quinta-feira, 25 de abril de 2024

O 25 de Abril nos jornais publicados há 50 anos

A mordaça da censura caiu com a Revolução. Cinco décadas depois, surgem novos condicionalismos. No dia 25 de Abril de 1974 a imprensa não parou. No dia da Revolução dos Cravos a informação a transmitir era tanta que os jornais fizeram várias edições.
Depois de quase meio século de censura, a liberdade tinha chegado aos jornais.
Veio o entusiasmo e a agitação. Nesse mesmo dia 25 de Abril de 1974, houve jornais que já não passaram pelo crivo do censor. Primeiro em Lisboa, depois no Porto, a liberdade chegou à imprensa. Tinha acabado quase meio século de censura.
Com o 25 de Abril de 1974 vieram jornadas de trabalho intensas, edições especiais, jornalistas estrangeiros, temas até então proibidos, mais mulheres nas redações.
A liberdade trouxe novos desafios às redações. “Passaram de uma situação em que tinham pouca informação a tratar, e muito institucional, para outra em que tinham muita informação e de caráter político”. As redações tiveram que contratar mais pessoal. “Trabalhavam de manhã à noite” e, muitas vezes, “havia duas edições do jornal, quando a agenda justificava”
As tiragens aumentaram. E a responsabilidade também.
Acontece o 25 de Abril e, de um momento para o outro, passa a ser possível escrever livremente. Citando Germano Silva, que na altura trabalhava no Jornal de Notícias: “nós sabíamos que liberdade não era libertinagem. Não podíamos ultrapassar as regras do civismo, da boa educação, dos princípios democráticos, e os jornalistas adaptaram-se com facilidade”.
Fica a segunda edição desse dia 25 de Abril de 1974 do jornal a Capital.
Para ver mais capas de jornais do dia 25 de Abril de 1974, clicar aqui.




 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

É isto a vidinha...

Costa entrou no Correio da Manhã.
Bugalho saiu da Impresa.

"Ninguém deve ser sujeito a falar sobre a sua vida privada se essa não for a sua vontade", mas...

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 Via Jornal Público

Livra! Mas alguém consegue ouvir o ministro da Presidência, António Leitão Amaro?..

 Tânia Laranho

Destino final?...

 ...depois de uma histórica recambolesca, extensa e longa - começou há mais de 25 anos - e cinco milhões de euros de indeminizaçãoa aos credores...

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, disse ao Diário as Beirasque Arquivo Municipal deverá ser transferido para o Paço de Maiorca.

“[O Arquivo Municipal] vai levar gente a Maiorca, muito mais do que pensamos. [São] serviços que têm a ver com o espaço, com a cultura”, defendeu Santana Lopes, numa das suas intervenções na reunião de câmara.
O autarca afiançou que o município vai concluir as obras de reabilitação do Paço de Maiorca, que incluíam a adaptação para uma unidade hoteleira, iniciadas em 2009 e canceladas dois anos depois. Mas, desta vez, sem alojamento.
“Vamos acabar o que pode ser acabado, [mas] os quartos não serão quartos”, asseverou o presidente da Câmara da Figueira da Foz. E ressalvou que o município não terá de suportar os custos da empreitada, já que tem financiamento público garantido.
Por outro lado, Santana Lopes garantiu que, após as obras, aquele imóvel municipal histórico e classificado continuará sob a alçada do Município da Figueira da Foz. E “com actividades que lhe “deem vida” e “adequadas ao espaço em questão”.

O 25 de Abril que falta

Miguel Esteves Cardoso:

"E se o verdadeiro império fosse o império dos imigrantes? E se o verdadeiro império fosse o império da concórdia, e do respeito, e da festa? E se o verdadeiro império fosse o império da dignidade? E se o quinto império fosse o império dos indivíduos, dos pequenos, dos diferentes, dos bem-dispostos, dos espíritos abertos? E se o quinto império fosse uma sociedade multirracial e multicultural em que os valores comuns fossem a festa, a música, a comida, o vinho, o riso e a curiosidade?
Detesto fazer mais propaganda à Festa do Avante!, mas parece-me que a Festa do Avante! mostra um caminho para essa felicidade."

Cuca Roseta actua esta noite, pelas 22H00, no Jardim Municipal da Figueira da Foz, espectáculo inserido nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril promovidas pelo município

Via Município da Figueira da Foz



Assembleia Municipal: Sessão Extraordinária comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, no Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos

terça-feira, 23 de abril de 2024

O jornalismo português já estava praticamente morto e desgraçado: Sebastião Bugalho, pregou apenas mais um prego no caixão...

 Via Jornal Público

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"Linda Festa"

 Via Diário as Beiras

Não se pode ter tudo...

 Via Diário as Beiras

Salários e juros na Zona Euro...

 Alerta

"O projeto do mercado comum, tal como nos foi apresentado, é baseado no liberalismo clássico do século XIX, segundo o qual a concorrência pura e simples resolve todos os problemas. A abdicação de uma democracia pode ser conseguida de duas formas, ou pelo recurso a uma ditadura interna concentrando todos os poderes num único homem providencial, ou por delegação desses poderes numa autoridade externa, a qual, em nome da técnica, exercerá na realidade o poder político, que, em nome de uma economia saudável, facilmente irá impor uma política orçamental e social; uma política única, em suma. 

Em pleno debate na Assembleia Nacional francesa sobre o Tratado de Roma, em 1957, Pierre Mendès France, antigo primeiro-ministro francês e figura de referência da resistência ao nazifascismo criticou o projeto, lançando um “alerta sonoro e atual”, assim o designou José Medeiros Ferreira, em 2013

As tais autoridades externas, do Banco Central Europeu à Comissão Europeia, andam por aí a ditar políticas austeritárias únicas, em nome do mercado único e da moeda única. Sabemos bem quais são os seus vieses geopolíticos e de classe."

Ligações aéreas domésticas, um tema pertinente neste momento na Figueira

Via Jornal de Notícias

Vamos ver o futuro...

 Via Jornal Público

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Isto é Gozar com quem comenta?..

Ontem, via Expresso, Marques Mendes anunciou Rui Moreira como candidato da AD às europeias 
"A um dia da reunião do PSD que irá definir os nomes incluídos nas listas às europeias, Luís Marques Mendes adiantou-se e comunicou que será Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, o cabeça-de-lista. Apesar da comunicação formal só acontecer após a reunião da Comissão Nacional, o comentador da SIC avançou que a lista irá incluir “autarcas e ex-autarcas". Já se sabia que o autarca do Porto era um nome que reunia consenso nos núcleos do PSD e CDS. Agora, a decisão parece já estar tomada. Quanto ao PS, Marques Mendes não avançou qualquer decisão final."

Hoje via SIC/Notícias

"Quando as televisões contratavam o jovem Sebastião Bugalho para comentar tudo e mais um par de botas, era em que qualidade ou com que intuito?
Na qualidade de putativo cabeça de lista da AD às Europeias? Ou com o intuito de torná-lo um produto vendável e, qual sabonete, ficar capaz de ser vendido pela AD aos eleitores?
E Montenegro que, depois de ter enganado meio mundo, a seguir chamou estúpidas às pessoas que acreditaram nele e ficcionistas aos jornalistas, agora passou informação errada ao Marques Mendes só para se rir à brava vendo-o a espalhar-se ao comprido...?
Ui....
Pergunto.
É que não consigo perceber se esta de sacarem da cartola o tuttifrutti Bugalho para encabeçar a lista da AD às Europeias é de gargalhada, se é a mais última tragédia da ópera bufa montada pela trupe AD. A mim parece-me um valente tiraço no pé mas, caraças, neste mundo de loucos, que sei eu...
Quanto à barracada que fizeram o Marques Mendes dar, pondo-o, em horário nobre, a vender jogo branco parece-me imprudente. Ou insensato.
Ainda há pouco, Hugo Soares, todo pimpão, disse que houve por aí muito bom menino na comunicação social a efabular sobre o assunto. A efabular. Ou seja, segundo eles, mais outros a ficcionarem. Certamente, referia-se ao ex-bem-informado Marques Mendes. 
Agora digam-me: quem é que, com esta banhada, doravante vai acreditar no Marques Mentes?"

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Portas responde a Passos Coelho e clarifica discordâncias sobre a troika: "Como diria o outro, não havia necessidade"

«"Não achei nem apropriado nem justo", começou por dizer Paulo Portas sobre as declarações de Pedro Passos Coelho que, esta semana, deu uma entrevista ao Observador, onde falou das desconfianças da troika em relação a Portas, na altura em que a coligação PSD e CDS-PP governava o país entre 2011 e 2015. 

Apesar de ser, "de facto, inusual" um comentador analisar uma notícia na qual é protagonista, Paulo Portas não se escusou ao tema no "Global", o seu espaço semanal de comentário no Jornal Nacional da TVI, pois, afinal, "quem não se sente não é filho de boa gente". Mas avisou logo que não iria usar "conversas privadas" nem iria entrar em polémicas com Passos Coelho, uma vez que já passaram quase dez anos e "acabou de chegar um Governo de centro-direita".

Portas quis assim explicar "a visão que os dois tínhamos sobre a troika". Os dois líderes coincidiam em diversos pontos, a começar pela necessidade de "resolver o problema da falência de Portugal, da nossa insolvência, cumprir o memorando da troika, que não tínhamos negociado, procurar uma saída limpa, se fosse possível - sobre isto nunca houve desentendimentos", disse.»

É assim e não podia ser de outra maneira...

A RAÇA DELES 

"O Arraial dos Cravos, habitualmente no Largo do Carmo, onde Salgueiro Maia depôs o regime dos PIDEs, posteriormente agraciados por Cavaco Silva, primeiro-ministro, com pensão vitalícia "por serviços excepcionais e relevantes prestados ao País" depois de a ter recusado ao capitão de Abril, realiza-se este ano, o dos 50 anos da revolução que deu a liberdade e a democracia ao povo português, e a independência às colónias africanas, no Largo de Camões, por falta de financiamento da Câmara de Lisboa, a dos 34 milhões de euros para um evento católico no Estado laico - Jornadas Mundiais da Juventude, do presidente Carlos Moedas, do mesmo PSD do agraciador de torcionários, e que em cerimónia resolveu assinalar outro 25, o de Novembro, a data que divide em vez de unir. É a raça deles."

O que é “Ficheiros Secretos”, um espectáculo de Luís Osório?

Sábado à noite, entre curioso e intrigado (um amigo meu, que muito prezo, tinha-me confidenciado que nem morto lá ía...), fui ao CAE ver esta perfomance de Luís Osório.

A coisa prometia. Tinha como convidados Santana Lopes, Conceição Monteiro, Luísa Amaro e Cândido Costa.

“Ficheiros Secretos”, com o sub-título de "Histórias Nunca Contadas da Política e da Sociedade Portuguesas", é um livro  publicado pelo jornalista em 2021, que foi adaptado para os palcos, num espectáculo difícil de definir, mas que tem esgotado as salas por onde passa.

Ao que li, "é uma performance inédita de um jornalista e escritor reconhecido que arrisca agora o que nunca foi feito. Luís Osório assume o papel de narrador da história recente de Portugal, convocando para o palco memórias de personagens marcantes como Álvaro Cunhal, Mário Soares, José Saramago, Amália Rodrigues, Francisco Sá Carneiro, Jorge Sampaio, entre muitos outros. 

O autor conduz a audiência numa viagem pelo último século português e pela vida de alguns dos protagonistas que marcaram o nosso tempo. 

Uma viagem partilhada com o público e com convidados absolutamente surpreendentes."

Tudo isso se concretizou. No sábado passado, Luís Osório esteve completamente exposto e sem rede. Até teve uma "branca", breve (na Figueira é assim: é tudo "breve"), que ultrapassou com toda a naturalidade, quando se queria referir a um episódio que envolvia Carmona Rodrigues, antigo presidente da Câmara de Lisboa e o nome não saía.

Frente ao público, foi ele, só, mais as histórias dos seus fantasmas - bons e maus. 

Mas, afinal, o que é “Ficheiros Secretos”?

Um espectáculo de segredos, confissões, medo e esperança?

Confesso que não sei explicar. 

Para mim, foi algo inaudito.

Algo que nunca tinha visto ou ouvido. Um desafio absolutamente incrível e espantoso, que Luís Osório coloca a si mesmo e que já foi presenciado por mais de 20 mil pessoas deste País.

Eu, fui uma delas. E saí do CAE a pensar sobre o que tinha presenciado e não consigo ainda explicar por palavras ao que tinha assistido.

Continua presente a entrada de Luís Osório na sala, trazendo uma mala vermelha, carregada de memórias de familiares, daqueles que o tratavam por Miguel.

Durante a exposição perante o público, desnudou-se e aos seus fantasmas - sobretudo o da mãe, que deixou de cantar no dia em que ele nasceu. Continuam presentes os pequenos episódios das figuras públicas trazidas à colação. Focou relações familiares, lutas interiores ou episódios engraçados.

Nestas pequenas histórias, Luís Osório mostrou algo importante: um contributo para a definição e a compreensão do País que somos, nas suas grandezas, misérias e imperfeições. 

Como ele, também acredito que “podemos saber os grandes factos históricos de trás para a frente, mas estes não têm a dimensão humana”.

Continuo a vê-lo desaparecer pela porta lateral do CAE, por onde tinha entrado, e continuo sem encontrar as palavras para explicar o que vi sábado passado, à noite, no CAE.