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terça-feira, 20 de maio de 2014

Uma ficção distópica: a trapalhada do estacionamento pago no HDFF ...

Ontem, na reunião do executivo figueirense João Ataíde, que preside ao conselho de administração da empresa municipal Figueira Parques, concessionária do parque de estacionamento, anunciou que o novo tarifário mantém a primeira hora gratuita, e que daí em diante, em vez dos 60 cêntimos actualmente praticados por períodos de 60 minutos, a segunda hora baixa para 20 cêntimos e a partir da terceira hora o preço é de 40 cêntimos, mantendo-se gratuito no período nocturno, a partir das 22:00.
O autarca disse ainda que foi proposto à administração hospitalar o aumento do prazo de concessão de cinco para dez anos, mas que esta recusou a proposta.
Segundo o autarca, caso o hospital pretenda revogar o acordo, a empresa municipal “está disponível para sair da parceria”.
Se a administração do hospital quiser, saímos já amanhã. Retiramos as máquinas e vamos embora”, alegou João Ataíde, frisando que a Figueira Parques “tem a venda do equipamento garantida”, recebendo, desse modo, os 80 mil euros investidos.
Na resposta, Miguel Almeida, da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/MPT-PPM), desafiou João Ataíde a “sair já” da parceria, argumentando que as declarações do presidente da câmara denotam que a questão “não é financeira” e que “não faz sentido” a autarquia estar envolvida.
Não tenho dúvida nenhuma de que já se arrependeu mil vezes de ter entrado naquele negócio”, afirmou Miguel Almeida.
Recorde-se: a polémica em redor do estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz subsiste há mais de seis meses, após a Figueira Parques ter assumido as obras de requalificação do espaço, com colocação de um sistema de cancelas à entrada e saída que, na prática, coloca a unidade de saúde dentro do parque de viaturas.
O tarifário, agora novamente alterado, começou por ser gratuito nos primeiros 15 minutos e de 60 cêntimos nas horas seguintes – mais caro que o praticado em todos os parques públicos da cidade.
Foi depois alterado, em janeiro, mantendo os 60 cêntimos por hora mas passando os primeiros 60 minutos a serem gratuitos, assim como a maioria do período nocturno.
P.S. -
As informações sobre a reunião camarária de ontem foram obtidas aqui.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou... (II)

Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro do ano passado e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..

sábado, 27 de julho de 2019

Figueirenses, não esqueçam que temos a cidade e o concelho profundo...

Há vários anos  que a Figueira não consegue atrair empreendedores dignos desse nome.
Nos últimos anos os investimentos concentram-se em actividades com um baixo nível de valor acrescentado. Tipo mercearia.
Seria interessante que a equipa que gere a autarquia, nomeadamente o seu presidente, tivesse a humildade de não cercear o debate político e explicasse aos cidadãos da Figueira e do concelho, como encara o futuro do conjunto cujo desenvolvimento lhe cabe promover. 
Que ideias tem, com que recursos conta. No fundo, o que pretende fazer?
Por mim, que conheço esta gente de ginjeira, não tenho ilusões, sei o que vai acontecer: vai-se continuar a navegar à vista e tentar anular de todas as maneiras quem ouse colocar pedrinhas na engrenagem.
Já ofereceram as ruas, as avenidas e o parque de estacionamento do hospital para uma empresa privada explorar o estacionamento. A água, entregue a um privado, custa uma barbaridade. O IMI está ao nível que todos conhecem: alto.
Em cena, temos o espectáculo miserável de uma marginal que já foi uma das mais belas do país e hoje é um monumento dedicado à incompetência. Estamos a falar, obviamente, da marginal de Buarcos.
É assim que o concelho da Figueira está sendo gerido. E os figueirenses, não só desconhecem o que se passa, como se deixam embarcar nas promessas que lhes fazem.
Mas, ainda há quem lá das profundezas ouse levantar a voz, proteste, incomode e mostre que está vivo: 
" Não sabe muita gente, mas eu direi, que depois de pagos os três salários e respectivos encargos legais aos funcionários da Junta de Freguesia e de pagos os consumíveis de vida normal discreta e pobre, resta quase nada para realizar as obras e promover as operações que trariam as utilidades e os benefícios esperados justamente pelos nossos eleitores. E a questão resume-se a uma só e sempre a mesma: a nossa Junta de Freguesia está dependente para realizar a maioria das tais obras e promover a maioria das tais operações, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, dos recursos vastos que ela possui, passada a crise do passivo que veio do tempo do autarca Santana Lopes e de algum dinheiro para as despesas. Pois é, mas nós não temos a sorte ou o benefício de as nossas necessidades, acima elencadas, caberem nas prioridades da nossa Câmara. Vejam os exemplos da ciclovia e dos passadiços na praia da Figueira e de Buarcos, e de outras obras menos necessárias face às restantes necessidades realizadas pela autarquia principal: que parte do dinheiro gasto nessas obras e noutras seria suficiente para completar a rede de saneamento básico das nossas ruas centenárias? MUITO POUCA! 
Também não podemos exigir ao nosso amigo senhor Presidente da Junta de Freguesia que se transforme num pedinte junto do nosso igualmente amigo senhor Presidente da Câmara Municipal. Nem este senhor o quereria receber como pedinte! A questão é mais séria e chama-se POLÍTICA, eleições, votos suficientes para ganhar outra vez, grupos dominantes face aos grupos dominados e esquecidos que vivem lá para os matos, longe do turismo e dos restaurantes e hotéis. 
HAJA HUMANIDADE! 
Os homens são todos iguais mas há quem pense (e pratique) que há uns que são mais iguais do que os outros, é o que é!"

Júlio César Ferrolho, 26-07-2019, Cova do Moinho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PSD contra esta privatização da Figueira Parques

Miguel Babo, Ricardo Silva e Carlos Tenreiro, os vereadores
PSD que votaram contra esta privatização da Figueira Parques.
Foto sacada daqui.
Via comunicado, que pode ser lido na íntegra clicando aqui, a Concelhia do PSD critica  a venda da posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação "sem concurso público vai condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pode ler-se no documento. "A opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", acrescentam os socialdemocratas. Por outro lado, questionam se o valor da empresa não será mais elevado com o Sistema de Contraordenações de Trânsito a funcionar, implicando o aumento, em seis vezes, do valor das coimas de estacionamento e os custos associados aos bloqueadores e ao reboque.  Acusam que "a única intenção é arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se que na última  reunião de câmara a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
Para o PSD/Figueira, "ao longo dos últimos 9 anos, O Sr. Presidente Dr. João Ataíde, duplicou as áreas de estacionamento concessionado pago!! Parque Av. de Espanha, Av. 25 Abril, Zonas Ribeirinhas, Parque Estacionamento do Parque Campismo, Parque Estacionamento do Hospital da Figueira da Foz. É no mínimo estranho que o Dr. João Ataíde, nunca tenha posto em causa a concessão da Figueira Parques .
Agora vem criticar o contrato celebrado há 14 anos pelo Eng. Duarte Silva. O Dr. João Ataíde e o Partido Socialista já governam a Figueira da Foz há 9 anos!!"
O documento que temos vindo a citar termina assim: "O Sr. Presidente já não estará sequer na Figueira da Foz para lhe serem assacadas responsabilidades, mas os Figueirenses cá continuarão para «pagar» mais este ERRO!"

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ainda o caso dum Hospital colocado dentro de um parque de estacionamento pago

Na reunião de câmara da passada segunda-feira, o parecer que, há mais de um mês, havia sido solicitado ao responsável da Protecção Civil, a propósito do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, mais especificamente no que diz respeito à entrada de viaturas em situações de emergência, foi entregue à oposição no  decurso da sessão.
Por esse motivo, não foi discutido na oportunidade. 
Entretanto, já deverá ter sido analisado, apreciado e reflectido pela oposição.
Para além de,  certamente, ir ser alvo de discussão política numa próxima sessão camarária (a próxima é óptima, pois é à porta fechada...), vai ser tema de uma conferência de imprensa a realizar em breve – segundo o que acabei de ouvir no programa Câmara Oculta, do Foz do Mondego Rádio, pela voz do “vereador” Teo Cavaco...  
Mais uma vez, este executivo camarário deixou-se ultrapassar, politicamente falando.
Não sei se, apenas, por inabilidade política, incompetência ou azelhice pura, esqueceu, mais uma vez, uma coisa básica...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

"Um dákar de pacóvios", ou a cultura do deserto figueirense...

“A Figueira da Foz confronta-se há muitos anos com um dos efeitos mais visíveis do prolongamento dos molhes (obras projectadas pelo estado para beneficiar a navegabilidade fluvial e o acesso ao porto comercial). 
Sem responsabilidade na obra, o município ficou, desde então, com o ónus dos seus efeitos colaterais: o crescimento exponencial da sua praia urbana, a Praia da Claridade. 
Assim, todos os anos, em vésperas de época balnear, o município tratava de, como se diz por cá, alindar uma praia cada vez mais interminável - o que consistia em revolver, crivar  e terraplanar, por métodos mecânicos, aquelas finas areias de modo a impedir que aí medrasse a menor réstia de vegetação. 
Este deserto, esmeradamente cultivado ao longo de décadas, formatou no imaginário dos figueirinhas o postal da praia; tornou-se, com o tempo, numa espécie de imagem d’Epinal. Muitos deles não concebem uma praia com dunas e vegetação. O seu entusiasmo com o “oásis do Santana” só confirma aliás a concepção arraigada da praia como um deserto, um berço de sereias terraplanado até à rebentação.

Por isso, a atitude sem precedentes do actual executivo camarário de, contrariando uma longa tradição, decidir deixar pura e simplesmente de subvencionar o cultivo anual do deserto, foi uma pedrada no charco que me pareceu desde logo algo realmente “fora-da-caixa”. 
E, ao deixar de “lavrar a praia”, o município permitiu-se poupar, ao que me dizem, cerca de 150 mil euros por ano (seiscentos mil num mandato, para o lobi do tractor). 
Amplamente criticado pela oposição e por um certo beautiful people que pontifica nas redes sociais, o executivo de João Ataíde resistiu galhardamente às críticas e aos remoques com o argumento de que essa simples decisão de tesouraria lhe permitiria ainda deixar crescer espontâneo um coberto vegetal natural que fixaria as areias (protegendo a avenida do assoreamento sazonal pelos ventos) e potenciaria a prazo a consolidação de novas áreas aprazíveis, aproveitáveis para a fruição dos cidadãos. 

Parecia-me um “ovo de colombo”, tão simples e evidente que era um espanto que nunca ninguém se tivesse lembrado de tal – não só sensato e avisado, mas genial - o verdadeiro sonho molhado de qualquer autarca minimamente honesto e inteligente numa época de vacas magras: a possibilidade de “fazer obra” sem gastar um chavo do erário público.”

Este naco de prosa foi sacado daqui. Depois, a prosa da postagem do Fernando Campos, que aconselho a ler na integra,  azedou.
Entretanto, o vento passou pelos gabinetes camarários e arrastou a inércia para longe. A anarquia, como podem ver na foto, chegou e atropelou a tradição da praia. Por isso, a confortável tradição da praia, acabou por tropeçar em maus tratos inesperados.
O mar, ali tão perto, apesar do deserto, consegue estar ao alcance do cheiro do meu nariz e sobrevoa o sossego de um pensamento.
Estremeço por ver este atentado sórdido e não encontro motivo que leve a permitir tal coisa.
O deserto de ideias dos políticos figueirenses, sem nome, é o único pensamento mais coerente que me surge à rotina do cérebro.

Abro os olhos e o mar continua a mandar fúrias para os meus olhos.
E penso “nos milhares de labregos que se sentem vexados porque nascem tomateiros na praia mas não se sentem indignados pela “erecção” do busto de Aguiar de Carvalho à porta do município (não o acham obsceno); nem atingidos com o fecho da maternidade (não a acham necessária); nem ofendidos por o seu hospital público funcionar dentro de um parque de estacionamento privado (não acham ultrajante). A estes pacóvios nunca ocorreria assinar petições contra nada disto. Nem sequer a favor, por exemplo do cultivo da várzea (não o acham estruturante), ou da reflorestação da serra (não a acham imperativa). Porque nada disto os afecta.
O que realmente os tira do sério é o que vegeta na praia. A cultura do deserto.”

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Balanço final de 4 páginas de jornal, baseado nas declarações do presidente da junta de freguesia de S. Pedro

Depois de nos últimos dias termos vindo a tentar focar, por temas, as declarações do senhor António Salgueiro, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, concedidas ao jornal AS Beiras na passada quarta-feira, o saldo final resume-se assim: o senhor Presidente da Junta de S. Pedro perdeu uma excelente oportunidade de permanecer calado.
Resumindo: de novo, nada foi dito.
A única "vantagem" foi esta: para quem não o conhecia, ficou a conhecê-lo um pouco melhor. Isto é: constatou o vazio de conteúdo que patenteou, e não pelo que, em substância, foi dito efectivamente.
Dá vontade de deixar escrito. 
Ganda presidente! 
Não só pelo conteúdo das declarações, mas ainda mais pelo ar cândido e forma displicente, como se gastou em 4 páginas de jornal, sem dizer coisa nenhuma!...
Para quem mostrou ambição política (o que não é negativo), com menos de 2 anos anos já para cumprir deste mandato e, depois de uma já longa carreira política, algo maior e de relevância, haveria a esperar
Ficou por  conhecer o essencial: a visão e a estratégia do desenvolvimento global, sustentado e planeado que, presumo, deverá ter para a freguesia de S. Pedro
As suas respostas, porém, conseguiram o desiderato: deixaram a nu e ilustram, sem sofismas, a atenção (ou melhor: a falta dela...) que os executivos municipais presididos por João Ataíde têm dispensado à nossa freguesia - nenhuma!
As pequenas freguesias, para quem não tem qualquer visão de desenvolvimento global, são apenas uma chatice que é necessário contornar, de quatro em quatro anos.

Pena, foi ter-se perdido uma excelente oportunidade de esclarecer a população da freguesia da margem sul do Mondego e ter optado por divagações e linguagem truncada de conotação aparentemente jocosa, mas, efectivamente bélica, referindo-se a inimigos imaginários, coisa  pouco inteligente para um político que ambiciona ainda construir uma carreira – apesar de estar na política activa há 30 anos

Devo confessar a surpresa com que verifiquei os remoques deixados nas declarações do presidente da junta, a quem, apenas, com lealdade, de alma aberta e transparente e sentido de servir a sua Terra, a sua solicitação, se prontificou colaborar com ele.
Apesar do reconhecimento da boa razão do “alerta costeiro”, entendeu que a forma era mais importante do que o conteúdo, e acabou por espalhar-se ao comprido, deixando pelo caminho, em diversos sectores da vida local, concelhia, distrital e até nacional, um suave perfume a ridículo, que o vai perseguir pela vida política que ainda lhe resta.

Na questão da erosão costeira, não fora a acção de alguma gente, e S. Pedro estaria numa situação ainda mais complicada. V. Exa. está há cerca de 30 ano ligado a uma lista de poder e a sua acção, neste caso, como em outros, tem sido tão só de colaboracionismo com o poder político figueirense.
foto sacada daqui
Nunca ouvi uma só palavra da sua parte a confrontar, quem de direito, com o problema que acabou de se agravar e consumar com o prolongamento dos tais 400 metros no molhe norte: a erosão costeira a sul e o perigo nas entradas e saídas da barra de muitos filhos da nossa Terra que têm de arriscar a vida para conseguir o pão para a família. 
Penso que ainda todos temos presente a sua intervenção no recente drama do naufrágio do Olívia Ribau: limitou-se a acompanhar, mudo, quedo e calado, o presidente da câmara no papel de "emplastro".
Assim como nunca ouvi da sua parte -  a Assembleia Municipal, realizada na passada segunda-feira, constituiu uma excelente oportunidade que foi desperdiçada, naquele órgão autárquico: num assunto que tem a ver directamente com a freguesia de que é presidente, o seu silêncio foi ensurdecedor... uma palavra sobre o caso do estacionamento do parque do hospital e as graves questões de operacionlidade para os veículos prioritários e de emergência no acesso a este estabelecimento hospitalar, que foram levadas à discussão pública.

Tal, como acontece desde 1990, ao arrepio da necessidade e dos princípios que estiveram na origem da sua constituição, em 1985,  o grupo de que emana o poder que tem definido a linha de rumo de S. Pedro, limita-se a tentar ter as melhores relações com quem está conjunturalmente e exerce o poder na Figueira. Dessa subserviência, ditada por favores, pessoais ou familiares, obtidos ao longo dos anos por certos membros da lista de que faz parte, os resultados estão à vista. 
Para simplificar, basta verificar as condições em que a juventude da nossa freguesia pratica desporto. Neste momento, o Grupo Desportivo Cova -Gala é a única equipa distrital que participa na divisão de honra com um campo peladoAlém de uma vergonha, é uma ameaça à integridade física dos atletas que são obrigados a participar num jogo de futebol, a contar para a prova rainha da AFC nas condições vergonhosas em que o Clube que representa a nossa Terra, por falta de apoios ao longo dos últimos 15 anos, tem para o fazer.

Quanto ao problema de fundo que me move, é  apenas este: gostaria que muitos outros cidadãos desta nossa pequena Aldeia, aspirassem e exigissem a viver numa terra mais digna, desenvolvida, capaz de garantir habitabilidade e emprego aos seus filhos - coisa que, até ao presente, não foi conseguida. 
Salvaram-se algumas, poucas, excepções. Daí, termos ainda por cá, 41 anos depois de Abril de 1974, reminiscências de um caciquismo místico, seráfico e serôdio.

De resto, a constatação há muito feita, de que esta presidência da autarquia figueirense despreza as pequenas freguesias, não chega para justificar a situação a que se deixou chegar esta Aldeia – ver, por exemplo, o abandono a que deixaram chegar as nossas “excelentes” praias
Em certas zonas, mais parece que estamos no terceiro mundo...
Já sei que a responsabilidade será de todos, logo, de ninguém. Mas, seguramente que será necessário gente nova, outra gente, que saiba traçar metas de desenvolvimento, que determinem planos e prazos de execução.
No fundo, que se disponha a governar no interesse do colectivo - e não governar-se a si e aos seus - para que algo mude.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Estacionamento no Hospital vai começar a ser pago

A Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz tinha previsto colocar parqueamento pago no parque do hospital há mais tempo. 
Esteve previsto para entrar em vigor em 1 de Setembro de 2013. Todavia, quiçá por motivos eleitorais, foi adiado.
Agora, acabaram-se todas as duvidas. AS BEIRAS de hoje adiantam os pormenores,  dados pelo presidente do conselho de administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz, Adriano José Carvalho Rodrigues : numa primeira fase, denominada de experimental, que deverá ter início na próxima semana, prolongando-se cerca de um mês, continua a ser grátis. Depois, quem mantiver a viatura estacionada mais do que 15 minutos passa a pagar.
A aplicação do tarifário e do sistema foram articulados com a empresa municipal Figueira Parques.
Os funcionários do hospital vão pagar um “valor simbólico” – 2,5 euros por mês.
E pronto: no inverno podem estacionar gratuitamente fora dos parques do Hospital e sujeitam-se a uma molha; no verão, com os parques fora do Hospital ocupados pelos veraneantes, venham a pé, de táxi, de bicicleta... Desenrasquem-se!

sábado, 9 de novembro de 2013

Quando é que reúne o gabinete de crise da Câmara Municipal da Figueira da Foz com o Conselho de Administração da empresa municipal Figueira Parques?..

Portanto, quem investiu no equipamento necessário à cobrança do parqueamento fomos nós, via Câmara Municipal da Figueira da Foz, que é quem tutela a empresa municipal Figueira Parques.
Esta foto foi obtida cerca das 15 horas e trinta minutos de hoje, sábado, dia 9 de Novembro de 2013, cinco dias depois de se começar a pagar estacionamento no Parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Já sabíamos que a economia portuguesa estará entre as 20 piores de todo o mundo no que respeita ao crescimento económico, desde há anos a esta parte...
Temos agora mais um meio para constatar os reais efeitos da crise em lume brando em que vivemos – o estacionamento do parque de estacionamento do HDFF, em pleno fim semana, dia que se presume de visita aos doentes internados,  ficou deserto!..

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O estacionamento pago no Hospital da Figueira e os problemas que temos e iremos ter naquela zona da freguesia de S. Pedro. Que serão certamente agravados quando o tempo estiver propício para ir à praia...


Entrada e saída norte. Do lado de fora, são visíveis dezenas de carros estacionados no exterior.


Saída para poente. Dá para uma rua da freguesia de S. Pedro, com piso em estado miserável. No verão, são milhares os visitantes que todos os dias por aqui circulam, pois dá acesso às magníficas praias da Cova-Gala e ao Parque de Estacionamento que serve a praia limítrofe. Ironia das ironias: a Câmara não tem dinheiro para repor o piso de uma via pública, mas a poucos metros, via Figueira Parques, uma empresa municipal, gastaram-se e arranjaram-se 80 mil euros para investir num estacionamento privado!..


A entrada sul, a tal "especialmente concebida para as situações de emergência"!
Entrada lado nascente, a usada normalmente pelos utentes. Mais uma vez atente-se na ocupação dos espaços de estacionamento em redor da unidade hospitalar.
Finalmente, fica a imagem do parque de estacionamento que serve a Praia do Hospital. Esta foto, como todas deste post, foram tiradas por mim esta manhã. Fica o esclarecimento, pois estamos bem fora da época estival, como a temperatura bem demonstra.

terça-feira, 6 de maio de 2014

O verdadeiro interesse da política é para aqueles que dela vivem... Aos "adeptos" só o resultado do jogo afecta...

foto António Agostinho
"«Preferia não o fazer» é o que de melhor me ocorre para a explicação da problemática (?) do parque de estacionamento do hospital. A câmara, como Bartleby, «Preferia não o fazer». Às vezes, na vida, todos gostaríamos de responder como a personagem de Melville, mas a vida é muito mais complicada do que uma resposta tão simples."
António Tavares, vereador PS hoje no jornal AS BEIRAS

Em tempo. 
Ao contrário do que pensam os "craques" locais da política, não somos todos uma cambada de carneiros mansos e obedientes que eles vão tendo a paciência, e fazendo o favor, de pastorear, naquela que pensam ser a sua quinta onde nos tosquiam a lã e comem a carnuça. 
Não nos tomem, porém, a todos por idiotas. 
O protocolo que o PS assinou, via Câmara, pelo punho do senhor presidente da câmara, constituiu uma traição aos utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz, e mais uma ignomínia praticada, sobretudo, para quem mais precisa de cuidados de saúde, próximos, cuidados de saúde, esses, que mesmo antes do estacionamento pago, já não eram baratos. 
O posterior carpir partidário, de que foi exemplo a última Assembleia Municipal, não passou de lágrimas de crocodilo. 
O que na realidade aconteceu, neste assunto muito em concreto, foi que os partidos – todos – principalmente os que já passaram pelo poder local, como é hábito, protagonizaram um conjunto de habilidades.
Por outras palavras, fizeram política, no seu entender,  e negligenciaram as suas responsabilidades para com as pessoas que deveriam representar. 
Talvez nem se tenham apercebido, mas desta vez ficou bem patente a inutilidade da "política que fazem".

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sou do contra, porque sim...

Rui Curado Silva, investigador, no jornal AS BEIRAS.
“Recentemente em Pequim, durante uma visita a um laboratório cruzei-me com uma fotocopiadora ao lado da qual se empilhavam várias caixas de papel Navigator.
No país onde supostamente se inventou o papel, não resisti e confirmei aquilo que já sabia no cantinho de uma das faces: “Made in Portugal by Soporcel Portucel”.
No outro lado do mundo, naquela metrópole de mais de 20 milhões de habitantes fui transportado para a distante e pequenina Figueira da Foz.
Quando se fala entre a elite figueirense em “colocar a Figueira no mapa” é este tipo de colocação no mapa que me interessa.
Interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”

Tal como ao Rui Curado da Silva “interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”
Sempre me interessou. Tenho textos no Linha do Oeste e neste blogue que atestam isso.
Porém,  eu não acho que a Figueira tenha mudado assim tanto - muito menos para melhor.
Mais:  à sua maneira,  as alegadas mudanças  dão-nos um excelente retrato do que está mal na Figueira em 2014.
O quer era bom,  continua cá. O quer era mau, agravou-se.
Não ganhámos liderança, não mudou o espírito, não mudou a filosofia - mudou a casca,  pela força das circunstâncias - na Figueira e no País.

As “mudanças”, na Figueira,  não são diferentes das “reformas”  do Passos no País – mais um retrato da indigência nacional.
Vejamos o IMI e o preço da água pago pelos figueirenses...
Para quê?..
Dou só um exemplo: o estado das estradas do concelho em locais fundamentais para a promoção do turismo figueirense. 
Duvidam?.. Circulem, por exemplo, pela  Serra da Boa Viagem ou pelas Lagoas de Quaios...
E depois é o que sabemos com os dinheiros gastos nos carnavais e noutros festivais...
Como não há a mínima ideia do que é administrar uma autarquia, faz-se mais do mesmo. Gasta-se menos, porque não há dinheiro...
A mim, como figueirense, interessava-me  que tivesse mudado a filosofia e o espírito.  No fundo, é uma questão de visão, de disciplina - enfim, de um somatório de coisas, que não se “vendo”, se sentissem no dia a dia.
Pergunto: “vendo-se”  muita coisa, sente-se o quê?
Modernidade? Originalidade ? Aumento de qualidade/profundidade? 
Qual é o valor acrescentado?
O que é que a Câmara e os figueirenses lucraram com as reuniões à porta fechada?.. Ou com a intromissão da Câmara, via Figueira Parques, na gestão do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz?
Ser teimoso, às vezes, não é mesmo uma virtude, mas agora já não estou só a falar da Figueira...

Dito isto, a Figueira mudou?
Se assim foi, viva a Figueira. 
Afinal ter razão antes do tempo, é tão mau como estar errado...
Eu, é que sou do contra, porque sim.
Termino como comecei...Volto a Rui Curado da Silva...
“Nos tempos que correm as exportações da Soporcel são importantíssimas tanto para o município como para o país. Este caudal exportador significa empregos e significa riqueza criada por produtos transacionáveis, com existência real, não são swaps nem festas cor de rosa.
Quando uma empresa atinge este patamar de grandeza deve manter essa grandeza na relação com os trabalhadores. Não existe nenhuma razão para que o litígio entre os trabalhadores e a actual direcção da Soporcel em torno da questão das pensões não seja ultrapassado com dignidade, sem  pressões ou represálias sobre os operários mais reivindicativos. Ao sucesso exportador exige-se o sucesso na concertação com os trabalhadores.”

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A Figueira tem um presidente "inteligente"

Em declarações aos jornalistas à margem da reunião do executivo ontem realizada, João Ataíde recusou que a autarquia esteja, ela própria, a violar o regulamento municipal por si aprovado.
"Não é a Câmara que não cumpre o regulamento municipal, quem não cumpre é a Naval. O regulamento não é peremptório. Define que o pagamento é devido e, em caso de incumprimento, caberá a nós, executar [a dívida]. Posso executar, como posso deixar que eles não joguem lá. Obviamente, deixo-os jogar, porque o interesse relevante é a prática desportiva", argumentou João Ataíde. 
O n.º 2 do artigo 18.º do regulamento, relativo ao pagamento de taxas das utilizações regulares do complexo desportivo, refere que estes devem ser efetuados "até ao dia 10 do mês a que diz respeito, não sendo permitida a utilização das instalações após esta data".
"Se o objetivo for acabar com a Naval, então pego nas rendas - não cumpre as rendas, sai. Mas eu não quero acabar com a Naval, a Naval está em particular dificuldades", referiu João Ataíde. 
O presidente da Câmara não esclareceu se a autarquia vai manter a situação de incumprimento da Naval 1.º de Maio, clube que está sujeito a um Plano Especial de Revitalização (PER): "Depende, mantenho a dívida se porventura mantiverem um serviço de relevante interesse público. Não é nosso propósito resolver [o contrato], porque há centenas de miúdos que estão a jogar futebol. A relação é de incumprimento contratual, poderão ser executados apenas para o pagamento coercivo dos custos em falta", frisou. 
Questionado sobre se a situação é justa para outros clubes do concelho que cumprem os pagamentos da utilização do complexo desportivo, também no futebol de formação, João Ataíde argumentou que é "justo em termos de serviço público". 
"É justo em termos de preservar e respeitar todos os miúdos que ali jogam futebol. Se isto levar a uma situação de incumprimento que se torne absolutamente insolúvel, depois a Câmara terá de aferir as medidas que tem a tomar", alegou. 
Já a questão da deterioração do estádio municipal José Bento Pessoa - campo relvado que foi arrendado à Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da Naval 1.º de Maio, para ser utilizado pela equipa de futebol sénior, que compete no Campeonato de Portugal de futebol - foi esta segunda-feira levantada pela oposição no executivo. 
A autarquia cedeu a utilização do estádio à SAD da Naval a troco do pagamento de 100 euros mensais, ficando o clube responsável pela manutenção do espaço, mas o acordo não foi cumprido e o relvado tem estado impraticável para a prática de futebol. 
Em resposta às questões levantadas por Miguel Almeida, vereador do movimento Somos Figueira, João Ataíde lembrou que foi feito um acordo para a manutenção das estruturas, "mas a evolução não é nada boa"
Aos jornalistas, o autarca disse que a questão "não é cobrar a dívida" e que não pretende "precipitar uma decisão", porque isso "poderá ser absolutamente inconveniente à Naval"
"Não queria causar-lhes dificuldades, gostaria que tivessem êxito. O que me interessava é que a Naval pudesse estar numa posição relevante no campeonato e que mantivesse as estruturas minimamente aceitáveis. Se nenhum destes objetivos está a ser atingido, teremos eventualmente de tomar uma decisão", frisou, não se comprometendo, no entanto, com eventuais prazos.

Nota de rodapé.
Como todos sabemos, nas touradas "o inteligente", é aquele que detém o poder, controla os tempos e manda substituir os artistas...
João Ataíde, revelou-se "o inteligente" deste segundo executivo de maioria absoluta PS: está sempre atento ao desenrolar da "corrida"...
E, em última análise, a última palavra é sempre a sua. 
Mesmo quando quando mandou outros falar por ele...
Reconheço a inteligência superior do actual presidente da câmara da Figueira da Foz.
Só um "inteligente" teria conseguido colocar alguém a
defender como "serviço público", a colocação de um hospital dentro de um parque de estacionamento...

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Aquelas coisas que toda a gente sabe...

para ler melhor clicar na imagem
Os deputados municipais da oposição levaram a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital à Assembleia Municipal.
Os órgãos de informação falaram do caso... Os figueirenses preocuparam-se. A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós...
Ficamos agora a saber, passados alguns meses, pelo douto parecer do Director Nacional do planeamento de Emergência, que "não é evidenciado haver qualquer incumprimento passível de enquadramento no artº. 4º. da Portaria 1532/2008 de 29 de dezembro (RI-SCIF)"!..
Contudo, ainda a propósito deste assunto, "após visita técnica ao local, foi recomendado ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, que aquando da realização do simulacro, previsto nas Medidas de Auto Protecção, sejam testadas as acessibilidades  viaturas de socorro, particularmente a verificação de que sempre que ocorra um corte de energia eléctrica, todas as cancelas de todas as máquinas de saída são automaticamente levantadas e assim permanecem"...
E pronto, assunto arrumado, pelos vistos...
Tudo está bem, quando acaba em bem.
Assim vai a Figueira: os interesses bem e os figueirenses mal.

terça-feira, 31 de março de 2015

Politiquice "simples!"

A crónica de hoje no jornal AS BEIRAS do vereador PS, António Tavares, mostra que já estamos noutro patamar da política figueirense. Agora, a conversa evoluiu: chegámos ao terreno puro e duro da politiquice "simples!"
Mas esta conversa já me cansou há muito tempo. Um concelho não anda para a frente, nem dá alegrias aos seus habitantes, com políticos como O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo ou O Agarrem-me se não eu candidato-me novamente a Presidente - e tudo o que uma pessoa possa dizer mais é chover no molhado. 
O concelho precisa mesmo é de alternativas sérias à politiquice com que nos têm vindo a distrair desde 1997... 
A opinião de O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo é intrigante: “o executivo, para além de reuniões parcelares, encontra-se mensalmente com todos os presidentes de junta e estabelece, de forma sistemática, contactos com outras entidades do concelho, está presente nas sessões solenes das colectividades e noutras cerimónias, e, em cada mês, presidente e vereadores recebem perto de uma centena de pessoas que vêm à câmara expor os seus problemas.” 
Reaproximar os eleitos dos eleitores, a nível concelhio, com uma reunião mensal com os presidentes das juntas de freguesia? 
Ou há politiquice rasteira nisto, ou a coisa é totalmente irreflectida. 
Que eu saiba, a maioria dos eleitos para as freguesias do nosso concelho é constituída pelo merceeiro do bairro, o dono do café da esquina, o dono da agência do totoloto, o administrativo do posto médico, o funcionário dos CTT, o enfermeiro, o contabilista que nos ajuda a preencher o IRS, e por aí adiante - que mais não são do que pessoas iguaizinhas a todos nós eleitores, vizinhos muitas vezes. 
Estaremos uns e outros assim tão separados? 
Sem politiquice, eu, confesso, gostava era de poder morar num concelho onde, se me apetecesse, pudesse ter acesso às reuniões camarárias – mas, para isso, era necessário, que as reuniões continuassem a ter lugar à porta aberta
Já agora: também gostava de ter livre acesso a um equipamento básico como é o Hospital da Figueira – mas, para isso, era necessário que não tivessem tido a brilhante ideia de colocar um Hospital dentro de um parque de estacionamento
E já agora para que tudo fique clarinho: a responsabilidade disto senhor O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo é sua, pois o seu voto foi decisivo para que as duas coisas acontecessem. 
Por isso, O Agarrem-me se não eu candidato-me novamente a Presidente tem o dever de continuar a denunciar isto e muito mais. 
Deixe-se de politiquice "simples!" senhor O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo: isto é, dentro da vereação assuma, proceda e cumpra de harmonia com o que diz cá fora.
É difícil, eu sei. Para mais para quem lá está porque teve de agarrar um lugar na Vereação a todo do custo. 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo...

Há 9 anos e muitos meses, que andamos por aqui a dar notícias da Aldeia.
Tanto tempo depois, para desgosto de alguns, ainda por cá andamos...
Olhando para trás, modestamente, penso que este espaço, contribuiu para trazer à colação muitos problemas desta Aldeia, esquecida de gentes e poderes, da qual, não se costumava  dizer muito...

Para preocupação de alguns, Outra Margem adquiriu estatuto intervencionista, ao denunciar questões importantes para a Aldeia, para a cidade e até para o concelho, como, por exemplo, o "caso da erosão costeira a sul do Mondego", o "caso da falta de segurança da nossa barra", o "caso Alberto Gaspar", o "caso do Hospital que foi colocado dentro de um parque de estacionamento", o "caso de uma câmara de maioria absoluta socialista, que decidiu fazer reuniões de câmaras à porta fechada", etc.

Este espaço, protestou e lutou em nome do autor e, certamente, veiculando e dando voz ao protesto de muitos que não sabem como o fazer, contra o descalabro e a má governação a que estamos sujeitos.
Sem falsa modéstia, este espaço acabou a contribuir por integrar a Aldeia  na propalada globalização, sendo, desde há anos, um elo de ligação e uma fonte diária de notícias para muitos daqueles que, para conseguir sobreviver, tiveram de emigrar e estão espalhados por vários cantos do mundo...

Enquanto português, pagador de impostos e eleitor, há muito que desacreditei dos  políticos que tenho conhecido. 
A esses, a meu ver, resta apelar a algum bom senso que ainda possam ter...
Nos últimos anos, reduziram o emprego, a instrução, a saúde, a competência, a capacidade de criar, a riqueza, a iniciativa privada, a vontade de viver e  investir num país falido, enquanto fomos vendo  aumentar impostos, reduzir apoios sociais, salários e pensões.

Dos políticos locais, apenas espero que na próxima campanha política, os candidatos nos falem de forma clara dos projectos que têm para o Concelho e  para cada uma das freguesias que o compõem. É, apenas, isto que espero. 
Por mim, estão dispensados de passar cá pela Aldeia, com discursos políticos e promessas que se vão repetindo, campanha eleitoral após campanha eleitoral.
É o que menos me interessa. Quero compromissos claros e exequíveis. Quero gente que esteja ao nosso lado e na primeira linha a dar a cara pelos interesses da Aldeia e que lute connosco pela defesa da nossa terra sem calculismos políticos. 
Uma sugestão aos presidentes da junta: podem começar por lutar para mudar a realidade que são os orçamentos ridículos atribuídos anualmente para as freguesias.

A minha visão da sociedade e a minha maneira de estar na vida, não concebe ou admite, que para enganar terceiros e colher benefícios eleitorais, se gastem milhares de euros em equipamentos culturais e, passados anos, por falta de planeamento sustentado, funcionem como "tascas".
É por isso, sem querer impor a ninguém esta minha visão e esta minha maneira de estar na vida,  que não me calarei e não deixarei de protestar contra hipocrisias e oportunismos políticos.
É a democracia que me permite ter opinião. Exactamente, a mesma democracia que, por ironia do destino,  permite ao Cavaco ser presidente da República, ao dr. Costa ser primeiro-ministro, ao dr. Ataíde ser presidente da CM, ao António Salgueiro ser presidente da junta, curiosamente num país, num concelho e numa Aldeia, onde essa mesma democracia possibilita aos cidadãos eleger quem melhor lhes poderia responder aos seus anseios e aspirações...

Quanto ao que faço da minha vida, se escrevo em blogues, como em tempos escrevi em jornais, como em tempos fiz parte dos corpos directivos das Colectividades, fui membro de um executivo da junta de S. Pedro, andei a dar banho à minhoca, isso, os críticos deveriam saber que são assuntos da esfera da minha vida privada. 
Ninguém obriga ninguém a candidatar-se ao exercício de cargos políticos.

O que faço do meu tempo é comigo. 
Assim como é comigo viver onde quero viver, pelo que dispenso imposições, sugestões ou conselhos para me mudar, se me não sentir bem na Aldeia.
Fruto do trabalho, dos meus progenitores e meu, consegui garantir, há muito, os meios para que tal fosse possível nos quase 62 anos da minha vida. Quando a Aldeia que é a minha terra natal, não reunir condições para que aqui habite, com a qualidade de vida mínima que qualquer cidadão deve exigir, saberei mudar-me, sem que seja empurrado. 

O problema de fundo, para alguns, é que cada vez mais cidadãos da Aldeia, aspiram igualmente a uma Aldeia mais digna, mais desenvolvida, mais capaz de garantir habitabilidade, qualidade de vida e emprego aos seus filhos, coisa que até ao presente, não foi conseguida. 
As reminiscências de um caciquismo serôdio, velho de quase 30 anos, não afugentam ninguém.
Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo.
Amanhã, a luta continua...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Leituras

para ler a crónica, clicar na imagem
É uma característica bem figueirense. Nesta coisa do carnaval, “não somos gajos tesos” ainda que, no dia-a-dia, o sejamos.
Mas, isso, são outras contas.

Na Figueira não pode ser sempre carnaval. Todos sabemos que a maior razão da manutenção do Carnaval de Buarcos ao longo dos anos, pago com fundos públicos por executivos camarários PS e PSD, se deve ao facto de só assim ser possível manter as escolas de samba que, como sabemos, representam muitos votos.
As virgens ofendidas que têm permitido com a sua cobardia política a modalidade que praticam as escolas de samba, financiadas ao longo dos anos por dinheiros públicos, provendo deste modo - com o dinheiro dos outros – as suas actividades lúdicas, fariam um favor à sociedade se começassem a custear do seu bolso essas práticas. Seguramente que o seu orgulho, seria mais seu, e o seu esforço, mais admirável.
No fundo, resume-se ao princípio tão em moda, do utilizador-pagador.

Poderiam orgulhar-se, pessoal e individualmente, dos seus feitos ou, do apoio dado à escola do seu coração. As escolas de samba, enquanto auto-suficientes e propriedade dos seus indefectíveis, financiadas por eles próprios, merecem-me o respeito que qualquer pessoa colectiva ou particular é credora. As outras, as que se alimentam dos impostos e estratagemas diversos, merecem-me apenas, distanciamento.

É aceitável o argumento de que é preferível manter os jovens ocupados mesmo que seja a sambar do que deixá-los à deriva.
Creio, porém, que é para isso que os contribuintes figueirenses já pagam, por exemplo, o desporto escolar, o Museu e Biblioteca e o CAE.
No usufruto do direito de opinião e livre expressão constitucionalmente garantidos, contesto a prática de distribuição sistemática de subsídios para o carnaval - entenda-se em minha opinião, gasto injustificável de dinheiro público.
Na crise em que o nosso concelho continua mergulhado, é inaceitável que as autarquias continuem a exigir mais e mais impostos aos cidadãos para os delapidarem em propaganda eleitoral. É óbvio que a este executivo, como disso já deu muitas provas -  falta também a lucidez e a coragem para acabar com este e outros carnavais.

Já quanto ao combate à anterior “tesura” - que até deu para ficar a dever ao quiosque - referida na crónica do vereador Tavares, é pena que se não verifique o mesmo empenho quando se trata de defender o património que mexe com a qualidade de vida de todos – como é o caso do lastimável estado das estradas do concelho.
Veja-se, por exemplo, o que se passa na saída do Hospital Distrital da Figueira da Foz: no parque de estacionamento pago a Câmara “investiu” mais de 80 mil euros num piso que está um brinquinho. Logo que que se passa a cancela que controla a “bilheteira” é o caos que clicando aqui pode constatar...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

sábado, 29 de maio de 2021

Autárquicas de 2021: vamos ao que interessa?

A Figueira da Foz, cidade e concelho, tem vindo a perder  posição e importância na região ao longo das últimas décadas, com especial relevância nos últimos anos. Hoje, cidades como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede crescem e ocupam espaço na cabeça das pessoas. Só o tempo dirá, com rigor, o impacto que pode ter na decisão de investimento que crie emprego sustentável e bem pago que traga pessoas para o nosso concelho.
Lá para princípios de Outubro teremos eleições autárquicas. Os dados estão quase todos lançados. O PS já avançou, no PSD também parece estar já muita coisa decidida, o CDS já definiu o candidato e está a trabalhar. O Chega não me parece que nestas eleições conte para alguma coisa. Falta definir o que a CDU e o BE têm para apresentar. Não me esqueci de Santana Lopes. Sobre essa putativa candidatura continuo na minha: só vendo...
 
Estas eleições serão interessantes. Não sou futurologista, nem tão pouco analista, muito menos absolutamente independente e tenho as  minhas dúvidas sobre muita coisa.
Estas serão eleições atípicas. Muito por culpa do Santana: se concorrer, o que continuo a duvidar, vai mexer no mapa dos mandatos e, certamente, na divisão de votos.
Estou curioso também para ver o que é que a CDU e o BE têm para apresentar. Portanto, neste momento ainda é muito cedo para avançar com cenários.

Como sempre, vou estar na primeira fila, não sentado, mas atento e refletivo sobre o que vai desfilar em caravanas. 
O PS, o PSD e o CDS  já iniciaram  a pré-campanha. 
Para já, a estratégia tem passado pelo lançamento dos candidatos, dando-lhes visibilidade. PS e PSD já inundaram as rotundas de cartazes com Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Ideias, para já, tirando Miguel Matos Chaves do CDS, avançaram poucas e soltas.
 
Já deu para ver, que há falta de melhor, há quem prefira chamar pára-quedistas aos outros candidatos, do que discutir ideias e programas. Penso, porém, que isso já não interessa a ninguém. Por isso, como figueirense interessado naquilo que é importante para o desenvolvimento do concelho, sugiro aos diversos candidatos que a campanha autárquica ganhe elevação e se discutam questões como:
- Que cidade queremos para os residentes;
- Que investimento queremos para o concelho;
- Qualidade urbanística, como evitar mais erros e melhorar aqueles que foram feitos nas últimas décadas;
- Estacionamento como factor de relançamento do comércio tradicional e da baixa comercial;
- Figueira da Foz, cidade da moda ou capital do quê?
- Qual o papel da praia na estratégia municipal;
- Como resguardar os edifícios tradicionais da Figueira da Foz e do concelho da ameaça imobiliária;
- Como fazer crescer a Figueira da Foz, perspectivas de avanço sobre áreas agrícolas, de reserva ou Parque Natural ou a destruição continuada do património distintivo e tradicional da Cidade;
- A segurança dos cidadãos;
- A Ilha da Morraceira, para quando uma intervenção protectora e de fundo;
- Devolução da margem norte do Mondego à população e recuperação da margem esquerda;
- Ciclovias;
- Reflexão sobre o Cabedelo, no sentido de conseguir entender como não se deve actuar para não destruir locais especiais e recursos públicos...

Estes são apenas alguns assuntos que podem estar em cima da mesa nas eleições autárquicas de 2021.
Os principais partidos (PS e PSD) deveriam apresentar um documento de intenções, contratualizando com os eleitores duas coisas:
Primeira. Se forem poder, quais as linhas genéricas de actuação e os principais projectos que pretendem desenvolver.
Segunda
. Se forem oposição, qual a sua postura sobre esses mesmos projectos. 
A minha experiência pessoal  diz-me que as oposições não são construtivas, votam contra propostas que no fundo não discordam, apenas para ganhar espaço de crítica. Por esse motivo, acredito que os partidos na oposição devem desempenhar as suas atribuições de fiscalização, mas também de acção, apoiando quando devem apoiar.

As eleições autárquicas estão à porta. Cada um ocupa o seu espaço na discussão política. A mim o que me interessa fundamentalmente são as ideias.
Estou à espera das propostas, dos temas, das questões e, sobretudo, as soluções dos diversos candidatos. 
Sejamos optimistas e vamos acreditar que a seu tempo isso será uma realidade.
Dentro desse espírito, avanço já com algumas questões e reflexões que gostaria de lançar, não apenas enquanto espectador, cidadão, contribuinte, mas essencialmente como figueirense:
- Qual a linha de rumo do município?
- Quais as actividades económicas estratégicas?
- Qual o papel das freguesias fora da sede do concelho na área do turismo.
- Recursos humanos municipais: qual a situação actual, quais as necessidades? É necessário 
aumentar ou reduzir, formar ou requalificar?
- Piscina Municipal: quanto custa construir, quanto custa manter, de onde virão esses recursos, qual a capacidade planeada e qual a taxa de ocupação esperada.
- Política de estacionamento na baixa da cidade.
- Ordenamento da ocupação indevida de passeios: contribuições para a sustentação de um turismo de qualidade e da imagem da cidade!
- Património histórico: catalogação, descrição, identificação, iluminação, animação e dinamização!
- Que papel cabe ao município na dinamização do emprego.
- O Hospital Distrital da Figueira da Foz. Os Centros de Saúde. Necessidades  e meios para o bem estar e saúde da população concelhia, retirando a propaganda política.
- Mobilidade: acessibilidade dos incapacitados físicos e dos carrinhos de bebé. 
- Requalificação, arborização e embelezamento dos espaços públicos.
- Instrumentos de planeamento territorial: PDM.
- Estuário do Mondego.
- Percursos pedestres. Uma mais-valia para os figueirenses e para o turismo.
- A ocupação das zonas ribeirinhas e frentes de mar.
- Dinamização e programação musical do CAE.
- Segurança pública. Protecção Civil: incêndios certos e derrames marítimos possíveis.
- Competências delegadas nas Juntas de Freguesias e com que financiamento.
- Figueira da Foz,  aposta no crescimento ou no desenvolvimento?
- Grandes urbanizações ou espaços urbanizados equilibrados, bem planeados e melhor executados.
- Estacionamentos junto às praias. 

Ninguém tem resposta para tudo, mas são assuntos que interessam a quem se preocupa verdadeiramente com a Figueira e com os seus residentes. Os que votam! Ficou o meu contributo.
Termino com um apelo aos candidatos: tenham consciência que existe vida para além dos partidos, dos fóruns, das associações, dos mercados e dos cafés. Existe uma população com necessidades e com expectativas. Existe sobretudo uma crescente necessidade de valorização do conteúdo. A embalagem é o que menos deveria contar.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pobre Aldeia

"Em Janeiro de 1975 chegou à Câmara uma carta de um pescador figueirense, residente nos Estados Unidos que, “em nome de todos os emigrantes que nasceram e pertencem à Cova e Gala” solicita ao Presidente que desencadeie “providências de protecção da nossa praia e da nossa terra”… ”para que se evite uma grande catástrofe”
A preocupação não se continha na necessidade de proteger a zona sul dos avanços do mar mas estendia-se “à nossa cidade da Figueira da Foz”. Visava sobretudo a segurança das suas “casinhas, que tanto custaram a ganhar” mas, tratando-se de homens do mar, conhecedores do seu comportamento, pode inferir-se o seu desassossego com a situação da barra, posto que, menos de vinte anos antes ali tinham ficado dezoito pescadores, além do histórico trágico. 
Não adivinhava que, quarenta anos depois, se poderiam contar mais alguns naufrágios, o último dos quais levou a vida de cinco pescadores em outubro passado e que a sua terra continuava a ser ameaçada pelo avanço do mar. Recentemente o ministro do ambiente, em dezembro, e a ministra do mar, a semana passada, anunciaram que vão ser estudadas medidas para resolver problemas do litoral e, principalmente da segurança na barra da Figueira, criando um grupo de trabalho que envolverá os serviços do ministério do mar e a autarquia local. 
Vale a pena criar as condições para que se evitem outros avisos convocando quem melhor conhece o mar: os pescadores."

Esta crónica, hoje publicada pelo eng. Daniel dos Santos, no jornal AS BEIRAS, é elucidativa: qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência
Pobre concelho, este,  que, quarenta anos depois, tem esta Aldeia à beira mar, com ar de Aldeia de um município de terceiro mundo.
Suja, desmazelada, abandonada, carenciada: numa palavra, pobre
A vida por aqui é uma miséria.
Por aqui, somos tão pobres, tão pobres, que, por vezes, tenho a sensação que quando perdemos a carteira, enriquecemos...
Vale pelo sítios onde se pode comer e pelas abandonadas praias...
Quanto ao resto, estamos conversados.
Até o hospital nos colocaram dentro de um parque de estacionamento pago e com problemas de operacionalidade à espera de serem avaliados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil!..