quarta-feira, 31 de maio de 2006

Vem aí a nova Ponte dos Arcos



Se as coisas correrem como estão planeadas (o que no nosso País não é habitual), teremos os engarrafamentos de trânsito terminados na Ponte dos Arcos, lá para os primeiros meses de 2008.
É que a obra da nova ponte, depois de um processo atribulado, já foi consignada.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, em declarações prestadas ao Diário de Coimbra, informou que a nova Ponte da Gala «já foi consignada», no passado dia 29 de Maio, manifestando-se por isso «satisfeito», mas não deixando de lamentar que este “caso” tenha «mais de 4 anos. Num país normal a ponte já estava feita, e esta é a diferença de Portugal», salientou Duarte Silva.
E o edil recorda, que assim que tomou posse no primeiro mandato (2001), pediu a um amigo que fez o ante-projecto «sem qualquer encargo», depois seria só dar andamento.
No entanto, o autarca tem uma esperança, que esperamos veja concretizada: ser ele próprio a inaugurar a obra.
Ainda segundo o mesmo jornal, em notícia assinada pela jornalista Bela Coutinho, o presidente da Junta de S. Pedro, demonstrando possuir uma visão larga e abrangente, considera que com esta consignação, «voltei a ter esperança e a acreditar que é possível fazermos um país diferente e contrariar todos os analistas que vão afirmando que, em 2050, seremos o último da Europa dos 20».
Carlos Simão, tece elogios a José Sócrates, que «tem tido coragem e está a trabalhar para que tal não aconteça», sublinhando que todos devem contribuir «para que o nosso país seja um local onde tenhamos o prazer de viver».
Mais: o autarca de S. Pedro enaltece, ainda, o «esforço do presidente da Câmara» e de todos os que «puseram acima dos interesses pessoais e do partido os interesses do concelho».
E prossegue: «com este problema a caminho de ser resolvido, apelo para que se resolva a questão das obras terrestres do Portinho da Gala que tinha verbas previstas inscritas em PIDACC, estando o projecto concluído e pronto para ir para concurso do IPTM em Lisboa». A obra deverá arrancar brevemente, tem um prazo de 20 meses e nas imediações da actual estrutura, incluirá duas vias (no sentido sul/norte) e outra para quem sai da Gala, de forma a não precisar de utilizar a rotunda.
Quanto à Ponte dos Arcos, a nova será feita sem influir no fluxo de trânsito, já que contempla a construção de duas vias de cada lado da actual, e quando estas estiverem construídas, a “velhinha ponte” será desmantelada, unindo-se as duas alas, pelo que, a nova via ficará com quatro faixas de rodagem.

Estuário do Mondego faz parte da Convenção de Ramsar




O Governo propôs no ano passado e foi aceite: o estuário do Mondego, é uma das 5 novas zonas húmidas a integrar a Convenção de Ramsar.
1518 hectares do estuário do Mondego, alguns dos quais situados na Freguesia de S. Pedro, passaram a fazer parte da lista Ramsar.
Que implicações é que isto tem?
Desde logo, o estuário do Mondego ganhou visibilidade.
Integrar a lista Ramsar, leva o Governo a assumir internacionalmente que vai manter aqueles espaços. É, digamos assim, o primeiro passo para a protecção, no caso de se tratar de uma zona húmida ainda sem qualquer protecção. Se, porventura, já pertencer a áreas classificadas, é um compromisso para a sua monitorização e, se for caso disso, recuperação.
O estuário do Mondego é uma das zonas húmidas que dão agora os primeiros passos para uma protecção.
Localizado numa região densamente povoada, o estuário enfrenta pressões urbanas e a ameaça da actividade humana em seu redor.
Mesmo assim, neste momento, a zona do estuário do nosso rio é ainda um local privilegiado, devido ao seu valor ecológico.
Uma das razões de orgulho do estuário é a colónia estável de pernilongos, de que as fotos do João Pita dão testemunho evidente, que Ricardo Lopes da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, admite poder chegar aos 300 casais.
As zonas húmidas são dos mais importantes ecossistemas do nosso planeta, sendo, igualmente, dos mais sensíveis e dos mais ameaçados.
Constituem ecossistemas de transição entre ao ambientes aquáticos e terrestres, encontrando-se entre os mais produtivos do mundo e com uma série de funções , que passam pelo controle de inundações, manutenção de lençóis freáticos, estabilização da linha de costa, retenção de sedimentos e nutrientes e purificação da água, mitigação das alterações climatéricas.
A juntar a tudo isto, zonas como o Estuário do Mondego – de que faz parte a Morraceira -, são um reservatório de biodiversidade e locais de elevados valores culturais.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Vamos ser claros ...



Os responsáveis do
Outra Margem, assumiram, desde o primeiro minuto, as suas responsabilidades.
Demos a cara.
Quando criámos este espaço tínhamos objectivos.
Nomeadamente, pensar, discutir, questionar, algo que amamos: a nossa Terra.
Entretanto, as coisas dimensionaram-se e ultrapassaram as perspectivas iniciais.
Os textos e fotografias dos responsáveis pelo Blog, pensamos nós, têm obedecido a critérios e a valores perfeitamente definidos e objectivos.
É claro que criámos expectativas.
Que assuntos iriam ser tratados? Como os iríamos tratar? Em que perspectiva?
Sejamos claros:

1. A nossa razão de existir é a defesa dos interesses da Freguesia de S. Pedro.
2. Somos regionalistas. Nesse sentido, estamos aqui para defender o nosso torrão natal.
3. Ninguém melhor do que nós, os habitantes de S. Pedro, para defender a nossa Freguesia
.

Porém, sabemos que os interesses da nossa Terra, têm de ser articulados com o todo concelhio, distrital e nacional. Isto é, a solução para os problemas que nos afectam, passa também pela solução de problemas mais abrangentes.
Para defender os interesse da nossa comunidade, tínhamos à partida uma tarefa exigente: teríamos de sensibilizar uma opinião pública local adormecida e domesticada.
Conseguimos que sectores da população, até aqui amorfos e acomodados, com opiniões, por vezes divergentes, viessem a público dizer da sua justiça.
Mostrámos que as pessoas sabem ouvir e também sabem falar.
E as pessoas, no geral, souberam distinguir o essencial do acessório.
Não somos um espaço para doutores, embora os doutores também tenham aqui espaço.
A nossa forma de comunicar tem sido simples: dizer coisas que interessam às pessoas.
É claro que não somos neutros.


Imagens






A fotografia é reflexão.
Ganha vida na acção.
Acaba por emergi
r para a meditação.




Estas fotos, foram obtidas na Praia do Cabedelo, domingo, 28 de Maio de 2006 - um dia de calor abrasador, último fim de semana de um final de mês anormalmente quente.
Milhares de pessoas demandaram ao Cabedelo, sequiosas de uma praia tranquila e de águas seguras para as crianças.
Ao fim da tarde, ainda havia sol e águas calmas...
Mas a areia! ...
Este, foi o cenário, com que se depararam os veraneantes que escolheram o areal situado entre o norte do molhe sul e a margem esquerda do Mondego! ...
Alguns ficaram. Mas muitos procuraram outras paragens ...
Se uma fotografia vale mais que mil palavras, estas imagens valem quantas?! ...

domingo, 28 de maio de 2006

S. Pedro: 22 anos de freguesia, três presidentes ...



Opinião



De 1985, até aos dias de hoje, a Freguesia de S. Pedro conheceu três Presidentes.
A saber: de 1985 a 1989, Domingos São Marcos Laureano; de 1990 a 1994, José dos Santos Dias Vidal; de então para cá, Carlos Manuel de Azevedo Simão.
Sem querer particularizar, isto dá que pensar, pois casos de pessoas que se eternizam no poder no Portugal democrático, não são tão raros como isso.
Alberto João Jardim, o chefe da Madeira, é o caso mais mediático.
Mas, há mais, muito mais! ...
Isto coloca uma questão real e concreta: a dificuldade que alguns políticos têm em gerir bem o abandono do poder em democracia.
Nisso, as ditaduras são mais claras e transparentes.
Os chamados insubstituíveis, só saíam da cadeira do poder para o cemitério...
No Portugal democrático, as coisas não são bem assim.
Mas as resistências são muitas ...Não é fácil!...
Muitos resistem ao afastamento do poder, com argumentos patrioteiros: o País, ou a Terra, precisa deles, e eles estão disponíveis e dispostos ao sacrifício pessoal e familiar.
Sejamos claros. Face à situação, que se vive um pouco por todo o País, só há um caminho a seguir, nesta nossa democracia: a generalização da limitação temporal do exercício dos mandatos de todos os políticos.
O povo, abomina a soberba.
A menos que esse pecado mortal se confunda com autoridade.
Mas, para continuar a confundir o povo, é necessário não perder as estribeiras.
Para evitar males maiores, o melhor, mesmo, portanto, é a limitação de mandatos.
Mais do que homens grandiosos, um País, uma Terra, um povo e uma democracia, necessitam de leis justas e de uma tradição de respeito pelos outros.
A democracia é o governo dos homens normais.
Dispensa heróis e iluminados, antes serve a todos.
Nada como estarmos protegidos de quem nos quer fazer tanto bem! ...

Gente de Fé

Balanço a meio do mandato no G. D. Cova-Gala



Com metade do mandato de 2 anos cumprido, a Direcção do Grupo Desportivo Cova-Gala prestou contas aos sócios, no decorrer da Assembleia Geral que se realizou no passado dia 27 de Maio, nas instalações do Complexo Desportivo do Cabedelo.
A realidade do Clube foi exposta com clareza pelo Presidente da Direcção.
Futebol Senior – esta direcção candidatou-se para evitar a extinção da equipa senior.
O objectivo foi atingido, pois a equipa, que participou no campeonato distrital da 1ª. Divisão, esteve na luta pelos lugares cimeiros até à última jornada.
Futebol de Formação – foram constituídas 2 equipas, que participaram nos distritais de escolas e infantis.
Estas formações tiveram comportamento altamente meritório nas provas em que participaram. Ainda no dia em que decorreu a Assembleia, os infantis foram à Adémia disputar a última jornada da fase final e venceram por 6-3.
Investimentos/Obras (infra-estruturas e equipamentos) - no decorrer deste primeiro ano de mandato o campo de jogos sofreu alguns melhoramentos: construção de novos bancos de suplentes, pintura exterior e interior dos balneários, conservação e pintura das balizas, remodelação da lavandaria e dos sanitários dos balneários, limpeza geral do campo. Foram também adquiridas novas máquinas de lavar e secar roupa, aquisição de redes para as balizas, etc.
Sócios e Quotização – na época que passou, esta foi a maior conquista do Clube: angariou 117 novos sócios. A verba conseguida com a quotização ascendeu a 5 324 €. O que foi notável.
Análise Financeira e Contabilística – neste momento, não existem dívidas por saldar a fornecedores.
As contas apresentam saldo positivo. A realidade financeira, só não é mais satisfatória, porque em 23 do corrente mês teve de ser liquidada uma dívida referente à Contribuição Autárquica, no valor 4 062,34 €.
Com este pagamento ao fisco, a situação contributiva do Clube ficou completamente resolvida.
Agradecimentos
– a terminar, o Presidente da Direcção agradeceu a algumas entidades públicas e privadas o apoio que deram ao Clube na época de 2005/2006.
O Relatório e Contas 2005/2006, apresentado a seguir pelo Tesoureiro Miguel Costa, foi aprovado por unanimidade.
Na continuação dos trabalhos, foi apresentado, posto à discussão e aprovado por unanimidade um projecto de alteração dos estatutos.
A terminar a reunião, foram abordados alguns assuntos de interesse para a Colectividade.
Nomeadamente, foi lamentado por Miguel Costa, que “o trabalho que está a ser realizado no Grupo Desportivo Cova-Gala, não foi devidamente apoiado a nível financeiro pela Junta de Freguesia.”
Outra questão pertinente, e que perdura já há alguns anos, é o estado do piso do campo de jogos: parece uma autêntica pedreira.

Domingo de praia ...



As previsões apontam para céu limpo, temperaturas altas e algum vento para a tarde – em geral fraco.
Vai ser certamente um grande dia de praia, este último domingo de Maio.
É aproveitar e ir até ao extenso areal de S. Pedro, que vai do Cabedelo ao Orbitur.
Protejam-se da torreira do sol e dêem uns bons mergulhos.
Cuidem-se. Olhem que o sol pode transtornar.
Apesar de ser um dia sol e estarmos na praia num dia de lazer, continuamos em Portugal.
Um País maravilhoso, onde dá gosto viver: tem o défice domado, a corrupção destruída a descrença colectiva é uma miragem! ...
Mau.
- Querem ver que já apanhei sol a mais! ...



sábado, 27 de maio de 2006

Ficção



Fé ...

“Ao colo da mãe, uma criança de meses quase sufoca, tanto é o calor que sobre ambas derrama o sol a pino.
A mulher arrasta-se
penosamente.
Os pés e as pernas estão envoltos em trapos brancos, que a poeira da estrada escureceu.
Prometera – diz ela – se o filho se salvasse, levá-lo a Fátima numa romagem a pé.

À passagem na Gala, já com 2 dias e 2 noites de jornada, tinham cump
rido um terço da promessa.
Ainda não há notícia se a criança sobreviveu.”


Qualquer semelhança, entre esta estória e a selecção sub-21, que joga amanhã contra a Alemanha, é pura coincidência.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Luandino Vieira, escritor singular e há muito “silencioso” ...



Por razões “pessoais e íntimas”, Luandino Vieira, nascido em Vila Nova de Ourém, perto de Fátima, mas angolano de adopção, recusou o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Ao dizer não ao Prémio Camões, o escritor deixou de receber 100 mil € (vinte mil contos em moeda antiga).
A decisão do escritor apanhou todos de surpresa, excepção feita ao escultor José Rodrigues, que o acolhe no seu Convento S. Paio, em Vila Nova de Cerveira.“Almocei com o Luandino numa tasquinha de Caminha e, durante o almoço, ele esteve irónico e fazia parábolas acerca do dinheiro do prémio”, disse o escultor.“Não sei as razões pelas quais Luandino recusou o galardão, mas ele vive como um franciscano”, referiu José Rodrigues, acrescentando que o escritor “se retirou fisicamente do mundo mas continua atento a tudo o que acontece. Apesar de se ter isolado, Luandino está atento a tudo”.Segundo o escultor, Luandino passa os seus dias a passear pelos montes, a falar com os passarinhos e os animais e a escrever cartas.“Luandino continua a escrever, muito à noite e até de madrugada. E não apenas cartas”, declarou José Rodrigues, numa alusão à obra ‘O Livro dos Rios’, primeiro volume da trilogia ‘De Rios Velhos e Guerrilheiros’, que Luandino Vieira lança em Novembro.
Luandino, tem 71 anos de idade e um percurso de vida intenso.
“Escritor lento”, escreveu 11 livros, o último dos quais Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & Eu, no decorrer da sua estadia de 8 anos no Tarrafal, de 1964 a 1972, por defender a independência de Angola.
Luandino Vieira é um escritor muito exigente consigo próprio, duma qualidade e criatividade narrativa, estética e linguistica altíssima, para quem a escrita exige tempo de laboração mental e um intenso trabalho sobre a linguagem..
Luanda, um livro que enriqueceu a língua portuguesa, dá disso testemunho.
Luandino Vieira, um autor que dá prazer ler.
Luandino Vieira, um escritor singular e há muito “silencioso”, mas não “morto”.
Luandino Vieira, o Homem que disse não ao mais importante prémio literário da língua portuguesa.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Uma iniciativa da autarquia de S.Pedro






Nota à margem:

- Numa Terra em que raramente acontecem coisas, não deixa de ser, no mínimo, curioso, que no mesmo dia e em horas que claramente colidem, vão acontecer duas iniciativas importantes para a Fregueisa de S. Pedro.
A Assembleia Geral do Grupo Desportivo Cova- Gala já estava publicitada desde meados de Maio.
A iniciativa da Junta da Junta de Freguesia de S. Pedro, que tem inegável interesse, surgiu depois.
Será exigir muito, solicitar a quem de direito, cuidado na programação das iniciativas?

Viemos para ficar ...


Nascemos a 25 de Abril de 2006.
Um mês depois, fomos alvo de largas dezenas de comentários e tivemos milhares de visitantes! ...
O impacto público que causámos ultrapassou as nossas mais optimistas expectativas.
Questionámos e, ao que parece, fomos incómodos.
Cumprimos o nosso dever.
Pusemos muita gente a pensar e a mexer.
Sem falsas modéstias, sentimos que nestes 30 dias mais recentes algo começou a mudar ...
Talvez para inquietação de alguns, viemos para ficar.

António Agostinho/Pedro Cruz

terça-feira, 23 de maio de 2006

A época! ...




A nova época balnear aí está a despontar! ...
Com mais ou menos calor, com vento ou sem ele, S. Pedro vai, mais uma vez, transformar-se em Junho, Julho e Agosto.
Milhares de pessoas, gente das mais variadas origens, aqui virão a banhos.
À sua espera, para além dos benefícios do iodo, terão a natural hospitalidade dos cova-galenses.
E a animação de Verão.
Ah ... e, este ano, teremos de novo bandeira azul! ...
Com crise, ou sem crise, os banhistas cá estarão.
Até pode acontecer que a crise ajude.
Há lá bolsa que resista aos preços do Algarve? ...
As praias de S. Pedro, ontem como hoje, são praias de eleição.
Pena os apoios da praia da Cova! ...
Quer dizer, o que deixaram fazer às estruturas ... Mas, isso fica para outra ocasião ...
Entretanto, a hora é de esperança.
A época alta está à porta.
Época de lazer para muitos
Para outros, porém, época de trabalho e sacrifício para o corpo...

Fiquei inquieto


Ouvi na rádio, com a atenção possível, o debate realizado sobre o encerramento da Maternidade da Figueira da Foz.
Penso que o debate não alterou a posição de ninguém: quem estava contra o encerramento manteve a posição. E o contrário também é verdade.
Não conheço João Portugal, figueirense e deputado do PS pelo distrito de Coimbra, a única voz que no debate assumiu ser a favor do encerramento do bloco de partos da nossa maternidade.
Para que não restem dúvidas, declaro desde já: sou contra o encerramento.
Pelo menos na matéria em questão, penso diferente de João Portugal.
No entanto, apesar de discordar, passei a respeitar mais este deputado da Nação.
A partir de ontem, fiquei a saber que a Figueira tem uma figura pública frontal.
Assumiu, numa causa importante para os figueirenses, uma posição política clara e transparente. E, o que não é coisa pouca, num debate escutado certamente por milhares de possíveis futuros eleitores
Claro que não deixo de admitir que, eventualmente, neste momento, esta também pode ser uma posição particularmente correcta ...
Mas, não é que ao ouvir o outro lado da barricada - e a panóplia de opiniões da maioria pontual contra o encerramento da maternidade - senti alguns arrepios.
Não sei exactamente porquê, lembrei-me de Miguel Torga.
“É uma tristeza verificar que a política se faz na praça pública com demagogia e nos bastidores com maquinações. E mais triste ainda concluir que não pode ser doutra maneira, dada a natureza da condição humana, que nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição do poder não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos, se eficazes.”
E fiquei inquieto.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Maternidade da Figueira em debate na Rádio Clube Foz do Mondego





A Rádio Clube Foz do Mondego http://www.rcfm.nafigueira.com/ realiza, hoje, 22 de Maio, às 21:00, no Restaurante “Oladodelá”, um debate sobre o tema “O Encerramento da Maternidade”, que deverá contar com a presença de representantes do Governo Civil de Coimbra, da Câmara e Assembleia Municipal, Conselho de Administração do Hospital, Médicos, Bombeiros, INEM, Movimento Cívico da Maternidade, entre outros.

domingo, 21 de maio de 2006

Anjinhos Papudos


Tarde de domingo, duma primavera que mais parece outono.
O Conselheiro Acácio a pensar nos cabrões dos Anjinhos Papudos:
“Que estranhos animais, estes, que vivem no meu território ...
Só têm duas patas e não espetam a cauda quando me vêm! ..”
Os Anjinhos Papudos a pensarem no Conselheiro Acácio:

É PRECISO QUE SAIBAS!

Se espetas
Certeiro
Ao coração do Povo
É a ti que feres.

Se cercas
De grades
A vida do Povo
É a ti que prendes.

Se julgas
Sem justiça
O direito do Povo
É a ti que condenas.

Se negas
A verdade
À palavra do Povo
É a ti que mentes.

Se lavras
No duro chão dos dias
O tempo futuro
É nele que vives.


(Joaquim Namorado)

Depois das bandeiras as pinturas ...




Já estamos de novo a embandeirar ... Mas agora, o Scolari, quer mais: quer as aldeias, vilas e cidades de Portugal pintadas com os nomes dos jogadores que vão estar no mundial da Alemanha...
Estou curioso para saber algumas coisas ...
Entre elas, que acharão os autarcas locais da ideia ...

1. Incentivam?

2. Ignoram?

3. Proíbem?

sábado, 20 de maio de 2006

Cova Gala 2 Esperança 1





Fase Final do Campeonato Distrital de Infantis

A esperança de vitória concretizou-se depois do intervalo

Equipas:

Cova Gala:
1-Pedro Duarte ; 2-André; 3-Bruno ; 4-Pedro(cap.) ; 6- Paulito ; 7- Carlos Daniel ; 8-Zé Pedro ; 9-Frederico ; 10-Carlitos ; 16- João Pedro ; 17- Zé Miguel ; 18- João Carlos.

Esperança:
12- Miguel Meneses ; 2- João Ricardo ; 3- Carnoto ; 4- André Santos ; 5- Alexandre ; 6- Nuno Baptista ; 7- Luís Melo ; 9- Mário ; 10- Miguel (cap.) ; 11- André Pereira ; 16- Antéro ; 46- Miguel Santos.

Alinharam de inicio:

Cova Gala : 1-Pedro Duarte ; 4-Pedro(cap.) ; 6- Paulito ; 7- Carlos Daniel ; 8-Zé Pedro ; 9-Frederico ; 10-Carlitos.
Treinador: João Camarão/João Cravo

Esperança: 12- Miguel Meneses ; 4- André Santos ; 6- Nuno Baptista ; 7- Luís Melo ;9- Mário ; 11- André Pereira ; 46- Miguel Santos.
Treinador: Gregório Freixo / António Pereira .

Árbitro
: Pereira

Resultado ao intervalo: 0-1

Marcadores: Carnoto, pelo Esperança
Paulito e Carlos Danie,l pelo Cova-Gala

Em desvantagem no marcador, no final da primeira parte, os miúdos do Cova-Gala deram a volta ao resultado no período complementar.
Marcaram os golos, Paulito e Carlos Daniel.
Foi uma vitória importante, pois moralizou os jovens da Cova e Gala para a disputa da última jornada, que tem lugar no próximo sábado, na Adémia, onde vai defrontar a equipa daquela localidade próxima de Coimbra.
De registar, o apoio dado aos putos no decorrer da prova, pela presença em número apreciável do público.

Lembranças ...


Há pequenos pormenores, que por serem tão óbvios, passam despercebidos...
Ao ver os Infantis do Cova- Gala a competir na fase final do distrital, lembrei-me da minha meninice.
Lembrei-me dos terríveis jogos da Gala contra a Cova (que raramente chegavam ao fim, pois pelo meio aconteciam, não raras vezes, cenas de pancadaria feia, com pedrada e tudo...), disputados nos quintais, ou no campo de solão que a Terpex destruiu.
Lembrei-me da água fresca, cristalina e pura do poço do T´Zé Maia, meu bisavô, que bebíamos pelo balde a seguir às terríveis pugnas futebolísticas.
Lembrei-me de alguns dos parceiros das “futeboladas de pé descalço”.
Alguns, que por terem trilhado os difíceis caminhos da emigração, vejo de quando em vez, outros porque já partiram para outra dimensão, recordo com saudade.
Recordo os putos que nós então éramos!...
O Xixão, o Luís Rodesiano (o parte traves), o Luis da Tininha Rata, o Quinito, o Tó Tainha, o Alfredo da Ló, o Miquelique, o Manel Vidal, o Zebras, o Marinel, o Bolacha, o Zé Luís Pata, o Capela, o Tó Luís São Marreca, o Laranja, o Zé da Cabaça, o Calhau, o Zé Minas, os Ratos, os Bicos, o Zé Elisio, o Luisito Pata, os Sapateiros, o Rogério Bicho, o Zé Virgilio, o Guilherme, o Zé Adelino (o Mike), o Zé Cravo, O Zé Pedro Bio, o Steel, o Lebre, os Pocinhas, o Tó da Maia... e tantos , tantos outros!...
Para nós, na altura, o resultado, ainda que o jogo não contasse para nada, era mais que importante: era fundamental. Era uma questão de honra! ...
A rivalidade era terrível! ...
O que estava em causa era a Gala! ... O que estava em causa era a Cova! ....
Hoje, os putos da Cova e da Gala jogam juntos.
Têm um Clube comum – o Grupo Desportivo Cova-Gala .
Têm uma bandeira para dignificar, promover e divulgar – a Freguesia de S. Pedro.
Trinta e muitos anos depois, os putos da minha Terra do século XXI, têm outros horizontes.
Aprenderam que o desporto pode ser uma lição de vida.
Ensina a vencer.
Mas também pode ensinar a perder.
Mais ainda: pode cimentar uma fraterna união.
Daí, ser muito importante a obra que, desde 1977, os carolas que têm passado pelas Direcções do Grupo Desportivo Cova-Gala têm realizado.
Eventualmente, sem se aperceberem da verdadeira dimensão do seu trabalho, realizaram uma obra exemplar.
Promoveram o desenvolvimento físico, saudável e harmonioso, de crianças que não tinham outras alternativas para praticar desporto.
Mas, talvez mais importante do que isso, que já não era nada pouco, ajudaram a preparar largas dezenas de putos para as agruras vida.
Formaram Homens.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

O que é uma Freguesia?





Freguesia é o nome que têm, em Portugal, as mais pequenas divisões administrativas. Trata-se de subdivisões dos concelhos e são obrigatórias, no sentido de que todos os concelhos têm pelo menos uma freguesia (cujo território, nesse caso, coincide com o do concelho), excepto o de Vila do Corvo onde, por força do artigo 86.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, essa divisão territorial não existe.
A Assembleia de Freguesia é um órgão eleito directamente pelos cidadãos recenseados no território da freguesia, através de listas que tradicionalmente são partidárias mas que se abriram há poucos anos a listas de independentes.
Em Portugal existem cerca de 4 200 freguesias, com territórios que podem ultrapassar os 100 km2, ou ser de apenas alguns hectares, e populações que vão das dezenas às dezenas de milhares de habitantes.
É aos municípios que cabe propor a criação de novas freguesias no seu território, que devem obedecer a um conjunto de critérios fixados em lei.
As autoridades portuguesas estabelecem três tipos diferentes de freguesias, para efeitos de ordenamento do território:
freguesias urbanas - freguesias que possuem
densidade populacional superior a 500 h/km² ou que integrem um lugar com população residente superior ou igual a 5 000 habitantes.(É o caso da Junta de Freguesia de S. Pedro).
freguesias semi-urbanas - freguesias não urbanas que possuem
densidade populacional superior a 100 h/km² e inferior ou igual a 500 h/km², ou que integrem um lugar com população residente superior ou igual a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes
freguesias rurais - as restantes.
As freguesias estão representadas nos órgãos municipais pelo presidente da Junta, que tem lugar, por inerência de cargo, na
assembleia municipal.
As freguesias portuguesas são a representação civil das antigas
paróquias católicas; surgiram muitas das vezes decalcadas das antigas unidades eclesiásticas medievais. Daí que, em tempos mais recuados, o termo «freguês» servisse para designar também os paroquianos, os quais eram «fregueses», por assim dizer, do pároco.
Nas freguesias, nos tempos que correm, os “fregueses” não acabaram.
Só que agora não são do pároco.