldades, sempre com o objectivo de que os problemas dos mais pobres sejam resolvidos com a dignidade que todos os indivíduos merecem. E o Governo e os seus departamentos, muitas vezes, tomam decisões e legislam sem ouvirem as pessoas e as IPSS, que são, afinal, quem melhor conhece os problemas sociais das comunidades.É o caso, por exemplo, da recente implementação de ATL pelas autarquias.
O Governo decretou a criação de estruturas em cima de estruturas já existentes, sem se terem equacionado, devidamente, os interesses das IPSS, que investiram nesse sector, muito antes de alguém o ter sonhado. Isto, num País que tem escassez de recursos para ajudar a resolver as carências básicas da população.

domingo, 11 de junho de 2006

Comissão Social de Freguesia


A nova Comissão Social da freguesia de S. Pedro iniciou a actividade no passado dia 25 de Maio.
Constituem este órgão, que é um dos que a nível local implementa a Rede Social, as seguintes entidades e organismos: Junta de Freguesia de S. Pedro, Centro Social da Cova e Gala, Centro Social de São Pedro, Clube Mocidade Covense, Desportivo Clube Marítimo da Gala, Centro Saúde de S. Pedro, Grupo Desportivo Cova Gala, Associação de Pais da Escola EB-1 da Cova-Gala, Figueira Domus, Centro Distrital de Solidariedade, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Segurança Social da Figueira da Foz, Escola EB-1 de São Pedro e Centro de Atendimento a Toxidependentes.
Convidados estão também o Centro Geriátrico dr. Luís Viegas do Nascimento e Grupo de Escuteiros de Marítimos de São Pedro.
De fora ficou, mais uma vez, a Assembleia de Freguesia de S. Pedro.

Mas o que é a Rede Social?
É uma Medida de Política Social criada através da resolução 197/97 do Conselho de Ministros. É uma medida que impulsiona um trabalho de parceria alargada, baseada na responsabilização e mobilização do conjunto da sociedade e de cada indivíduo para o esforço da erradicação da pobreza e da exclusão social.
Quais são os objectivos?
· Desenvolver uma parceria efectiva e dinâmica que articule a intervenção social dos diferentes agentes locais;· Promover um planeamento integrado e sistemático do desenvolvimento social, potenciando sinergias, competências e recursos a nível local;· Garantir uma maior eficácia, ao nível dos Concelhos e Freguesias, do conjunto de respostas sociais;· Formar e qualificar, no âmbito da Medida, agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local.Combater/minimizar a pobreza e a exclusão social
Como funciona?
A Rede Social materializa-se a nível local através da criação de dois órgãos:· Conselho Local de Acção Social (CLAS);· Comissões Sociais de Freguesia (CSF).
Quais são as principais actividades das Comissões Sociais de Freguesia?
· Elaboração do diagnóstico social;· Criação de um grupo de trabalho;· Elaboração do regulamento interno;· Sinalização das situações mais graves de pobreza e exclusão social;· Promoção da articulação progressiva da intervenção social dos agentes locais.

sábado, 10 de junho de 2006

Pela Assembleia de Freguesia de S. Pedro

Ontem, pelas 21 horas e 30 minutos, realizou-se uma Sessão Ordinária deste Organismo.
Dentro do espírito que norteou primordialmente a criação deste blogue – prestar gratuitamente um serviço público à Freguesia de S. Pedro – aqui ficam algumas informações breves.
Pretendemos, somente, que todos os cova-galeneses interessados na sua leitura, incluindo os da diáspora, tenham informação, fácil e acessível, sobre o que se passa numa Terra que é de todos nós – simples e banais mortais.
Este é um espaço da exclusiva responsabilidade de António Agostinho e Pedro Cruz.
Como qualquer meio de comunicação social, tem espaço para a informação e espaço para a opinião.
Democracia é isto mesmo: o direito à informação e à opinião.
Naturalmente, responsável, livre e democrática.
Quem não consegue, 32 depois do 25 de Abril de 1974, distinguir e conviver com normalidade com um facto tão simples e linear como este?
“Se tudo é um todo/É o todo que importa/Não ponhas de lado/Aquilo que falta” – acabei de citar os Xutos e Pontapés, no tema “Pequeno Pormenor”.
Vamos ao que importa, as notícias da nossa Freguesia.

Mercado
Os trabalhos de construção da 2ª. Fase, encontram-se em fase de finalização.
A inauguração deverá ocorrer nos finais de Junho/primeiros dias de Julho, de 2006.
O novo Mercado terá o seguinte horário de funcionamento:
De Terça-feira a Domingo – das 8 às 15 horas.
Encerra à Segunda-feira.
Das 7 às 8 horas, será o período normal que os vendedores têm ao seu dispôr para abastecerem de géneros e mercadorias os seus espaços comerciais.

Clube Mocidade Covense
Também em fase de finalização, encontram-se as obras que estão a decorrer há vários meses nesta Colectividade, como sabemos fortemente apoiadas pela Junta de Freguesia de S. Pedro.

Grupo Desportivo Cova Gala
Segundo informação prestada pelo Presidente da Freguesia de S. Pedro, “não está nada previsto, no que diz respeito a melhoramentos, pois a responsabilidade pela gestão das instalações do Clube cabe à sua Direcção”.
Porém, “dentro do possível, tanto a Junta como a Câmara, colaborarão com a Colectividade”.

Turismo
Abriu oficialmente no passado dia 1 de Junho a época balnear.
Estão abertos e a funcionar os 3 balneários existentes nas nossas praias – Cova, Hospital e Cabedelo.
A limpeza das praias está a ser feita e estão a ser beneficiados os equipamentos e os seus acessos. O atraso na limpeza da Praia do Cabedelo, ficou a dever-se ao facto das operações terem começado pelas Praias do sul.
Ainda no âmbito daquilo que se pode considerar como apoio às praias, de registar as obras de construção dos parques de estacionamento, entre a Rua Dr. Luís Santiago até ao Cabedelo.

Cultura
A Biblioteca de São Pedro recebeu vários livros, provenientes da Biblioteca Municipal, pertencentes à colecção que o escritor Luis Cajão doou à Figueira.

Voto de Pesar
Por proposta do Executivo, foi aprovado por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento da D. Bertina Machado, que num anterior mandato fez parte da Assembleia de Freguesia de S. Pedro.

Maternidade
Segundo a ARS de Coimbra, a Maternidade da Figueira é mesmo para fechar. Em resposta a uma carta da Assembleia de Freguesia de S. Pedro, onde foi comunicado o teor da Moção de repúdio pelo encerramento aprovada, por unanimidade, na reunião realizada em 28 de Abril passado, o que está em decreto-lei é para ser cumprido.
O Governo está intransigente e determinado.
A luta vai ter mesmo de continuar.

Nova Ponte dos Arcos
A obra foi consignada em 29 de Maio passado, como, aliás, demos conta oportunamente neste espaço informativo.
Neste momento, estão já a decorrer as obras da instalação do estaleiro, na zona da Morraceira.

Fundadores da nossa Terra homenageados
Por proposta do Executivo e da Comissão de Toponímia, a Assembleia de Freguesia de S. Pedro aprovou, por unanimidade, que o arruamento entre o Largo Engenheiro Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho e a Rua Augusto Seco se passe a denominar Rua dos Pescadores.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Um caso no jornalismo figueirense

O pequeno mundo dos media figueirenses, foi abalado com a notícia publicada pelo diário “as beiras”, na passada quinta-feira, que dava Lídio Lopes, vereador do PSD na Câmara da Figueira, portanto, figura pública, como condenado pelo crime de ofensa à integridade física de um jovem.
Sabe-se agora, depois de Lídio Lopes ter dado uma conferência de imprensa, a negar a história e a exigir a reposição da verdade que, afinal de contas, o documento em que a jornalista Anabela Vaz se fundamentou, «não era a sentença do tribunal, mas sim a acusação formulada pelo Ministério Público.»
A jornalista terá, presume-se, sido induzida em erro pela fonte que lhe forneceu o documento, ou, eventualmente, ter feito alguma confusão entre uma sentença do tribunal e uma acusação do Ministério Público...
Anabela Vaz, diz quem a conhece, “tem provas dadas de bom jornalismo”.
Que diabo, então isto não pode ser normal! ....
O que haverá por explicar em toda esta história ?...
Este facto, creio que inédito no panorama jornalístico figueirense, coloca questões e desafios aos que fazem da transmissão da informação o seu modo de vida na nossa cidade.
O desafio que, acima de tudo, se coloca hoje aos jornalistas na Figueira, é o de responder com um jornalismo de qualidade.
Isso, passa, indiscutivelmente, pelos jornalistas e pelas Empresas de comunicação social.
Pergunta-se: onde está o aperfeiçoamento profissional, através de cursos de reciclagem e outras formas de actualização?
A formação profissional dos jornalistas figueirenses , deverá ser encarada, não como um custo supérfluo, mas sim como um investimento estratégico decisivo.
O que está em causa, é a qualificação de um grupo profissional, cujas especiais responsabilidades na formação da opinião pública da nossa cidade, são por demais evidentes.
É claro que isto, embora importante, é, no momento presente, talvez secundário
para os “nossos” jornalistas.
As condições objectivas para o exercício da sua profissão na Figueira, sempre foram fortemente condicionadas por um contexto político e empresarial complexo.
Se quisermos ser mais explícitos e frontais, teremos de admitir as tentativas de instrumentação dos média e as pressões que restringem as liberdades dos cidadãos e dos profissionais de informação.
Isto, claro, por parte dos “poderes”.
Neste contexto, espera-se dos jornalistas figueirenses, muito mais do que o mero registo dos factos que animam ou oprimem o quotidiano da nossa cidade.
Mais do que testemunha profissional da História, o jornalista é chamado a procurar compreender e explicar qualificadamente os factos no seu contexto, sob pena de contribuir para reduzir as sociedades modernas e democráticas a um imenso mosaico amorfo e acrítico de espectadores passivos ou, na pior das hipóteses, gozosos do sofrimento alheio.
O jornalismo é uma profissão de risco.
A Anabela Vaz cometeu um erro grave.
Mas, os erros também nos podem fazer crescer.
Pergunta quem a conhece, “será que um erro, embora grave, pode pôr em causa toda uma carreira sem mácula?”
Como sabe, o nosso conhecimento é superficial.
Peço, portanto, que desculpe a minha ousadia e permita que subscreva o pedido do José Luís de Sousa, no magnifico texto inserto no seu blogue.
“Reflicta.
A sua contribuição para um bom jornalismo na Figueira da Foz é absolutamente necessária”.

QUE SOMOS NÓS



Que somos nós senão o que fazemos?
Que somos nós senão o breve traço
da vida que deixamos passo a passo
e é já sombra de sombra onde morremos?

Que somos nós senão permanecemos
no por nós transformado neste espaço?
Que serei eu senão só o que faço
e é tão pouco no tempo em que não temos

para viver senão o tempo de
transformar neste tempo e neste espaço
a vida em que não somos mais do que

o sol do que fazemos. Porque o mais
é já sombra de sombra e o breve traço
de quem passamos para nunca mais.

Manuel Alegre

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Vamos ser optimistas ...

Foto: Pedro Cruz

O que está previsto é o seguinte: 24 meses, é o prazo máximo para a conclusão das obras da nova Ponte dos Arcos.
Isto, evidentemente, após o seu início. Com os obstáculos do IPTM já ultrapassados, aguarda-se, a todo o momento, o arranque dos trabalhos.
A obra já se encontra consignada, pelo que os dois milhões de euros, que é quanto se prevê seja o custo global, também já não devem constituir problema. Claro, isto se não houver derrapagem financeira no decorrer da execução do empreendimento ...
Dada a necessidade, para a Freguesia de S. Pedro e para todo o concelho da Figueira da Foz, da conclusão desta obra estrutural, 24 meses até seria um prazo razoável ....
Vamos ser optimistas.

"Nascer na Figueira" vai a LISBOA



O movimento cívico “Nascer na Figueira” aderiu à acção nacional de protesto da iniciativa do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, a realizar no próximo sábado, pelas 15:00, junto ao Marquês de Pombal (Lisboa). A comissão apela aos figueirenses para que se juntem ao protesto, assegurando aos interessados transporte com saída, do Parque das Gaivotas, às 10:00. As inscrições para esta marcha podem fazer-se através do número de telefone/fax 233 425 417.

ParaIndústria



Foto:
Pedro Cruz


No final de 2005, a ParaIndústria fechou com “resultados relativamente modestos”.
Esse argumento, foi um dos que levou o PS a votar contra a recondução dos corpos sociais da ParaIndústria.
Mas os Vereadores do Partido Socialista na Câmara da Figueira, colocam outras questões, do seu ponto de vista pertinentes.
Que promoção tem sido feita do Parque Industrial da Gala?
Ainda há pouco tempo, Montemor-o-Velho foi contemplada com um importante investimento estrangeiro.
Porque é que a API (Associação de Parques Industriais), sendo sócia da ParaIndústria, não canaliza investimentos para a Figueira?
Existe dinâmica no funcionamento da ParaIndústria?
Os resultados do ano passado, da empresa que gere a Zona Industrial, detida em 65% pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, foram “relativamente modestos”.
É o próprio Presidente do Conselho de Administração, eng. Duarte Silva, também Presidente da autarquia figueirense, que o admite.
Apesar disso, a maioria das personalidades que compões os Corpos Sociais da ParaIndústria foram reconduzidas para executarem um novo mandato.
Isso aconteceu na reunião de câmara da passada segunda–feira, com os votos a favor do PSD. Os vereadores socialistas, afirmaram não ter motivos “para aprovar a recondução de uma administração que obteve resultados modestos”.
E, acentuaram: “a maioria dos seus elementos são pessoas ausentes”.
Apesar de serem considerados “nomes sonantes, não têm demonstrado ser uma mais–valia”.
O vereador Paz Cardoso disse mesmo: “vêm cá poucas vezes e estão desenquadrados com a realidade da Figueira”.
Com críticas, ou sem críticas, a maioria é que acabou por ditar leis.
O eng. Duarte Silva permanece no lugar de Presidente da Administração, tendo como “braço direito” Luís Tadeu.
Amaral Vieira e Luís Dias, assumem os lugares de vogais.
Na Presidência da Assembleia Geral, a autarquia mantém Morão Dias, com Nogueira Santos e Carlos Fonseca.
O Conselho Fiscal, continua a ser presidido por Daniel Bessa, acompanhado por Carlos Santos e João Pedrosa Russo.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Não haverá perigo?



A situação é esta, há, pelo menos, 8 dias.
O local, é um dos mais frequentados da Gala: na Avenida 12 de Julho, mesmo junto ao Clube de Vídeo.
Mesmo que não seja perigosa, esteticamente é lamentável.