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quarta-feira, 6 de março de 2024

Escassez de lampreia é uma realidade que tem de ser estudada pois está em causa a preservação da espécie

No rio Mondego, onde a pesca de lampreia é uma tradição ancestral, este poderá ser o pior ano de sempre. Penacova cancelou o seu famoso e importante festival para a região por falta de lampreia
Especialista defende proibição da pesca da lampreia devido à escassez. “Deveríamos fechar a pesca. A qualquer animal deve ser dada a oportunidade para se reproduzir.” "A situação piorou. Tem sido uma sucessão de anos maus. 2017, 2019, 2022 e 2023 foram anos maus, motivados pela seca e por outras situações que ainda não se conseguem explicar, visto que há um desconhecimento do que acontece com a espécie no mar, em que pode haver mais mortalidade", disse Pedro Raposo, director do Mare e especialista em peixes anádromos (espécies que, como a lampreia, se reproduzem em água doce, mas que se desenvolvem até à forma adulta no mar).
Por todo o País os festivais de lampreia têm vindo a ser cancelados por falta de matéria prima. Entretanto, segundo uma notícia hoje publicada pelo jornal Diário as Beiras, «a associação Figpesca convocou para esta manhã, com início às 10H00, uma concentração de embarcações no canal principal da zona portuária, junto ao topo Sul da Marina da Figueira da Foz, e de familiares dos pescadores na praça da Europa Aguiar de Carvalho (em frente aos paços do concelho). Esta iniciativa tem por finalidade protestar contra o “regulamento com 34 anos que define regras totalmente desatualizadas”, vinca a associação em nota de imprensa.
O alegado anacronismo do regulamento, frisa a Figpesca, tem originado “uma fiscalização abusiva por parte da Unidade de Controlo Costeiro da GNR”, que “leva ao desagrado e à revolta dos pescadores”. “A direcção da associação Figpesca e os seus associados que desenvolvem a faina no Rio Mondego há muito que vêm alertando a administração e os vários intervenientes que tutelam a pesca no Rio Mondego para as dificuldades socioeconómicas, que aumentam de ano para ano”, sublinha ainda a nota. Este alerta, afiança, repete-se nos últimos 15 meses, em sucessivas reuniões com entidades públicas. Esta estrutura associativa representa armadores e pescadores de pesca artesanal. O tipo de redes utilizado ao abrigo do regulamento para a captura de sável e de lampreia, segundo a Figpesca, está desatualizado, tendo em conta as alterações que entretanto aconteceram no caudal do estuário do Rio Mondego. Em declarações recentes ao Diário as Beiras, o presidente da direcção da Figpesca, Igor Branco, sustenta que a cada vez menor quantidade de lampreias capturadas no estuário do Rio Mondego também se deve ao tamanho das redes que os pescadores são obrigados a utilizar ao abrigo do respectivo regulamento. Por isso, a associação reclama a actualização das normas em vigor há 34 anos, porque, entretanto, o caudal alterou-se.»

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Dia de festas na cidade...

 Via Diário as Beiras

"Aguiar de Carvalho, Duarte Silva, João Ataíde (os três a título póstumo) e Carlos Monteiro, vão ser distinguidos com a medalha da cidade e o título de cidadão honorário. O ex-vereador José Elísio, a jornalista aposentada Bela Coutinho, o ex-autarca comunista Nélson Fernandes e os empresários de restauração Isabel João Brites e Fernando Grilo também estão entre os homenageados."

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Mais um contributo para atiçar o ódio dos florzinhas, passarinhos políticos, comunicação social deficiente, população desatenta e intectuais totós...

Ninguém me pediu, mas vou fundamentar porque não vou assinar a petição que por aí anda a circular "Pela manutenção da vegetação dunar na praia da Figueira da Foz."

Em 15 de Dezembro de 2014, "foi apresentado, em reunião de câmara, o projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011".
Este era, segundo sublinhou o presidente João Ataíde, um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades
Saliente-se que o projecto vencedor do concurso implicava um investimento de 110 milhões de euros, entre investimentos púbicos e privados. 
Parecia que estávamos a retornar aos saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004... 

Entretanto, foram introduzidas várias alterações.
Como sabemos, a intervenção que estava na ideia da Câmara realizar, "ficou reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que atravessa o areal". 
Mesmo assim, foram gastos cerca 3 milhões de euros.
A ideia da autarquia de deixar crescer a vegetação na antepraia vem daí.
O plano seguia, com a municipalização da praia da Figueira e a implantação de cimento em cima de dunas.
A erosão a sul do estuário do Mondego podia esperar. O projecto do bypass, ficava liquidado e a rapaziada do sul do concelho que aprendesse a nadar.
Como escrevi um dia destes - e isso atiçou ódios contra mim - a comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”.
Por isso é que na Figueira, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto.
Cabecinhas pensadoras...

Fica uma crónica publicada no Diário as Beiras em 17 de Maio de 2019, com o título Um favor ao “ex”?.

domingo, 30 de abril de 2023

Primeira vereação camarária a seguir ao 25 de Abril de 1974

Via o jornal Mar Alto, edição de 8 de Maio de 1974 (estão quase a completar-se 49 anos), fica a lembrança do primeiro executivo democrata a seguir à conquista da Liberdade.
Era presidido por Cerqueira da Rocha que, na opinião de Joaquim Barros de Sousa"em 25 de Abril de 1974 era o principal rosto das actividades, umas toleradas, outras clandestinas, que a oposição democrática ia prosseguindo na Figueira da Foz."
Esta Comissão Gestora dos destinos do concelho da Figueira da Foz esteve pouco tempo no poder. Foi substituída por um elenco comandado pelo Professor Marcos Viana. Em Outubro de 1974, Maria Judite Mendes de Abreu passou a presidir à Comissão Administrativa da Câmara Municipal da Figueira até Dezembro de 1976, altura em que se realizaram as primeiras eleições autárquicas. 
As pimeiras eleições para eleger os órgãos locais depois da Revolução dos Cravos, foram realizadas a 12 de Dezembro. Foram eleitos 304 presidentes de câmara municipais, 5 135 deputados municipais e cerca de 26 mil deputados para as assembleias de freguesia.
O pastor José Manuel Leite, da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, foi o primeiro presidente eleito no nosso concelho. Seguiu-se Joaquim Barros de Sousa, Aguiar de Carvalho, Santana Lopes, Duarte Silva, João Ataíde, Carlos Monteiro (que substituiu João Ataíde após a sua ida para Secretário de Estado do Ambiente). Santana Lopes, nas eleições de Setembro de 2021, voltou à persidência da câmara da Figueira da Foz.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Parque verde ou retail park?

Na foto da esquerda, vê-se uma placa com mais de 20 anos naquele local. Foi lá colocada na primeira passagem do Dr. Santana Lopes como presidente de Câmara da Figueira da Foz. 
Em 2009,  passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense. 
Aos poucos,  as superfícies comerciais começaram a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: do último espaço que restava à Figueira para um verdadeiro parque verde.

A Drª. Mafalda Azenha, autora da crónica, que via Diário as Beiras publicamos à direita, entre outubro de 2017 e outubro de 2021, foi Vereadora Executiva  da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
Antes, tinha sido Deputada da Assembleia de Freguesia de Tavarede, Figueira da Foz, entre 2009-2013 e 2013-2017 e  Deputada da Assembleia Municipal da Figueira da Foz entre 2009-2013 e 2013-2017.

Em 2022, a Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está betonizada com uma bomba de gasolina e grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI,  LIDL e o Continente.

Recorde-se, porém, que a Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas, ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola, mas já cozinhados, na altura, entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos…

Nesta zona da Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 (tal como, anteriormente, propôs Santana Lopes na primeira passagem pela Figueira).

Em vez de zona verde, cuja implementação foi nula, os governantes figueirenses, ao contrário do prometido, tiveram foi vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção da bomba de gasolina, do Pingo Doce, do AKI LIDL e Continente, no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…

Duarte Silva, recorde-se, em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor…

Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012, que sepultou a freguesia de São Julião (cuja acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… 
Tão rural que detém as maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais!
A saber: Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo. Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI , o LIDL e o Continente com 40 mil m2 de impermeabilização de solos."!

A revisão do PDM de 2017, feita à pressa antes das eleições desse ano, atacou os corredores verdes.
O corredor verde das Abadias foi posto em causa ao permitir a construção de todo o gaveto que vai desde a frente do Pavilhão Galamba Marques até quase à frente do Centro Escolar, betonizando o corredor das Abadias.
Esse executivo municipal pretendeu alienar o Horto Municipal a uma superfície comercial, não tendo em conta que a construção neste espaço e consequente impermeabilização do solo acarretava problemas noutros pontos da cidade.
Essa revisão do PDM não levou em conta que os terrenos a norte e nascente do Parque de Campismo já deveriam fazer parte integrante do Parque (tal como decidido em reunião de câmara de 19/11/2007). A revisão do PDM de 2017, permitiu que continuassem como zona de construção.
No Corredor Verde da Várzea de Tavarede esse PDM validou o ataque às zonas verdes ao permitir a construção em toda a lateral da Avenida Dom João Alves, reduzindo em cerca de um terço a Várzea, pondo em causa até outros projectos municipais, como são as Hortas Urbanas.
 
As  eleições autárquicas têm mostrado o nível em que se encontra a política figueirense.
Acho que chegámos àquele ponto em que é impossível continuarmos a rir da desgraça concelhia. 
A desgraça é que já se ri de nós. 
E  fá-lo descaradamente. 
Até onde mais podemos ir mais?
De parque verde a retail park?...

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Na despedida do Dr. Carlos Monteiro como presidente de Câmara da Figueira da Foz


Em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro, sob a batuta de um autarca que nunca foi eleito como cabeça-de-lista (nem para a junta de freguesia de S. Julião...) o próximo presidente de câmara da Figueira da Foz, não pode esquecer a homenagem devida ao ainda actual que, ontem, a culminar a sua "breve" carreira presidencial, presidiu à última reunião camarária do mandato 2017/2021.

Na Figueira existem duas espécies de pessoas. 
As normais, como eu e o leitor, que nalguns dias podemos ver de manhã reflectido no espelho da casa de banho a pessoa mais inteligente, ou a mais atlética, ou a mais bonita, ou a mais competente.
E, depois há as outras: aquelas que se levantam e vêm no espelho a única pessoa inteligente, bonita, atlética  e competente do concelho. 
E estas, é que fazem toda a diferença. Como se viu nos últimos anos. 
A obra, embora alguma dela inacabada, fala por si.
O executivo municipal da Figueira da Foz, liderado pelo Partido Socialista (PS), fez ontem, segunda-feira o balanço de 12 anos de governação, assinalando a amortização da dívida de 92 milhões de euros "herdada" em 2009, para os 32 milhões.
A intervenção de Carlos Monteiro durou cerca de 20 minutos. Focou, nomeadamente, "o trabalho realizado em variadas áreas de intervenção municipal"
"O mapa de pessoal afecto ao município possui 838 funcionários - incluindo a Câmara Municipal, Proteção Civil, Figueira Domus, Bombeiros Sapadores e cinco agrupamentos escolares - ascendendo o número de avençados e prestadores de serviços a 27 pessoas."
"Em nota final para memória futura, sem nunca ter posto em causa a dignidade da representação da autarquia, pretendo que seja do conhecimento público que o valor total de ajudas de custo, ao longo de 12 anos de exercício, foi de 988,55 euros, o que configura uma média de 82,38 euros por ano", enfatizou Carlos Monteiro.

A terminar.
Recorde-se: três antigos presidentes da Câmara da Figueira da Foz, todos autarcas em democracia, têm o seu nome na zona ribeirinha da Figueira da Foz, junto ao rio Mondego.
Aguiar de Carvalho na praça da Europa, em frente aos Paços do Concelho; Duarte Silva um pouco mais a oeste, na marina;  e João Ataíde, na zona junto ao Forte de Santa Catarina, mais perto da praia.
Dr. Santana Lopes, próximo presidente de câmara da Figueira: em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro, venha de lá essa homenagem ao seu antecessor no caro.
Contudo, primeiro, convém acabar a obra do Jardim Municipal. Tudo indica que este será o espaço em que será possível fazer a homenagem com o acordo do homenageado.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Joana Aguiar de Carvalho enviou pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo, onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista...

Em 26 de Junho de 2020, a maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Fozcomo representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou nesse dia.
Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar na altura, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Porém, a vida e a política dão muitas voltas e segundo o Diário as Beiras, passado um ano, "Joana Aguiar de Carvalho enviou o pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo (CMT), onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista. A antiga dirigente do PS também se desfiliou do partido. 
Na base da dupla demissão está o apoio ao candidato à Câmara da Figueira da Foz Pedro Santana Lopes".
Na Assembleia Municipal de 5 de Maio de 2020, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". 
O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim ia, há um ano, a democracia na Figueira.
Com as autárquicas de 2021 ainda longe, assistia-se a uma escalada de agressividade que se sentia, há meses, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parecia ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal.
Passado um ano, com as autárquicas no horizonte, a maioria absoluta do partido socialista tem tentado dar uma imagem mais leve, mais risonha e de maior convívio democrático. Porém, como o verniz não é de grande qualidade, de vez em quando estala...

quarta-feira, 5 de maio de 2021

José Elísio Ferreira: o sobrevivente dinossauro autárquico figueirense

No fundo é isto: o José Elísio Ferreira, só poder ser mesmo bom autarca.
Tanto chegou a vereador pelo PS, como pelo PSD. Tanto podia ter sido sido candidato ganhador a presidente da junta de Lavos pelo PS, como chegou a presidente pelo "Vai ou Racha", como pode chegar a presidente pelo PSD.

José Elísio Ferreira chegou a vereador em 1980, num executivo PS figueirense presidido pelo Dr. Joaquim de Sousa. 
Em 1983 continuou como vereador PS, mas já num executivo presididido pelo Eng. Aguiar de Carvalho.
Em 1986 foi descartado como vereador pelo PS. 
Saíu do Partido Socoalista. 
Depois de uma passagem pelo PSN, filiou-se no PSD onde chegou a presidente da concelhia e vereador no mandato 2005/2009 sendo presidente o Eng. Duarte Silva. Antes desempenhou vários cargos na Misericórdia da Figueira e na Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Portanto, o facto de José Elísio Ferreira ter tido, ao longo da sua longa e proveitosa carreira política, a oportunidade, como autarca, de espalhar a sua sabedoria por dois partidos e por um movimento de "independentes" só pode merecer palavras de encómio.
Se o PSD/Figueira estivesse atento, já tinha começado um curso de formação autárquica na Figueira, para formatar novos autarcas, tendo como Director o experiente José Elísio Ferreira.
Lavos está de parabéns.

Imagem via Diário as Beiras.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Querem ver que ainda não é amanhã que Santana assume a candidatura?

«Pedro Santana Lopes ainda não avançou como independente à Câmara Municipal da Figueira da Foz, onde já foi autarca, mas tem em grande marcha a sua candidatura, apoiada pelo Movimento Figueira A Primeira.
O movimento de cidadãos tem estado, desde 6 de março, a fazer estudos de opinião junto dos figueirenses para saber as intenções de voto e, segundo o DN apurou, Santana Lopes aparece sempre em primeiro lugar, a uma distância confortável do candidato do PS e actual presidente da autarquia, Carlos Monteiro, e mesmo muitíssimo acima da intenção de voto no candidato apoiado pelo PSD, Pedro Machado, presidente da Entidade de Turismo do Centro.
E se o PS tem razões para estar nervoso com estes dados, mais ainda terá o PSD local que descartou a hipótese de ter uma lista encabeçada por Santana. No início do ano, as estruturas sociais-democratas da Figueira da Foz fecharam completamente a porta à candidatura do antigo presidente do PSD e anunciaram que a escolha recairia sobre Pedro Machado, o que foi aprovado pela direcção nacional de Rui Rio.
O seu nome chegou a ser falado para Lisboa, Sintra, Torres Vedras , entre outros municípios, mas a verdade é que em nenhum se concretizou a hipótese de liderar uma lista do seu antigo partido.
Agora está tudo em marcha para avançar como candidato à câmara que conquistou pela primeira vez, em nome do PSD, em 1997, a da Figueira da Foz. E embora não tenha assumido que avança, tem dado todos os sinais que assim acontecerá, sobretudo na sua página no Facebook.
Fontes que lhe são próximas, disseram ao DN que o antigo primeiro-ministro tem recebido ao longo destes dois meses apoio de várias figuras do PS e PSD, e alguns estão mesmo a trabalhar na preparação da sua candidatura. Entre os apoiantes contam-se Marta Beja, filha de Carlos Beja, que foi o adversário socialista na corrida à câmara da Figueira em 1997, e Joana Aguiar de Carvalho, que também é filha do antecessor de Santana no município Manuel Aguiar de Carvalho, que era do PS.
É provável que se os estudos de opinião mantiverem o antigo autarca na liderança das intenções de voto, o anúncio da candidatura fique para mais tarde, porque permite a Santana andar permanentemente no terreno a consolidar essa vantagem sem o ónus de estar já sob os holofotes da comunicação social.»

domingo, 2 de maio de 2021

Não deixemos que nos desviem a atenção do fundamental...

Na política e no futebol só existem dois lugares: o primeiro e o últímo.


A situação, em 2021, no País e na nossa cidade, é a seguinte: o Sporting não é campeão há 19 anos. Pode ser este ano.
A  Figueira, com mais ou menos asneiras, já não tem um presidente de câmara desde Aguiar de Carvalho. Há 24 anos, portanto. Pode tê-lo este ano.
Não estou a falar de um presidente de câmara genial, claro, mas de alguém que tenha tacto e competência, aliado ao instinto de sobrevivência política.

Depois de Aguiar, tivemos vários equívocos políticos e sem instinto de sobrevivência: de 1997 a 2001 Santana Lopes. De 2001 a 2009 Duarte Silva. De 2009 a 2019 João Ataíde. Em 2019, depois da abdicação de João Ataíde, seguiu-se o desastre geral: Carlos Monteiro. Veremos se consegue sobreviver na política depois de Outubro próximo futuro.

E desde Aguiar já lá vão 24 anos.
Outros 4 nisto e ficamos na fossa de vez. 
Nem Calígula, que elevou um cavalo a senador, se lembraria de querer novamente Santana.
Isto é inacreditável. A Figueira em ruínas. Obras escusadas, mal planeadas e com atraso de anos. A Figueira entregue a gente sem prepração política, incompetente e incapaz e a única  alternativa passsa por Santana Lopes?..

Em Outubro a Figueira vai estar na primeira liga autárquica. 
Pedro Machado como candidato do PSD. Santana como candidato (falta saber como e por quem). Carlos Monteiro, finalmente, candidato do PS. Mattos Chaves novamente candidato do CDS. O PCP há-de ter um candidato. O BE idem. O Chega, que já teve candidato, há-de também ter candidato.

Sejamos optimistas: no final deste ano a Figueira há-de ter futuro. 
E daqui a um mês o Sporting há-de já ser campeão.
Tudo o que se está a passar neste momento na Figueira, só está acontecer para desviar as atenções da proeza do Sporting 19 anos depois.

sábado, 1 de maio de 2021

A degradação figueirense

Como se pode constatar pela postagem anterior, a degradação da Figueira é visível a olho nú. Aquilo que o Diário as Beiras e o Diário de Coimbra hoje publicam, fala por si, pelo que me eximo de tecer quaisquer comentários.

Contudo, a Figueira não foi sempre assim. Muito menos, teria que ser assim.
A evollução verificada no concelho no decorrer dos anos posteriores ao 25 de Abril de 1974, representou uma ruptura política com o que vinha do antes da implantação da democracia.
O que se fez e como se fez, com os condicionalismos existentes nos primeiros 18 anos de Poder Local Democrárico, foi notável. 
Não existiam práticas democráticas, nem estrutura organizacional. Vivíamos as dependências finaceiras da primeira Lei das Finanças Locais de 1979. Era o tempo - a herança do regime anterior existia e fazia-se sentir -  em que não havia planeamento nacional ou regional. 
Quanto aos recursos humanos existentes nas autarquias são fáceis de advinhar as carências.
Resumindo: quem acompanhou a responsabilidade do Poder Local nos primeiros anos da democracia, avalia positivamente o que então foi feito, perante um desafio tão grande.
Lembro o primeiro presidente eleito na Figueira - o Dr. José Manuel Leite
A seguir tivemos um Senhor que continua a andar por aí a fazer coisas em prol da Figueira. Estou a falar do Dr. Joaquim de Sousa.
Os figueirenses que viveram o momento, nunca poderão esquecer o brilho a dignidade e a dimensão nacional que tiveram em 1982 as Comemorações do Centenário da Elevação da Figueira da Foz a cidade.
Depois, como presidente de câmara, veio o Eng. Aguiar de Carvalho.
Continuou o trabalho. Enfrentou novos desafios e novos contextos. A cidade evoluiu.
Em 1997 algo mudou com a chegada do Dr. Santana Lopes.  
E como a partir daí a estória, por mais recente, é conhecida, para não estender muito este texto, fico por aqui quanto a presdentes de câmara que estiveram no poder na Figueira a seguir ao 25 de Abril.

A Figueira teve gente muito muito válida nos primeiros 20 anos de poder local democrático. E como as pessoas, pela positiva, ou pela negativa, têm sempre um papel decisivo nas políticas que podem fazer progredir, ou regredir, o País, as cidades e as Aldeias, recordo autarcas que estiveram na política figueirense entre 1977 e 1997 nos orgãos que compõem o edificio do poder local figueirense.
Entre outros recordo: 
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIALISTA: Emanuel Vieira Alberto, Francisco Martins, Saraiva Santos, Armando Garrido de Carvalho, Mário Lima Viana, Abílio Bastos, José Amilcar Craveiro Paiva, Isaac Loureiro, Vitor Brás, Carlos Beja, Joaquim Jerónimo, Rui Carvalho, Herculano Rocha, Fernando Lopes Cardoso, João Pedrosa Russo, António Cândido Alves, Luís Melo Biscaia, Virgínia Pinto, Maria Teresa Coimbra, João Vilar, Vitor Jorge.
EM LISTAS DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA: João de Almeida, João Fernandes Bugalho, Abel Machado, Carlos Andrade Cação, Manuel Caetano, Joaquim Redondo, Joaqui Moreira dos Santos, Henrique Bairrão, Jorge Tenreiro, Galamba Marques, António Azenha Gomes, Duarte Silva, Paulo Pereira Coelho, José Augusto Bernardes, Lídio Lopes, Artur Ferreira Mendes
EM LISTAS DA FEPU/CDU: Rui Ferreira Alves, Mário António Figueiredo Neto, Alzira Fraga, António Manuel Viana Moço, Joaquim Cerqueira da Rocha, António Hernâni, Joaquim Carriço, António Costa Serrão, Rui Alves (filho), Joaquim Namorado, Nelson Fernandes, António Augusto Menano, Jorge Rigueira, Eduardo Coronel, Bento Pinto.
EM LISTAS DO CDS: Marta Carvalho, Carlos Eurico, José Pereira da Costa.


Sem querer ser saudosista e muito menos um falso modesto, até eu estive na política. Entre 1986 e 1989 fui autarca em S. Pedro, eleito numa lista formada por cidadãos independentes. 
Fiz parte do primeiro executivo. 
Vale o que vale, mas deveria servir para calar os que me têm atacado ao longo dos anos, em conversa de maledicência de bastidores, que dizem que o responsável do OUTRA MARGEM só critica. 
Critico sim senhor: mas com conhecimento de causa...

Os problemas da nossa cidade estão hoje menos identificados que os da política autárquica, o que revela bem o entendimento que se tem do exercício do poder local: os políticos são um peso para a cidade em vez de a servirem. 
As lutas internas no PSD e no PS, e a luta entre o PSD e o PSD, constituem um  problema que afecta o funcionamento da democracia, pois leva ao afastamento de muita gente que poderia ser válida.
Os problemas da cidade  e que afectam a vida dos residentes no concelho foram  relegados para segundo plano, obscurecidos pelas notícias sobre a luta partidária. Os jornais hoje publicados na Figueira são disso um testemunho que fala por si.
Esta situação não aproveita a ninguém que esteja na politica para servir e não servir-se.
A Figueira só pode ser gerida tendo em conta a contenção orçamental, a gestão e a qualificação dos recursos humanos e dos equipamentos. 
O PSD está esfrangalhado por lutas internas. Há muito que deveria ter arrumado a casa, limpando as ervas daninhas. O PS, só se interessa por manter o poder a todo o custo.
E no meio de tudo isto paira por aí um sebasteanismo serôdio, sem soluções e sem ideias, protagonizado por um personagem que, em tempos idos, já lá vão 24 anos, passou pela Figueira para conseguir alcandorar-se a outros poleiros....

quinta-feira, 8 de abril de 2021

As contas da passagem de Santana Lopes pela Figueira

Porque em política o rigor é essencial, vamos lá, via blog QUINTOPODER, recordar a história por quem a viveu. "Mais vale tarde que nunca".


quarta-feira, julho 14, 2004

"...para avivar a memória dos mais esquecidos , será oportuno lembrar quais foram as dívidas deixadas pela sua gestão autárquica na Figueira da Foz.

Os valores indicados são em Milhões de contos.

No final de 1997, quando Santana Lopes iniciou o seu mandato , o passivo do Município da Figueira da Foz era o seguinte:

Passivo a médio-longo prazo ( empréstimos de Bancos ). 1, 02 M contos
Passivo a curto prazo ( dívidas a fornecedores) ..... 0, 71 M contos
Total ............................................. .. 1, 73 M contos

Quando do discurso de auto elogio à sua obra , feito na tomada de posse do elenco camarário que lhe sucedeu , Santana Lopes afirmou que o passivo deixado no final do seu mandato era 52 % superior ao que havia encontrado , no final de 1997.

Se isto fosse verdade , bem feitas as contas , o passivo total do Município da Figueira da Foz , no final de 2001 , seria de aproximadamente 2,62 M contos .

Só que era falso.

Fechada a contabilidade em 31 de Dezembro de 2001 , por instruções do executivo camarário cessante , os valores acolhidos para as contas de 2001 , encontrados pelo novo executivo que tomou posse a 7 de Janeiro de 2002, foram:

Passivo a médio-longo prazo ( empréstimos de Bancos ). 1, 85 M contos
Passivo a curto prazo ( dívidas a fornecedores) ...... 1, 43 M contos
Total ................................................ 3, 28 M contos

Se isto fosse verdade , o passivo do Município da Figueira da Foz no final do mandato de Santana Lopes seria quase o dobro do passivo no início do seu mandato .

Só que era mais uma vez falso .

Nas primeiras 2 –3 semanas de Janeiro de 2002 , começaram a chegar à Contabilidade resmas e resmas de facturas relativas a 2001 , de fornecedores e de empreiteiros , retidas sabe-se lá por quem , em gavetas ou em pilhas sobre secretárias .
Muitas delas como consequência de ter havido suspensão de autos de medição de obras empreitadas em curso , nos meses de Setembro a Dezembro de 2001 .
O total deste passivo ascendia a mais 1,46 M contos.

O apuramento final do real passivo do Município da Figueira da Foz conduziu portanto a :

Passivo total contabilizado no final de 2001 .....3, 28 M contos
Passivo total escondido no final de 2001 .........1, 46 M contos
Total ............................................4, 74 M contos

Ou seja: quase o triplo do passivo encontrado por Santana Lopes no início do seu mandato.

Para tapar este buraco, a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de contratar, em 2002 , logo no início do mandato do novo elenco camarário, um conjunto de empréstimos no total de 4 milhões de contos .
Assim se evitaram graves rupturas de tesouraria que estiveram para acontecer por 2 ou 3 vezes durante os primeiros 5 meses de 2002.
As quais , a terem acontecido, teriam tido graves efeitos.
Entre estes, atrasos no pagamento de vencimentos ao pessoal da Câmara Municipal."

domingo, fevereiro 13, 2005

"Já o referi em anterior post aqui publicado.
É muito divertido dar uma leitura em diagonal ao livro de Santana Lopes intitulado “ Figueira - A minha história”.
Lê-se com um permanente sorriso nos lábios. Aqui e além apetece mesmo soltar uma sadia gargalhada. Para quem ainda ande desprevenido, aprende-se muito sobre o carácter e o perfil psicológico do seu autor .
Assim, por exemplo, na página 12 do seu Preâmbulo, pode ler-se esta coisa espantosa:

Em Janeiro de 1998 encontrei um passivo de 3300 mil contos e, em 2001, deixei um valor de 2600 contos (...) “

É falso!. É totalmente falso !!!
No final de 1997, o passivo do Município da Figueira da Foz era de 1730 mil contos ( incluindo dívidas à banca e dívidas a fornecedores) , e não de 3300 mil contos .
No fim de 2001, quando Santana Lopes deixou a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o passivo total ( dívidas à banca mais dívidas a fornecedores), era de 4740 mil contos e não 2660 mil contos. E muito menos 2660 contos, como o livro refere...mas enfim tomo-o por gralha...

Ou seja, quando terminou o mandato de Santana Lopes, o passivo do Município da Figueira da Foz era 2,7 vezes superior ao passivo que encontrou no princípio de 1998 .
Foi por isso que, logo nos primeiros 3 meses de 2002 , a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de , rapidamente, ir à banca buscar 4 milhões de contos para acudir a prementes necessidades de tesouraria.
Sei bem do que falo...

É por estas e por outras que , depois de saber o que sei, nunca compraria um carro em 2ª mão a Santana Lopes. Tal como acontece com a grande maioria dos portugueses, a julgar pelos resultados de um inquérito de opinião ontem publicado pelo EXPRESSO.
Apenas 19% dos entrevistados se mostravam dispostos a confiar em Santana Lopes para lhe comprar um carro em 2ª mão .
Sintomático, não ?...."

terça-feira, abril 15, 2008

O MONSTRO E A PESADA HERANÇA...
PARA VER MELHOR, CLICAR NA IMAGEM

"Ontem, na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, foi tempo de aprovar, com os votos do PSD, as contas do exercício de 2007. Delas apenas sei, por enquanto, e através da imprensa regional, que a dívida total da Câmara Municipal, no fim do ano ( e ainda sem a consolidação das contas com as empresas municipais...) ascendia a 67,5 milhões de euros (Nota 1) .
A propósito de declarações do Vereador José Elíseo, hoje divulgadas no diário As Beiras, sobre a quem cabem as responsabilidades do elevadíssimo nível da dívida, acho oportuno apresentar o diagrama acima, mostrando a evolução da dívida total desde 1995.
À escala municipal, estamos em presença de um “monstro”, de que uma vez falou Cavaco Silva, referindo-se às contas do Estado português.
Quanto aos seus fautores, o seu a seu dono, convirá distinguir. A ascensão verificada entre 1995 e 2000, do nível dos 8 a 10 milhões de euros, até ao patamar dos 37 a 39 milhões de euros, é obra do saudoso mandato do não menos inesquecível Santana Lopes, a quem foi feito um grandioso preito de homenagem, dando o seu nome ao Centro de Artes e Espectáculos. Já o posterior empurrão da dívida do nível 37 a 39 milhões de euros, para o nível actual de 67,5 milhões de euros, ele foi dado alegremente no decorrer dos dois mandatos do actual Presidente da Câmara.
Por fim, caberá recordar que os anos de 1995 a 1997, foram os últimos do consulado de Aguiar de Carvalho.
Sublinho uma vez mais que o seu deve ser dado a seu dono...

(Nota 1) – Na Câmara de Coimbra, municipio com cerca do dobro da população da Figueira da Foz, a dívida total no final de 2007, atingiu 65 milhões de euros. É só para fazer uma comparação...
(Clicar na imagem, para a ampliar)"

sábado, 30 de janeiro de 2021

Faz algum sentido, o actual presidente da câmara municipal, que faz parte do executivo desde 2009, continuar a desculpar a sua incapacidade com a dívida de antes de 2009?

Hoje, no Diário as Beiras pode ler-se. Passo a citar.
"A dívida da autarquia situa-se nos 29,5 milhões de euros, contra os 92 milhões de 2009, incluindo as empresas municipais. As contas são do executivo camarário (PS), apresentadas pelo presidente, Carlos Monteiro, numa reunião de câmara, respondendo a afirmações que a Concelhia do PSD tem feito sobre a gestão autárquica socialista. 
Os gráficos apresentados recuam ao fim do último mandato do presidente socialista Aguiar de Carvalho. Assim, em 1997, a dívida era de nove milhões.
Aquele foi o ano em que Santana Lopes conquistou a câmara para o PSD, tendo deixado uma dívida de 41 milhões. Em 2005, com Duarte Silva na presidência (PSD), subiu para 89 milhões e em 2009, ano da chegada de João Ataíde (PS), eram 92 milhões. 
Enquanto se pagou a dívida, frisou Carlos Monteiro, fez-se investimento, reduziu-se o prazo de pagamento aos fornecedores (de 272 para os atuais entre 24 e 11 dias) e respondeu-se a situações de emergência social e outras despesas imponderáveis. 
Aquela não foi a primeira vez que Carlos Monteiro recorreu a gráficos sobre a evolução da dívida na sequência de afirmações de autarcas e dirigentes do PSD. “Não vale a pena intoxicar os figueirenses com coisas que não correspondem à realidade”, defendeu. 
“Retóricas balofas”, atirou o vereador do PSD Ricardo Silva. O autarca da oposição (e presidente da Concelhia) frisou, por outro lado, que o seu partido “foi julgado em 2009”, quando perdeu as Eleições Autárquicas, acrescentando que, este ano, também o PS será julgado nas urnas."
Fim de citação.
"Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável." (Séneca)

Em 2009, certamente que o PS era sabedor da realidade da dívida camarária. 
Apesar disso, apresentou-se ao eleitorado com um imenso rol de promessas.
Quase 12 anos depois, que mais valias existem para o nosso concelho, devido ao resultado eleitoral que colocou como presidente o dr. João Ataíde, e acabou com o domínio laranja, que embandeirava em arco neste Concelho, desde 1997, ano em que Santana Lopes conseguiu derrubar o domínio socialista, que vigorava na Figueira desde a primeira eleição autárquica democrática pós 25 de Abril de 1974?
Na altura, em Outubro de 2009, ninguém ficou indiferente ao derrube do que sobrava do regime laranja que vigorava há 12 anos no concelho.
Quase 12 anos depois, o que mudou?
Continuamos nisto: anos e anos de mais do mesmo. Na campanha de 2009, João Ataíde usou sonhos caros, sem saber realmente quanto custavam...
Foi apenas mais do mesmo. 
Num concelho como a Figueira,  a subida dos impostos  teve  facilidade na sua aplicabilidade. Sabemos o que se passou com a subida da taxa de IMI. 
Houve contestação dos contribuintes?
Contudo, o problema de fundo continua. Em primeiro lugar, a arrecadação de receita fiscal depende primariamente do nível de crescimento da economia. Quanto maior for o crescimento real da economia, maior será o nível de receita apurada.  Portanto,  não é desprezível o papel de quem gere a autarquia no crescimento da economia local.
Alguém consegue identificar algum projecto levado a cabo pelo investimento público municipal em projectos cujas taxas de rentabilidade internas e de multiplicação de emprego e rendimento não sejam reduzidas, nulas ou pior?
Por exemplo, no Cabedelo o projecto em curso acabou com cerca de 30 postos de trabalho...
Faz algum sentido, o actual presidente da câmara municipal, que faz parte do executivo desde 2009, continuar a desculpar a sua incapacidade com a dívida de antes de 2009?
Entretanto passaram 12 anos... 
A gestão da câmara não parou de perder dimensão e condução política, depois Abril de de 2019, com a ascensão de Carlos Monteiro ao cargo de presidente.
Eu, se fosse a V. Exas., nem perdia mais tempo a ler este blogue cuja memória só serve para recordar coisas da treta...
Basta de realidade. Venham é mais sonhos!
Continuação daqui, daqui, daqui, daqui daqui e daqui...

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Segundo o presidente, «os custos com as iluminações são de 94.035,90€ + iva, assumidos pela CMFF”. Em 2019 o custo foi de 55.000€ + IVA.»..

 Via Figueira na Hora

"Este ano foram acrescentadas iluminações nas freguesias, na fachada do Mercado Eng. Silva, na Rua das Tamargueiras e rotundas adjacentes e na fachada da Câmara Municipal. Desta forma, as localizações previstas para as iluminações decorativas de natal são: 
• Cidade
Rua Bernardo Lopes Rua Cândido dos Reis Rua Académico Zagalo Rua da Liberdade Árvore natural da Rua da Liberdade com a Rua Eng.º Silva Forte Santa Catarina Varandim da Praça do Forte Largo Dr. Luís Melo Biscaia Rua da República Rua 5 de Outubro Praça 8 de Maio (Praça Nova) General Freire de Andrade (Praça Velha) Rotunda de entrada centro/sul da cidade (a seguir ao pórtico) Rotunda dos Bombeiros Voluntários (entrada norte da cidade) Tavarede Muralhas de Buarcos Rua das Tamargueiras (+ rotundas adjacentes) Av. 25 abril e Av. Espanha (desde a Rotunda do Galante até à Praça do Forte) Fachada do edifício dos Paços do Concelho Fachada do edifício do Mercado Municipal Eng.º Silva Fachada do Castelo Eng. Silva Jardim Dr. Fernando Traqueia, Praça de Buarcos. 
• Freguesias
Rotunda do Lavrador, Serra das Alhadas – Alhadas Largo da Igreja, Rua 30 de março – Alqueidão Entroncamento da Rua da Junta com a Rua da Igreja - Bom Sucesso Rotunda Aguiar de Carvalho - Ferreira-a-Nova Largo José da Silva Fonseca – Lavos Largo da Feira Velha – Maiorca Largo Domingos Pedrosa Vieira - Marinha das Ondas Rua 20 de junho, nº 33 – Quinta dos Vigários - Moinhos da Gândara Largo do Alvideiro – Paião Largo Padre Costa e Silva – Jardim de Quiaios – Quiaios Rotunda do Pescador, Gala - São Pedro Rotunda da Salmanha - Vila Verde".

sábado, 12 de setembro de 2020

Promoção: óculos especiais

Imagem sacada daqui

...fazem avistar a Figueira «com tudo e segurança» e melhoram tudo o que se encontrar no campo de visão...
(um gajo que tirou um curso na célebre Internacional figueirense,  pode transforma-se num assessor de excelência. O Museu Santos Rocha,  transforma-se no Louvre . Um carteirista encartado, pode ascender a um lugar na administração dum Casino. O comboio turístico, pode fazer recordar o TGV do falecido Aguiar de Carvalho. O Parque de Campismo do Cabedelo, pode transformar-se num parque de excelência para surfistas como o Parque Municipal de Campismo. O barco eléctrico para a travessia do Mondego, pode ser equiparado aos barcos de cruzeiros no Douro. O aeródromo na zona industrial, vai ter a mesma importância que o aeroporto Manuel Machado...)
Convém não esquecer os heróicos e sacrificados autarcas que nos trouxeram até aqui, que tanto fizeram pelo bom povo figueirense...

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Habituem-se!..

Na vista de olhos diária pela imprensa, gosto especialmente de passar os olhos pelas colunas de opinião de alguns cronistas. Uns, pelo gosto que me dá a leitura da prosa, mesmo que esteja em desacordo com o conteúdo muitas das vezes. 
Doutros,  discordo sempre. Por isso os leio, ainda com mais interesse e atenção, por serem o fermento que, diariamente,  me apura  aquilo que seria uma visão alternativa ao meu mundo.
A liberdade de expressão é, na liberdade, um dos direitos mais importantes que se tem.
Sem ela, nada mais existe. O meu entendimento de liberdade, de expressão e opinião, tem no centro o direito de os outros se exprimirem com toda a liberdade, mesmo que isso nos ofenda.
O direito de os outros dizerem aquilo que mais nos choca, tem de ser defendido por quem ama a liberdade.
Não há relativização possível para este critério. Isto, para quem ama a liberdade, é uma questão de vida ou de morte.
A liberdade é, por si própria, um bem inquestionável e a sua conquista um motivo de regozijo sem espaço para reticências. Não é uma matéria de direita ou de esquerda.
É um assunto transversal da sociedade.
A luta continua para quem tenta manter a lucidez.

O regime implantado no dia 28 de Maio de 1926,  começou precisamente por se justificar com a necessidade de combater a anarquia e de reprimir os anarquistas, que nessa altura se organizavam em torno da Confederação Geral do Trabalho. 
Hoje, é fácil perceber a natureza desse regime: na altura não o era.
Ontem, como hoje, cada um de nós tem que decidir individualmente se toma posição activa contra o que está a acontecer.
O tempo não está para brincadeiras. Os figueirenses estão fartos de partir cheios de esperança e passados 4 anos sobra desilusão. Pensando que estão a apostar numa vida melhor,  recebem no troco mais dificuldades.
Os políticos perderam a noção de que são eleitos para satisfazer as necessidades dos seus eleitores. Já nem ligam a isso: o que fazem, não sei se apenas por incompetência poliítica, é contribuir para degradar  a vida dos que neles confiam. 
Talvez por saberem, que na  votação a seguir vocês escolhem políticos cada vez piores.
Quem julgava ter-se livrado de Aguiar de Carvalho, teve Santana. Depois veio Duarte Silva e João Ataide. Agora tem ainda pior. Carlos Monteiro, é um susto que nem sequer vos fará sorrir.

sábado, 27 de junho de 2020

"Que família tão unida"...

"A política não separa aqueles que o sangue e o amor juntou

Joana Aguiar de Carvalho, gestora turística e hoteleira, é dirigente do PS da Figueira da Foz. Carlos Tenreiro,  advogado, é militante do PSD e candidato derrotado à Junta de Buarcos, em 2013,  e à Câmara Municipal da Figueira da Foz pelo PSD, em 2017. Cumpriu o mandato na oposição, na qualidade de elemento da assembleia de freguesia, entre 2013 e 2017. Está a cumprir o mandato como vereador eleito pelo PSD, desde 2017.
Há muito que este casal da Figueira da Foz convive com a política. O pai de Joana, Aguiar de Carvalho, entretanto falecido, foi presidente da câmara deste concelho durante quase 16 anos, pelo PS.
Por sua vez, o pai de Carlos Tenreiro, Jorge Tenreiro, foi vereador do PSD na mesma autarquia num mandato presidido pelo pai da mulher. Não obstante as divergências ideológicas, ambos afirmam que a política nunca obstaculizou a vida conjugal."
(Resumo feito a partir de um escrito no Diário as Beiras, em 19 de Agosto de 2014. A foto foi obtida via Diário as Beiras)

Joana Aguiar de Carvalho, de que não conheço qualquer tomada de posição política pública, apesar de ter sido a mandatária de SANTANA LOPES, na candidatura à Figueira  em 1997, ter feito parte da lista de João Ataíde em 2009 (foi em número seis: João Ataíde das Neves, Carlos Monteiro, Isabel Cardoso, António Tavares, Rui Cardoso, Joana Aguiar de Carvalo), e ter sido administradora da Figueira Grande Turismo (deve saber muito acerca do imbróglio do Paço de Maiorca) conquistou ontem um lugar no Conselho Municipal de Turismo em representação da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, de que não faz parte!.. 
Esta é a política das melhores famílias figueirenses, em todo o seu esplendor e no seu melhor. A política figueirense, «é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a res pública uma espécie de “cosa nostra”

Joana Aguiar de Carvalho, por proposta do PS, foi eleita para o Conselho Municipal de Turismo, como representante da AM!.. (2)

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Joana Aguiar de Carvalho, por proposta do PS, foi eleita para o Conselho Municipal de Turismo, como representante da AM!..



A maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, como representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que está a ter lugar no momento em que estamos a escrever esta postagem. Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Registe-se que na última Assembleia Municipal, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim vai a democracia na Figueira e a escalada de agressividade que se sente, de há meses a esta parte, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parece ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal...