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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Onda virou barco de pesca local na Figueira da Foz e provocou dois feridos ligeiros

«Uma embarcação de pesca local virou-se na rebentação, esta manhã, na praia da Figueira da Foz, tendo os dois tripulantes ficado feridos sem gravidade, disse à Lusa o capitão do porto.

“A embarcação tinha dois tripulantes a bordo, estavam a pescar mais na zona da rebentação [a cerca de 40 metros do areal] e houve uma onda que os virou”, afirmou Pedro Cervaens Costa.

As operações de socorro envolveram meios da Polícia Marítima, Estação Salva-Vidas da Figueira da Foz, INEM, bombeiros Sapadores e Voluntários e Proteção Civil municipal.»

Foto: Pedro Cruz

Texto: fonte Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Saúde Pública. Laboratório falsificava análises com água fervida e desinfetada

Na quarta-feira, Portugal  acordou com a operação "Gota de Água"
A "Operação Gota de Água" da Polícia Judiciária desvendou dois esquemas de um laboratório para falsificar e adulterar as análises à água distribuída à população em vários concelhos do norte do país, em conluio com empresas e câmaras municipais. Os investigadores acreditam que possa haver casos idênticos noutras zonas do país.

Soube-se, que a Polícia Judiciária "deteve 20 pessoas e realizou 60 buscas a entidades públicas e privadas, no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano".

Segundo a PJ, a Operação Gota D'água "tem por objeto a atividade fraudulenta de um laboratório responsável pela colheita e análise de águas" destinadas a consumo humano, águas residuais, águas balneares, piscinas, captações, ribeiras, furos e poços, estando em causa crimes de abuso de poder, falsidade informática, falsificação de documento agravado, associação criminosa, prevaricação, propagação de doença e falsificação de receituário.

O laboratório envolvido nesta investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano é do distrito de Bragança e pretendia, com aquela alegada prática, ganhos económicos e corresponder aos pedidos dos clientes, adiantou a PJ/Vila Real. Segundo o “Notícias de Coimbra”, que cita o DN, a "entidade em causa é o Laboratório Regional de Trás-os-Montes, onde um dos gestores revela no Linkedin que é ”Member of the board” da Águas da Figueira, SA."

Segundo este jornal lisboeta "a gestão está a cargo de João Feliciano, que acumula com o cargo de CEO da AGS, Alexandre Vilarinho, que é igualmente vereador da Câmara de Macedo de Cavaleiros e presidente da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, e ainda Francisco Morais."

No seu perfil no Linkedin  Francico Morais confirma que é  “manager do LRTM | Laboratório Regional de Trás-os-Montes e ” Member of the board” daÁguas da Figueira, SA, entre outros e outras.

A Água da Figueira é detida em partes iguais pela Aquapor - Serviços, S.A. e pela referida AGS - Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, SA.

“A atividade da Águas da Figueira começou em março de 1999, após a celebração do Contrato de Concessão dos Sistemas de Captação, Tratamento e Distribuição de Água e de Recolha, Transporte e Tratamento dos Efluentes do Concelho da Figueira da Foz”.

"Contactadas pelo Notícias de Coimbra,  a Águas da Figueira S.A e a Câmara Municipal da Figueira da Foz não quiseram responder se  foram alvo de buscas ou se foi detido ou constituído arguido algum dirigente ou funcionário no âmbito desta Operação Gota D´água.

Tendo em conta que o comunicado da PJ falava em buscas em Coimbra, o Notícias de Coimbra também questionou a AC – Águas de Coimbra EM e a Águas do Centro Litoral, empresas que descartaram o seu envolvimento na operação policial que marcou o dia informativo." 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Está em causa a falsificação de análises de água destinada ao consumo humano

Segundo o Diário de Notícias, «há dez municípios envolvidos na investigação relativa à Operação Gota d'Água, que incide sobre uma alegada fraude em análises de água para consumo humano, cuja operação desencadeada pela Polícia Judiciária levou à detenção de 20 suspeitos esta quarta-feira.
As Câmaras Municipais de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Resende, Sabugal, Sátão, Vila Flor e Vila Pouca de Aguiar são, de acordo com fonte judicial, as que estão citadas na investigação, sendo que algumas delas foram mesmo alvo de buscas esta quarta-feira.
Segundo a mesma fonte, entre os principais suspeitos estão "dirigentes, analistas e técnicos de colheitas do Laboratório Regional de Trás-os-Montes, com quase 30 anos de experiência em análises de água de consumo, residuais, de praias e piscinas".
Entretanto, as autarquias de Vila Flor, Mirandela, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e de Mogadouro já confirmaram terem sido alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da operação Gota d'Água.»

Na edição de hoje do Diário as Beiras, pode ler-se que «várias empresas ou entidades ligadas ao fornecimento e distribuição de água na região Centro garantiram ontem que nunca trabalharam com o laboratório envolvido na investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo.
"Fontes da Águas do Centro Litoral, da APIN (Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior), da Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) e da empresa municipal Águas de Coimbra afirmaram que nunca trabalharam com o Laboratório Regional de Trás-os-Montes (LRTM), situado no Complexo Agroindustrial do Cachão, no concelho de Mirandela, no distrito de Bragança. Também fonte da Águas da Figueira, concessionária de água e saneamento no concelho da Figueira da Foz, garantiu que o laboratório que faz análises para a empresa “não está envolvido” na “Operação gota d’ água”. “O nosso laboratório é 100% privado, acreditado e reconhecido pela reguladora ERSAR”. 

Recorde-se que a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real anunciou ontem que realizou 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram diversos particulares, empresas e entidades públicas, em diferentes concelhos do território nacional, entre os quais, Coimbra.
As buscas aconteceram no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano.»

sábado, 2 de setembro de 2023

Gestão do calendários das festas...

Setembro já chegou e com ele as tardes a adormecerem frescas.
As festas, porém, ainda não terminaram.
Este fim de semana está a ser uma farturinha. Os cartazes que publicamos  a anunciar a Festa do Limonete, em Tavarede, e o XI Festival Pirata, em Buarcos, falam por si, pelo que não são desnecessárias mais palavras.
As festas acontecem, um pouco por todo o País, porque o Povo gosta de festas.
Porém, por este Portugal de lés a lés, do litoral ao interior, quem é que ainda tem dinheiro para satisfazer os desejos do Povo?
Fácil de responder: as Câmaras Municipais e algumas Juntas de Freguesia.
Se as Câmaras Municipais têm de reabilitar esquadras da polícia e da gnr, equipamentos escolares, estádios de futebol, espaços para organizar eventos como a JMJ, obras essas que deveriam ser feitas por quem de direito, será assim tão estranho que um executivo Municipal, ou uma Junta de Freguesia, gaste uma fatia do orçamento para oferecer ao Povo aquilo que o Povo gosta?
Álibis, justificações e pretextos para isso acontecer é o que não faltam: entre promoção do território e do turismo, dar visibilidade à “marca” do município ou da freguesia, desenvolvimento da economia local, retorno financeiro com a criação de mais valias, é só escolher...

Antigamente, havia comissões de festas.
Agora, via os meios que "inventa" para pensar e executar esses eventos, são as autarquias que fazem. No fundo, são os executivos (por vezes, mais os Presidentes) que  escolhem os artistas para  divertir  e proporcionar esses tais momentos de festa, magia e alegria ao Povo.

Contudo, ainda há excepções.
Na minha Aldeia, ainda são os festeiros, cidadãos que dão o corpo ao manifesto de borla, que organizam a Festa em Honra do Padroeiro, S. Pedro.
A Festa da minha Aldeia tem o azar de se realizar no final de Junho, altura em que as Festas da Cidade, organizadas pelo Município, estão ao rubro. 
A concorrência é de monta. A desigualdade de meios é brutal. 
Embora o esforço e o empenho dos festeiros da minha Aldeia seja sempre grande, os artistas famosos que actuam nos mesmos dias e às mesmas horas na cidade, acaba por dividir o Povo.
No fundo, podemos admitir que a concorrência acaba por ser prejudicial e não servir a ninguém.

Depois da festa segue-se o desmontar da tenda...
Que esse período sirva para reflectir...

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Idalécio Cação vai ser lembrado em Moinhos da Gândara

"A Biblioteca foi inaugurada em agosto de 2017 e alberga o espólio doado por Idalécio Cação."
Imagem via Diário as Beiras

Comecei a ouvir falar de Idalécio Cação no final da década de 70 do século passado, na redacção do jornal Barca Nova, onde publicou alguns textos, pela voz do Director do semanário - o meu MESTRE José Martins

Recorro a um texto de Cardoso Ferreira, para deixar uma imagem de quem foi este escritor com origens gandaresas, que se formou tarde em Letras, mas foi um professor e autor de relevo. 

«Com origens gandaresas, mas radicado há muito em Aveiro, Idalécio Cação formou-se tarde em Letras, mas foi um professor e autor de relevo. 
Idalécio Silva Cação, antigo professor da Universidade de Aveiro e um destacado escritor das terras e gentes gandaresas, faleceu em Aveiro, no dia 28 de dezembro de 2016, tendo sido sepultado no lugar de Ribas (freguesia de Moinhos da Gândara, no concelho da Figueira da Foz), freguesia à qual pertence a aldeia de Lafrana, a terra onde nasceu, no dia 22 de março de 1933.
Depois da escola primária de Ribas, fez os estudos secundários na Escola Comercial e Industrial da Figueira da Foz (hoje Escola Bernardino Machado), onde concluiu o Curso Geral de Comércio. Após esse curso, e enquanto não conseguiu emprego, trabalhou nas courelas das areias da Gândara e também nos arrozais da Quinta de Foja, onde os pais aí cultivavam uma terra arrendada.
Mais tarde, com 21 anos, empregou-se numa empresa de celulose situada no concelho de Aveiro, na qual trabalhou durante mais de duas décadas. Nessa região viria a fixar-se e a constituir família. Já tinha mais de 40 anos de idade quando, em 1977, se licenciou em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, após ter sido admitido na primeira edição dos exames “ad hoc” para ingresso naquela universidade.
Para além da Universidade de Aveiro, onde se reformou em 1996, lecionou na Universidade do Minho.

Actor e dirigente do CETA

Idalécio Cação era um homem apaixonado pelo teatro, motivo pelo que foi actor e dirigente, durante vários mandatos, do Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA).
Foi ainda durante essa época que começou a militar na oposição democrática, tendo feito parte da Comissão Administrativa da Câmara Municipal (Pelouro da Cultura), aquando do 25 de Abril. Logo após esta data, foi co-fundador do semanário aveirense “Libertação”, e membro da sua redacção. Aqui trabalhou com Álvaro de Seiça Neves, João Sarabando, Fernando Lavrador e Flávio Sardo, entre outros.
Colaborou nos suplementos literários do “Diário Popular” e do “Jornal de Notícias”, nas revistas “Vértice” (Coimbra) e “Seara Nova”, “A Xanela” (Galiza), “Cadernos de Literatura” (Universidade de Coimbra), “Encontro” (Brasil), “Gandarena” (Mira), “Letras & Letras” (Porto), “Mar Alto” (Figueira  da Foz), “Revista da Universidade de Aveiro, Sol XXI”, “O Professor”, entre outras publicações.
Alguns dos seus poemas foram publicados no Correio do Vouga.
Foi um dos entusiastas dos serões literários que, nos anos 90, se realizaram um pouco por todo o País. Já nos anos 60 tinha estado ligado aos Encontros das Páginas Literárias dos jornais das províncias, que se realizaram na Figueira da Foz, em Torres Vedras, em Guimarães e em Cascais (este último não chegou a concretizar-se devido à intervenção da polícia política PIDE). Neles tomaram parte como convidados Armando de Castro, Mário Sacramento, Arsénio Mota, Mário Braga, Nuno Teixeira Neves e João Palma Ferreira.
Enquanto professor, pertenceu à Direção do Sindicato dos Professores da Região Centro, de que faziam parte, entre outros, Linhares de Castro e Mário Nogueira, o atual líder da Fenprof.
Para além do teatro, Idalécio Cação integrou diversas colectividades, sobretudo das áreas da cultura, da literatura, do jornalismo e do património.

Homem de relevo na literatura gandaresa

Idalécio Cação era uma figura que gerava consenso ao nível da literatura gandaresas, sendo autor de uma vasta obra publicada, motivo pelo que o seu nome foi escolhido, em 2012, para patrocinar um prémio literário com o seu nome, abrangendo os municípios de Mira, Cantanhede e Figueira da Foz.
Ainda em setembro de 2016. O escritor foi homenageado por dezenas de amigos, alguns dos quais escritores.

Idalécio Cação venceu o Prémio Literário Miguel Torga, em 1990

Como escritor, publicou contos, poesia e crónicas, onde manifestou compreensão e denúncia dos problemas da região. Entre os títulos de que é autor, destacam-se “Raízes na Areia”, “Os sítios nossos conhecidos”, “O chão e a voz”, “Memória de João Garcia Bacelar” ou “Daqui ouve-se o mar” (com que ganhou o Prémio Literário Miguel Torga, atribuído pela Câmara Municipal de Coimbra).
Foi autor do primeiro glossário de termos gandareses, do livro Crónicas Gandaresas” e de obras sobre moinhos e habitação tradicional da região da Gândara.»

A terminar ficam palavras de Idalécio Cação
“Tanto que fazer
e nós aqui sentados.”

domingo, 6 de agosto de 2023

A qualidade da água no estuário do Mondego: o assunto é sério, pois tem a ver com a saúde pública

Em 2017, a situação era esta na Praia do Forte


Entretanto, presume-se que a situação tenha melhorado. 
A qualidade bacteorológica da água no estuário do Mondego, na zona onde se situam duas das mais importantes Praias do nosso concelho e que têm uma taxa de frequência altíssima - a do Cabedelinho e a do Forte - é um assunto muito sério, como é tudo que se prende com a saúde pública.
Na passada sexta-feira, dia 4, foi publicada em vários órgãos de informação nacionais e regionais a seguinte notícia veículda pela Agência Lusa, que citava uma fonte da Polícia Marítima, que tem de funcionar como alerta para as entidades competentes, pois o que está em causa é um assunto  muito sério: a saúde pública:
"A Praia do Cabedelinho, na Figueira da Foz, foi esta tarde interdita a banhos devido a uma contaminação microbiológica".
“A Praia do Cabedelinho encontra-se proibida a banhos. As actividades na praia podem fazer-se, no entanto não se pode ir a banhos, para já”, referiu a mesma fonte.
As análises realizadas pelas entidades competentes revelaram a existência de uma contaminação microbiológica da água.
Segundo a Polícia Marítima, ainda não é conhecida uma data para o levantamento da interdição.
A praia do Cabedelinho situa-se na margem sul da foz do rio Mondego, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra."

Ontem de manhã andei pela zona do Cabedelinho. Comprovei in-loco que os acessos pelos passadições tinham umas fitas da Proteção Civil a vedar a aproximação à praia, quando a informação publicada pelos órgãos de informação informava: “a Praia do Cabedelinho encontra-se proibida a banhos. 
As actividades na praia podem fazer-se, no entanto não se pode ir a banhos, para já”.
Não foi isso que aconteceu: no primeiro fim-de-semana de Agosto, a praia do Cabedelinho tem o acesso interdito depois de análises terem revelado contaminação microbiológica
Será porque a praia não tem vigilância, e de forma a controlar o acesso à água, a solução da proteção civil foi vedar o acesso?
"Foi uma má supresa que teve impacto negativo, logo no primeiro fim de semana de Agosto, para quem tem négócios que dependem da frequência desta Praia".
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, sempre tão diligente em matérias informativas que interessam à comunidade concelhia, desta vez, permaneceu em silêncio.
O que se estranha. 
Sabe-se que o Presidente estava de férias.
Porém, a Câmara Municipal tem um Vereador do Ambiente...

Quem quis dar um mergulho no estuário do Mondego teve uma solução: embarcou a bordo do "Costa Nova" e foi banhar-se nas águas límpidas e bacteorologicamentes puras da Praia do Forte (ex Praia do Cagalhão), as mesmas águas do estuário do Mondego, mas que têm a nuance de correrem em direcção à foz pela margem direita, enquanto a Praia do Cabedelinho fica na margem esquerda.
A separá-las estão cerca de 200 metros que deve ser, mais metro menos metro, a largura do rio naquela zona.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Bairro Novo: videovigilância em fase de testes

As infraestruturas de videovigilância do Bairro Novo já foram instaladas. 
Neste momento, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, o sistema, cuja central está instalada nas instalações do comando de Coimbra da PSP, encontra-se em fase de testes. Após o período de testes, o sistema entrará em funcionamento, devendo ser activado antes da época balnear, como programado pelo Município da Figueira da Foz. 
A empreitada foi aprovada no anterior mandato autárquico e lançada e concluída no actual. Recorde-se: em Fevereiro de 2021 a Câmara da Figueira da Foz e a PSP analisaram a possibilidade de instalar câmaras de videovigilância numa zona turística do centro da cidade onde fica situado o Casino. O Executivo municipal, então presidido por Carlos Monteiro aprovou a abertura do processo, tendo para tal celebrado um protocolo de colaboração com a Polícia de Segurança Pública (PSP). Numa primeira fase, “o sistema de videovigilância será instalado numa parte do Bairro Novo”, abrangendo várias artérias da cidade balnear onde a polícia “havia registado algumas ocorrências” perturbadoras da ordem pública e da segurança das pessoas.

Na altura, fonte do gabinete do presidente do Município da Figueira da Foz, disse à agência Lusa: “Estamos a analisar o processo com a PSP”. O objectivo da medida é “reforçar a vigilância e dissuadir comportamentos” passíveis de procedimento criminal. O passo seguinte foi a comunicação do projecto de videovigilância à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), para esta se pronunciar sobre a sua viabilidade legal ao nível da salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, consagrados na Constituição da República.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

De novo o PREC*... (continuação...)

 (*  ... depois de, em 1974, 1975 e início de 1976, termos tido o Processo Revolucionário em Curso, em 2023 temos em desenvolvimentoProcesso da Remodelação em Curso...)

Via Diário de Notícias

«Fernando Medina anunciou ontem que pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser ouvido no âmbito do processo que visa a Câmara Municipal de Lisboa, à data em que presidia à autarquia, e que na última terça-feira levou a Polícia Judiciária a fazer buscas nos Paços do Concelho.

Em causa, segundo avançou a TVI/CNN, estão "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação", com foco numa prestação de serviços contratada em 2015 pela Câmara de Lisboa ao histórico socialista Joaquim Morão.

Fernando Medina diz desconhecer "em absoluto" a investigação em curso e garante que nunca foi contactado para prestar esclarecimentos, neste ou noutros casos envolvendo a autarquia que liderou entre abril de 2015 e outubro de 2021. "Não tenho nenhum conhecimento de nenhuma investigação em curso, nunca fui ouvido, nunca fui chamado a prestar qualquer esclarecimento em nenhum processo de natureza judicial dos vários que têm vindo a público, em especial aquele que agora foi noticiado", afirmou o ministro das Finanças. Em conferência de imprensa, Medina assumiu que foi sua a escolha de Joaquim Morão para integrar uma equipa para coordenar as obras camarárias na cidade de Lisboa (e que integrava também um engenheiro do gabinete do então presidente da autarquia, e um outro engenheiro do departamento de urbanismo), uma contratação feita por "ajuste direto" ao histórico socialista que presidiu às câmaras de Idanha-a-Nova e Castelo Branco. Em defesa desta escolha, Medina sustentou que se tratava de "um dos mais prestigiados autarcas do país", que "desempenhou um bom trabalho" em Lisboa. Já o próprio Joaquim Morão, em nota enviada à Lusa, afirmou-se convicto de não ter praticado "qualquer dos factos ilícitos veiculados pela comunicação social".

Também ontem, em comunicado, a Procuradoria-Geral da República avançou à agência Lusa que o caso que levou às buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa, na última terça-feira, "não tem arguidos constituídos" e está sujeito a segredo de justiça.»

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A violência contra professores é um dos problemas sérios das escolas e da sociedade...


Recorde-se:
uma professora foi violentamente agredida, na terça-feira, por um grupo de dez mulheres no Centro Escolar de Vila Verde, depois de ter separado um grupo de alunos que se agredia mutuamente.
A vítima teve de ser assistida no Hospital da Figueira da Foz.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC)/FENPROF considera que a reação do Ministério da Educação "tem sido frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos".
Na sequência do episódio ocorrido na passada terça-feira, 11 de outubro, à saída do Centro Escolar de Vila Verde, onde uma professora foi violentamente agredida, Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Olga Brás, Vereadora do Executivo marcaram presença, na manhã de quarta-feira, 13 de outubro, para junto do Coordenador da Escola, Prof. João Vaz e do Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, reforçarem a total disponibilidade no acompanhamento da situação, assegurando que já houve um contacto com as forças de segurança, estando prevista para a próxima semana uma reunião com o Superintendente da Polícia de Segurança Pública. O município da Figueira da Foz repudiou a agressão de que foi vítima a professora do Centro Escolar de Vila Verde, na terça-feira, e que teve de receber tratamento hospitalar. “É lamentável a agressão”, disse o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, salientando que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.
Será que estes casos “que se repetem sem solução aparente ou rápida” acontecem porque “há lacunas na lei e os encarregados de educação conhecem estes vazios, assim como os alunos e essa situação dá certa impunidade aos casos de agressões”?
Estes problemas duram há dezenas de anos. É crescente o número de situações de indisciplina e violência que se verificam no espaço escolar. Tais situações são, em grande parte, resultantes do actual tipo de sociedade desigual e Estado, por vezes violento, que temos. Existindo na sociedade e no Estado, a Escola confronta-se, também, com situações de intolerância, indisciplina e mesmo de violência ou delinquência. O aumento do número de situações que se conhecem é também um dos resultados do agravamento da situação social e económica do país, com os fenómenos de pobreza e exclusão a alastrarem.
Estas situações exigem análise e intervenção das instituições oficiais, mediação de profissionais (psicólogos, sociólogos, assistentes sociais) e o envolvimento dos professores e suas organizações sindicais e das comissões de pais e encarregados de educação.
Mais uma professora foi agredida. Mais uma que ficou com as feridas cravadas no corpo. Talvez marcas de dentes, pisaduras, cabelos arrancados. Porém, as feridas guardadas na alma vão ser as mais difíceis de curar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

"Este clima de insegurança na noite do Bairro Novo não pode continuar", afirma o Município figueirense

 Via Jornal de Notícias

Entretanto, o Município da Figueira da Foz emitiu o seguinte COMUNICADO:

"Na sequência dos lamentáveis e graves incidentes, com disparos e agressões que, esta madrugada, ocorreram no Bairro Novo, o Gabinete da Presidência informa que o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz já entrou em contacto com uma das vítimas, marido de outra pessoa agredida e não contactou uma eventual terceira por, até ao momento, ser desconhecida a sua identidade.
O Presidente da Câmara Municipal solicitou ainda a um vereador que se deslocasse à Polícia de Segurança Pública (PSP), onde o mesmo reuniu com o Oficial de Dia.
Este clima de insegurança na noite do Bairro Novo não pode continuar. Com o devido equilíbrio e com a devida firmeza, agiremos nesse sentido com determinação."

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Quiaios: depois de ser um caso de polícia decidido pelos tribunais, acabou por ser um teste ao funcionamento da democracia na Figueira...

Todos sabemos o que se passou em Quiaios. 
Assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou a presidente de junta Fernanda Lorigo do poder. O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política. 
"Os últimos desenvolvimentos – a Secretaria de Estado ao decidir-se pela constituição de uma Comissão Administrativa na freguesia de Quiaios - peca por extemporânea. O assunto deveria ter sido resolvido de raiz e sem delongas, logo que foi conhecida a sentença do Tribunal. O que se passou a seguir, com o PS a estrebuchar fazendo os possíveis e os impossíveis por esgotar os prazos, numa lógica de manter o poder pelo poder, nomeadamente levando à inviabilização da realização de eleições intercalares, como prevê a Lei em casos desta natureza, é do conhecimento geral e fica à apreciação dos eleitores.
Fica provado, se é que para alguns ainda não estava, que a CDU teve razão em todo o processo, desde o seu início, com a denúncia das ilegalidades cometidas e posteriormente sancionadas exemplarmente pelo poder judicial, e depois nas suas tomadas de posição sobre este lamentável assunto.
Faltam uns curtos meses para as Eleições Autárquicas 2021. A voz será dada de novo à população, esperando-se desta uma reflexão acurada sobre o que foi este mandato em Quiaios, eivado de ilegalidades e de incompreensíveis decisões, que resultaram em claro prejuízo para a população da freguesia. Ninguém mais é responsável pelos prejuízos, apenas o Partido Socialista ao mais alto nível no concelho ao apoiar solidária e publicamente, mesmo após a pronúncia do Tribunal, os réus entretanto condenados, sendo por esta via também o Executivo da Câmara Municipal responsável pelo arrastar da situação. Por mais que se esforcem em passar uma diferente mensagem, sacudindo despudoradamente “a água do capote”, esta é a verdade incontornável, nua e crua."

sábado, 26 de dezembro de 2020

E se estudassem ao menos um bocadinho senhores autarcas figueirenses?..

Recordo algo que escrevi no passado dia 21 do corrente, no facebook: 

Hoje, o Diário as Beiras, publica a seguinte local.
Como a incompetência dos vereadores figueirenses não tem limites, sublinho algo que pode ser lido no Diário as Beiras de hoje: "a Polícia Municipal da Figueira da Foz foi aprovada, em 2000, pela câmara e pela Assembleia Municipal, e, em 2002, pelo Governo, embora nunca tivesse sido constituída. Tanto os proponentes como o líder do executivo camarário alegaram a este jornal desconhecer o dossiê, por já ter 20 anos e não o terem acompanhado."
Não é para puxar dos galões, mas o OUTRA MARGEM já tinha publicado isso em 5 de Março de 2019...
Estudassem...
Assim, não há condições... Ao trabalho, senhores, ao trabalho...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Silvina Queiroz, via Diário as Beiras


«Há poucos dias foi (re)colocada, em reunião de Câmara, a questão da criação da Polícia Municipal!
No papel. Ainda bem. 
A Assembleia não foi unânime na decisão, tendo a CDU votado contra. Na altura como hoje, não concordo com a criação deste corpo e é algo surreal que tenham sido os edis do PSD, embora despojados da confiança política por parte do partido, a ressuscitarem a questão. 
Foi em mandatos autárquicos dessa força que nasceu a ideia, primeiro com Santana Lopes, depois com o Presidente Duarte Silva. Continuo não vendo a necessidade desta estrutura, por várias ordens de razão. Agora, somam-se as certezas de que problemas que constitucionalmente são atribuídos ao Estado, ao Governo central, não devem jamais passar para a tutela exclusiva dos municípios.
Municipalizar a segurança?! As competências das polícias municipais são mais reduzidas do que as da PSP, como não poderiam deixar de sê-lo. Esbarram e ainda bem, nas competências daquela força de segurança, essa sim responsável pela segurança dos cidadãos nos diferentes contextos, muitas vezes também com a GNR, fora da área urbana. 
Por que se pretende então a polícia municipal? Para aplicar multas de estacionamento, na nossa cidade em grande parte “a cargo” dos funcionários da empresa de estacionamento, “passada” ao preço da chuva a uma entidade privada. Como é sobejamente conhecido, imagino. 
Quando as coisas se complicam, lá são chamadas as forças de segurança com autoridade e formação capacitante para a assumpção da tarefa. Como é óbvio que tem de ser. 
Nas grandes cidades, admito que o corpo de polícia municipal possa dar uma mãozinha à PSP, dada a extensão territorial. Aqui precisamos do reforço do destacamento da PSP e não arranjar forma e pretexto para a tutela poder acabar com a força que é o garante da tranquilidade e da ordem pública. A antiga proposta de PM previa a afectação de 30 efectivos. E mais 30 sapadores? Sim, esses fazem falta

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Concorda com a criação de um corpo de Polícia Municipal?

"NÃO". Teotónio Cavaco, hoje no Diário as Beiras 


«Sendo um assunto adormecido durante cerca de vinte anos (de facto, embora tenha sido apresentado em 2019 e agora, novamente, como uma novidade, a Polícia Municipal foi criada através de Resolução do Conselho de Ministros, em janeiro de 2002, ratificando a deliberação da Assembleia Municipal de julho de 2000, que aprovou Regulamento e quadro de pessoal), vale a pena considerar três aspetos fundamentais:

– alterou-se significativamente a situação, desde 2002, para que se justifique a implementação de mais um corpo policial, para cooperar na “manutenção da tranquilidade pública e na proteção das comunidades locais”?
– numa época tão difícil, mesmo dramática para muitas famílias e empresas, de brutal quebra no consumo, na produção e no investimento, com graves consequências na atividade económica, nomeadamente turística, e no emprego, que conduziu a economia para uma recessão que trará dificuldades acrescidas principalmente na Figueira, será honesto desviar o foco da efetiva busca de soluções que minimizem os impactos da pandemia?
– alguém já percebeu ou fez estudos que permitam aferir quanto vai custar aos bolsos dos figueirenses criar e manter mais este corpo municipal?

Não tenho qualquer dúvida em responder “não” às três perguntas anteriores, pelo que me parece evidente que a implementação de um corpo da Polícia Municipal na Figueira nada acrescentaria à vigilância de espaços públicos ou abertos ao público, à vigilância nos transportes urbanos locais (quais?), à guarda de edifícios e equipamentos públicos municipais ou à regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal.
Já agora: para quando o início dos trabalhos de intervenção nas instalações da divisão policial da PSP da Figueira da Foz, reclamados e anunciados há tantos anos, sem que, até agora, se saiba qual é o calendário e a tipologia dos mesmos? Isto é que é assunto!»

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Polícia Municipal


Uma crónica de João Vaz publicada no Diário as Beiras

"Será precipitado, errado e inconsequente criar uma força de Polícia Municipal na Figueira da Foz. Esta é uma decisão que carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício. Estamos praticamente em ano de eleições ( 2021 ), logo as decisões tomadas não devem comprometer o próximo executivo com uma decisão de elevado impacto na despesa corrente a médio e longo prazo. 
O trabalho prévio não parece estar elaborado, desde a análise à ligação com as forças de segurança (PSP, GNR) até ao perfil de atuação. Questiona-se ainda a sustentabilidade económica. Uma polícia municipal minimalista de 20 agentes custará mais de um milhão de euros por ano. Há algum estudo económico e técnico? 
Há muitos exemplos de ineficácia da Polícia Municipal, tanto em grandes concelhos (Lisboa) como nos pequenos. Predomina a ideia que esta Polícia serve apenas para “passar recibos” e não consegue atuar no fundamental, a segurança. Por esta razão, a ineficácia, o PSD Madeira chumbou recentemente a criação da Polícia Municipal no Funchal, uma cidade de 110 mil habitantes residentes e muitos milhares de turistas. Já na Figueira parte do PSD (2 vereadores) acha, e sublinho o “achismo”, que é essencial uma Polícia Municipal, e o presidente da Câmara acolhe bem esta ideia. 
Numa tese académica sobre a Polícia Municipal de Guimarães verifica-se que mais de 70% dos agentes manifestaram não estar motivados nem ter meios legais para atuar. Parece ser este o panorama geral, o polícia municipal é desconsiderado, inclusivamente pela população e pelas outras forças de segurança. Será sério criar uma Polícia Municipal? Para controlar o estacionamento e remoção de veículos da via pública? Fiscalização de obras? Já temos a Figueira Parques e o corpo de fiscais da Câmara, e ainda a PSP e a GNR a quem compete a prevenção dos crimes violentos e o controlo rodoviário, e querem ainda gastar mais um milhão de euros em polícia e fiscalização?»

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

HINO À IGNORÂNCIA!..

Em Março de 2019, quase há dois anos, o blogue OUTRA MARGEM (e não só), já tinha alertado.
Ver aqui.
Hoje no Diário as Beiras.
«Os vereadores eleitos pelo PSD, Carlos Tenreiro e Miguel Babo (o partido retirou-lhes a confiança política), apresentaram, na reunião de câmara do dia 2 deste mês, uma proposta para a criação de um corpo de Polícia Municipal.
Não estava a par de que já tinha sido aprovado. Já foi há 20 anos, mas a nossa proposta justifica-se, porque já passaram 20 anos e a realidade é outra”, justificou Miguel Babo.
Não acompanhei o processo [de 2000]. Infelizmente, é a evidência de que as coisas não passavam do papel, ou seja, havia aprovação e ficavam no papel. Hoje, devido à situação financeira da câmara, não será possível avançar com a Polícia Municipal, mas é uma hipótese a equacionar, que terá de ser articulada com o fim da concessão da Figueira Parques”, frisou Carlos Monteiro.»

sábado, 5 de dezembro de 2020

A incompetência dos autarcas figueirenses não tem limites: o corpo de polícia municipal está criado legalmente desde 28 de Janeiro de 2002


O corpo de Polícia Municipal da Figueira da Foz é composto por 30 elementos, podendo este número ser alterado por deliberação da Assembleia Municipal.

Via OUTRA MARGEM estão disponíveis mais pormenores.
Recorde-se. Na reunião de Câmara realizada em 4 de Março de 2019, foi "chumbada" a criação de um corpo de polícia municipal, uma proposta dos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, com os votos contra do PS e do vereador do PSD, Ricardo Silva.
Na reunião camarária realizada na passada quarta-feira, Carlos Tenreiro e Miguel Babo apresentaram mais uma vez, entre outras, a proposta da criação de um corpo de Polícia Municipal. E os vereadores do PS que haviam "chumbado" em 4 de Março de 2019 a proposta de um corpo de polícia municipal, desta vez "concordaram". Diga-se que a vereadora Diana Rodrigues, em 4 de Março de 2019 ainda não era vereadora e o vereador Miguel Pereira, na última quarta-feira, não esteve presente na sessão camarária realizada nesse dia.
Comentários para quê?.. São autarcas figueirenses...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Está aprovado para 2021 o maior orçamento municipal de sempre na Figueira

O Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz para 2021 (o maior de  sempre), de 75,4 milhões de euros, foi ontem aprovado por maioria com o voto contra de Ricardo Silva, do PSD, e a abstenção dos eleitos pelo mesmo partido Carlos Tenreiro e Miguel Babo (mas aos quais foi retirada a confiança política).

Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo de sempre. Vale também para 2021. 

Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é  nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar. 

Um concenlho moderno,  democrático e gerido com responsabilidade  discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim seria possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isso, no fundo, resume-se numa palavra:  palavra “desenvolvimento”

O orçamento municipal para 2021 tem isso em conta?

Não o conheço em profundidade. Mas, pelo que tive oportunidade de assitir no decorrer da sessão camária de ontem, parece-me ser mais do mesmo e desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz.

Temos a intenção do aumento do desperdício de milhões de euros, replicando más práticas de um passado recente.

Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2021: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira. 

O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de advinhar  que temos pela frente,  era termos políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.

Quem é que acredita que isto vai ser realidade, ou, pelo menos, ter avanços significativos em 2021?
Passo a citar o Diário as Beiras, edição de hoje.
"Carlos Tenreiro e Miguel Babo aproveitaram a oportunidade, que o primeiro saudou, avançando com propostas inspiradas no programa eleitoral que submeteram ao eleitorado em 2017, e a maioria referindo-se à criação de gabinetes de estudo. Das nove “ideias” apresentadas,  o PS concordou com quase todas. Algumas das propostas já estavam nos planos dos socialistas, como a cobertura do Coliseu Figueirense, o teleférico entre as duas margens da foz ou um corpo de Polícia Municipal, este só quando terminar a concessão da empresa de exploração de estacionamento Figueira Parques, mas ainda terá de esperar vários anos. Contudo, o presidente da autarquia não acolheu com a mesma abertura a proposta para uma sala de teatro e espectáculos municipal no Bairro Novo. E também não se mostrou entusiasmado com a criação de uma companhia profissional de bailado contemporâneo municipal."

Para que serviu então o espectáculo montado em torno da discussão do orçamento municipal para 2021?
Pelo que pude acompanhar na reunião realizada ontem ontem, para desviar a atenção da realidade.
Sendo frontal: demagogia rasteira e de cordel. 
E o que é impressionante, é que ainda existe quem se deixe impressionar!..
Já que não vai haver fogo de artifício na passagem do ano, então continuação de bom carnaval.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Medidas propostas para o Orçamento camário de 20121 pela "oposição positiva"...

O teleférico a ligar as duas margens do estuário do Mondego, no que depender dos vereadores Miguel e Babo e Carlos Tenreiro, não vai ficar fora do próximo orçamento camarário. 
O sonho comanda a vida. 
Eu também ainda não desisti: vou continuar os estudos que me hão-de levar ao doutoramento no curso que ando a tirar há dezenas de anos: sonhador especializado.
O único muro intransponível é o que construímos em redor de nós próprios.

Lido na edição de hoje do Diário as Beiras
«Os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, eleitos pelo PSD (o partido retirou-lhes a confiança política), apresentaram nove propostas para o Orçamento Municipal (OM) de 2021. O documento será votado na reunião de câmara de 2 de DEZEMBRO, antes de ser submetido a votos na Assembleia Municipal. 
As propostas vão desde o reforço das medidas de apoio à mitigação dos efeitos da pandemia, que incluem a reabertura dos postos médicos de Ferreira-a-Nova, Brenha e Borda do Campo, e apoio fianceiro à hotelaria, restauração e similares, até a acções de proteção do ambiente. Incluem, ainda, uma sala municipal de espetáculos no Bairro Novo, uma companhia profissional de bailado contemporâneo e gabinetes de estudo para a remodelação do Bairro Padre Américo, a constituição de um corpo de polícia municipal, a instalação de um teleférico entre as duas margens da foz e a cobertura do Coliseu Figueirense. Abordam, também, um serviço municipalizado de transportes

domingo, 4 de outubro de 2020

Quiaios: depois de ser um caso de polícia decidido pelos tribunais, é agora um teste ao funcionamento da democracia na Figueira...

Na próxima terça-feira vai haver mais uma sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Quiaios, que o mesmo é escrever: vai haver mais uma tentativa para escolher os vogais da Junta de Freguesia, para Ricardo Santos poder tomar como presidente da junta.

"Sobre o actual momento político em Quiaios", que é complicado, o autor deste espaço, que não é eleitor em Quiaios, considera que o melhor e o mais acertado, é dar voz a  José Augusto Marques, "um dos orgulhosos eleitores desta freguesia":

"Umas de forma curial, outras nem por isso, têm sido várias as pessoas a questionar-me e por diversos meios, sobre o atual momento político em Quiaios. Para os que “acham” que os outros têm sempre obrigação de dizer o que pensam, adoptei há muito tempo uma resposta: sou demasiado alto para “jogar às escondidas”, mesmo quando isso me dá jeito. No domínio da política, afirmo recorrentemente que não sou, nem nunca fui, independente. Sou - e por muito que viva, considero que o sistema não se regenera a tempo de ser diferente - desalinhado de partidos, cuja actividade é pouco democrática.

Para descansar algumas almas, que na verdade estão mais preocupadas com putativos alinhamentos políticos do que com a minha opinião, ela aqui fica:

A freguesia de Quiaios não tem neste momento executivo de junta de freguesia por força de uma decisão judicial - resultante de um acto político - que teve o seu desfecho no dia 23 (?) de setembro. A questão jurídica terminou nesse dia e sobre isso, não sendo eu agente judicial, nada tenho a opinar.

Para um dos cerca de 3.000 eleitores da freguesia de Quiaios, que orgulhosamente sou, as questões pendentes na freguesia, embora motivadas por uma questão judicial, que no caso não é coisa de somenos, são, neste tempo, apenas do domínio da política.

Nas eleições de 2017 os quiaenses votaram maioritariamente numa solução que já não existe. Arranjar expedientes e argumentos enviesados para não devolver a palavra ao Povo, é atropelar de forma violenta o exercício da democracia.

Por um ano ou por um dia, em democracia, quem decide os seus representantes é o Povo. Tanto mais que, ao contrário do que muitos pensam, o presidente de junta é eleito directamente. Ora, que eu saiba, ninguém em Quiaios votou em nenhum dos elementos que hoje fazem parte da Assembleia de Freguesia para ser presidente de junta.

A situação em que nos encontramos tem origem em factos políticos. Logo, se não resulta de uma qualquer fatalidade pessoal, deve ter resposta política, e a única resposta que me perece correta, é promover, sem mais demoras, um novo ato eleitoral."


Na Figueira, tornou-se normal falar de "crise de regime", ou de "crise do sistema".

Em ambos os casos as expressões são dotadas de muita ambiguidade, mas que a sensação de fim dos tempos torna cada vez mais comuns. 

De que é que falamos, quando falamos de "crise do regime"? 

Falamos de crise da democracia figueirense? 

Sim e não. 

Falamos de crise da democracia enquanto regime... 

Então, em que sentido se pode falar de crise de democracia entendida como a "crise de regime"

Essa crise é grave - e é essa crise que justifica que se fale de "crise de regime".

Neste caso, como sabemos, o funcionamento da justiça, embora  lento, ineficaz, muitas vezes incompetente e discricionário, fez o seu caminho. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder.

O PS Figueira, a meu ver, também neste caso,  aparece como uma entidade mais ao serviço dos seus membros e na defesa do seu poder, enquanto partido, do que na defesa do interesse da governação da freguesia. 

A preponderância, já manifestada na teia obscura de negociações e interesses na tentativa de evitar  o escrutínio pelo voto do Povo, dá do poder do PS Figueira e PS Quiaios, a pior das imagens.

E, infelizmente, na minha opinião, a imagem não está longe da realidade.

Muita da crise da política figueirinhas, encontra-se e explica-se no modo como os partidos políticos evoluíram nos últimos anos no exercício do poder local. 

Nos grandes partidos políticos de poder na Figueira - PS e PSD -, o aparelhismo é  a regra.  "Viraram-se ao contrário" no exercício do poder. Ou seja, funcionam para dentro, geram poder apenas dentro, constituem uma barreira para qualquer mecanismo de representação que venha da sociedade, sem o mediar pelos interesses dos seus membros do aparelho. O tráfico de influências e lugares, o nepotismo, mesmo já com uma componente familiar, o rígido controlo burocrático, a criação de carreiras profissionalizadas no poder interno, a corrupção, tudo isto faz com que  o poder local seja hoje o lugar que mais justifica a ideia de que estamos a viver na Figueira "uma crise de regime".

Vejam o que recentemente aconteceu em S. Pedro, em Lavos e em Quiaios. 

Vejam o que se passa nas reuniões de câmara e assembleia municipal.

Na Figueira, além de uma "crise do regime", está também e claramente instalada uma crise da democracia.

Por tudo isto, Quiaios constitui um teste ao funcionamento da democracia na Figueira.