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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Naufrágio do arrastão Olívia Ribau gera onda de revolta e solidariedade na Figueira

A tarde de ontem ficou marcada pelos protestos de cerca de 300 manifestantes, entre familiares das vítimas, pescadores, muitos anónimos e praticantes de desportos de mar, que frente ao edifício da Capitania da Figueira da Foz, acusaram as autoridades de falta de meios e atraso no socorro e exigiram a colocação da bandeira a meia haste na capitania.



Entretanto, ontem também, a Câmara da Figueira da Foz decretou três dias de luto municipal na sequência do naufrágio de terça-feira à entrada da barra. A bandeira do município será colocada a meia haste em todos os edifícios municipais e nas 14 juntas de freguesia.

Por sua vez, a Direcção da Naval, com o acordo do Paços de Ferreira, solicitou à F. P. F. a emissão de 9500 ingressos para o encontro a realizar entre os dois clubes, referente à III Eliminatória da Taça de Portugal, que terá lugar na Figueira da Foz no próximo dia 18, ao preço único de 5.00€, cuja receita reverterá na íntegra para auxiliar as famílias dos pescadores da unidade pesqueira “Olívia Ribau”.

Sindicato da Polícia Marítima alerta para fragilidades do salvamento.
Esta Associação Socioprofissional da Polícia Marítima alertou ontem, quarta-feira, para as "fragilidades do actual sistema de salvamento marítimo" e enalteceu a actuação de um agente daquela polícia que salvou dois pescadores num naufrágio na Figueira da Foz.
Sabe-se também que a Autoridade Marítima vai fazer uma análise interna à operação de busca e salvamento no naufrágio do arrastão Oliva Ribau na entrada da barra da Figueira da Foz.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Está em causa a falsificação de análises de água destinada ao consumo humano

Segundo o Diário de Notícias, «há dez municípios envolvidos na investigação relativa à Operação Gota d'Água, que incide sobre uma alegada fraude em análises de água para consumo humano, cuja operação desencadeada pela Polícia Judiciária levou à detenção de 20 suspeitos esta quarta-feira.
As Câmaras Municipais de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Resende, Sabugal, Sátão, Vila Flor e Vila Pouca de Aguiar são, de acordo com fonte judicial, as que estão citadas na investigação, sendo que algumas delas foram mesmo alvo de buscas esta quarta-feira.
Segundo a mesma fonte, entre os principais suspeitos estão "dirigentes, analistas e técnicos de colheitas do Laboratório Regional de Trás-os-Montes, com quase 30 anos de experiência em análises de água de consumo, residuais, de praias e piscinas".
Entretanto, as autarquias de Vila Flor, Mirandela, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e de Mogadouro já confirmaram terem sido alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da operação Gota d'Água.»

Na edição de hoje do Diário as Beiras, pode ler-se que «várias empresas ou entidades ligadas ao fornecimento e distribuição de água na região Centro garantiram ontem que nunca trabalharam com o laboratório envolvido na investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo.
"Fontes da Águas do Centro Litoral, da APIN (Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior), da Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) e da empresa municipal Águas de Coimbra afirmaram que nunca trabalharam com o Laboratório Regional de Trás-os-Montes (LRTM), situado no Complexo Agroindustrial do Cachão, no concelho de Mirandela, no distrito de Bragança. Também fonte da Águas da Figueira, concessionária de água e saneamento no concelho da Figueira da Foz, garantiu que o laboratório que faz análises para a empresa “não está envolvido” na “Operação gota d’ água”. “O nosso laboratório é 100% privado, acreditado e reconhecido pela reguladora ERSAR”. 

Recorde-se que a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real anunciou ontem que realizou 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram diversos particulares, empresas e entidades públicas, em diferentes concelhos do território nacional, entre os quais, Coimbra.
As buscas aconteceram no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano.»

domingo, 6 de agosto de 2023

A qualidade da água no estuário do Mondego: o assunto é sério, pois tem a ver com a saúde pública

Em 2017, a situação era esta na Praia do Forte


Entretanto, presume-se que a situação tenha melhorado. 
A qualidade bacteorológica da água no estuário do Mondego, na zona onde se situam duas das mais importantes Praias do nosso concelho e que têm uma taxa de frequência altíssima - a do Cabedelinho e a do Forte - é um assunto muito sério, como é tudo que se prende com a saúde pública.
Na passada sexta-feira, dia 4, foi publicada em vários órgãos de informação nacionais e regionais a seguinte notícia veículda pela Agência Lusa, que citava uma fonte da Polícia Marítima, que tem de funcionar como alerta para as entidades competentes, pois o que está em causa é um assunto  muito sério: a saúde pública:
"A Praia do Cabedelinho, na Figueira da Foz, foi esta tarde interdita a banhos devido a uma contaminação microbiológica".
“A Praia do Cabedelinho encontra-se proibida a banhos. As actividades na praia podem fazer-se, no entanto não se pode ir a banhos, para já”, referiu a mesma fonte.
As análises realizadas pelas entidades competentes revelaram a existência de uma contaminação microbiológica da água.
Segundo a Polícia Marítima, ainda não é conhecida uma data para o levantamento da interdição.
A praia do Cabedelinho situa-se na margem sul da foz do rio Mondego, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra."

Ontem de manhã andei pela zona do Cabedelinho. Comprovei in-loco que os acessos pelos passadições tinham umas fitas da Proteção Civil a vedar a aproximação à praia, quando a informação publicada pelos órgãos de informação informava: “a Praia do Cabedelinho encontra-se proibida a banhos. 
As actividades na praia podem fazer-se, no entanto não se pode ir a banhos, para já”.
Não foi isso que aconteceu: no primeiro fim-de-semana de Agosto, a praia do Cabedelinho tem o acesso interdito depois de análises terem revelado contaminação microbiológica
Será porque a praia não tem vigilância, e de forma a controlar o acesso à água, a solução da proteção civil foi vedar o acesso?
"Foi uma má supresa que teve impacto negativo, logo no primeiro fim de semana de Agosto, para quem tem négócios que dependem da frequência desta Praia".
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, sempre tão diligente em matérias informativas que interessam à comunidade concelhia, desta vez, permaneceu em silêncio.
O que se estranha. 
Sabe-se que o Presidente estava de férias.
Porém, a Câmara Municipal tem um Vereador do Ambiente...

Quem quis dar um mergulho no estuário do Mondego teve uma solução: embarcou a bordo do "Costa Nova" e foi banhar-se nas águas límpidas e bacteorologicamentes puras da Praia do Forte (ex Praia do Cagalhão), as mesmas águas do estuário do Mondego, mas que têm a nuance de correrem em direcção à foz pela margem direita, enquanto a Praia do Cabedelinho fica na margem esquerda.
A separá-las estão cerca de 200 metros que deve ser, mais metro menos metro, a largura do rio naquela zona.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

"Este clima de insegurança na noite do Bairro Novo não pode continuar", afirma o Município figueirense

 Via Jornal de Notícias

Entretanto, o Município da Figueira da Foz emitiu o seguinte COMUNICADO:

"Na sequência dos lamentáveis e graves incidentes, com disparos e agressões que, esta madrugada, ocorreram no Bairro Novo, o Gabinete da Presidência informa que o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz já entrou em contacto com uma das vítimas, marido de outra pessoa agredida e não contactou uma eventual terceira por, até ao momento, ser desconhecida a sua identidade.
O Presidente da Câmara Municipal solicitou ainda a um vereador que se deslocasse à Polícia de Segurança Pública (PSP), onde o mesmo reuniu com o Oficial de Dia.
Este clima de insegurança na noite do Bairro Novo não pode continuar. Com o devido equilíbrio e com a devida firmeza, agiremos nesse sentido com determinação."

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Da série, já que não há polícia... (2)

Parceria

"O anúncio de que a Câmara da Figueira pretende instalar um sistema de videovigilância nas zonas da cidade com mais movimento e afluência de turistas, a propósito dos tiros disparados contra a porta de uma discoteca do Bairro Novo, em dezembro último, deve motivar profunda reflexão, pelas questões éticas, técnicas, mas também económicas que coloca, como por exemplo as seguintes (telegraficamente expostas, por razões de espaço):- O sistema vai permitir o reconhecimento facial dos transeuntes? Vai captar som? Quem vai instalá-lo? Quem será responsável pelo armazenamento e tratamento dos dados? Qual o prazo de conservação das imagens/som? Caso haja uma falha, quem será considerado responsável?- Haverá informação relativa à localização das câmaras? Com que grau de especificidade?- A gravação remota será feita numa cloud na internet? As transmissões ficarão encriptadas? A sua reprodução será possível através de aplicações informáticas de uso comum?- Quanto vai custar a instalação? E a manutenção dos equipamentos?
Por outro lado, questiona-se a sua necessidade: a Figueira é suficientemente violenta para que se pense no assunto? As forças policiais não têm conseguido identificar os meliantes sem o recurso a estes mecanismos? Assim, embora percebendo que a videovigilância em espaço público possa ter um eventual efeito dissuasor, prefiro o policiamento de proximidade, ou comunitário, já em prática em algumas cidades do Canadá, EUA e Japão, por exemplo, o qual se baseia na parceria bem sucedida entre as populações e as forças de segurança, através de reuniões periódicas com associações de bairro, igrejas, clubes recreativos, escolas, comerciantes, etc. Ao nível político, deve salientar-se que o assunto foi apresentado na mesma sessão em que o atual Presidente prometeu para breve o novo coreto do jardim municipal, a requalificação da rotunda do Pescador, uma reunião com o ministro sobre a EN109, a elaboração da Estratégia Municipal de Saúde, uma candidatura a anfitriões dos Jogos do Mediterrâneo de 2023 e a aquisição de uma embarcação elétrica para fazer a ligação ao Cabedelo..."

Via Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Saúde Pública. Laboratório falsificava análises com água fervida e desinfetada

Na quarta-feira, Portugal  acordou com a operação "Gota de Água"
A "Operação Gota de Água" da Polícia Judiciária desvendou dois esquemas de um laboratório para falsificar e adulterar as análises à água distribuída à população em vários concelhos do norte do país, em conluio com empresas e câmaras municipais. Os investigadores acreditam que possa haver casos idênticos noutras zonas do país.

Soube-se, que a Polícia Judiciária "deteve 20 pessoas e realizou 60 buscas a entidades públicas e privadas, no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano".

Segundo a PJ, a Operação Gota D'água "tem por objeto a atividade fraudulenta de um laboratório responsável pela colheita e análise de águas" destinadas a consumo humano, águas residuais, águas balneares, piscinas, captações, ribeiras, furos e poços, estando em causa crimes de abuso de poder, falsidade informática, falsificação de documento agravado, associação criminosa, prevaricação, propagação de doença e falsificação de receituário.

O laboratório envolvido nesta investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano é do distrito de Bragança e pretendia, com aquela alegada prática, ganhos económicos e corresponder aos pedidos dos clientes, adiantou a PJ/Vila Real. Segundo o “Notícias de Coimbra”, que cita o DN, a "entidade em causa é o Laboratório Regional de Trás-os-Montes, onde um dos gestores revela no Linkedin que é ”Member of the board” da Águas da Figueira, SA."

Segundo este jornal lisboeta "a gestão está a cargo de João Feliciano, que acumula com o cargo de CEO da AGS, Alexandre Vilarinho, que é igualmente vereador da Câmara de Macedo de Cavaleiros e presidente da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, e ainda Francisco Morais."

No seu perfil no Linkedin  Francico Morais confirma que é  “manager do LRTM | Laboratório Regional de Trás-os-Montes e ” Member of the board” daÁguas da Figueira, SA, entre outros e outras.

A Água da Figueira é detida em partes iguais pela Aquapor - Serviços, S.A. e pela referida AGS - Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, SA.

“A atividade da Águas da Figueira começou em março de 1999, após a celebração do Contrato de Concessão dos Sistemas de Captação, Tratamento e Distribuição de Água e de Recolha, Transporte e Tratamento dos Efluentes do Concelho da Figueira da Foz”.

"Contactadas pelo Notícias de Coimbra,  a Águas da Figueira S.A e a Câmara Municipal da Figueira da Foz não quiseram responder se  foram alvo de buscas ou se foi detido ou constituído arguido algum dirigente ou funcionário no âmbito desta Operação Gota D´água.

Tendo em conta que o comunicado da PJ falava em buscas em Coimbra, o Notícias de Coimbra também questionou a AC – Águas de Coimbra EM e a Águas do Centro Litoral, empresas que descartaram o seu envolvimento na operação policial que marcou o dia informativo." 

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Bairro Novo: videovigilância em fase de testes

As infraestruturas de videovigilância do Bairro Novo já foram instaladas. 
Neste momento, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, o sistema, cuja central está instalada nas instalações do comando de Coimbra da PSP, encontra-se em fase de testes. Após o período de testes, o sistema entrará em funcionamento, devendo ser activado antes da época balnear, como programado pelo Município da Figueira da Foz. 
A empreitada foi aprovada no anterior mandato autárquico e lançada e concluída no actual. Recorde-se: em Fevereiro de 2021 a Câmara da Figueira da Foz e a PSP analisaram a possibilidade de instalar câmaras de videovigilância numa zona turística do centro da cidade onde fica situado o Casino. O Executivo municipal, então presidido por Carlos Monteiro aprovou a abertura do processo, tendo para tal celebrado um protocolo de colaboração com a Polícia de Segurança Pública (PSP). Numa primeira fase, “o sistema de videovigilância será instalado numa parte do Bairro Novo”, abrangendo várias artérias da cidade balnear onde a polícia “havia registado algumas ocorrências” perturbadoras da ordem pública e da segurança das pessoas.

Na altura, fonte do gabinete do presidente do Município da Figueira da Foz, disse à agência Lusa: “Estamos a analisar o processo com a PSP”. O objectivo da medida é “reforçar a vigilância e dissuadir comportamentos” passíveis de procedimento criminal. O passo seguinte foi a comunicação do projecto de videovigilância à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), para esta se pronunciar sobre a sua viabilidade legal ao nível da salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, consagrados na Constituição da República.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O que vai ser da Figueira?..

foto antónio agostinho
É isso mesmo que me preocupa, Exas. e senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário  - o futuro, nosso, da cidade e do concelho!..
Claro que desejo que seja o melhor possível, já que não tenho tendências masoquistas. 
Agora, querer saber dele, é muito diferente. 
Não acredito em quem está a preparar o nosso futuro, no presente.
Por outro lado, estou muito pouco interessado em saber o que me reserva o futuro, com gente como a maioria dos membros que compõem a Assembleia Municipal, como políticos que estão a dar um contributo - ainda que, felizmente, irrelevante - na sua construção.
Eles sabem lá o que foi o 25 de Novembro? Eles sabem lá quem foi Fidel?
E, no entanto, votam!..

Vamos ter eleições, presumo que em outubro do próximo ano, e queria deixar claro que estou, desinteressadamente, interessado nelas. 
Gostava de poder votar em políticos que fossem políticos, mas, isso, ao que julgo saber, é um bem escasso na Figueira. 
Não quero mais alternância, sem qualquer alternativa... 
Desculpem, mas estou farto...
Da maioria dos políticos figueirenses que conheço - e conheço muitos... - só acredito numa coisa de tudo o que dizem: o que eles dizem uns dos outros...

Estes, na sua maioria, políticos de aviário, precisavam era de  recuar uns anos, até antes do 25 de Abril de 1974, para saberem o que era viver num País onde não havia liberdade. Onde existia censura, a actividade política, associativa e sindical era quase nula e controlada pela polícia política, havia presos políticos, a Constituição não garantia os direitos dos cidadãos, Portugal mantinha uma guerra colonial e encontrava-se praticamente isolado na comunidade internacional. Onde a informação e as formas de expressão cultural eram controladas, fazia-se uma censura prévia que abrangia a Imprensa, o Cinema, o Teatro, as Artes Plásticas, a Música e a Escrita. 
Onde, realmente, não havia Liberdade.

Onde a actividade política estava condicionada, não existiam eleições livres e a única organização política aceite era a União Nacional/Acção Nacional Popular. Onde a oposição ao regime  autoritário de Salazar e depois de Marcelo Caetano, era perseguida pela polícia política (PIDE/DGS) e tinha de agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio.
Onde os oposicionistas, sob a acusação de pensarem e agirem contra a ideologia e prática do Estado Novo, eram presos em cadeias e centros especiais de detenção (Caxias, Aljube Tarrafal). 
Onde, realmente, não havia Liberdade nem Democracia.

Onde a Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação. Não existia o direito de reunião e de livre associação e as manifestações eram proibidas. 
Onde, realmente, não havia Liberdade.

Portugal estava envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique, o que gerou o protesto de milhares de jovens e se transformou num dos temas dominantes da oposição ao regime, com especial realce para os estudantes universitários.
Onde não havia Liberdade nem Paz.

Hoje, é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974. 
Mas, se pensarmos que, por exemplo, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas, que muitos discos e livros estavam proibidos, que existiam nas Rádios listas de música que não se podia passar, que havia bens de consumo que não se podiam importar, que não se podia sair livremente do país, que sobre todos os rapazes de 18 anos pairava o espectro da guerra, será mais fácil compreender porque é que a Mudança  teve de acontecer e como é que Portugal se tornou diferente. 
Por exemplo, uma coisa simples e comezinha, como a Borda do Campo ainda sonhar em voltar a ser freguesia, isso deve-se ao 25 de Abril de 1974.

E, pergunto eu na minha santa e ingénua ignorância: sabem V. Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário,  quem foram os que dentro do País lutaram, chegando alguns a pagar a ousadia com a própria vida?
Sabem V. Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário, quem foram os maiores lutadores para mudar tudo no Portugal Amordaçado que existia antes do 25 de Abril de 1974?
Pois, temos pena: foram os comunistas portugueses quem realmente mais lutou num País sem Liberdade, sem Democracia, sem Educação, sem Saúde, sem Habitação, sem Paz e onde o Trabalho era miseravelmente remunerado. 

À pois, Suas Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário: ser velho ainda continua a ser a única possibilidade descoberta para se poder viver muitos anos...

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Gosto da nudez, na medida em que ela representa a verdade!

A “ética republicana”, se é que isso existe, é mais do que a lei – é a condução dos negócios públicos com sentido de probidade e uma necessária exigência de responsabilidade de quem manda nos governos, nas câmaras municipais, nas juntas de freguesia, nos organismo públicos e nos partidos.
FREGUESIA DE MARINHA DAS ONDAS E DE S. PEDRO (Prefiro dizer, COVA/GALA) – A MESMA LUTA PELOS RESPECTIVOS POSTOS MÉDICOS.
Nunca tive dúvidas sobre o principal responsável do que se está a passar – o Dr. João Ataíde, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz!
Deixo aqui o excelente artigo de opinião do meu amigo, António Agostinho, Covagalense dos sete costados, ambos colaboradores no antigo jornal regional figueirense, BARCA NOVA, nos anos 70.
Com este artigo do nosso amigo António Agostinho, não haverá dúvidas quanto ao epicentro do problema, apontando como principal responsável o actual Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A solução, claro, estará na emenda da política de saúde para o concelho nos moldes da CARTA ABERTA que anteriormente publiquei aqui no Facebook e que enviei ontem para os jornais diários e não diários.


Em tempo.
Esta postagem é, especialmente, dedicada a quem tem andado por aí a espalhar calúnias, bocas de escárnio e mal dizer, boatos e mentiras.
Coitados e coitadinhas: eles, e elas, não sabem que a fofoca é a nova pornografia!..
Mentir às pessoas para conseguir dinheiro, é fraude
Mentir às pessoas para conseguir votos, é política.
Este processo, se não fosse triste, tinha-me divertido imenso...
Faz-me lembrar a velha história do aldeão que desceu à cidade e foi apanhado pela "ronda" numa casa de passe... 
Uma das meninas disse que era manicure;  a outra que era massagista; e assim por diante. 
Perante isto, o aldeão, confrontado pela polícia, respondeu: "querem ver que a puta sou eu!"...

terça-feira, 30 de abril de 2013

Estou safo, o resto que se foda...

“Se fosse com Lavos  partíamos isto tudo!” 
Via AS Beiras (sem link), fiquei a saber que o presidente da Junta de Lavos, José Elísio, disse ontem, na Assembleia Municipal (AM) da Figueira da Foz, que se a sua freguesia fosse agregada os lavoenses deslocar-se-iam àquele órgão autárquico e (re)agiriam de forma violenta. Se “se votasse a extinção de Lavos, a assembleia não se fazia”, afirmou, acrescentando que a polícia de choque teria de ser chamada a intervir.
“Partíamos isto tudo e atirávamos as cadeiras para a avenida! Havia porrada!”, disse o deputado municipal, cargo que ocupa por inerência da sua condição de presidente de junta. José Elísio lembrou que os populares daquela freguesia do sul concelho da Figueira da Foz já se manifestaram noutras situações e noutras instâncias institucionais.
José Elísio interveio para responder à leitura dos nomes (“para memória futura”), pelos presidentes de junta de Vila Verde e S. Julião, dos deputados municipais que propuseram e votaram a favor da agregação de quatro freguesias da Figueira da Foz, na sessão anterior da AM, na qual não participou. As intervenções, classificou o autarca de Lavos, foram inquisitórias, para não lhes chamar pidescas.
Porém, o presidente da Junta de Lavos, independente, e antigo vereador do PS e do PSD não ficou sem resposta. Contraargumentaram Nuno Melo Biscaia, João Carronda, Fausto Loureiro, Luís Castro e José Esteves, todos do PS, e João Paulo Tomé, do Bloco de Esquerda.
Ainda na sequência da sua intervenção, respondendo às acusações de falta de solidariedade entre presidentes de junta, José Elísio frisou: “uma coisa é ser solidário, outra coisa é ser otário”.

Em tempo...
Ora cá está...
A diferença entre arruaceiros e políticos,  é a mesma que entre anormais  e os outros. 
Entre a vida e a realidade...
Quando elegemos políticos, pelo voto, e nessa festa colectiva que são as eleições, nessa gigantesca invenção que é a democracia, é para que eles nos indiquem o caminho, não para que nos utilizem como carne para canhão.
Deveria ser por isso que elegemos políticos... 
Porque queríamos líderes e não oportunistas.
Um oportunista nunca passa disso mesmo. É sempre um oportunista...

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Plano Director Municipal

João  Ataíde, na sessão da Assembleia Municipal da Figueira realizada em 3 do corrente.
“Este documento vai resolver a vida a muita gente; a centenas, a milhares”.

Alguém consegue contabilizar a quantidade de vezes que, ao longo de trinta anos, o PDM figueirense, que vai ser substuído pela versão Albino Ataíde/2017,  foi violado?
A polícia não fez nada e os serviços de medicina legal também não. 
Alguém notou a facilidade com que se viola tão facilmente na Figueira?
A Figueira é uma cidade que vive há muitos anos mergulhada num provincianismo peganhento e viscoso.
Como ensinava Ortega y Gasset, provinciano não é o que vive na província, mas aquele que julga que o lugar que ocupa é o centro do mundo... 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Registe-se: finalmente, João Ataíde veio ao 5º. molhe...

Imagem sacada daqui
"O Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, esteve na freguesia de São Pedro, acompanhado de dois técnicos da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) de Lisboa, assim como do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde e do Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, António Salgueiro, onde se deslocaram até ao 5.º molhe, para verificar a problemática situação em que a sul deste, se encontra a zona dunar.
Depois da reunião, a comitiva reuniu-se na Câmara Municipal da Figueira da Foz, para encontrar soluções rápidas, de forma a garantir a segurança das populações ribeirinhas que moram próximo do 5.º molhe.
Também a Polícia Marítima esteve no local, a fechar o acesso ao público por questões de segurança, para que os mais curiosos se coloquem em risco."

Via Foz ao Minuto

domingo, 10 de novembro de 2019

Antes de votar, havia que pensar: agora, "a coisa está mais do que preta"...

Ao que parece, lá para sul, para a Marinha das Ondas, vão ter merda grossa, merda da boa, cagada pelos cagões de Lisboa.
É triste constatar que, maioritariamente,  vós, ao votar em 6 de Outubro passado, comprometeram um bocado, ao fazerem uma enorme cagada.

O resultado aí está: uma enorme borrada que, isso é certo e seguro, vai ainda prejudicar mais, o ar a respirar no futuro. Agora, ao que parece, já  é tarde. Vêm aí merda em quantidade, independentemente da questão da qualidade. Vão ter coisas esquisitas, que a malta não gosta, desde o cagalhão às caganitas, desde a poia, à grande bosta... 
Tinha de sobrar para nós, que não precisávamos de mais merda. 
Precisamos de outras coisas, de preferência úteis e bonitas… Por exemplo: de outras sanitas!
Apesar deste texto um tanto ou quanto brejeiro e brincalhão, o assunto é sério e está rodeado de algum mistério. Passo a palavra ao Manuel Cintrão.
"Como cidadão marinhense e à luz do meu direito inalienável que me assiste tive a honra de enviar, de acordo com a minha consciência e dever de cidadania, minha EXPOSIÇÃO/RECLAMAÇÃO/PARTICIPAÇÃO onde expresso e fundamento toda a minha total indignação e repúdio total contra local escolhido, vulgo «Pocilga do Carreira, no Canto das Rosas – Sampaio, Marinha das Ondas, para pretensa instalação do CIRV – Centro de valorização de Resíduos.
Faço-o, à luz do direito de participação Procedimental e de Acção Popular (Lei n.º 83/95, de 31 de Agosto), que permite a qualquer cidadão, independentemente de ter ou não interesse directo ou pessoal na matéria, participar em procedimentos administrativos ambientalmente relevantes, recorrer de actos administrativos lesivos do ambiente e ainda interpor acções para a defesa dos interesses tutelados pela lei (incluindo acções de responsabilidade).
Em face da dimensão processual, algo estranha, apresentei a minha EXPOSIÇÃO/RECLAMAÇÃO/PARTICIPAÇÃO, como cidadão indignado, perante os eventuais interesses difusos, decisões susceptíveis de produzir efeitos no ambiente e colocar em risco a saúde de pessoas e bens, o conhecido efeito dominó.
«In extremis», enviei a exposição/reclamação/participação com a esperança que se faça justiça, inequívoca, à luz dos direitos inalienáveis da população da freguesia de Marinha das Ondas.
Obviamente, não publicarei aqui o conteúdo da minha Exposição/Reclamação/Participação por ser extenso, nove páginas do tamanho A4.

Enviei para as seguintes Entidades, a saber:
1- Ministério do Ambiente – Ministro do Ambiente, Eng.º João Pedro Matos Fernandes.
2- Ministério do Ambiente – Secretária de Estado do Ambiente, Dra. Inês dos Santos Costa.
3- APA – Associação Portuguesa do Ambiente; Presidente Dr. Nuno Lacasta.
4– CCDRC – Presidente, Dra. Ana Maria Pereira Abrunhosa Trigueiros de Aragão.
5– Procuradoria-Geral da República - Procuradora Dra. Lucília Gago.
6 – Procuradoria-Geral da República – Chefe do Gabinete, Dr. Sérgio Pena.
7 – Provedor de Justiça - Provedora Dra.Maria Lúcia Amaral.
8 – Direcção-Geral de Saúde – Directora Dra. Graça Freitas.
9 – ERSAR – Entidade Reguladora de Serviços de Águas e de Resíduos – Conselho de Administração.
10 – Polícia Judiciária de Coimbra.
11 – Câmara Municipal da Figueira da Foz – Presidente, Dr. Carlos Monteiro.
12 – Assembleia Municipal da Figueira da Foz – Presidente, Sr. José Duarte Pereira.
13 – Junta de Freguesia de Marinha das Ondas – Presidente, Sr. Manuel Rodrigues Nada.
14 – Assembleia de Freguesia de Marinha das Ondas – Presidente, Manuel da Silva Caiano."

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Continua o mau tempo...

foto obtida esta manhã por Pedro Agostinho Cruz
A Autoridade Marítima alerta  para a necessidade de atenção o estado das amarrações das embarcações atracadas nos portos e na marina. 
A mesma entidade alerta, também, para que não sejam desenvolvidas quaisquer actividades relacionadas com o mar. Destaque-se que o Serviço Municipal de Protecção Civil e a Polícia Marítima da Figueira da Foz estão a monitorizar a orla costeira.
O avanço do mar continua a atingir o cordão dunar e a provocar estragos consideráveis, sobretudo em S. Pedro, Costa de Lavos e Praia da Leirosa. Também há registos na zona de Buarcos, embora com menor incidência. 
Em declarações que o DIÁRIO AS BEIRAS hoje publica, o comandante do Serviço Municipal de Protecção Civil, Nuno Osório, disse que a estrada irá manter-se encerrada em S. Pedro, na zona do Cabedelo,  o que já acontece  desde o passado sábado.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Idalécio Cação vai ser lembrado em Moinhos da Gândara

"A Biblioteca foi inaugurada em agosto de 2017 e alberga o espólio doado por Idalécio Cação."
Imagem via Diário as Beiras

Comecei a ouvir falar de Idalécio Cação no final da década de 70 do século passado, na redacção do jornal Barca Nova, onde publicou alguns textos, pela voz do Director do semanário - o meu MESTRE José Martins

Recorro a um texto de Cardoso Ferreira, para deixar uma imagem de quem foi este escritor com origens gandaresas, que se formou tarde em Letras, mas foi um professor e autor de relevo. 

«Com origens gandaresas, mas radicado há muito em Aveiro, Idalécio Cação formou-se tarde em Letras, mas foi um professor e autor de relevo. 
Idalécio Silva Cação, antigo professor da Universidade de Aveiro e um destacado escritor das terras e gentes gandaresas, faleceu em Aveiro, no dia 28 de dezembro de 2016, tendo sido sepultado no lugar de Ribas (freguesia de Moinhos da Gândara, no concelho da Figueira da Foz), freguesia à qual pertence a aldeia de Lafrana, a terra onde nasceu, no dia 22 de março de 1933.
Depois da escola primária de Ribas, fez os estudos secundários na Escola Comercial e Industrial da Figueira da Foz (hoje Escola Bernardino Machado), onde concluiu o Curso Geral de Comércio. Após esse curso, e enquanto não conseguiu emprego, trabalhou nas courelas das areias da Gândara e também nos arrozais da Quinta de Foja, onde os pais aí cultivavam uma terra arrendada.
Mais tarde, com 21 anos, empregou-se numa empresa de celulose situada no concelho de Aveiro, na qual trabalhou durante mais de duas décadas. Nessa região viria a fixar-se e a constituir família. Já tinha mais de 40 anos de idade quando, em 1977, se licenciou em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, após ter sido admitido na primeira edição dos exames “ad hoc” para ingresso naquela universidade.
Para além da Universidade de Aveiro, onde se reformou em 1996, lecionou na Universidade do Minho.

Actor e dirigente do CETA

Idalécio Cação era um homem apaixonado pelo teatro, motivo pelo que foi actor e dirigente, durante vários mandatos, do Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA).
Foi ainda durante essa época que começou a militar na oposição democrática, tendo feito parte da Comissão Administrativa da Câmara Municipal (Pelouro da Cultura), aquando do 25 de Abril. Logo após esta data, foi co-fundador do semanário aveirense “Libertação”, e membro da sua redacção. Aqui trabalhou com Álvaro de Seiça Neves, João Sarabando, Fernando Lavrador e Flávio Sardo, entre outros.
Colaborou nos suplementos literários do “Diário Popular” e do “Jornal de Notícias”, nas revistas “Vértice” (Coimbra) e “Seara Nova”, “A Xanela” (Galiza), “Cadernos de Literatura” (Universidade de Coimbra), “Encontro” (Brasil), “Gandarena” (Mira), “Letras & Letras” (Porto), “Mar Alto” (Figueira  da Foz), “Revista da Universidade de Aveiro, Sol XXI”, “O Professor”, entre outras publicações.
Alguns dos seus poemas foram publicados no Correio do Vouga.
Foi um dos entusiastas dos serões literários que, nos anos 90, se realizaram um pouco por todo o País. Já nos anos 60 tinha estado ligado aos Encontros das Páginas Literárias dos jornais das províncias, que se realizaram na Figueira da Foz, em Torres Vedras, em Guimarães e em Cascais (este último não chegou a concretizar-se devido à intervenção da polícia política PIDE). Neles tomaram parte como convidados Armando de Castro, Mário Sacramento, Arsénio Mota, Mário Braga, Nuno Teixeira Neves e João Palma Ferreira.
Enquanto professor, pertenceu à Direção do Sindicato dos Professores da Região Centro, de que faziam parte, entre outros, Linhares de Castro e Mário Nogueira, o atual líder da Fenprof.
Para além do teatro, Idalécio Cação integrou diversas colectividades, sobretudo das áreas da cultura, da literatura, do jornalismo e do património.

Homem de relevo na literatura gandaresa

Idalécio Cação era uma figura que gerava consenso ao nível da literatura gandaresas, sendo autor de uma vasta obra publicada, motivo pelo que o seu nome foi escolhido, em 2012, para patrocinar um prémio literário com o seu nome, abrangendo os municípios de Mira, Cantanhede e Figueira da Foz.
Ainda em setembro de 2016. O escritor foi homenageado por dezenas de amigos, alguns dos quais escritores.

Idalécio Cação venceu o Prémio Literário Miguel Torga, em 1990

Como escritor, publicou contos, poesia e crónicas, onde manifestou compreensão e denúncia dos problemas da região. Entre os títulos de que é autor, destacam-se “Raízes na Areia”, “Os sítios nossos conhecidos”, “O chão e a voz”, “Memória de João Garcia Bacelar” ou “Daqui ouve-se o mar” (com que ganhou o Prémio Literário Miguel Torga, atribuído pela Câmara Municipal de Coimbra).
Foi autor do primeiro glossário de termos gandareses, do livro Crónicas Gandaresas” e de obras sobre moinhos e habitação tradicional da região da Gândara.»

A terminar ficam palavras de Idalécio Cação
“Tanto que fazer
e nós aqui sentados.”

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Como se degrada a democracia...

O que se passou na Junta de Quiaios, foi um caso de polícia que seguiu para julgamento em tribunal.

Em 6 de Dezembro de 2019, a presidente da Junta de Freguesia de Quiaios,  Maria Fernanda Lorigo, e o secretário, Carlos Alberto Patrão, foram condenados pela prática de um crime de prevaricação de titular de cargo público a penas de prisão, suspensas, e à perda de mandato. À ex-tesoureira, Ana Raquel Correia, também foi decretada uma pena de prisão suspensa.

Os três arguidos foram julgados por terem favorecido o pai da autarca, Manuel Lorigo, para que este fizesse os serviços de manutenção das Piscinas da Praia de Quiaios. O tribunal considerou que Fernanda Lorigo foi quem teve “o papel mais activo” e aplicou-lhe uma pena de três anos e nove meses de prisão. Já Carlos Patrão foi condenado a dois anos e 10 meses e Ana Correia a dois anos e seis meses de prisão. Todas as penas foram suspensas por igual período.

Os três arguidos terão ainda de pagar ao Estado 8.700 euros em partes iguais.

Fernanda Lorigo recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra que confirmou a decisão da primeira instância e obrigou a presidente da Junta de Quiaios, Fernanda Lorigo, a perder o mandato, com efeitos a partir do passado 25 de Setembro, dia em que foi notificada sobre a decisão do acórdão.


A Juventude Socialista e Concelhia tiveram a reação que a imagem mostra. A banalidade destas solidariedades partidárias, impressiona. O exemplo deveria, em princípio, vir de cima. Perante uma sentença judicial, cai pela base qualquer argumentação a propósito de legitimidade democrática que permite aos partidos e aos políticos, comportarem-se deste modo vergonhoso. Isto não é populista, nem contra os partidos. Muito menos sou apologista de regimes sem partidos. Só gostava era de ver concretizado, na prática, que os partidos, neste caso concreto o PS, respeitam as regras democráticas da separação dos poderes. A primeira característica da ética é a lealdade. Não confundir com fidelidade porque essa é uma característica dos cães. 


Este, foi mais dos casos de polícia envolvendo personalidades que se tornaram conhecidas por via da política.

Isto tem acontecido, sobretudo nos dois partidos do chamado arco da governação, PS e PSD, e no agora quase moribundo  CDS.

Na guerrilha política, os partidos usam esses casos. É o que está acontecer na Figueira.

Neste caso da presidente de Quiaios foi destituída pelo Tribunal. Nem sequer está em causa se as acusações e suspeitas são ou não são verdadeiras, estão ou não  provadas, nem esquecer a presunção da inocência. 

O Tribunal julgou e aplicou a pena.

O  que interessa, neste momento, é que o Tribunal condenou comportamentos eticamente inaceitáveis. Neste caso houve condenação. Logo, a meu ver, o PS foi atingido, pois tem responsabilidades. Os partidos políticos individual e colectivamente têm responsabilidade naquilo que de ilegal fazem alguns dos seus altos dirigentes, em particular nos crimes que envolvem o exercício do poder, ou a influência adquirida pelo poder, porque não criaram no seu seio uma cultura de intransigência face a estes crimes, principalmente com todas as formas de tráfico de influência e corrupção, e convivem sem dificuldades com práticas que dão origem a verdadeiras carreiras, com algumas a desembocar no crime.


No actual estado de degradação das estruturas partidárias, em que a militância desinteressada e a adesão político-ideológica é quase irrelevante em relação à carreira no aparelho partidário, os partidos no seu interior são verdadeiras escolas de tráfico de influência, de práticas pouco democráticas como os sindicatos de voto, de caciquismo, de fraudes eleitorais, de corrupção. 

Um jovem que chegue hoje a um partido político por via das "jotas" entra numa secção e encontra imediatamente um mundo de conflitos internos em que as partes o vão tentar arregimentar. Quando entra, ele pode esperar vir para fazer política, mas vai imediatamente para um contínuo e duro confronto entre uma ou outra lista para delegados a um congresso, para a presidência de uma secção, para uma assembleia distrital, em que os que já lá estão coleccionaram uma soma de ódios. Ele entra para um mundo de confrontação pelos lugares, que se torna imediatamente obsessivo. Não se fala doutra coisa, não se faz outra coisa do que procurar "protagonismo" e "espaço político".

Se  tem apetência para este tipo de vida, passa a ter uma sucessão de reuniões e começa a pertencer a uma qualquer tribo, herdando os conflitos dos dirigentes dessa tribo e participando do tráfico de lugares e promessas e expectativas de carreira. Não lhe custa muito perceber que neste meio circulam várias possibilidades de ter funções cujo estatuto, salário e poder são muito maiores e com menos dificuldades do que se tiver que competir no mercado do trabalho, e tiver que melhorar as suas qualificações com estudos e cursos mais árduos. Por via partidária, ele acede à possibilidade de ser muita coisa: por exemplo,  presidente de junta, assessor, entrar para uma empresa municipalizada, ir para os lugares do Estado que as estruturas partidárias consideram "seus" como sejam as administrações regionais de saúde, hospitais, escolares, da segurança social. Etc...

Tudo isto ainda na faixa dos vinte, trinta anos. O grosso da sua actividade tem a ver com um contínuo entre o poder no partido e o poder na câmara municipal, ou no governo, um alimentando o outro. Com a ascensão na carreira, tornou-se ele próprio um chefe de tribo. Pode empregar, fazer favores, patrocinar negócios, e inicia-se quase sempre aqui no financiamento partidário e no perigoso jogo de influências que ele move. Como dirigente partidário ele é o chefe de um grupo que dele depende e que o apoia ou ataca em função dos resultados que tiver, em apoios, prebendas, lugares, empregos, oportunidades de negócios. 


Depois é sempre a somar. Entretanto, já se habituou a ter carro, telemóvel, almoços pagos... Paga do seu bolso muito pouca coisa e conhece todas as formas de viver com o dispêndio do menor esforço. O seu prestígio social é nulo. Contudo, o seu poder partidário cresceu. Entra nos combates partidários a favor dos seus e aliando-se com outros que considera de confiança, ou seja gente com o mesmo perfil. Como sabe que o seu "protagonismo" vem do seu poder interno, é a esse poder que dá a máxima atenção. Distribui favores. E quem quiser um favor tem que falar com ele no seu território. 

O seu sentimento de arrogância e de impunidade cresce... 

Até um dia. E é nessa altura que alguns, muito, muito poucos, caem de um dia para o outro, embora ainda menos sejam condenados. E alguns deles, os mais populistas, ainda conseguem voltar a eleger-se, mantendo os mecanismos do seu poder. A justiça conta pouco, mas, de vez em quando, há um acidente de percurso.

E é assim, como se viu a propósito do caso de Quiaios, e as reações corporativistas e de tribo, que se degrada a democracia.

domingo, 24 de novembro de 2013

O segundo mandato do dr. João Ataíde começou mal: em pouco mais de um mês já gastou vários créditos...

foto sacada daqui
João Ataíde, o independente reeleito numa lista do PS,  tomou posse em 19 do mês passado.
Em pouco mais  de um mês, porém, já deu três tiros importantes no porta aviões: uma das duas reuniões mensais passou a ser realizada à porta fechada; o caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz; e, agora (mais uma, recorde-se...), polémica no CAE que envolve directamente o seu vereador de confiança – o dr. António Tavares.
Tenho acompanhado a actual  polémica no CAE, via internet e pelos  jornais.
Das pessoas envolvidas, apenas conheci  o dr. António Tavares, com quem convivi antes de ser vereador a tempo inteiro.
Depois deste introito, destaco dois comentário de Pedro Silva (que não conheço de lado nenhum), pois apontam  factos concrectos. Quem quiser ler todos os restantes comentários, apenas tem de clicar aqui:

1 - “Há por aqui pessoas que ou não sabem o significado de "barricar" ou estão muito mal informadas. A Ana Borges, perante uma situação que considerou ilegal, chamou a polícia quando dois funcionários, com ordem da CM, se preparavam para mudar as fechaduras, estando ela em casa. Com a chegada da PSP, e com a Ana Borges no exterior da casa, os funcionários, confrontados com a possibilidade de estarem a cometer um acto ilícito, foram-se embora.
Voltaram mais tarde, desta vez acompanhados pela PSP, e mudaram e soldaram a fechadura do portão de acesso à casa, sempre com a Ana Borges no exterior da casa.
Isto são factos. Não porque ouvi dizer, mas porque, ao contrário do Rui Beja, estive lá e vi. A não ser que o significado de barricar tenha entretanto mudado, os factos que vi com os meus olhos não correspondem ao acto de barricar. Portanto, Rui Beja, as informações que o chefe lhe indicou são (mais uma vez) falsas.”

2 - “A CMFF poderia ter denunciado o protocolo com a corpodehoje até 60 dias antes da sua renovação automática a 21 de Setembro. Se não o fez foi porque não tinha motivos para tal, o que eu interpreto com "satisfação pelo trabalho realizado até então". Facto: as eleições autárquicas realizaram-se a 29 de Setembro. Facto: dias depois das eleições foram retiradas áreas artísticas à corpodehoje (leiam o comentário do Ricardo Lima e ficam a saber em que mãos caiu o Teatro). Facto: a denúncia do protocolo foi votada por unanimidade numa reunião de câmara à porta fechada. Facto: foram dados 5 dias (cinco!!!) à Ana Borges para sair da casa. Facto: foi vedado o seu acesso ao CAE e ao seu gabinete.
O modus operandi é de muito baixo nível. É vergonhoso e desumano. O mal, esse, já está feito, e não há tribunal que o corrija.”


Posto isto, aguardam-se factos por parte da outra parte envolvida - a Câmara Municipal da Figueira da Foz, via  vereador dr. António Tavares. 
Ou se será que vamos ficar, outra vez, pela terra de ninguém, que é aquela zona da vida figueirense onde se refugiam aqueles que querem sobreviver?..

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Exposição Olìvia Ribau: "o naufrágio não é o pior"... (3)


Via Figueira na Hora
Ontem, na inauguração, na presença de muitos familiares e amigos das vítimas, o autor da mostra deixou um desejo: “espero ter apresentado hoje as últimas fotografias de um naufrágio na barra da Figueira da Foz”.
“Esta exposição não é um acto invasivo na vida das pessoas mas sim uma reflexão sobre um assunto sério”, considerou Pedro Cruz que tinha a seu lado Carlos Santos, o agente da Polícia Marítima que resgatou dois tripulantes com recurso a uma mota de água.
José Esteves, presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, também ele um homem do mar, considerou que “o maior inimigo da Figueira é o homem”, numa alusão às condições de navegabilidade na barra.
Margarida Perrolas, chefe de Divisão de Cultura da Câmara Municipal, explicou que esta mostra resulta dos desafios lançados aos jovens criadores da Figueira da Foz para mostrarem os seus trabalhos no âmbito do Criativa – Encontro de Criadores da Figueira da Foz.
“No caso do Pedro, optámos por um espaço diferenciado e distinto, um outro local e tempo para ser vivido de outra forma”, atendendo à temática das imagens.
«Olívia Ribau: "o naufrágio não é o pior"» pode ser apreciada até 31 de maio, de segunda a sexta feira das 9 às 13 e das 14 às 17h00.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Está a ser cometido um crime ambiental nas dunas do Cabedelo

foto António Agostinho
Sob o olhar cumplicie e complacente de quem de direito – neste caso e do meu ponto de vista, a saber: Câmara Municipal da Figueira da Foz, junta de freguesia de S. Pedro, Autoridade Marítima, PSP e GNR – como a foto documenta, todos os dias está a ser cometido um crime ambiental nas dunas do Cabedelo.
Tal está a acontecer, desde que, há mais de 2 anos, quem de direito, deixou chegar a protecção em madeira que segurava as areias das dunas, rente à estrada, entre o campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala e o Cabedelo, ao desleixo que pode ser constatado, clicando aqui.
A partir daí, todos os dias, várias pessoas vão retirando areia, que ficou à mão de semear: é só encostar o carro e carregar.
As areias roubadas às dunas do Cabedelo devem servir para diversos fins e utilidades: desde encher chouriços, até às gaiolas dos pássaros e, claro, passando pela construção civil...
Como sabemos, as dunas constituem um ambiente frágil, que se move em função dos ventos. Qualquer mudança no ambiente, numa zona sensível como o Cabedelo, causa danos irreversíveis. Quem de direito tem de conseguir que parem de tirar areia das dunas do Cabedelo. O problema ambiental, naquele local da freguesia de S. Pedro, já é enorme, como a foto demonstra, pelo que dispensa o contributo do homem.
Para que conste e por ser verdade, sublinho que todos os dias – e garanto que várias vezes ao dia – o local é alvo de "visita" por brigadas da GNR e da Polícia Marítima. No verão, durante o dia, a PSP foi presença quase permanente no local. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A violência contra professores é um dos problemas sérios das escolas e da sociedade...


Recorde-se:
uma professora foi violentamente agredida, na terça-feira, por um grupo de dez mulheres no Centro Escolar de Vila Verde, depois de ter separado um grupo de alunos que se agredia mutuamente.
A vítima teve de ser assistida no Hospital da Figueira da Foz.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC)/FENPROF considera que a reação do Ministério da Educação "tem sido frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos".
Na sequência do episódio ocorrido na passada terça-feira, 11 de outubro, à saída do Centro Escolar de Vila Verde, onde uma professora foi violentamente agredida, Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Olga Brás, Vereadora do Executivo marcaram presença, na manhã de quarta-feira, 13 de outubro, para junto do Coordenador da Escola, Prof. João Vaz e do Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, reforçarem a total disponibilidade no acompanhamento da situação, assegurando que já houve um contacto com as forças de segurança, estando prevista para a próxima semana uma reunião com o Superintendente da Polícia de Segurança Pública. O município da Figueira da Foz repudiou a agressão de que foi vítima a professora do Centro Escolar de Vila Verde, na terça-feira, e que teve de receber tratamento hospitalar. “É lamentável a agressão”, disse o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, salientando que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.
Será que estes casos “que se repetem sem solução aparente ou rápida” acontecem porque “há lacunas na lei e os encarregados de educação conhecem estes vazios, assim como os alunos e essa situação dá certa impunidade aos casos de agressões”?
Estes problemas duram há dezenas de anos. É crescente o número de situações de indisciplina e violência que se verificam no espaço escolar. Tais situações são, em grande parte, resultantes do actual tipo de sociedade desigual e Estado, por vezes violento, que temos. Existindo na sociedade e no Estado, a Escola confronta-se, também, com situações de intolerância, indisciplina e mesmo de violência ou delinquência. O aumento do número de situações que se conhecem é também um dos resultados do agravamento da situação social e económica do país, com os fenómenos de pobreza e exclusão a alastrarem.
Estas situações exigem análise e intervenção das instituições oficiais, mediação de profissionais (psicólogos, sociólogos, assistentes sociais) e o envolvimento dos professores e suas organizações sindicais e das comissões de pais e encarregados de educação.
Mais uma professora foi agredida. Mais uma que ficou com as feridas cravadas no corpo. Talvez marcas de dentes, pisaduras, cabelos arrancados. Porém, as feridas guardadas na alma vão ser as mais difíceis de curar.