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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Leituras

para ler a crónica, clicar na imagem
É uma característica bem figueirense. Nesta coisa do carnaval, “não somos gajos tesos” ainda que, no dia-a-dia, o sejamos.
Mas, isso, são outras contas.

Na Figueira não pode ser sempre carnaval. Todos sabemos que a maior razão da manutenção do Carnaval de Buarcos ao longo dos anos, pago com fundos públicos por executivos camarários PS e PSD, se deve ao facto de só assim ser possível manter as escolas de samba que, como sabemos, representam muitos votos.
As virgens ofendidas que têm permitido com a sua cobardia política a modalidade que praticam as escolas de samba, financiadas ao longo dos anos por dinheiros públicos, provendo deste modo - com o dinheiro dos outros – as suas actividades lúdicas, fariam um favor à sociedade se começassem a custear do seu bolso essas práticas. Seguramente que o seu orgulho, seria mais seu, e o seu esforço, mais admirável.
No fundo, resume-se ao princípio tão em moda, do utilizador-pagador.

Poderiam orgulhar-se, pessoal e individualmente, dos seus feitos ou, do apoio dado à escola do seu coração. As escolas de samba, enquanto auto-suficientes e propriedade dos seus indefectíveis, financiadas por eles próprios, merecem-me o respeito que qualquer pessoa colectiva ou particular é credora. As outras, as que se alimentam dos impostos e estratagemas diversos, merecem-me apenas, distanciamento.

É aceitável o argumento de que é preferível manter os jovens ocupados mesmo que seja a sambar do que deixá-los à deriva.
Creio, porém, que é para isso que os contribuintes figueirenses já pagam, por exemplo, o desporto escolar, o Museu e Biblioteca e o CAE.
No usufruto do direito de opinião e livre expressão constitucionalmente garantidos, contesto a prática de distribuição sistemática de subsídios para o carnaval - entenda-se em minha opinião, gasto injustificável de dinheiro público.
Na crise em que o nosso concelho continua mergulhado, é inaceitável que as autarquias continuem a exigir mais e mais impostos aos cidadãos para os delapidarem em propaganda eleitoral. É óbvio que a este executivo, como disso já deu muitas provas -  falta também a lucidez e a coragem para acabar com este e outros carnavais.

Já quanto ao combate à anterior “tesura” - que até deu para ficar a dever ao quiosque - referida na crónica do vereador Tavares, é pena que se não verifique o mesmo empenho quando se trata de defender o património que mexe com a qualidade de vida de todos – como é o caso do lastimável estado das estradas do concelho.
Veja-se, por exemplo, o que se passa na saída do Hospital Distrital da Figueira da Foz: no parque de estacionamento pago a Câmara “investiu” mais de 80 mil euros num piso que está um brinquinho. Logo que que se passa a cancela que controla a “bilheteira” é o caos que clicando aqui pode constatar...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Erosão costeira - as pedras na Praia do Hospital e a devastação das dunas a sul do 5º. molhe...

Foto de hoje de António Agostinho
Lido no blogue Ambiente na Figueira da Foz.
"Será o fim da praia do Hospital? Mais pedras? 
A física ensina que as estruturas imóveis na praia causam ainda mais erosão costeira, e perda de areia. 
Ou as pedras destinam-se a defender o parque de estacionamento?" 
Entretanto, como se pode ver pela foto abaixo, também obtida hoje, a sul do 5º. molhe, a duna está completamente devastada.
Alguém sabe o que está previsto para este local para tentar evitar a catástrofe anunciada?..
foto António Agostinho

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cuidado com a desatenção e dificuldades de memória ...

O PS – o de Seguro e, agora, o de Costa - tem “batido” no Governo, por causa do aumento dos impostos, mas aumenta os impostos em autarquias que dirige – atente-se no IMI que é cobrado na Figueira pela Câmara socialista e o aumento dos custos com a saúde com a criação do estacionamento pago no Hospital da Gala, e as taxas e taxinhas para 2015 pela Câmara socialista em Lisboa!..
O Governo, por sua vez, está a “bater” em António Costa por aumentar impostos, depois de ter aumentado quase até ao infinito os impostos durante os últimos três anos.
Será que estamos num país esquizofrénico e não há alternância – já nem falo em alternativa - a este estado de coisas?

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Na Aldeia... (X)

foto António Agostinho
O estacionamento na Aldeia, motivou uma das mais abjectas novelas do caciquismo autárquico figueirense.
Este,  é um retrato de um poder local que deveria ser varrido do concelho e do país.
Mas, será que todo este imbróglio era necessário?..
Não. 
Quem o diz são os números: mesmo no verão (a foto é de ontem, cerca do meio dia, a praia adjacente estava repleta...), o parque pago do Hospital está quase sempre vazio.
Recorde-se: o processo foi desencadeado à socapa dos órgãos eleitos, mas essa não é a única questão...
Na Aldeia – e já dois executivos lidaram com o problema – ninguém democraticamente eleito tomou - que se conheça - uma posição institucional.
Entretanto, esta medida, que excluiu a democracia e o povo da decisão, criou mais uma factura que foi endossada ao povo.
E tem estado a ser paga...  

sábado, 28 de junho de 2014

Continuar a lutar por uma outra maré

Penso que acontece com todos. 
Ao longo da vida, todos temos momentos em que nos apetece desistir. 
As injustiças que nos rodeiam são de tal monta que, por vezes, o que o mais apetece é ceder ao impulso humano de “sopas e descanso”
Todavia, pelo conhecimento que tenho de mim, sei que não posso nem consigo. 
Por mim e por aqueles de quem gosto - e que gostam de mim. 
Neste momento e desde há anos a esta parte, estamos mergulhados em ideologias que deixam os fracos ficar par trás. 
Essas ideologias sempre me causaram nojo e repulsa. 
Foi - e é por isso - que entendo que devemos tentar lutar até ao limite. 
É por isso que não “chupo politicamente” aqueles que dizendo-se de esquerda, se vão acoitar despudoradamente  no PS, partido que se reclama de Esquerda. 
Essa, a meu ver, é a caução para aquela que considero a maior traição- desistir de continuar a luta pela utopia. 
Depois, dado o primeiro passo, tentam ir por aí adiante, não evitando as canalhices que são necessárias para fazer o que todos sabemos - sobreviver no lamaçal... 
É por isso - e nessa lógica - que depois os vemos a caucionar o que criticavam antes e, na prática, a sustentar políticas que a Esquerda excomungaria por ser da mais retinta Direita que pode haver.
No nosso concelho tivemos dois exemplos recentes: as reuniões de câmara à porta fechada e o estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz. 
Por isso pergunto: o partido que os passou a acoitar, que é o partido Socialista português, pode ser considerado um partido de esquerda? 
Cada um que responda por si... 
Por mim, desde o berço que não fui educado para ser fraco. E não o serei.
Tal como aprendi com Joaquim Namorado, na vida temos de estar preparados para tudo, "até para comer merda com colheres de chá".
Por isso, desde já o afirmo, para que fique claro: na minha opinião, se a homenagem que a Câmara da Figueira da Foz vai promover na passagem do centenário do Dr. Joaquim Namorado não incluir a reposição do Prémio Literário que a Direita extinguiu considero isso uma traição à sua memória.
Há princípios que não são provisórios. 
Na minha opinião, a verdadeira homenagem que deveria ser prestada ao Dr. Joaquim Namorado, neste momento, por este executivo da Câmara da Figueira da Foz e por este vereador da Cultura, era essa.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

PARQUE DE ESTACIONAMENTO DO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ...

"Entrou em vigor às 0h00 do dia de hoje (6 de Junho) uma nova redução no tarifário do parque de estacionamento do hospital, a segunda alteração desde que o sistema foi aplicado.
Assim, a tarifa horária a praticar baixará dos actuais 60 cêntimos para 40 cêntimos, mantendo-se, nos termos já vigentes, o regime de não pagamento para permanências inferiores a 1 hora. Para permanências superiores a 1 hora, será aplicada uma tarifa de 20 cêntimos pela 1ª hora.
A título de exemplo refere-se que, para os utilizadores que permanecerem 1 hora e 30 minutos no parque do Hospital, este novo tarifário representa uma redução superior a 50% face ao tarifário anterior.
Manter-se-á, também, a regra actual de não tarifação no período compreendido entre as 22 horas e as 7 horas." (daqui)


Em tempo:
Já que o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Aldeia da Gala, continua a ser pagoA LUTA VAI TER QUE CONTINUAR!..

terça-feira, 20 de maio de 2014

Uma ficção distópica: a trapalhada do estacionamento pago no HDFF ...

Ontem, na reunião do executivo figueirense João Ataíde, que preside ao conselho de administração da empresa municipal Figueira Parques, concessionária do parque de estacionamento, anunciou que o novo tarifário mantém a primeira hora gratuita, e que daí em diante, em vez dos 60 cêntimos actualmente praticados por períodos de 60 minutos, a segunda hora baixa para 20 cêntimos e a partir da terceira hora o preço é de 40 cêntimos, mantendo-se gratuito no período nocturno, a partir das 22:00.
O autarca disse ainda que foi proposto à administração hospitalar o aumento do prazo de concessão de cinco para dez anos, mas que esta recusou a proposta.
Segundo o autarca, caso o hospital pretenda revogar o acordo, a empresa municipal “está disponível para sair da parceria”.
Se a administração do hospital quiser, saímos já amanhã. Retiramos as máquinas e vamos embora”, alegou João Ataíde, frisando que a Figueira Parques “tem a venda do equipamento garantida”, recebendo, desse modo, os 80 mil euros investidos.
Na resposta, Miguel Almeida, da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/MPT-PPM), desafiou João Ataíde a “sair já” da parceria, argumentando que as declarações do presidente da câmara denotam que a questão “não é financeira” e que “não faz sentido” a autarquia estar envolvida.
Não tenho dúvida nenhuma de que já se arrependeu mil vezes de ter entrado naquele negócio”, afirmou Miguel Almeida.
Recorde-se: a polémica em redor do estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz subsiste há mais de seis meses, após a Figueira Parques ter assumido as obras de requalificação do espaço, com colocação de um sistema de cancelas à entrada e saída que, na prática, coloca a unidade de saúde dentro do parque de viaturas.
O tarifário, agora novamente alterado, começou por ser gratuito nos primeiros 15 minutos e de 60 cêntimos nas horas seguintes – mais caro que o praticado em todos os parques públicos da cidade.
Foi depois alterado, em janeiro, mantendo os 60 cêntimos por hora mas passando os primeiros 60 minutos a serem gratuitos, assim como a maioria do período nocturno.
P.S. -
As informações sobre a reunião camarária de ontem foram obtidas aqui.

domingo, 11 de maio de 2014

Pensando na Figueira

Mesmo longe, há qualquer coisa que cheira mal, muito mal mesmo, nesta história do estacionamento pago pelos utentes do Hospital da Figueira.
Já deu para perceber de onde veio a ideia. Só ainda não deu para perceber de onde veio a ideia de a Câmara se meter no assunto, tipo “tudo ao molho e fé em Deus”.
Um partido é (ou devia ser) um agrupamento ideológico, uma congregação de pessoas - os militantes - em torno de um conjunto de ideais fundamentais.
Deveria ser apenas a elas que se respeitaria fidelidade. Nunca a pessoas, direcções ou mesmo programas eleitorais.
Esses vão e vêm numa mudança própria do regime democrático; as ideias base, os princípios fundamentais, esses ficam no longo prazo.
A meu ver, um militante tem o direito - diria até o dever - de criticar uma dada direcção ou programa se achar que ele fere as bases ideológicas do partido. Independentemente de haver ou não eleições à porta.
Isto seria o ideal; a realidade figueirense e portuguesa é outra conversa.
Eu quase que aposto que uma boa parte dos militantes do PS figueirense não sabe quais os pilares ideológicos do seus partido; quase que aposto que a maior parte está no PS por ser soarista ou socratista, aguiarista ou outra coisa qualquer de ocasião - não por ser, ou sequer saber, o que é ser socialista.
É nisto que se transformaram os partidos políticos portugueses: agrupamentos com base em fidelidades pessoais, quase sempre de natureza clientelar, interesseira ou de divinização de um líder que se torna inquestionável.
Agora, temos Ataíde – isto é o poder!
Depois de Aguiar, que teve um longo “reinado”, alguém se lembra dos rostos ou dos nomes dos candidatos do PS que perderam 3 actos eleitorais entre 1998 e 2009 na Figueira?
Neste contexto, é perfeitamente natural que criticar uma direcção partidária local signifique traição ou quebra de fidelidade. Mas isso não é próprio de uma democracia.
A maior prova é, talvez, o clima de silenciamento que acaba por gerar e, em momentos infelizes, institui-lo oficialmente, como foi o caso do bem sucedido caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, sito na Gala.
Prova evidente e completamente esclarecedora, foi o que se passou na Assembleia Municipal, onde muita gente da bancada do PS local teve dobrar a cerviz para votar o “conforto” expresso ao presidente Ataíde!..
É certo que ninguém é obrigado a estar num partido e que, se não concorda com o seu modo de funcionamento, pode sempre sair. Mas, talvez, seja mesmo isso que explique porque é que os partidos se tornaram tão pouco interessantes (para usar um eufemismo) e porque é que muitas pessoas de valor estão fora deles, enquanto lá dentro acotovelam-se clientes à espera de favores.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A qualidade deste blogue também pode ver-se pelo simples facto de não escrever os nomes que me ocorrem chamar a alguns políticos desta Figueira...

"...em Portugal, o poder tanto é exercido por mentirosos que afirmam uma coisa e praticam o seu contrário como por “irrevogáveis” num dia para reforço da sua posição no seguinte.
A estas atitudes também não escapam os políticos locais quando prometem ou criticam nos seus programas, nos seus escritos enquanto jornalistas ou escritores e nas posições, se oposicionistas, e alteram os seus comportamentos quando no exercício do poder.
A recente polémica acerca do parque de estacionamento do hospital é disso um exemplo. Como se compreende que o principal partido nacional de oposição critique as atitudes do Governo e as pratique a nível local? Sim, porque, pelos vistos, a câmara já começa a recuar, tal e qual como faz o Governo.
Humildade, precisa-se! Quando se erra ou não se consegue cumprir o prometido, pede-se desculpa, justificando. Uns e outros contribuem assim para a emanação das atitudes populistas que parecem não ter consequências imediatas, porque, segundo Pinheiro de Azevedo, o povo continua a ser sereno. Demais!"
Daniel Santos, engenheiro civil hoje no jornal AS BEIRAS

terça-feira, 6 de maio de 2014

O verdadeiro interesse da política é para aqueles que dela vivem... Aos "adeptos" só o resultado do jogo afecta...

foto António Agostinho
"«Preferia não o fazer» é o que de melhor me ocorre para a explicação da problemática (?) do parque de estacionamento do hospital. A câmara, como Bartleby, «Preferia não o fazer». Às vezes, na vida, todos gostaríamos de responder como a personagem de Melville, mas a vida é muito mais complicada do que uma resposta tão simples."
António Tavares, vereador PS hoje no jornal AS BEIRAS

Em tempo. 
Ao contrário do que pensam os "craques" locais da política, não somos todos uma cambada de carneiros mansos e obedientes que eles vão tendo a paciência, e fazendo o favor, de pastorear, naquela que pensam ser a sua quinta onde nos tosquiam a lã e comem a carnuça. 
Não nos tomem, porém, a todos por idiotas. 
O protocolo que o PS assinou, via Câmara, pelo punho do senhor presidente da câmara, constituiu uma traição aos utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz, e mais uma ignomínia praticada, sobretudo, para quem mais precisa de cuidados de saúde, próximos, cuidados de saúde, esses, que mesmo antes do estacionamento pago, já não eram baratos. 
O posterior carpir partidário, de que foi exemplo a última Assembleia Municipal, não passou de lágrimas de crocodilo. 
O que na realidade aconteceu, neste assunto muito em concreto, foi que os partidos – todos – principalmente os que já passaram pelo poder local, como é hábito, protagonizaram um conjunto de habilidades.
Por outras palavras, fizeram política, no seu entender,  e negligenciaram as suas responsabilidades para com as pessoas que deveriam representar. 
Talvez nem se tenham apercebido, mas desta vez ficou bem patente a inutilidade da "política que fazem".

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou... (II)

Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro do ano passado e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou...

foto Foz do Mondego Rádio
A política figueirense, ontem, passou por um conjunto de habilidades, a que alguns chamam sabedoria.
Contudo, a fuga para a frente (a chamada moção de «conforto» à autarquia apresentada pelo PS sobre a Gestão e Exploração do Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz pela Figueira Parques aprovada pela maioria PS...) foi apenas uma alínea da sabedoria.
Atenção: neste caso, foi a maioria figueirense PS, que votou a favor de mais um encargo que agravou os custos com a saúde dos  utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz. 
Fica a fotografia para mais tarde recordar.  

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sou do contra, porque sim...

Rui Curado Silva, investigador, no jornal AS BEIRAS.
“Recentemente em Pequim, durante uma visita a um laboratório cruzei-me com uma fotocopiadora ao lado da qual se empilhavam várias caixas de papel Navigator.
No país onde supostamente se inventou o papel, não resisti e confirmei aquilo que já sabia no cantinho de uma das faces: “Made in Portugal by Soporcel Portucel”.
No outro lado do mundo, naquela metrópole de mais de 20 milhões de habitantes fui transportado para a distante e pequenina Figueira da Foz.
Quando se fala entre a elite figueirense em “colocar a Figueira no mapa” é este tipo de colocação no mapa que me interessa.
Interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”

Tal como ao Rui Curado da Silva “interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”
Sempre me interessou. Tenho textos no Linha do Oeste e neste blogue que atestam isso.
Porém,  eu não acho que a Figueira tenha mudado assim tanto - muito menos para melhor.
Mais:  à sua maneira,  as alegadas mudanças  dão-nos um excelente retrato do que está mal na Figueira em 2014.
O quer era bom,  continua cá. O quer era mau, agravou-se.
Não ganhámos liderança, não mudou o espírito, não mudou a filosofia - mudou a casca,  pela força das circunstâncias - na Figueira e no País.

As “mudanças”, na Figueira,  não são diferentes das “reformas”  do Passos no País – mais um retrato da indigência nacional.
Vejamos o IMI e o preço da água pago pelos figueirenses...
Para quê?..
Dou só um exemplo: o estado das estradas do concelho em locais fundamentais para a promoção do turismo figueirense. 
Duvidam?.. Circulem, por exemplo, pela  Serra da Boa Viagem ou pelas Lagoas de Quaios...
E depois é o que sabemos com os dinheiros gastos nos carnavais e noutros festivais...
Como não há a mínima ideia do que é administrar uma autarquia, faz-se mais do mesmo. Gasta-se menos, porque não há dinheiro...
A mim, como figueirense, interessava-me  que tivesse mudado a filosofia e o espírito.  No fundo, é uma questão de visão, de disciplina - enfim, de um somatório de coisas, que não se “vendo”, se sentissem no dia a dia.
Pergunto: “vendo-se”  muita coisa, sente-se o quê?
Modernidade? Originalidade ? Aumento de qualidade/profundidade? 
Qual é o valor acrescentado?
O que é que a Câmara e os figueirenses lucraram com as reuniões à porta fechada?.. Ou com a intromissão da Câmara, via Figueira Parques, na gestão do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz?
Ser teimoso, às vezes, não é mesmo uma virtude, mas agora já não estou só a falar da Figueira...

Dito isto, a Figueira mudou?
Se assim foi, viva a Figueira. 
Afinal ter razão antes do tempo, é tão mau como estar errado...
Eu, é que sou do contra, porque sim.
Termino como comecei...Volto a Rui Curado da Silva...
“Nos tempos que correm as exportações da Soporcel são importantíssimas tanto para o município como para o país. Este caudal exportador significa empregos e significa riqueza criada por produtos transacionáveis, com existência real, não são swaps nem festas cor de rosa.
Quando uma empresa atinge este patamar de grandeza deve manter essa grandeza na relação com os trabalhadores. Não existe nenhuma razão para que o litígio entre os trabalhadores e a actual direcção da Soporcel em torno da questão das pensões não seja ultrapassado com dignidade, sem  pressões ou represálias sobre os operários mais reivindicativos. Ao sucesso exportador exige-se o sucesso na concertação com os trabalhadores.”

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Leitura para os dias de chumbo : “Relatório da Proteção Civil municipal deteta falhas no parque de estacionamento do hospital”

Não sei se, apenas, por inabilidade política, incompetência ou azelhice pura, esqueceu, mais uma vez, uma coisa básica...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 
Hoje, a comprovar aquilo que, até para um ignorante  era fácil de adivinhar, acabei de ler um curioso e sintomático texto, com assinatura de j´Alves,  publicado no jornal AS BEIRAS. Dado o seu manifesto interesse para os utentes do Hospital Distrital da Figueira, com a devida vénia, passo a citar:

“O relatório que a coligação Somos Figueira pediu aos Serviços Municipais de Protecção Civil, via câmara, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, aponta falhas no parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
O documento começa por realçar a redução da largura dos corredores de emergência, que, sobretudo “devido ao sistema de curvas, não cumprem as medidas normalizadas”. Foram “identificadas ainda dificuldades na primeira curva de acesso, com a possibilidade de colisão com o telheiro”, acrescenta o documento.
Por outro lado, recomenda a instalação de um sistema alternativo do levantamento da cancela, para o caso de falhar a eletricidade. A necessidade de serem distribuídos mais cartões de livre acesso ao hospital pelas entidades de transporte de doentes é outras das considerações. Neste ponto, aponta que à delegação de Carvalhais da Cruz Vermelha foram entregues dois cartões para 22 viaturas. E nas suas homólogas da Figueira da Foz e da Borda do Campo existe uma relação de um para oito e de um para sete, respectivamente.
O horário do rececionista, que termina às 20H00, também é questionado pelo relatório, destacando que pode atrasar a saída das viaturas de transporte de doentes. No entanto, salvaguarda que esta pecha está a ser colmatada pela recepção do HDFF, com a qual se comunica através do intercomunicador instalado no acesso ao parque.
Por último, a Proteção Civil regista que a máquina de leitura de cartões não tem altura suficiente, obrigando os tripulantes ou auxiliares das viaturas de transporte de doentes a saírem da viatura para procederem a esta operação. O relatório termina sugerindo a aplicação de oito medidas.
HDFF contra-argumenta
Saliente-se que o relatório, com data de 11 de março, foi enviado para o gabinete do presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde.
Este, por sua vez, reencaminhou-o para as administrações do HDFF e da empresa municipal Figueira Parques, que explora o parque de estacionamento.
O hospital respondeu, por escrito, ao autarca, contra-argumentando a maioria das considerações do relatório.
Não obstante, a administração do HDFF mostra-se disponível para corrigir algumas situações. Nomeadamente, distribuir mais cartões de livre acesso pelas entidades transportadoras de doentes, com a concordância do concessionário do parque. Por outro lado, admite que a máquina de leitura de cartões e senhas não tem altura suficiente, disponibilizando-se para solucionar este problema.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a administração do HDFF acrescenta que tem vindo a “acompanhar com cuidado e atenção o processo que resultou da requalificação e ordenamento do estacionamento no espaço do HDFF e está disponível para com, a Figueira Parques, estudar a melhor solução para o parque de estacionamento, tanto nas questões relacionadas com o acesso às instalações como com as questões de tarifação”.
Remata afiançando que “a gestão do parqueamento continuará a merecer a atenção e a avaliação que lhe são devidas, numa óptica de permanente melhoria”.
Chuva de críticas
Teo Cavaco, vice-presidente da Concelhia da Figueira da Foz do PSD e deputado municipal da coligação Somos Figueira, divulgou o relatório na Foz do Mondego Rádio, na noite de segunda-feira, na qualidade de comentador político. Não poupou nas críticas ao executivo camarário socialista, por ter envolvido a Figueira Parques na gestão do parque de estacionamento do HDFF.
O comentador realçou que o relatório da Proteção Civil “é absolutamente arrasador”, defendendo que “não havia razões de fundo para o estacionamento ser pago”.
Este é o pomo da discórdia entre a oposição e o executivo. Os primeiros censuram o segundo por ter arrastado (em 2013) a edilidade para uma decisão que prejudica os utentes. Este, por seu turno, justifica a medida com a necessidade de ordenar o estacionamento na zona de praia adjacente ao hospital. João Carronda e Joaquim Gil, que completam o painel de comentadores políticos da Foz do Mondego Rádio, também não foram parcimoniosos nas críticas à maioria socialista. “O executivo deixou-se ultrapassar pela oposição”, por ter sido esta a pedir o relatório à Proteção Civil, disse Carronda, que é deputado municipal do PS. E acrescentou que “houve alguma teimosia e autismo político”. Já o independente Joaquim Gil realçou que o envolvimento da autarquia no parque de estacionamento é “uma questão ainda por resolver”.
Um mal menor
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o gabinete de João Ataíde ressalva que “a conceção e a construção do parque de estacionamento é da exclusiva responsabilidade do HDFF”. Ou seja, a empresa municipal limitou-se a instalar os parquímetros e a explorar o espaço. Dito isto, acrescenta que a vantagem de a Figueira Parques ter dito que sim ao convite da administração do hospital é “poder corrigir” situações como aquelas que o relatório da Proteção Civil evidencia. Mas também para aplicar taxas mais amigas do utilizador. Se não fosse uma empresa municipal a gerir o espaço, o tarifário seria ainda mais elevado, defende o gabinete da presidência da Câmara da Figueira da Foz. A propósito de preços, eles já foram reduzidos e, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, deverão baixar ainda mais.”

Em tempo.
Tal como prevímos há muito, Ataíde e esta maioria absoluta do PS,  têm um lindo problema para resolver com esta história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, avança com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu, que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me  uma enorme confusão!..
Vamos esperar pelos próximos capítulos...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ainda o caso dum Hospital colocado dentro de um parque de estacionamento pago

Na reunião de câmara da passada segunda-feira, o parecer que, há mais de um mês, havia sido solicitado ao responsável da Protecção Civil, a propósito do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, mais especificamente no que diz respeito à entrada de viaturas em situações de emergência, foi entregue à oposição no  decurso da sessão.
Por esse motivo, não foi discutido na oportunidade. 
Entretanto, já deverá ter sido analisado, apreciado e reflectido pela oposição.
Para além de,  certamente, ir ser alvo de discussão política numa próxima sessão camarária (a próxima é óptima, pois é à porta fechada...), vai ser tema de uma conferência de imprensa a realizar em breve – segundo o que acabei de ouvir no programa Câmara Oculta, do Foz do Mondego Rádio, pela voz do “vereador” Teo Cavaco...  
Mais uma vez, este executivo camarário deixou-se ultrapassar, politicamente falando.
Não sei se, apenas, por inabilidade política, incompetência ou azelhice pura, esqueceu, mais uma vez, uma coisa básica...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Para que serve um vice-presidente de câmara?..

João Ataíde, o independente reeleito numa lista do PS,  tomou posse em 19 de outubro passado. Leva, portanto, cerca de meio ano deste segundo mandato – o primeiro com maioria absoluta.
Na tomada de posse, o presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou ter como intenção, nos próximos quatro anos,  “prosseguir a consolidação financeira, manter a eficiência, rapidez e transparência dos serviços municipais, intervir no espaço público e nos equipamentos, melhorar a qualidade de vida no concelho e incrementar o desenvolvimento”.
Começou mal, porém, este segundo mandato do dr. João Ataíde: uma das duas reuniões mensais passou a ser realizada à porta fechada; depois, surgiu o caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz;  a seguir, a polémica no CAE que envolveu directamente o seu vereador de confiança e agora vice-presidente  – o dr. António Tavares. Outras polémicas estão em cima da mesa. Uma,  que envolve  também directamente o seu vereador de confiança  - o dr. António Tavares, pois começou com uma frase do vereador PS no jornal AS BEIRAS:  "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."; a outra, que vai ter novos capítulos, em breve, tem a ver com o facto de “a Câmara da Figueira da Foz ter chamado a si a gestão do EstádioMunicipal José Bento Pessoa, que era gerido há várias décadas pela Naval 1.º de Maio, no âmbito de um protocolo assinado com o clube”.
Presumo que um  vice-presidente de câmara, sirva talvez para  substituir o presidente, quando este está ausente, e usar a sua magnífica cultura, inteligência e lata visão e experiência política para tentar prevenir e evitar “tiros nos pés”, que causam sempre danos políticos para os protagonistas, como certamente o futuro nos irá demonstrar...
É estranho, ou talvez não, que quem quer dar a imagem que  tudo faz e faz e fará para proteger os cidadãos figueirenses tenha  assistido  e continue a assistir a tudo isto  caladinho, fazendo manobras de diversão no jornal, direccionadas para alvos que nada têm a ver com a forma como é gerida a autarquia figueirense, como, por exemplo, o autor deste blogue e outras pessoas que ousam divergir da maneira como esta maioria absoluta está a governar os destinos do nosso concelho.
Seja como for – e oxalá isso não aconteça - arrisca-se a que um destes dias o presidente, para voltar a mostrar quem manda (as pessoas esquecem-se com frequência), o despromova de vice para vereador  dos cemitérios.
Depois do prometedor salto qualitativo que, como político desta política, deu em meados do ano passado, seria muito mais condizente com a actuação que tem tido nos últimos meses.

terça-feira, 25 de março de 2014

Este "é um problema estritamente da administração do Hospital?..

foto António Agostinho
Solicitado pela bancada do Movimento Somos Figueira, o parecer da Protecção Civil sobre o novo parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz já foi entregue ao executivo, mas os vereadores da oposição só foram informados há minutos, no decorrer da própria reunião, pelo que o assunto só será discutido numa próxima reunião. Ainda assim, numa breve apreciação, João Ataíde, presidente da autarquia, admitiu que o relatório da Protecção Civil "levanta algumas questões e não é favorável à solução ali implementada", havendo "melhorias a efectuar na sequência das críticas". O edil sublinha, no entanto, que este "é um problema estritamente da administração do Hospital". (Via Foz Do Mondego Rádio)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Estacionamento pago no HDFF: “Somos Figueira” solicitou o parecer do comandante operacional municipal da Proteção Civil figueirense

foto de António Agostinho sacada daqui
A coligação «Somos Figueira» pretende que o comandante operacional municipal da Proteção Civil figueirense dê o seu parecer em relação ao sistema de estacionamento pago recentemente implementado no Hospital Distrital da Figueira da Foz, nomeadamente sobre a entrada de ambulâncias em situação de emergência que, pode ler-se no requerimento entregue ao presidente da Câmara Municipal, acontece num acesso em «curva e contra curva» e com cancela automática.
Deste modo, “face ao exposto e à gravidade da situação”, os vereadores da oposição pedem o parecer, nomeadamente “em relação aos efeitos ou consequências na entrada de viaturas de emergência, provocados pela colocação de cancela e pelo desenho do acesso às Urgências, e se, e de que forma, está acautelada a entrada destes mesmos utentes em possíveis situações de avaria dos já mencionados equipamentos”.
Assinam o documento os vereadores Miguel Almeida, João Armando Gonçalves, Anabela Tabaço e Catarina Oliveira.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A propósito do “negócio” do estacionamento pago no HDFF e do que ouvi na Foz do Mondego Rádio ao “vereador” do Câmara Oculta João Carronda, a quem aproveito para cumprimentar...

Em poucos estabelecimentos deste nosso Portugal somos tão mal atendidos, em termos de estacionamento pago, como no HDFF. Chego a pensar se não tratarão os clientes como lixo de propósito, uma espécie de política interna própria de uma empresa onde os processos e os métodos de fazer negócio são os que melhor consigam lixar os utilizadores.
Se esta política existe, estão todos de parabéns, a começar pela administração do HDFF, passando pelos directores da Figueira Parques e a acabar na câmara municipal: não é nada fácil criar uma cultura empresarial que consiga lixar o juízo aos clientes com a mestria que todos alcançaram. 
Só tenho dificuldades em compreender porque raio empresários se juntaram para tornar a vida dos clientes num inferno. Mas a estratégia empresarial tem razões que a razão desconhece e nós, os lixados, não nos devemos deitar a adivinhar. Quem sabe, talvez a administração seja influenciada por estrangeiros que pretendem obrigar os clientes a ir estacionar fora dos muros do hospital para treino físico. Ou, então, tudo não passa de uma maquinação das elites figueirenses, para fazer os doentes e restantes utentes do HPDFF sofrer a bom sofrer!..
O que eu sei é que o HDFF, a FP e a Câmara constituíram uma excelente metáfora do monstro capitalista: os utentes da classe média-baixa, que não têm dinheiro para pagar o estacionamento, têm de sofrer um humilhante calvário: depois de deixarem o doente, velho e em cadeira de rodas, têm de vir colocar o carro cá fora, para não pagar estacionamento, e percorrer centenas de metros, ao vento e à chuva, para ir ter com o doente e acompanhá-lo à consulta.
Depois da consulta, há que ir buscar a viatura, ao vento e à chuva...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Estacionamento pago no hospital foi assunto polémico na reunião de ontem

Foi o vereador e líder da coligação Somos Figueira quem tomou a iniciativa de abordar o assunto, ontem, na reunião de câmara. Miguel Almeida começou por solicitar uma reunião com a administração da Figueira Parques, a empresa municipal que requalificou o parque de estacionamento pago do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF), que está aliás a explorar.
O autarca da oposição ressalvou que só não aprofundava a polémica questão por lhe restarem “algumas dúvidas”, depois de ter lido o contrato. No entanto, acrescentou: “ficou claro que o presidente da câmara é a favor, porque assinou o contrato”. Miguel Almeida constatou, por outro lado, que o documento fora assinado três meses antes das eleições autárquicas.
Porém, atirou, ficou na gaveta e só viu a luz do dia depois do ato eleitoral, dando a entender que o executivo socialista não o tornou público antes devido à impopularidade da decisão que permitiu taxar o estacionamento no hospital. Por outro lado, frisou ainda: “tendo em conta a dimensão daquilo que estava a ser tratado, não acho correto que a assembleia geral – a reunião de câmara - não se tivesse pronunciado”.

“Só quero fazer bem às pessoas”

João Ataíde, por seu turno, afirmou que só assinou o contrato “porque pensava que não ia prejudicar os utentes”. Para tentar remediar os prejuízos, o presidente da câmara adiantou que tem uma proposta que visa aplicar “um tarifário quase simbólico”, mostrando-se aberto a sugestões.
“Só quero fazer bem às pessoas. E vai ver como vou fazer bem às pessoas”, frisou o edil.
O presidente reiterou as razões que o levaram a rubricar o polémico contrato.
“O meu acordo visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.

Assunto fedorento

João Portugal também se pronunciou sobre “este assunto que já cheira mal”, referiu. Para o vereador do executivo, o que se passou foi que “o HDFF solicitou à câmara a colaboração para melhorar o trânsito e o município disponibilizou-se a ajudar na melhoria dos serviços dos HDFF, apesar disto ser da competência do Governo”.
Antes de lançar um repto ao líder da oposição, Portugal classificou o debate que se arrasta em torno do estacionamento pago do hospital “um número político para fazer manchetes nos jornais”. A seguir, veio o desafio, que consiste em o PSD pedir ao ministro da Saúde que autorize o HDFF a pagar os 80 mil euros aplicados pela Figueira Parques e, assim, “o problema fica resolvido”.
Miguel Almeida, porém, não se deixou impressionar e retorquiu afirmando que “ficou claro que o PS também defende o parque de estacionamento”. O vereador solicitou ainda uma reunião, com carácter de urgência, com a Protecção Civil, para esta se pronunciar sobre a entrada de viaturas de emergência no parque de estacionamento pago. E considerou, por outro lado, “perigoso” que o HDFF tivesse pedido à câmara para requalificar o parque a fim de resolver um assunto num espaço municipal.  (AS Beiras)