A apresentar mensagens correspondentes à consulta polícia municipal ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Tenreiro e Babo querem Polícia Municipal. Será a criação de uma Polícia Municipal na Figueira, neste momento, um assunto pertinente para o nosso concelho?

A revisão constitucional de 1997 introduziu no artigo 237.º relativo, à descentralização administrativa, uma disposição inovadora: estabeleceu que «as polícias municipais cooperam na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais». Na sequência desta alteração, o legislador veio definir o regime destas novas polícias, estabelecendo que as polícias municipais são serviços municipais especialmente vocacionados para o exercício de funções de polícia administrativa, mas que também cooperam com as forças de segurança na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais.
A criação de cada polícia municipal, que não é obrigatória, compete, em cada município, à respectiva assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal. A deliberação da assembleia municipal que cria a polícia municipal carece de ratificação do Governo, mediante Resolução do Conselho de Ministros, para que possa produzir efeitos.
A polícia municipal depende hierarquicamente do presidente da câmara. Sendo polícias de âmbito exclusivamente municipal, não se permite que os municípios procedam a uma gestão associada ou federada destes serviços municipais.
A articulação da acção da polícia municipal com as forças de segurança com jurisdição na área do município é da responsabilidade do presidente da câmara e dos comandantes dessas forças de segurança.
Na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, vem uma notícia sobre o desejo dos vereadores eleitos pelo PSD Carlos Tenreiro e Miguel Babo de defenderem a criação de um corpo de polícia municipal. Conforme se pode ler no jornal, a proposta enviada à presidência da câmara indica a “criação de uma equipa de trabalho”, liderada pelo presidente, João Ataíde, “com a finalidade de, no prazo máximo de seis meses, apresentar uma proposta que enquadre todas as vertentes funcionais, jurídicas, financeiras e sociais subjacentes à criação da Polícia Municipal da Figueira da Foz”.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o gabinete da presidência adiantou que, “caso a proposta seja agendada”, João Ataíde pronunciar-se-á sobre o assunto em sede de reunião de câmara.
Por sua vez, o presidente da Concelhia do PSD e vereador, Ricardo Silva, declarou: “O PSD não comenta a proposta porque a não conhece”.

Uma nota final.
Recorde-se que a Concelhia do PSD, em dezembro, enviou uma missiva àqueles dois vereadores, deixando claro que, se não renunciassem ao mandato, ser-lhes-ia retirada a confiança política.
A decisão, ainda não foi anunciada. Será que próxima reunião de câmara, a realizar na próxima segunda-feira, 21, iráá trazer a clarificação total sobre este assunto interno do PSD/FIGUEIRA?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Polícia Municipal


Uma crónica de João Vaz publicada no Diário as Beiras

"Será precipitado, errado e inconsequente criar uma força de Polícia Municipal na Figueira da Foz. Esta é uma decisão que carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício. Estamos praticamente em ano de eleições ( 2021 ), logo as decisões tomadas não devem comprometer o próximo executivo com uma decisão de elevado impacto na despesa corrente a médio e longo prazo. 
O trabalho prévio não parece estar elaborado, desde a análise à ligação com as forças de segurança (PSP, GNR) até ao perfil de atuação. Questiona-se ainda a sustentabilidade económica. Uma polícia municipal minimalista de 20 agentes custará mais de um milhão de euros por ano. Há algum estudo económico e técnico? 
Há muitos exemplos de ineficácia da Polícia Municipal, tanto em grandes concelhos (Lisboa) como nos pequenos. Predomina a ideia que esta Polícia serve apenas para “passar recibos” e não consegue atuar no fundamental, a segurança. Por esta razão, a ineficácia, o PSD Madeira chumbou recentemente a criação da Polícia Municipal no Funchal, uma cidade de 110 mil habitantes residentes e muitos milhares de turistas. Já na Figueira parte do PSD (2 vereadores) acha, e sublinho o “achismo”, que é essencial uma Polícia Municipal, e o presidente da Câmara acolhe bem esta ideia. 
Numa tese académica sobre a Polícia Municipal de Guimarães verifica-se que mais de 70% dos agentes manifestaram não estar motivados nem ter meios legais para atuar. Parece ser este o panorama geral, o polícia municipal é desconsiderado, inclusivamente pela população e pelas outras forças de segurança. Será sério criar uma Polícia Municipal? Para controlar o estacionamento e remoção de veículos da via pública? Fiscalização de obras? Já temos a Figueira Parques e o corpo de fiscais da Câmara, e ainda a PSP e a GNR a quem compete a prevenção dos crimes violentos e o controlo rodoviário, e querem ainda gastar mais um milhão de euros em polícia e fiscalização?»

sábado, 5 de dezembro de 2020

A incompetência dos autarcas figueirenses não tem limites: o corpo de polícia municipal está criado legalmente desde 28 de Janeiro de 2002


O corpo de Polícia Municipal da Figueira da Foz é composto por 30 elementos, podendo este número ser alterado por deliberação da Assembleia Municipal.

Via OUTRA MARGEM estão disponíveis mais pormenores.
Recorde-se. Na reunião de Câmara realizada em 4 de Março de 2019, foi "chumbada" a criação de um corpo de polícia municipal, uma proposta dos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, com os votos contra do PS e do vereador do PSD, Ricardo Silva.
Na reunião camarária realizada na passada quarta-feira, Carlos Tenreiro e Miguel Babo apresentaram mais uma vez, entre outras, a proposta da criação de um corpo de Polícia Municipal. E os vereadores do PS que haviam "chumbado" em 4 de Março de 2019 a proposta de um corpo de polícia municipal, desta vez "concordaram". Diga-se que a vereadora Diana Rodrigues, em 4 de Março de 2019 ainda não era vereadora e o vereador Miguel Pereira, na última quarta-feira, não esteve presente na sessão camarária realizada nesse dia.
Comentários para quê?.. São autarcas figueirenses...

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Concorda com a criação de um corpo de Polícia Municipal?

"NÃO". Teotónio Cavaco, hoje no Diário as Beiras 


«Sendo um assunto adormecido durante cerca de vinte anos (de facto, embora tenha sido apresentado em 2019 e agora, novamente, como uma novidade, a Polícia Municipal foi criada através de Resolução do Conselho de Ministros, em janeiro de 2002, ratificando a deliberação da Assembleia Municipal de julho de 2000, que aprovou Regulamento e quadro de pessoal), vale a pena considerar três aspetos fundamentais:

– alterou-se significativamente a situação, desde 2002, para que se justifique a implementação de mais um corpo policial, para cooperar na “manutenção da tranquilidade pública e na proteção das comunidades locais”?
– numa época tão difícil, mesmo dramática para muitas famílias e empresas, de brutal quebra no consumo, na produção e no investimento, com graves consequências na atividade económica, nomeadamente turística, e no emprego, que conduziu a economia para uma recessão que trará dificuldades acrescidas principalmente na Figueira, será honesto desviar o foco da efetiva busca de soluções que minimizem os impactos da pandemia?
– alguém já percebeu ou fez estudos que permitam aferir quanto vai custar aos bolsos dos figueirenses criar e manter mais este corpo municipal?

Não tenho qualquer dúvida em responder “não” às três perguntas anteriores, pelo que me parece evidente que a implementação de um corpo da Polícia Municipal na Figueira nada acrescentaria à vigilância de espaços públicos ou abertos ao público, à vigilância nos transportes urbanos locais (quais?), à guarda de edifícios e equipamentos públicos municipais ou à regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal.
Já agora: para quando o início dos trabalhos de intervenção nas instalações da divisão policial da PSP da Figueira da Foz, reclamados e anunciados há tantos anos, sem que, até agora, se saiba qual é o calendário e a tipologia dos mesmos? Isto é que é assunto!»

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Silvina Queiroz, via Diário as Beiras


«Há poucos dias foi (re)colocada, em reunião de Câmara, a questão da criação da Polícia Municipal!
No papel. Ainda bem. 
A Assembleia não foi unânime na decisão, tendo a CDU votado contra. Na altura como hoje, não concordo com a criação deste corpo e é algo surreal que tenham sido os edis do PSD, embora despojados da confiança política por parte do partido, a ressuscitarem a questão. 
Foi em mandatos autárquicos dessa força que nasceu a ideia, primeiro com Santana Lopes, depois com o Presidente Duarte Silva. Continuo não vendo a necessidade desta estrutura, por várias ordens de razão. Agora, somam-se as certezas de que problemas que constitucionalmente são atribuídos ao Estado, ao Governo central, não devem jamais passar para a tutela exclusiva dos municípios.
Municipalizar a segurança?! As competências das polícias municipais são mais reduzidas do que as da PSP, como não poderiam deixar de sê-lo. Esbarram e ainda bem, nas competências daquela força de segurança, essa sim responsável pela segurança dos cidadãos nos diferentes contextos, muitas vezes também com a GNR, fora da área urbana. 
Por que se pretende então a polícia municipal? Para aplicar multas de estacionamento, na nossa cidade em grande parte “a cargo” dos funcionários da empresa de estacionamento, “passada” ao preço da chuva a uma entidade privada. Como é sobejamente conhecido, imagino. 
Quando as coisas se complicam, lá são chamadas as forças de segurança com autoridade e formação capacitante para a assumpção da tarefa. Como é óbvio que tem de ser. 
Nas grandes cidades, admito que o corpo de polícia municipal possa dar uma mãozinha à PSP, dada a extensão territorial. Aqui precisamos do reforço do destacamento da PSP e não arranjar forma e pretexto para a tutela poder acabar com a força que é o garante da tranquilidade e da ordem pública. A antiga proposta de PM previa a afectação de 30 efectivos. E mais 30 sapadores? Sim, esses fazem falta

terça-feira, 5 de março de 2019

Criação de um corpo de polícia municipal, uma proposta dos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, foi “chumbada”...

Ontem, na reunião de câmara, o PS e o vereador do PSD Ricardo Silva votaram contra a criação de um corpo de polícia municipal.
Para João Ataíde, “para já, não há nada que o justifique. A reflexão já foi feita em 2000 e 2001 e foi abandonada”.
“É uma opção política e já estávamos à espera, porque temos visões diferentes sobre como deve ser a cidade”, reagiu Miguel Babo.
Ricardo Silva sublinhou que a criação da polícia municipal não consta do programa eleitoral do PSD.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

HINO À IGNORÂNCIA!..

Em Março de 2019, quase há dois anos, o blogue OUTRA MARGEM (e não só), já tinha alertado.
Ver aqui.
Hoje no Diário as Beiras.
«Os vereadores eleitos pelo PSD, Carlos Tenreiro e Miguel Babo (o partido retirou-lhes a confiança política), apresentaram, na reunião de câmara do dia 2 deste mês, uma proposta para a criação de um corpo de Polícia Municipal.
Não estava a par de que já tinha sido aprovado. Já foi há 20 anos, mas a nossa proposta justifica-se, porque já passaram 20 anos e a realidade é outra”, justificou Miguel Babo.
Não acompanhei o processo [de 2000]. Infelizmente, é a evidência de que as coisas não passavam do papel, ou seja, havia aprovação e ficavam no papel. Hoje, devido à situação financeira da câmara, não será possível avançar com a Polícia Municipal, mas é uma hipótese a equacionar, que terá de ser articulada com o fim da concessão da Figueira Parques”, frisou Carlos Monteiro.»

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Está aprovado para 2021 o maior orçamento municipal de sempre na Figueira

O Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz para 2021 (o maior de  sempre), de 75,4 milhões de euros, foi ontem aprovado por maioria com o voto contra de Ricardo Silva, do PSD, e a abstenção dos eleitos pelo mesmo partido Carlos Tenreiro e Miguel Babo (mas aos quais foi retirada a confiança política).

Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo de sempre. Vale também para 2021. 

Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é  nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar. 

Um concenlho moderno,  democrático e gerido com responsabilidade  discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim seria possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isso, no fundo, resume-se numa palavra:  palavra “desenvolvimento”

O orçamento municipal para 2021 tem isso em conta?

Não o conheço em profundidade. Mas, pelo que tive oportunidade de assitir no decorrer da sessão camária de ontem, parece-me ser mais do mesmo e desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz.

Temos a intenção do aumento do desperdício de milhões de euros, replicando más práticas de um passado recente.

Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2021: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira. 

O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de advinhar  que temos pela frente,  era termos políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.

Quem é que acredita que isto vai ser realidade, ou, pelo menos, ter avanços significativos em 2021?
Passo a citar o Diário as Beiras, edição de hoje.
"Carlos Tenreiro e Miguel Babo aproveitaram a oportunidade, que o primeiro saudou, avançando com propostas inspiradas no programa eleitoral que submeteram ao eleitorado em 2017, e a maioria referindo-se à criação de gabinetes de estudo. Das nove “ideias” apresentadas,  o PS concordou com quase todas. Algumas das propostas já estavam nos planos dos socialistas, como a cobertura do Coliseu Figueirense, o teleférico entre as duas margens da foz ou um corpo de Polícia Municipal, este só quando terminar a concessão da empresa de exploração de estacionamento Figueira Parques, mas ainda terá de esperar vários anos. Contudo, o presidente da autarquia não acolheu com a mesma abertura a proposta para uma sala de teatro e espectáculos municipal no Bairro Novo. E também não se mostrou entusiasmado com a criação de uma companhia profissional de bailado contemporâneo municipal."

Para que serviu então o espectáculo montado em torno da discussão do orçamento municipal para 2021?
Pelo que pude acompanhar na reunião realizada ontem ontem, para desviar a atenção da realidade.
Sendo frontal: demagogia rasteira e de cordel. 
E o que é impressionante, é que ainda existe quem se deixe impressionar!..
Já que não vai haver fogo de artifício na passagem do ano, então continuação de bom carnaval.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Medidas propostas para o Orçamento camário de 20121 pela "oposição positiva"...

O teleférico a ligar as duas margens do estuário do Mondego, no que depender dos vereadores Miguel e Babo e Carlos Tenreiro, não vai ficar fora do próximo orçamento camarário. 
O sonho comanda a vida. 
Eu também ainda não desisti: vou continuar os estudos que me hão-de levar ao doutoramento no curso que ando a tirar há dezenas de anos: sonhador especializado.
O único muro intransponível é o que construímos em redor de nós próprios.

Lido na edição de hoje do Diário as Beiras
«Os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, eleitos pelo PSD (o partido retirou-lhes a confiança política), apresentaram nove propostas para o Orçamento Municipal (OM) de 2021. O documento será votado na reunião de câmara de 2 de DEZEMBRO, antes de ser submetido a votos na Assembleia Municipal. 
As propostas vão desde o reforço das medidas de apoio à mitigação dos efeitos da pandemia, que incluem a reabertura dos postos médicos de Ferreira-a-Nova, Brenha e Borda do Campo, e apoio fianceiro à hotelaria, restauração e similares, até a acções de proteção do ambiente. Incluem, ainda, uma sala municipal de espetáculos no Bairro Novo, uma companhia profissional de bailado contemporâneo e gabinetes de estudo para a remodelação do Bairro Padre Américo, a constituição de um corpo de polícia municipal, a instalação de um teleférico entre as duas margens da foz e a cobertura do Coliseu Figueirense. Abordam, também, um serviço municipalizado de transportes

domingo, 11 de outubro de 2015

A segurança e o salvamento marítimo, um caso grave na barra da Figueira que acidente do Olívia Ribau pôs a nu...

Desde a passada quarta-feira que a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima quer que seja aberto um inquérito à operação de socorro, desencadeada na sequência do naufrágio do dia anterior na Figueira da Foz.
"Este infeliz episódio deverá servir de alerta para as fragilidades do actual sistema de salvamento marítimo, sustentado no altruísmo dos profissionais da Polícia Marítima", frisa a ASPPM.
É tempo de "encarar a inoperância do sistema na busca e salvamento no mar com a frontalidade que a situação merece e responsabilizar as entidades competentes no salvamento marítimo, antes que se contem mais vítimas no seio da instituição policial", pode ler-se ainda no comunicado da ASPPM.
A associação sindical sublinha também que o "altruísmo que move os profissionais da Polícia Marítima não deve ser confundido como um dever especial de garante da vida humana no mar".

"As incontáveis vidas salvas por profissionais da Polícia Marítima não devem servir para ocultar a inoperância do actual sistema".

A realidade, segundo a ASPPM é que "os profissionais da Polícia Marítima não dispõem de competências para a busca e salvamento no mar, nem estão habilitados, treinados ou em prontidão para responder a ocorrências de naufrágio".
A Figueira tem um grave problema de segurança no salvamento a náufragos, que este acidente colocou a nu.
Um agente da Polícia Marítima, de folga, que por mero caso estava próximo da Figueira, e se muniu de uma mota de água e conseguiu salvar duas vidas, não pode servir para camuflar a realidade.
O Instituto de Socorro a Náufragos encerra às 18 horas numa barra que, a não ser que as condições do tempo não o permitam, permite entradas e saídas 24 horas por dia.
De sublinhar:
1. na passada terça-feira o Instituto de Socorros a Náufragos não tinha os meios necessários para acudir ao acidente, por uma das embarcações, a Patrão Macatrão, estar avariada
2. o facto da Protecção Civil Municipal da nossa cidade não ter tido conhecimento de que as instalações encerram às 18 horas!..
Depois de tudo ter falhado no naufrágio do Olíva Ribau,  espera-se que a justiça funcione.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Depois de tudo ter falhado espera-se que a justiça funcione...

Conforme pode ser lido no jornal Diário de Coimbra, "a família de um dos cinco pescadores que morreram na sequência do naufrágio do arrastão registado em Aveiro “Olívia Ribau”, à entrada da barra da Figueira da Foz, em Outubro de 2015, reclama em tribunal 250 mil euros ao Estado."


Nota de rodapé.

Na última década registaram-se alguns acidentes graves, com vítimas mortais, à entrada da barra da Figueira da Foz. Os pescadores apontam o dedo às obras ali realizadas. "Aquela barra ficou mais perigosa depois do aumento do cais. Temos mais areia e a navegação é muito mais arriscada"
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar. 

"Está na altura de questionar porque é que há tantos naufrágios. A barra transformou-se numa ratoeira para os pescadores. Com o aumento do molhe em 400 metros, os barcos têm de entrar ou sair da barra atravessados, não há segurança". 
Alexandre Carvalho, pescador na Figueira da Foz. 
Segundo José Festas, na altura em que foram realizadas as obras, a associação que representa alertou os responsáveis para o problema, mas sem sucesso: "Nós tentámos impedir que a barra fosse feita assim. Avisámos que ia matar muita gente"
O responsável por este blogue, dentro das suas modestas possibilidades, tem feito o que pode no alerta dos problemas da nossa barra - que, em abono da verdade, não são de hoje nem de ontem: na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra... 

Vejamos o caso do prolongamento em 400 metros do molhe norte.
Manuel Luís Pata, já falecido, outra voz que andou uma vida a pregar no deserto, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu... Recordo, mais uma vez, o já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata,  no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra que então se perspectivava e, entretanto,  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto que era um alerta, que ninguém teve em conta.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

Pouco tempo depois do naufrágio do "Olívia Ribau" em declarações aos jornalistas, João Ataíde, presidente da câmara da Figueira da Foz, disse que a estação salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) não tinha os meios necessários para acudir ao acidente, por uma das embarcações, a Patrão Macatrão, estar avariada, e criticou o facto da Protecção Civil Municipal não ter tido conhecimento de que as instalações encerravam às 18 horas.
Consciente do papel de destaque que se encontra reservado à protecção civil ao nível do bem estar da população figueirense, tendo em conta o cumprimento do estatuído no artigo 5º do Decreto-Lei nº 203/93, de 3 de Junho, que ao regulamentar a Lei nº 113/91, de 29 de Agosto (Lei de Bases da Protecção Civil), impôs aos municípios a promoção da criação dos seus serviço municipais de protecção civil, aos quais cabe desenvolver actividades de coordenação e execução tendentes a prevenir riscos colectivos inerentes à situação de acidente grave, catástrofe ou calamidade de origem natural ou tecnológica, atenuar os seus efeitos e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram das populações, deixo duas perguntas: 
1ª. - para que serve a Protecção Civil Municipal da Figueira da Foz?
2ª. - quantas reuniões de coordenação existem por ano com todas as entidades envolvidas?
Recordo, para quem não se lembre, que o presidente da Câmara tem a seu cargo a direcção das actividades a desenvolver no âmbito da Protecção Civil, cabendo-lhe designadamente, "criar e dirigir o Serviço Municipal de Protecção Civil Concelhio, procurando garantir a existência dos meios necessários ao seu funcionamento".
Isso passa, entre muitas outras coisas, por "convocar e presidir às reuniões da Comissão Municipal de Protecção Civil", "promover a cooperação de cada organismo ou entidade interveniente, diligenciando assim, o melhor aproveitamento das suas capacidades", "coordenar a elaboração do Plano Municipal de Emergência e promover a preparação, condução e treino periódico dos respectivos intervenientes", "promover e contribuir para o cumprimento da legislação de segurança relativa aos vários riscos inventariados, oficiando para o efeito aos órgão competentes", "promover reuniões periódicas da Comissão Municipal de Protecção Civil, sempre que necessário e no mínimo duas vezes por ano".

O saldo de mais um naufrágio ocorrido nesta nossa barra foi trágico: no arrastão "Olívia Ribau" naufragado a 06 de outubro de 2015, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima e cinco morreram.
A segurança e o salvamento marítimo, continua a ser um caso grave na barra da Figueira que o acidente do Olívia Ribau pôs a nu...

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Naufrágio do Olívia Ribau criou ondas de choque na reunião de câmara realizada ontem

foto sacada daqui
Na reunião de câmara realizada ontem, segundo o jornal AS BEIRAS, por iniciativa de Miguel Almeida,  foram debatidas as operações de socorro aos náufragos do arrastão “Olívia Ribau”, tendo o vereador da oposição afirmado que “tudo funcionou mal”
Sublinhou ainda que não existe um plano de emergência para a barra e defendeu que a autarquia deve exigir responsabilidades legais ao Estado, por ainda não ter melhorado as condições de segurança no acesso ao porto da Figueira da Foz. 
“O estudo de impacte ambiental do prolongamento do molhe Norte já falava disto tudo. O problema não está no molhe, está nas consequências, que já se conheciam e ninguém fez nada para as mitigar ou eliminar”, apontou.
(Aqui, como é público, discordo frontalmente de Miguel Almeida, pois aqueles 400 metros de molhe, não são a tal obra mãe, mas a obra MADASTRA. Recordo os avisos feitos em devido tempo por quem sabe.
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”)
Mas continuando a citar  Miguel Almeida, até porque NA FIGUEIRA E NO PAÍS EXISTE UM GRANDE PROBLEMA: A BARRA, “isto não pode ficar sem assunção de responsabilidades. Não se pode brincar com a vida das pessoas desta maneira”, defendeu Miguel Almeida.

O caldo esteve quase entornado, quando o vereador da oposição questionou o papel dos serviços municipais de Protecção Civil. 
Recorde-se que ainda decorriam as buscas dos cinco pescadores desaparecidos (morreram cinco e sobreviveram dois) e João Ataíde denunciava aos órgãos de comunicação social que não fora informado sobre a alteração do horário do posto local do Instituto de Socorros a Náufragos, que encerra às 18H00. 
Ontem, Miguel Almeida afiançou que o horário já vigorava quando o presidente tomou posse para o primeiro mandato – já lá vão quase 6 anos - e perguntou há quanto tempo não se reúne o Conselho Municipal de Segurança (CMS).
Ficámos a saber que a última  reunião foi há cerca de dois anos. João Ataíde justificou que não voltou a reunir-se porque estava à espera da elaboração do Plano Municipal de Emergência, que deverá ser apresentado no dia 2 de novembro.
Foi aí que as coisas subiram de tom. “Tenho pugnado, junto da administração do porto e da tutela, pelo desassoreamento permanente da barra. Não pode haver a perspectiva economicista que houve”, disse o presidente Ataíde, explicando, por outro lado, que, em caso de naufrágio, é a Autoridade Marítima que assume as operações, e não a Protecção Civil local. “Está a tentar fazer um aproveitamento (político) nefasto da tragédia", acusou João Ataíde, quando Miguel Almeida lhe perguntou se achava normal o CMS estar dois anos sem se reunir.
Esta questão irritou ainda mais João Ataíde. 
“Está a fazer insinuações torpes e graves! Está a insinuar que sou responsável por omissão neste processo!”, interregou o presidente. 
Miguel Almeida rejeitou a acusação e contra-atacou: “Tem de exigir ao capitão do porto que entregue o plano de emergência da barra. O mais grave é que o plano não existe e o presidente da câmara não pode conformar-se com isso!”
(Recordo, para quem não se lembre, que o presidente da Câmara tem a seu cargo a direcção das actividades a desenvolver no âmbito da Protecção Civil, cabendo-lhe designadamente, "criar e dirigir o Serviço Municipal de Protecção Civil Concelhio, procurando garantir a existência dos meios necessários ao seu funcionamento".
Isso passa, entre muitas outras coisas, por "convocar e presidir às reuniões da Comissão Municipal de Protecção Civil", "promover a cooperação de cada organismo ou entidade interveniente, diligenciando assim, o melhor aproveitamento das suas capacidades", "coordenar a elaboração do Plano Municipal de Emergência e promover a preparação, condução e treino periódico dos respectivos intervenientes", "promover e contribuir para o cumprimento da legislação de segurança relativa aos vários riscos inventariados, oficiando para o efeito aos órgão competentes", "promover reuniões periódicas da Comissão Municipal de Protecção Civil, sempre que necessário e no mínimo duas vezes por ano".)
Continuando  com a  reunião de ontem.
João Ataíde mostrou disponibilidade da autarquia para apoiar a Autoridade Marítima com meios de socorro. Por exemplo, indicou, com motas-de-água. Acima de tudo, sustentou o autarca, a cidade tem de ter “um porto seguro”
Neste pormenor, houve unanimidade, assim como no voto de pesar e no minuto de silêncio pelas vítimas mortais. 

Socorro a náufragos  deve ser «uma estrutura única e vertical que superintenda o sector»
Entretanto, reuniram-se ontem ao final da tarde, a pedido da autarquia, representantes da Anopcerco, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, das associações Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, dos Sócio Profissionais da Polícia Marítima e do Centro Litoral OP, assim como o próprio presidente da Câmara, que aprovaram por unanimidade um documento onde sublinham a necessidade de «acabar com a pulverização de tutelas sobre questões do mar», e que o próximo Governo crie «uma estrutura única e vertical que superintenda o sector». João Ataíde, que falou como “porta-voz”, focou ainda da necessidade da criação de uma Comissão para as Políticas do Mar, como uma das comissões permanentes da Assembleia da República e que o ISN seja dotado «de meios técnicos e humanos que permitam às suas estações terem guarnições adequadas, treinadas e em prontidão imediata».
Os oito participantes na reunião, representantes dos pescadores, armadores, Polícia Marítima, Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), contando com o autarca, vão enviar um manifesto a vários ministros, Presidente da República, primeiro-ministro, Associação Nacional de Municípios Portugueses e presidência da República. 
O caderno reivindicativo que resultou da reunião tem seis pontos. Começa por manifestar urgência em dotar o ISN de meios técnicos e humanos, passando para a necessidade de se fazer um “levantamento exaustivo” dos meios de socorro existentes e o seu estado de conservação. Depois, considera fundamental envolver as autoridades portuárias e refere que é premente realizar um estudo sobre a operacionalidade do sistema de busca e salvamento marítimo. O documento aborda ainda a urgência de se proceder a um apuramento das condições de navegabilidade e assoreamento das barras, “com especial atenção para a da Figueira da Foz”. Por outro lado, defende também que é necessário realizar “uma forte campanha de sensibilização junto dos armadores e pescadores sobre medidas de segurança a bordo”. Considera, ainda, que “é importante” criar uma comissão permanente da Assembleia da República para as políticas do mar. Por fim, defende o fim da “pulverização de tutelas” sobre questões do mar, propondo a constituição de uma estrutura única. 
Acerca da segurança a bordo, José Festas, da Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, considerou que o “colete salva-vidas é como o cinto de segurança: tanto mata como salva”
No caso do naufrágio da Figueira da Foz, disse: "se tivesse sido utilizado, não haveria sobreviventes entre os sete pescadores a bordo"

Estão em curso os trabalhos de remoção do pesqueiro, que se encontra no canal de navegação do porto. No molhe sul, ontem, estava a ser montada a estrutura técnica e operacional para tentar retirar o que resta do Olívia Ribau. 
Vamos ver os ensinamentos que resultaram desta tragédia,  que enlutou e causou enorme consternação na nossa cidade, na zona e em todo o País e o que daqui vai resultar de positivo para o futuro. Todos sabemos, que a barra da Figueira está como está, por vontade e intervenção dos homens.
Recorde-se, que o Ministério Público e a Marinha abriram inquéritos sobre as causas e as operações de socorro. 

sábado, 22 de julho de 2017

Alto quadro da câmara municipal da Figueira da Foz, sente-se vítima de "bruxaria" e "mau olhado"!..


Considerado um amuleto poderoso na Grécia antiga, a ferradura é comumente encontrada atrás de portas de residências e comércios. 
Fica a sugestão para o alto quadro da câmara municipal da nossa cidade que se considera vítima de "mau olhado" e "bruxaria": que tal colocar uma ferradura atrás da porta do gabinete?
A sorte está nas suas mãos! Antigamente, quando alguém achava uma ferradura era sorte, porque podia dirigir-se ao ferreiro da aldeia e trocá-la por dinheiro. Com o passar dos séculos o significado prático passou a simbólico e a ferradura tornou-se um poderoso talismã, frequentemente inscrito com símbolos mágicos e usado para atrair sorte e prosperidade.

Estamos em Julho. 
É por esta altura que se notam as diferenças para os dias frios de inverno! 
Natural, portanto, que algumas mentes andem febris...
Há quem diga que gato preto é mau olhado! 
A beleza, para mim, que até nem sou grande  apreciador de gatos, incluido os pretos, é indiferente à superstição, pois vale por si e não precisa de justificações.

Não sei se pelos paços do concelho andam gatos pretos...
Sei, isso sim  - estamos a falar de alto quadro municipal - que há quem se julgue  perseguido  pelo "mau olhado"  e pela "bruxaria"!..
Para quem não é supersticioso - e eu não o sou mesmo - pensando melhor, a minha superstição, porventura, é não ser supersticioso!
Acham que sou complicado? Pois olhem que me entendo muito bem e de uma forma geral gosto de mim assim.

Desde que há memória que a superstição está unida ao homem. 
Não tendo explicação para qualquer fenómeno, remete a solução para um ser transcendente que tudo criou, contentando-se com essa simples remissão, em vez de explorar as hipóteses que se lhe colocam. 
É fácil e não exige muito... Por mim, não coloco ferraduras atrás das portas!
E, muito menos, era capaz de chamar a Polícia para realizar uma busca ao meu gabinete de alto quadro da Câmara Municipal da Figueira da Foz, para descobrir impressões digitais que levassem à descoberta de quem andava a fazer-me "bruxarias" e a lançar-me "mau olhado"!..

É inacreditável no que certa gente consegue acreditar.... 
Estou completamente rendido e seduzido!
Querem-nos com bom senso, equilibrados, bonzinhos, porque senão processam-nos! 
Só nos falta ordenarem-nos para sermos bons alunos seguidistas das ordens municipais! Pela minha parte cooperarei no NÃO. 
Não lhes darei a alegria da complacência... 
Perante anedotas como esta, podem contar com o meu odiozinho de estimação, que é uma coisa completamente inócua, mas divertida!..

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Miguel Almeida: tanto que ainda ficou por explicar na sua crómica...

A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visava permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Anos depois de concluída a obra, a barra para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. 
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que a situação é alarmante.
E não foi por falta de aviso.
Por exemplo, Fernando Veloso Gomes, intervindo num debate na Figueira da Foz promovido pela Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC) em maio de 2010, recordou que na apresentação "há dez anos" (ano de 2000) do projecto de prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz - cuja intervenção se encontrava nessa altura (2010) em curso - que "avisou para as consequências da obra.”
Por exemplo, Manuel Luís Pata, em 1996, escreveu isto no Correio da Figueira a propósito da ideia que então já existia do prolongamento do molhe norte. 
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”.

Hoje, numa crónica que assina no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida escreve isto.
"Quantas vidas mais terá o mar de levar para que se resolva em definitivo o problema da entrada da barra? O problema não está na construção do prolongamento do molhe norte, mas sim nos impactos negativos que provocou e que eram conhecidos desde o início da sua construção. Isto é, o prolongamento do molhe norte era necessário para a estabilização do canal de navegação, o que não se compreende é que conhecidos os impactos que ia provocar não se tenham tomado as medidas necessárias para os eliminar."
Mas, onde andou tanta gente que não contribuiu para prever, em devido tempo, o que era facilmente previsível?..
Recorde-se que Miguel Almeida, apesar de ainda jovem, é detentor de uma brilhante biografia política com cerca de duas dezenas de anos, ou mais:  foi deputado na Assembleia da República, deputado na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, vereador executivo na Câmara Municipal da Figueira da Foz e candidato a presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Neste momento, é vereador na oposição...

A minha maior mágoa - e isso é o que eu lamento mais profundamente - é que o negócio sempre foi o que mais influenciou o desenho e a gestão da barra do porto da Figueira da Foz.
Como escreve Miguel Almeida, mais à frente, agora veio o resto, que esta tragédia colocou completamente a nu.
"Infelizmente, existe uma enorme nebulosa sobre todo este caso, que se exige que os inquéritos da Marinha e do Ministério Público dêem respostas. Fica a sensação que o Serviço Municipal de Protecção Civil e a Autoridade Marítima não estão articulados. Enfim, fica a sensação que quase tudo falhou. Felizmente, ainda foi possível salvar a vida de dois tripulantes, graças à disponibilidade do polícia marítimo Carlos Santos, que, apesar de estar de licença, se fez ao mar e resgatou os únicos sobreviventes. Saibamos todos honrar a memória de para quem “o pão, às vezes, é morte”, não permitindo que esta tragédia caia no esquecimento e não se resolvam os problemas". 
Esta crónica de Miguel Almeida, a meu ver, teria ficado mais completa, se tivesse também referido a política de cortes cegos feitos pelos que governaram nos últimos 4 anos em Portugal e que, pelos vistos, se preparam para continuar.
Um dia - essa é esperança que me alimenta desde sempre -  ainda hão-de ser as pessoas o mais importante na definição do desenho e da gestão da barra da Figueira e do Portugal em que desejava viver.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Retirada da confiança política aos vereadores Tenreiro e Babo vai acabar no tribunal?..

Imagem DIÁRIO DE COIMBRA
* Carlos Tenreiro e  Miguel Babo,  “deixaram de representar o PSD” na passada segunda-feira.

* Concelhia da Figueira da Foz do PSD realizou ontem uma conferência de imprensa para esclarecer o processo que conduziu à retirada da confiança política aos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo.
 

* Ricardo Silva, que acumula o cargo com o mandato de vereador, afirmou que a intervenção daqueles dois autarcas na reunião de câmara da passada segunda-feira pautou-se pela “desonestidade intelectual” e que proferiram “um rol de mentiras e calúnias”.

* Ricardo Silva: “mais vale o PSD ter só um vereador do que ter três e dois deles a difamarem o partido”.

* “Os vereadores estavam a par de tudo. Nunca expuseram os seus problemas ao partido”, afirmou Ricardo Silva na conferência de imprensa de ontem, recorrendo à exibição de documentos internos.

* Sobre o método da comunicação da retirada da confiança política, Ricardo Silva defendeu que “o partido cumpriu com a formalidade”, ao informar João Ataíde.

* Na época do Natal, os dois vereadores receberam uma carta registada da Concelhia na qual foram confrontados com duas hipóteses: ou renunciavam ao mandato ou ser-lhe-ia retirada a confiança política. 


* “Não nos foi colocada qualquer questão ou pedida reunião sobre o assunto”, garantiu  o presidente da Concelhia.

* Teotónio Cavaco, coordenador da equipa que elaborou o programa eleitoral, vice-presidente da Concelhia e líder da bancada do PSD na assembleia municipal, afirmou que não encontra no documento as bandeiras defendidas pelos dois antigos autarcas do PSD. Nomeadamente, a defesa do estudo do bypass de areias e a recente proposta de criação da Polícia Municipal. Acerca do último assunto, a Concelhia afiançou que não foi tida nem achada.

Acusou ainda Tenreiro e Babo de "terem aprovado o aumento da água".

* Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Tenreiro afirmou que solicitou a acta (documento interno do PSD) da reunião da Concelhia e da Distrital do PSD na qual foi decidida a retirada da confiança política. O vereador garantiu que não obteve resposta.

* Ricardo Silva garantiu que foram enviados todos os documentos solicitados.

* “Vou a todas as reuniões para que sou convocado, e àquelas que não posso ir, justifico a minha ausência, antecipadamente. Nunca recusei reunir-me com a Concelhia”, acrescentou Carlos Tenreiro.

* “O partido esteve sempre aberto ao diálogo”, garantiu Ricardo Silva.

* “Nunca fomos abordados pessoalmente sobre a retirada da confiança política. Não responderam ao pedido de adiamento da reunião [da Concelhia e da Distrital] e não responderam ao pedido do envio da acta”
(documento interno do PSD), declarou Miguel Babo ao DIÁRIO AS BEIRAS.

 * Miguel Babo: “Tenho dúvidas quanto à legitimidade do documento enviado pela Concelhia do PSD ao presidente da câmara”.

* O DIÁRIO AS BEIRAS sabe que os dois autarcas vão recorrer aos meios legais para apurar a legalidade da missiva, ao ter sido enviada sem a respectiva acta (documento interno do PSD) que sustenta a decisão. 
Via DIÁRIO AS BEIRAS

sábado, 26 de dezembro de 2020

E se estudassem ao menos um bocadinho senhores autarcas figueirenses?..

Recordo algo que escrevi no passado dia 21 do corrente, no facebook: 

Hoje, o Diário as Beiras, publica a seguinte local.
Como a incompetência dos vereadores figueirenses não tem limites, sublinho algo que pode ser lido no Diário as Beiras de hoje: "a Polícia Municipal da Figueira da Foz foi aprovada, em 2000, pela câmara e pela Assembleia Municipal, e, em 2002, pelo Governo, embora nunca tivesse sido constituída. Tanto os proponentes como o líder do executivo camarário alegaram a este jornal desconhecer o dossiê, por já ter 20 anos e não o terem acompanhado."
Não é para puxar dos galões, mas o OUTRA MARGEM já tinha publicado isso em 5 de Março de 2019...
Estudassem...
Assim, não há condições... Ao trabalho, senhores, ao trabalho...

domingo, 22 de março de 2020

Da série, temos de sublinhar o que a Figueira tem de positivo: "as ruas vazias da Figueira"...

Via Município da Figueira da Foz

Com este bom exemplo publicitado na página do facebook do Município figueirense, começam a faltar palavras para elogiar Carlos Monteiro e a sua equipa de vereadores... E, hoje, foi um domingo de sol. E, Coimbra aqui tão perto... Para não falar do que se passou na Póvoa de Varzim.
A malta da Figueira, com este comportamento exemplar, até se esquece do estado de Buarcos depois das obras, do asfalto na “Enforca cães”, das  obras do Cabedelo, das ciclovias, da ponte entre Vila Verde e Alqueidão, do coreto no jardim municipal, do jardim da Quinta das Olaias que será aberto ao público e do corredor verde entre aquele espaço municipal e as Abadias, da parceria com o Coliseu Figueirense, tendo em vista a cobertura e a remodelação da praça de touros, o que não implicará a desistência do Anel das Artes, que, também,  poderá levar cobertura, dos milhões necessários para o Paço de Maiorca e para a resolver o problema, que já vem do tempo do presidente Aguiar de Carvalho, com a Vidor, do sintético do Municipal Bento Pessoa e do Cabedelo.

Eu, que não saí de casa, o que não me permite ter opinião, confesso-me confuso.
Então, porque é que apareceram tantos comentários a contrariar esta postagem do Município Figueirense?..
Será que quem comentou é aldrabão?
Será que quem fez esta postagem do Município é um brincalhão?
Ou será que a Polícia teve um trabalhão?

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PJ investiga alteração ao PDM de Cascais suspeita de beneficiar fundo imobiliário

O caso está a ser investigado por suspeitas de "instrumentalização" da Fundação Aga Khan

A princípio o projeto prometia: a construção de uma academia da Fundação Aga Khan ia servir de âncora a um projeto imobiliário na zona de Birre, em Cascais. Câmara, fundação e dono do terreno, o fundo imobiliário Lusofundo, até assinaram um memorando de entendimento. Isto foi em 2014. Pelo caminho, a Aga Khan desistiu da ideia, mas o proprietário do terreno não, avançando com a intenção de urbanizar. O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária e pelo DIAP de Lisboa, por suspeitas de "instrumentalização" da Fundação Aga Khan para justificar uma alteração à qualificação do terreno no Plano Diretor Municipal de Cascais.

Há duas semanas, além de buscas à Câmara de Cascais, a Judiciária fez ainda buscas na Norfin, entidade gestora do fundo Lusofundo, e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, segundo informações recolhidas pelo DN junto de várias fontes.

O foco dos investigadores está na alteração ao plano diretor municipal, em 2014, que transformou um conjunto de terrenos agrícolas urbanizável em área urbana. Porém, segundo o presidente da autarquia Carlos Carreiras disse ao DN, com uma "capacidade construtiva menor do que a que existia no anterior PDM, uma vez que o terreno está numa área classificada como "estratégica e de desenvolvimento"".

As suspeitas à volta de todo o projeto começaram logo em 2014, aquando da assinatura do memorando, que previa uma reclassificação da área, "permitindo utilizações diferentes das atualmente em vigor". "A operação urbanística visa a criação de lotes urbanos e/ou parcelas independentes, compostos por uma área de construção aproximada de 160 mil m2", referia ainda o documento.

Tais indicações levaram a que muitos movimentos cívicos de Cascais começassem a questionar a decisão por suspeitas de uma megaurbanização às portas da praia do Guincho, paredes-meias com o Parque Natural Sintra-Cascais. "Nestes terrenos, o índice de construção é de 0,35, abaixo de outras áreas do concelho e isto já demonstrámos em tribunal noutros processos", garantiu, por sua vez, Carlos Carreiras.

Certo é que, em novembro de 2015, já depois de o presidente da câmara ter anunciado a saída do compromisso da Fundação Aga Khan, a Norfin avançou na mesma com um pedido de licenciamento para os terrenos, como consta do Relatório e Contas da Lusofundo de 2015. No documento, refere-se que o "processo de negociação" entre o fundo e a fundação Aga Khan "foi concluído sem se ter obtido uma base de entendimento viável para as partes interessadas", acrescentando-se que a 3 de novembro "deu entrada nos serviços municipais o processo de licenciamento da operação de loteamento".

O assunto foi, ainda antes das buscas da Judiciária, discutido numa reunião de câmara, em junho deste ano, durante a discussão e aprovação de uma moradia nos terrenos em causa. Clemente Alves, vereador do PCP, afirmou, segundo a ata da reunião, que a construção desta moradia era apenas uma "cunha" que a Norfin procurava abrir, "para depois assegurar que a porta ficará aberta para o cometimento do atentado ambiental que se pretende levar a cabo no espaço, onde antes esteve prevista a academia Aga Khan". Uma posição secundada por Maria Teresa Gago, vereadora socialista na autarquia, recordando que "quando houve a proposta da Fundação que tinha às cavalitas uma urbanização a ser construída ali", o PS também entendeu que tal era "o abrir de porta para construções futuras naquela zona". A vereadora acrescentou que o PS nada tinha contra a instalação da academia, mas o projeto para a construção de uma moradia era "o reflexo" de que não há a academia, mas mantém-se a construção.

Em resposta, Carlos Carreiras rejeitou a acusação do "abrir a porta", declarando que quem "escancarou a porta" foi o PS quando, em 1997, aprovou o anterior plano diretor municipal. "Aí, sim, estavam previstas grandes intervenções para naquela zona", referiu.

Mas, por que motivo é que a Fundação Aga Khan desistiu do projeto? Questionada pelo DN, a fundação declarou que a "desistência ficou a dever-se ao facto de, a dada altura do processo, se ter apercebido de que uma parte das forças vivas locais não apoiava qualquer tipo de construção naquele local".

Em algum momento, a Fundação Aga Khan sentiu-se usada, instrumentalizada para dar cobertura a um projeto imobiliário? "Não. A Fundação defendeu sempre um processo negocial transparente e claro", foi a resposta obtida pelo DN.

As dúvidas sobre esta desistência mantêm-se, porém, tendo em conta declarações de Carlos Carreiras ao DN. Segundo o autarca, "a academia estava a negociar com outros municípios". Porém, continuou o presidente da Câmara de Cascais, "as intenções que manifestaram inicialmente tinham o nosso interesse". "As que que colocaram no final já não eram assim e não vou dizer mais, porque não quero ofender a rede Aga Khan", concluiu o autarca.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Paz e amor?... Pelos vistos, Natal não é nada disso…

Pelo que li, vi e ouvi em diversos órgão de comunicação social, votos de “sexo incrível” resultaram  na suspensão de Euclides Santos, do cargo de director da Polícia Municipal de Coimbra!..
Citando o próprio.  “E basta de farsas e de palavreado inútil! O que eu desejo, de todo o coração, é que tenhas relações sexuais incríveis, uma vida alegre e feliz, que trabalhes muito e que te paguem bem!”
“E agora não digas que não sou um teu grande amigo”.
O presidente da câmara, o social-democrata João Paulo Barbosa de Melo, e a vereadora que tutela a PM, é que não acharam graça e terão considerado que o facto de a mensagem ter sido enviada para todos os funcionários, em horário de trabalho e através do e-mail de serviço tornava incomportável manter Euclides Santos no cargo. Ainda durante a tarde de ontem, o comandante foi convidado a apresentar a demissão. Por volta das 21h30, segundo o Público, este informou o gabinete da presidência de que não o faria.
Oh Senhor Presidente da Câmara de Coimbra e Senhora Vereadora da tutela da PM façam justiça à época que atravessamos e sejam tolerantes…
Afinal, o director Euclides Santos só nos fez recordar o paraíso perdido e o tempo anterior à vergonha de estar nu…