quarta-feira, 25 de setembro de 2024

"Devido à reduzida relevância arqueológica dos achados, as obras de requalificação não foram afetadas"

 Via Diário as Beiras
(Para ler melhor clicar na imagem)

As comportas da Maria da Mata e a politiquice em que estamos mergulhados

 "O colapso das comportas de Maria da Mata e do Alvo, perto da estação de bombagem das celuloses, no Alqueidão, representa um problema cada vez mais grave." 
 "A obra é da APA. O problema foi causada pela tempestade Elsa"... 
A depressão Elsa aconteceu em meados de Dezembro de 2019!.. 
Entretanto, passaram mais de 5 anos.

Em 5 Abril de 2023, a presidente da Junta do Alqueidão, Clarisse Oliveira, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, disse que a "Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai candidatar a reparação das comportas que permitem a passagem de água salgada para o canal de rega dos campos de arroz, na zona onde o Rio Pranto se junta ao Rio Mondego. 

Através das diligências que fez junto da eurodeputada e da deputada socialistas, Maria Manuel Leitão Marques e Raquel Ferreira, respetivamente, a autarca daquela freguesia da zona Sul do concelho da Figueira da Foz foi contactada, via telefone, pelo Secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, e pelo vicepresidente da APA, Pimenta Machado."
Contudo, segundo ainda o DIÁRIO AS BEIRAS , "depois do eurodeputado do PCP, João Pimenta Lopes, ter estado no local no dia anterior.
Clarisse Oliveira voltou a telefonar à deputada e à eurodeputada do PS. Foi na sequência destes telefonemas que a autarca foi contactada por aqueles dois responsáveis do Ambiente. “[Pimenta Machado] disse que tinha um projeto e que estava à espera do aviso de uma candidatura [a fundos europeus] e, de seguida, fazer a obra”, adiantou Clarisse Oliveira. 
Segundo os orizicultores, nos últimos anos, a mistura da água salgada com a água doce provocou uma redução na produção de arroz superior a 25 por cento."

Em Abril deste ano, depois da demissão apresentada por António Costa e realização de eleições, tomou posse um novo governo liderado por Luís Montenegro.
Entretanto, segundo se pode ler na edição de hoje do Diário as Beiras, os deputados do PS eleitos por Coimbra Pedro Coimbra e Raquel Ferreira, partido que esteve no poder vários anos depois de Dezembro de 2019, data do colapso das comportas da Maria da Mata e do Alvo, deslocaram-se às Comportas Maria da Mata, no Alqueidão.
Em finais de Setembro de 2024 a obra está por realizar.
Fica a notícia da recente visita dos deputados do PS, via Diário as Beiras.

Teremos de estar atentos à comodidade de estarmos desatentos...

Via Biblioteca Municipal da Figueira da Foz


 

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐦 𝐒𝐨𝐮𝐬𝐚 𝐓𝐚𝐯𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 «𝐅𝐚𝐥𝐚𝐫 𝐏𝐢𝐚𝐧𝐨 𝐞 𝐓𝐨𝐜𝐚𝐫 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐞̂𝐬» 
 O Auditório Madalena Biscaia Perdigão, será palco, dia 26 de setembro, pelas 21h30, de um encontro muito especial com Martim Sousa Tavares, reconhecido maestro e comunicador, que irá realizar o lançamento do seu primeiro livro «Falar Piano e Tocar Francês»
O encontro, que tem entrada gratuita, contudo sujeita à lotação da sala, será moderado pela professora e crítica literária Teresa Carvalho. Em «Falar Piano e Tocar Francês», “partindo da sua experiência pessoal como artista e divulgador cultural, Martim Sousa Tavares convoca o leitor para uma reflexão sobre o modo como nos relacionamos com a arte nas suas múltiplas expressões: a cena de um filme de João César Monteiro, as subtilezas escondidas numa partitura de Monteverdi, o deslumbramento captado por um poema de Sophia, a paixão por Veneza, cidade a que regressa todos os anos.” 
“A beleza pode não precisar de livro de instruções, mas a arte é uma forma de partilha onde o entusiasmo da mediação, o modo de ver, acrescenta significados ao objecto artístico, seja ele uma sinfonia, uma pintura ou um poema. É nesse diálogo permanente que este primeiro livro de Martim Sousa Tavares - assumindo os gostos do autor e não procurando ser consensual - pretende que seja o leitor a ter a última palavra.”

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Viva, Paula Pinto Pereira!

Para o burocrata ignorante, esta crónica de Miguel Esteves Cardoso é desconcertante.
De facto, é. E não colhe a simpatia de uma elite que pensa estas coisas em termos doutorais.
Nada de anormal. Essa elite, burra e enciclopédica, só pode minimizar, historicamente, o impacto da competência empenhada e tanta capacidade para interessar e instruir os alunos — enfim,  tanto jeito para ser Professora.
A elite, mal-pensante mas instalada na vanguarda, vive em catatonia, e esquece que o saber se transmite e pertence à dimensão espiritual da vida. 
Grande Miguel Esteves Cardoso. Quem escreve assim até pode ser gago, que isso não interessa para nada.
Citando Bernard Shaw, escritor, "o maior pecado para com os nossos semelhantes não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença"

Santana deixa bem claro: “as medidas de circulação de tráfego não têm que ver com a Crigado, têm que ver com o tipo de vias, por razões permanentes e estruturais. O que está ali em causa é a segurança física dos transeuntes”

 Via Diário as Beiras


Santana Lopes na sessão de câmara anterior: "se a sua força política tivesse maioria na Assembleia Municipal seria aprovado o pacote fiscal apresentado pelo executivo camarário"

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar em cima da imagem)

O cerco marcelista ao PS

Daniel Oliveira, in Expresso, 23/09/2024

"Quando a PGR fez de António Costa um suspeito sem suspeitas, o clima político estava em ponto caramelo. E Marcelo foi o primeiro Presidente a dissolver o parlamento sem haver o mínimo indício de vir a existir uma alternativa viável. Para Costa, que apoiou a sua reeleição, tudo acabou bem. O país é que ficou ingovernável."

Educação: Município investe em mobiliário, material didático e assistência técnica

Antes do início do ano lectivo, o Município da Figueira da Foz,  realizou intervenções e reparações e adquiriu mobiliário e serviços no valor de cerca de 88 mil euros. 

Numa publicação nas redes sociais, o município informa que "foram efetuadas intervenções em cerca de 20 estabelecimentos escolares do ensino pré-escolar, em 27 do 1.º ciclo, em quatro do 2.º e 3.º ciclos e em três do secundário. Todos da rede pública e ao abrigo da transferência de competências".

Por outro lado, "atendendo ao aumento significativo de alunos do 1.º ciclo matriculados, foi também necessário proceder à aquisição de mobiliário escolar e material didático, para apetrechar salas de aulas, refeitórios e outros espaços dos estabelecimentos de ensino"

De registar que o município  garante ainda a manutenção dos espaços verdes, com recurso a serviços externos e transfere verbas para os agrupamentos e escola não agrupada, e adquire fardamento para assistentes operacionais e técnicos. 

"Por forma a dotar os estabelecimentos escolares do 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário de impressoras, o município procedeu à abertura de um procedimento para aquisição de serviços de impressão e assistência técnica, no valor de 37 mil euros".

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Liberalismo para "totós"...

Na imagem Milton Friedman


Pedro Mota Soares, secretário-geral da associação que representa as operadoras de telecomunicações: "A fragmentação do mercado", com entrada da Digi, "pode pôr em causa a rentabilidade do setor".

Morreu o encenador Rogério de Carvalho

Foto: Público

A poesia é uma idiotice sábia, uma perplexidade, uma sagacidade...


"Só os homens sagazmente activos, que conhecem as suas aptidões e as usam com medida e sensatez, poderão fazer avançar o mundo".

Johann Wolfgang von Goetheum ícone da literatura e do pensamento humano.

"As obras realizadas na rua Voz da Justiça, no anterior mandato autárquico, são alvo de críticas"...

 Via Diário as Beiras

... “o município está do lado do não, em absoluto, à exploração de caulinos em Vila Verde”

 Via Diário as Beiras

GLIDING BARNACLES: edição de 2024 chegou ao fim

 Foto: Figueira na Hora

domingo, 22 de setembro de 2024

O "cartel" da banca

 Imagem via Público

Perante os nossos olhos está a passar-se algo que não queremos olhar: o regresso de espaços anómicos onde, aparentemente, "tudo é possível"
Sem conseguirmos vislumbrar soluções para o problema, desistimos também de uma vigilância capaz de nos manter em alerta. 
"Não foi uma surpresa ouvir a juíza do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS) condenar as principais instituições financeiras portuguesas de violação das regras da concorrência por terem divulgado aos concorrentes os spreads que iam aplicar no crédito à habitação, ao consumo e às empresas durante mais de dez anos (de 2002 a 2013)".
Entretanto, as nossas vidas vão ficando irremediavelmente prejudicadas.

... a crítica mordaz de Elias, o sem-abrigo...

Riam, mas com moderação... 
POR R. Reimão e Aníbal F no Jornal de Notícias

Da série, os gajos mais ricos do cemitério (continuação)...

Via Observador

sábado, 21 de setembro de 2024

Os Kamov: incompetência ou corrupção

Como diz o Povo: "é fartar vilanagem".
Riam, mas com moderação... 
António Barreto, no Público. Leiam...
"Talvez tenham sido adquiridos em 2006. Foram seis e terão começado a chegar a Portugal em 2008. Um deixou de trabalhar em 2012. Dois foram para a manutenção em 2015 e nunca mais de lá saíram. Três foram postos fora de serviço em 2018! Entre este último ano e 2024, data da doação à Ucrânia, estiveram os seis helicópteros Kamov encostados, sem manutenção, nas instalações do Aeródromo de Ponte de Sor. Verdade? Quanto custou tudo? Quanto falta pagar? Quem são os responsáveis? 
A partir de certa altura, a Protecção Civil recusou os Kamov e não mais quis saber deles. O Governo ordenou que fossem entregues à Força Aérea, que exigiu uma auditoria prévia. Passado um tempo, a Força Aérea recusou os Kamov. Depois, foi-lhes retirada licença de voo. Algures, por volta de 2020, os helicópteros não tinham dono. Uma reparação necessária foi avaliada em 40 milhões de euros. Quase tanto quanto tinham custado! No total, entre custo, manutenção, contratos, reparações e tudo o resto, os Kamov poderão ter custado ao Estado português cerca de 300 a 400 milhões e passaram os seus últimos anos, em fase terminal, sem licença e incapazes de funcionar. Diz-se que, enquanto estavam imobilizados, o Estado alugava outros Kamov a outros países por 5 milhões por ano. Entretanto, Portugal comprou seis helicópteros americanos Black Hawk, em segunda mão, por 43 milhões de euros. Verdade? E prepara-se ainda para, a preços incertos e desconhecidos, alugar e comprar aviões Canadair, não se sabe se novos, se usados. 
A história dos Kamov em Portugal parece ter terminado. Parece! Na verdade, ninguém sabe se sobraram “rabos de palha”, dívidas por liquidar, compromissos não respeitados, processos pendentes, despesas imprevistas ou juros e comissões em falta. Esperemos por tudo. De qualquer maneira, o essencial é conhecido: os Kamov vieram para combater os incêndios. Estiveram mais tempo parados por avaria, impossibilidade de voar, falta de manutenção e indisponibilidade de tripulações habilitadas do que passaram a trabalhar ou disponíveis. 
Os Kamov são um tratado, de comportamento comercial e político, inesgotável de informações sobre o que se não deve fazer para respeitar os interesses nacionais. E exaustivo em lições sobre o que se deve fazer para aldrabar o Estado, defraudar a lei e recompensar os intermediários. Os Kamov são um manual de aprendizagem para os doutorandos em minas e armadilhas, para quem prepara carreira na gestão de negócios especiais, para quem se candidata a assessor de gabinete e para quem se quer especializar em transacções nas zonas crepusculares da democracia e dos negócios. Os Kamov são lições práticas para quem, com boas ou más intenções, estuda para ingressar em carreiras da Polícia Judiciária, dos fiscais de contribuições e impostos, dos inspectores de Finanças e das brigadas de anticorrupção. 
Os Kamov são lanterna que alumia o caminho para perceber as relações entre Portugal, a União Soviética, a Rússia e a Ucrânia. Os Kamov são uma pérola a revelar alguns traços essenciais da identidade nacional, designadamente nas áreas cinzentas da legalidade, da transparência e da complacência. 
Reconstruir ou estudar a história dos Kamov em Portugal é tarefa quase impossível, digna do que de melhor se premeia nas áreas especializadas do jornalismo, das relações internacionais e do comércio paralelo. Percorrem-se os jornais e os arquivos da televisão e encontram-se milhares de factos, de denúncias, de estatísticas. Quase sempre contraditórias. Por intermédio dos órgãos de referência da comunicação e da informação, não é possível saber o que se passou. O Estado não verifica, não controla, não produz números indiscutíveis. Acusados de incompetência, interesse, corrupção, ignorância e covardia, vários governantes, responsáveis por todos os actos de vida destes Kamov em Portugal, escondem-se, assobiam para o ar, calam, disfarçam e coçam a cabeça. 
Quase todas as fontes referem o valor de 8 milhões para o preço de cada Kamov. Isto é, cerca de 48 milhões para o pacote. Os problemas vêm depois. Prestações, serviço da dívida, abatimento de dívidas soviéticas, contratos de manutenção, aquisição de peças, comissões de intermediação e contratos de prestação de serviços elevam os preços, após 12 anos, a montantes próximos dos 300 ou 400 milhões de euros. Não se percebe como. Não há matemática que resista. Mas é assim. É certamente um dos mais escandalosos casos da história portuguesa. A possibilidade de as despesas, os prejuízos e as perdas poderem oscilar entre tão altos limites não suscita acções e reacções de investigação e contestação?
Quantos foram alugados e comprados? A que preços? Quanto custaram os serviços financeiros, de manutenção, de reparação e de serviço? Quanto falta ainda pagar? Prestaram serviço proporcional aos custos? Quanto tempo estiveram os Kamov imobilizados no solo? Quanto tempo prestaram efectivamente serviço? Quantas horas de voo realizaram? Quem foram os intermediários, comissários, auditores, advogados e outros prestadores de serviços em todo este negócio? Os Kamov parecem estar numa linha tradicional de negócios particularmente chorudos, incompetentes, viciados e de más consequências: é uma sequência fatal de aquisições, alugueres, trocas, compras e vendas de aviões de passageiros, aeronaves de luta contra os incêndios, submarinos, comboios e catamarãs. De comum entre eles? O comprador é o Estado. E há sempre uma zona escura e um capítulo de dúvida. Se as autoridades não esclarecerem este caso dos Kamov, poderão ser acusadas de má gestão política. De covardia governamental que não assume as suas responsabilidades. De intervenção ilegítima de agentes e intermediários. De pagamento de luvas excessivas. De desatenção com a manutenção. De desprezo pela utilidade social dos equipamentos comprados. De falta de respeito pelo erário público. De falta de controlo por entidades competentes. De falta de honestidade. 
Não há responsáveis? Políticos? Governantes? Dirigentes de instituições públicas e de empresas privadas? Advogados? Intermediários? Peritos? Empresários? De uma coisa podemos estar certos: ninguém se assume como responsável por qualquer decisão relativa aos Kamov durante os últimos 18 anos. 
É pelo menos suspeito."