sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

A normalização do Chega e o contributo da Figueira

O balão do populismo em Portugal continua a encher a olhos vistos, insuflado pela Comunicação Social.
Mas não só. Em 15 de de Maio de 2020 Ventura teve em CarlosMonteiro "um amigalhaço" na Câmara da Figueira...

Agora, o antigo primeiro-ministro e ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes, actual presidente da câmara da Figueira da Foz, participa na terça-feira num debate inserido nas jornadas parlamentares do Chega, em Coimbra.

As jornadas abrem na segunda-feira à tarde, dia em que se realiza um painel moderado pela deputada Cristina Rodrigues, com a intervenção de Ricardo Martins, da Ordem dos Advogados, do bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, Paulo Teixeira, de Nuno Barroso, da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária, e do deputado Gabriel Mithá Ribeiro.

No mesmo dia realiza-se ainda um segundo painel, com intervenções de Leonel Frazão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Marçal, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, da assessora jurídica Mariana Moura e do deputado Henrique de Freitas.

Via Diário as Beiras, mais um capítulo da série em exibição na Figueira, PS nos dias de hoje aquela "esquerda" equívoca...

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Vai ser construído edifício para estacionamento no parque das Gaivotas

Diário as Beiras: "Mais de 150 lugares cobertos no Eurostars para usufruto público já na passagem de ano".

«Santana Lopes recupera a decisão de construir um parque de estacionamento no parque das Gaivotas. Mas, em vez de ser subterrâneo, será construído em altura, com capacidade para 160 lugares. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que fez o anúncio na reunião de câmara, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o parque terá três pisos, o último destinado a restaurante ou bar. Os custos da construção, ressalvou Santana Lopes, serão suportados pela Dornier, a concessionária do estacionamento à superfície na cidade da Figueira da Foz. Aliás, o edifício será construído numa zona concessionada a esta empresa. Assim sendo, o executivo camarário assume que desistiu do parque de estacionamento subterrâneo de apoio ao Mercado Municipal Engenheiro Silva, previsto para junto da marina de recreio ou para o parque das Gaivotas. Santana Lopes frisou, a este jornal, que o parque de estacionamento subterrâneo deparou com vários obstáculos. A morfologia do terreno, devido à proximidade ao rio e ao mar, é um deles. O principal óbice, contudo, é o preço da construção. “A concessionária [Dornier] não aceitou ser ela a construir o parque subterrâneo”, ressalvou o autarca. A recusa da empresa obrigava o Município da Figueira da Foz a financiar a obra, que ascendia a vários milhões de euros. Foi ainda feita uma tentativa de aquisição, pelo município, de um edifício contíguo ao referido mercado municipal, mas o preço pedido pelo proprietário inviabilizou a aquisição.

Ainda acerca de estacionamento, Santana Lopes avançou que os lugares do parque coberto do hotel Eurostars destinados ao município da Figueira da Foz, que o atual executivo camarário reclamou, após ter descoberto, este ano, o protocolo anteriormente assinado com o promotor do imóvel, estarão disponíveis para uso público na passagem de ano. No início do próximo ano, a autarquia figueirense procederá a trabalhos no espaço – limpeza, sinalização e outras pequenas intervenções – , após os quais o estacionamento destinado ao público naquela unidade hoteleira passará, definitivamente, a parque público pago. Estão em causa mais de centena e meia de lugares de estacionamento coberto, que podiam estar a ser utilizados desde 2014, no âmbito da licença de utilização da unidade hoteleira, mas o protocolo não foi acionado, o que gerou indignação junto do atual executivo camarário. “Se o PS esclarecer se podemos ter ou não os lugares que estão escritos para uso público no hotel Eurostars, não são precisos mais [lugares de estacionamento na cidade]. Estamos à espera”, afirmou Santana Lopes, em declarações a este jornal, no início deste ano.»

Já estava a demorar: Direção executiva do SNS exonera administração da ULS...

A ULS do Baixo Mondego, com sede no Hospital Distrital da Figueira da Foz, gere os Cuidados de Saúde Primários e os Cuidados Hospitalares dos concelhos da Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Soure.
Segundo o Correio da Manhã, "o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego, liderado por Ana Raquel Andrade, foi demitido pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS)."
DIÁRIO AS BEIRAS, na sua edição em papel, adianta que "Ana Oliveira, deputada e presidente da concelhia poderá vir a integrar a equipa da futura administração". O DIÁRIO AS BEIRAS tentou chegar à fala com Ana Oliveira, mas, até à hora do fecho desta edição, não conseguiu.
Em declarações recentes ao DIÁRIO AS BEIRAS, Ana Raquel Santos, tinha dito que “não estava à espera de ser exonerada, mas é sempre uma possibilidade. Essa é uma avaliação que os governos fazem dos trabalhos das administrações."
A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã, contudo, o Gabinete de Comunicação da ULS Baixo Mondego afirmou ao Notícias de Coimbra que “o Conselho de Administração não confirma a demissão ou exoneração da Administração da Unidade de Saúde Local do Baixo Mondego”.
O Conselho de Administração tinha sido nomeado em agosto de 2022.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

PS/Figueira, nos dias de hoje aquela "esquerda" equívoca...

Nun Partido a sério, uma votação como a que aconteceu na última reunião camarária - com os vereadores do Partido Socialista a dividirem-se: três votaram contra o Orçamento para 2025 e um a favor - isto seria objectivamente uma manifestação a ser confirmada na próxima Assembleia Municipal a realizar no próximo dia 20. Objectivamente, seria o chumbo do Orçamento camarário para 2025 e todas as consequências políticas que daí adviriam. Segundo fontes bem informadas no PS Figueira, soaram as campainhas de alarme ao ponto de um peso pesado como Carlos Beja ter vindo a terreiro para tentar colocar tento neste refugo do refugo socialista que tomou conta dos lugares de responsabilidade autárquica, ao mais alto nível, do Partido na Figueira.
Leiam o texto.

Este texto seria uma nódoa para qualquer escriba

Este fulano é cá um cromo. Publicou hoje um texto miserável, frívolo e mentiroso, próprio de alguém que vomita banalidades e disparates. Não conhece a realidade de quem trabalhou uma vida para receber pensões miseráveis. Não passa de um senhorito, espertalhão e finório, que merece o desprezo de quem trabalha e trabalhou uma vida. Sugiro que viva um mês com uma reforma pouco acima dos €500,00, como acontece com a maioria dos reformados. Despreza os reformados e quem trabalha. Lança anátemas inaceitáveis contra os reformados com menor grau de escolaridade, esquecendo que muitos reformados têm índices de escolaridade superior e outros trabalharam com qualidade e profissionalismo em funções essenciais para a nossa economia. Isto é lixo tóxico, próprio de um comentador rasca - a profissão mais atraente de Portugal. Leiam o que ele escreveu na edição de hoje do Público: "Pensionista — a profissão mais atraente de Portugal". Alerto os portadores de estômagos mais sensíveis pois isto pode levar ao vómito. Para ler melhor clicar na imagem.

Nota de rodapé, via Jornal de Notícias.

"O último inquérito do INE sobre a pobreza traça o retrato de um país miserável. Há um dado positivo, é certo: de um ano para o outro, são menos 20 mil portugueses na pobreza. O problema é que continuam a ser mais de 1,7 milhões no total. Descontada essa irrelevância estatística, tudo o resto é deprimente. Começando pelos mais velhos, não havia tantos pobres desde 2007: mais de meio milhão de pessoas, com uma incidência brutal entre os que vivem sozinhos. Este dado demonstra que as subidas das pensões dos últimos anos não foram capazes de compensar o agravamento do custo de vida. Serviram apenas para afagar o ego de políticos pouco competentes. Quando se olha para os dados relativos à privação social e material severa, ou seja, para os mais pobres dos pobres, e apesar de uma ligeira melhoria, o cenário é igualmente catastrófico: aproximam-se do meio milhão de pessoas (crianças incluídas). Estar nesta categoria de mera sobrevivência significa que não se consegue aceder a pelos menos sete de uma lista de 13 bens e serviços básicos. Aliás, quando se observa o detalhe dessa lista, a miséria é avassaladora: 250 mil pessoas não conseguem fazer refeições de carne ou peixe; 600 mil têm a renda, o empréstimo ao banco ou as contas da casa atrasados; 650 mil não conseguem comprar roupa nova, por muito que precisem dela; mais de milhão e meio não têm dinheiro para aquecer a casa. Não consta que nada disto vá ser alvo de uma sessão especial no Parlamento. E muito menos discutida numa comissão de inquérito. A pobreza não é sexy. Não dá soundbites. As testemunhas não seriam apresentáveis. O oposto dos ilustres dos bancos, das TAP e de outras vigarices disfarçadas com perfumes caros e almoços em restaurantes de luxo. É pouco provável que os deputados gastem o seu tempo com minudências e é pena. Porque podia ser que algum, fosse ele populista ou moderado, de direita, centro ou esquerda, aproveitasse tal debate para a proposta que aqui deixo: indexar os salários dos políticos (de todos eles, da autarquia ao palácio) à pobreza. Quanto menor a taxa (incluindo idosos, crianças e quem vive em privação severa), melhor o salário. Quanto mais pobres no país, pior o salário."

Visão

"Os gerentes da Trust in News (TIN), dona das revistas Visão e Exame, não vão ficar à frente do processo de insolvência do grupo de media, mas esta nem é uma má notícia para os trabalhadores do grupo de media pertencente ao ex-jornalista Luís Delgado. Pelo contrário, o seu afastamento, hoje decretado pelo Tribunal de Sintra, abre portas à possibilidade de venda de 16 títulos da imprensa portuguesa a outros investidores, com a ‘vantagem’ de poderem ser comprados sem quaisquer dívidas, embora com o poder de reajustamento das redacções. Este é mais um episódio de uma crise financeira num grupo de media, que começou a ser denunciada pelo PÁGINA UM em Julho do ano passado após detectar dívidas de milhões ao Fisco e à Segurança Social permitidas pelo Governo socialista. A Trust in News nunca esteve na lista de devedores do Estado mesmo se os ‘calotes’ se iniciaram logo após a compra em 2018 dos títulos à Impresa, do grupo de Francisco Pinto Balsemão, que se livrou de autênticos ‘activos tóxicos’. Luís Delgado arrisca agora, além de condenações por abuso de confiança fiscal, a ser processado por falência fraudulenta. E o Estado vai perder mais de 15 milhões de euros."

Via Página UM

Tinha adernado na passada segunda-feira

 Via Diário as Beiras

PS/Figueira, a "esquerda" equívoca

Diário as Beiras.

"O PS, em maioria na Assembleia Municipal (AM), deverá viabilizar o Orçamento do Município da Figueira da Foz, quando, no dia 20 deste mês, for votado naquele órgão autárquico.

Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, junto de fontes socialistas, existem dois cenários: abstenção ou os deputados municipais diretamente eleitos votarem contra e os presidentes de junta eleitos pelas listas do partido votarem a favor.

Esta possibilidade garante a aprovação do orçamento apresentado pelo executivo camarário FAP/PSD.

Votar contra em bloco, afiançaram as mesmas fontes, estará fora de causas, já que partido da rosa não quer assumir o ónus político de “chumbar” um orçamento que investe 45 milhões de euros em projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência - a maior parte em habitação, escolas e unidades de saúde – , podendo comprometer a execução das empreitadas. O Orçamento do Município da Figueira da Foz, de 139 milhões de euros, foi aprovado na terça-feira, na sessão de câmara, com os votos a favor dos cinco elementos do executivo municipal, liderado por Santana Lopes, e da vereadora socialista Glória Pinto. Os restantes vereadores do PS votaram contra".

Valter Hugo Mãe nas 5ªs. de leitura

Biblioteca Municipal da Figueira da Foz

Museu Municipal Santos Rocha - Sala de exposição "João Reis 1889-1982 | A Intuição da Pintura"

Moderação:Teresa Carvalho - Professora e crítica literária.
A entrada é gratuita, contudo, sujeita à lotação do espaço.
Um dos mais destacados autores portugueses da actualidade, com uma vasta obra traduzida em inúmeras línguas, Valter Hugo Mãe, que é já uma presença assídua no projeto «5as de Leitura», vem falar do seu mais recente livro “Deus na Escuridão”, que tem a ilha da Madeira como cenário, é inspirado em histórias reais e que têm no epicentro da ação a vida de dois irmãos cheios de "bravura".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A última batalha pela paz de George F. Kennan

por Viriato Soromenho-Marques, em 30-11-2024

Estamos a viver no perigoso tempo, antecipado como alerta pela inteligência de Kennan. Que poderemos fazer?

A escalada para o abismo em que nos encontramos foi antecipada e combatida por George F. Kennan (1904-2005) há 30 anos. Ele foi o príncipe da diplomacia dos EUA. Culto e poliglota – dominava o alemão, o russo e o português, entre muitas outras línguas -, distinguiu-se por ter lançado as bases da política de Washington face à URSS, no pós-guerra.

O ponto de partida foi um “Longo Telegrama” (5363 palavras), enviado de Moscovo, em 22/02/1946, para James Byrnes, secretário de Estado. Nele se defendia uma doutrina de “contenção” da URSS, através de uma estratégia que pusesse o “soft power”, e não a força militar, na primeira linha.

Plano Marshall, que alargou a influência americana pela via económica e cultural, é o melhor exemplo de contenção. Kennan esteve colocado em Lisboa, entre 1942 e 1943, tendo desempenhado a função de encarregado de negócios dos EUA, após a morte súbita do embaixador. Foi Kennan o mediador entre Roosevelt e Salazar para a cedência de instalações aos navios e à aviação norte-americana, respetivamente, no Faial e na Terceira.

A implosão pacífica da URSS, foi saudada por Kennan como uma oportunidade única para uma fase de paz duradoura na História Mundial. Por isso, não hesitou em travar uma dura batalha de argumentos quando percebeu que o presidente Clinton não iria honrar a promessa de não-alargamento da NATO, feita pelos EUA a Gorbachev, através do secretário de Estado James Baker, numa reunião sobre a reunificação alemã, em 09/02/1990.

O combate de Kennan – e muitos outros diplomatas, políticos, e intelectuais dos EUA -, não impediria o primeiro alargamento em 1999, a que se seguiram mais quatro, juntando no total 14 países, até ao início da guerra da Ucrânia.
Em 05/02/1997, Kennan escreveu num artigo no NYT: “Expandir a NATO seria o erro mais fatal da política americana na era pós-Guerra Fria. Tal decisão pode… impulsionar a política externa russa em direções que decididamente não são do nosso agrado.”

No mesmo jornal, mas em 02/05/1998, aos 94 anos, entrevistado por Thomas L. Fried- man, Kennan denunciaria o perigo fatal da russofobia: “As nossas diferenças na Guerra Fria eram com o regime comunista soviético. E agora estamos a virar as costas às mesmas pessoas que montaram a maior revolução sem derramamento de sangue da história para remover esse regime soviético. (…) É claro que haverá uma reação negativa por parte da Rússia, e então [os defensores da NATO] dirão que ‘sempre lhes dissemos que é assim que os russos são’ – mas isso é simplesmente errado.”

Estamos a viver no perigoso tempo, antecipado como alerta pela inteligência de Kennan. Que poderemos fazer?

Subida de pensões não foi suficiente para tirar idosos da pobreza

VIA JORNAL DE NOTÍCIAS

«A taxa de risco de pobreza nos idosos nunca foi tão alta como nos últimos 15 anos. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre rendimento e condições de vida, divulgados ontem, mostram que 21,1% dos maiores de 65 anos eram considerados pobres em 2023. É preciso recuar até 2007, um ano antes da crise da dívida soberana na Zona Euro, para encontrar um valor mais alto (22,3%) do que o do ano passado. Os números mostram ainda que, no território continental, a Península de Setúbal é a região mais pobre do país, seguida pelo Norte.»

A realidade

Mais de 50 mil pessoas perderam o direito ao apoio extraordinário à renda este ano. O subsídio era atribuído a mais de 205 mil pessoas em novembro, o que se traduz numa redução de 20 por cento face ao final do ano passado.

Segundo o jornal Público, que cita dados do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, a cessação dos contratos de arrendamento é o principal motivo para o fim desta ajuda.

Apesar da redução do número de beneficiários, o montante médio do apoio aumentou e há mais pessoas a receber o máximo. O valor médio é agora de 120 euros.

O apoio extraordinário à renda foi criado no ano passado, no âmbito do projeto "mais habitação".

A beleza da memória

 Diário as Beiras

Paliativo...

Via Diário as Beiras: "enquanto não há uma marina atlântica, a administração portuária libertou espaço na marina para poder passar a receber superiates, ao transferir um rebocador para os estaleiros navais onde foi construído, há 61 anos".

PS/Figueira dividido na votação que aprovou Orçamento de 139 milhões de euros

Habitação, educação e saúde são apostas do município liderado por Pedro Santana Lopes

"A Câmara da Figueira da Foz, aprovou ontem o Orçamento para 2025 no montante de 139 milhões de euros, o maior de sempre, que prevê investimentos superiores a 59 milhões de euros.

O documento foi aprovado por maioria, com os votos contra de três de quatro vereadores do PS (o outro votou a favor), na continuação da sessão de Câmara iniciada na quinta-feira e que foi suspensa devido a dúvidas levantadas pelo próprio presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes.

Os vários projetos com financiamento, sobretudo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), fizeram crescer o orçamento para o próximo ano em mais de 44,9 milhões de euros relativamente a 2024, o que representa uma subida de 47,75%.

“O aumento de quase 50% é fruto do trabalho da equipa que luta pelos contratos que temos nas áreas da habitação, educação e saúde”, frisou hoje a vice-presidente Anabela Tabaçó, responsável pelo pelouro das finanças.

O documento inscreve 26,5 milhões de euros para a construção e reabilitação de habitação para arrendamento acessível, 19 milhões para reabilitação de estabelecimentos de ensino e seis milhões de euros para reabilitação e construção de equipamentos de saúde, que são os três principais eixos.

A rubrica dos transportes e comunicações prevê também um investimento significativo, com 13,5 milhões de euros, no qual se insere a construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego.

O Orçamento prevê uma despesa corrente de 58,9 milhões de euros e despesas de capital na ordem dos 80,2 milhões de euros, que representam um aumento de 40,9 milhões euros (109%) face a 2024.

Na apresentação do documento, na quinta-feira, o presidente da Câmara destacou a “preocupação firme com o equilíbrio das contas no próximo exercício orçamental, apesar das crescentes solicitações e encargos com o pessoal”.

Apesar do orçamento ser o maior de sempre, Santana Lopes salientou que isso “não significa que seja despesista”.

Na reunião de ontem, o autarca disse aos jornalistas que tem sido feito um esforço para “procurar criar no Orçamento, nas receitas próprias, as disponibilidades para os projetos” que a Câmara pretende levar por diante.

O autarca justificou o grande volume de obra em 2025, ano de eleições autárquicas, com as evoluções do poder central nos programas de financiamento, “num tempo muito marcado pela espera das decisões do poder central”.

Uma das grandes obras do Orçamento para 2025 anunciadas por Santana Lopes é a construção de um edifício multiúsos, cuja localização está a ser estudada pelo executivo, mas que tanto poderá ser na margem norte do rio Mondego, como na margem sul.

Numa declaração de voto, a socialista Diana Rodrigues justificou o voto contra de três dos quatro vereadores daquela bancada com a “falta de orientação [do executivo] e a notória falta de vontade de dar à oposição as condições para o seu bom exercício”.

“Temos consecutivamente obras comprometidas não executadas, criando um comboio de supostos aumentos de financiamento e temos projetos que eram dados como vitais que aparecem e desaparecem de orçamento para orçamento”, criticou.

A vereadora do PS lamentou que “o maior orçamento de sempre não seja capaz de acomodar um benefício fiscal para os residentes [com a redução da variável do IRS], que não ultrapassaria os 200 mil euros”.

Em declarações à agência Lusa, a vereadora Glória Pinto, eleita pelo PS, disse que o seu voto favorável significa a “aposta num orçamento que revela investimento para a cidade que não pode ser ignorado”.

“Estamos a aproveitar verbas do PRR e de outros fundos comunitários que não podem ser desperdiçados e, além disso, foi acolhida uma proposta minha para a integração dos bombeiros sapadores”, sustentou.

O executivo liderado pelo movimento Figueira a Primeira, com o apoio do PSD, vai submeter o documento à aprovação da Assembleia Municipal, no qual o PS detém a maioria, numa reunião agendada para dia 20 deste mês."

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Santana afasta candidatura às presidenciais de 2026

Depois de ter andado meses a admitir que podia ser candidato presidencial em 2026, Pedro Santana Lopes, ontem no seu programa semanal no canal Now, Informação Privilegiada, aparentemente riscou essa hipótese.
Segundo o Correio da Manhã, edição de hoje, o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, afastou uma candidatura às próximas eleições para Presidente da República: "isso foi outra fase da minha vida, com estas sondagens (1,3%), não", disse Santana Lopes.
A Figueira está cheia de pessoas que sentem que são capazes de mais do que lhes é exigido. Todavia, para a esmagadora maioria, as circunstâncias da vida mantiveram na rectaguarda os seus sonhos. Algumas conseguem arranjar a energia, a coragem, o arrojo e a audácia, na tentativa de dar um passo em frente.
A realidade, porém, acaba por prevalecer. 
Santana sabe que, neste momento, na corrida presidencial tudo corria contra ele - a começar na popularidade trduzida nas sondagens. 
Como escrevi há uns tempos, ou me enganava totalmente, e acontecia "o milagre", ou o dilema de Pedro Santana Lopes iria resolver-se naturalmente: as sondagens para as presidenciais iam ser esclarecedoras e Pedro Santana Lopes acabaria por aceitar que o único "porto de abrigo" continua a ser a Figueira da Foz…

Reunião de câmara para votar o maior orçamento de sempre é retomada hoje

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)