terça-feira, 2 de abril de 2024

CUIDADO COM O MINISTRO

Soares Novais

"Luís Marques Mendes (LMM) avaliou positivamente os ministros que integram o Governo que hoje toma posse. Joaquim Morais Sarmento, Rita Júdice, Paulo Rangel, Nuno Melo e Fernando Alexandre, apenas para citar alguns dos 17 novos governantes, integram, segundo ele, um dream time que guindará Portugal ao topo. Confirme aqui.

Tal avaliação não espanta se se tiver em linha de conta que LMM é “psd”desde pequenino, e assumido porta-voz das aspirações e dos desejos presidenciais. Acontece, porém, que esta verdadeira equipa de galáticos, segundo tal comentador, integra um elemento envolto em questões misteriosas. Os sectores da Educação, Ciência e Inovação devem ter bem presente esta história protagonizada pelo agora senhor ministro. Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém…"

Sobrevivência da espécie está em risco: “Se fôssemos coerentes, deveríamos fechar a pesca da lampreia"

 Via Diário as Beiras

Para ler melhor clicar na imagem

Investimento realiza-se até 2030, no âmbito de uma candidatura da CIM-RC

"O Município da Figueira da Foz vai realizar investimentos de 19 milhões de euros, até 2030, na área dos resíduos, numa média anual de 2,8 milhões de euros. O investimento será feito ao abrigo de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC). 
Com aquele investimento, até 2030, o município poupará 11 milhões de euros, por via da redução da recolha e do tratamento de resíduos sólidos urbanos indiferenciados, serviço assegurado pela Ersuc, adiantou, ao DIÁRIO ASBEIRAS, o vereador do Ambiente, Ricardo Silva. 
“A Figueira da Foz quer voltar a estar na vanguarda da reciclagem e em todas as medidas que visam reduzir a produção de resíduos e aumentar a reciclagem no concelho”, afiançou o autarca. Ricardo Silva acrescentou que os investimentos e as medidas, em curso ou programadas, “fazem parte da estratégia do município para a área dos resíduos”
Entretanto, até 2030, será aplicado um sistema de cobrança da taxa que fará corresponder o valor pago com a quantidade de resíduos sólidos urbanos produzida. Os investimentos são transversais a várias áreas de ação, como aquisição de viaturas, mudança da estratégia da recolha de resíduos sólidos urbanos, distribuição de compostores e outras soluções que concorrem para a redução dos resíduos, diferenciados e indiferenciados. Nos últimos meses, o Município da Figueira da Foz entregou, gratuitamente, mais de 300 compostores, no âmbito de uma campanha que tem por finalidade sensibilizar os figueirenses para a compostagem de biorresíduos. Os compostores foram entregues nas freguesias e nas escolas Pintor Mário Augusto, Pedrosa Veríssimo, na Cristina Torres, João de Barros, Joaquim de Carvalho e Infante D. Pedro. A campanha ainda não terminou. 
Papeleiras inteligentes e contentores castanhos 
O Município da Figueira da Foz prevê começar a instalar papeleiras inteligentes - compactam os resíduos introduzidos no recipiente - durante esta semana, em vários locais da cidade. Por outro lado, serão instalados contentores castanhos para a deposição de resíduos orgânicos. Estes depósitos serão testados em diversas localidades do concelho, tanto na zona urbana como na zona rural. 
As medidas para reduzir os resíduos e, por arrasto, os custos associados à recolha e ao tratamento, como já foi referido, tem várias frentes de ação. Entre as quais um sistema de reciclagem de vidro para restaurantes, para aplicar até junho. 
Este sistema será instalado ao abrigo do Canal Horeca, que promove a separação de embalagens não reutilizáveis de estabelecimentos de hotelaria, restauração e similares."

Para quem não conhece o novo governo

Tem um economista à frente do ministério da Educação, Ciência e Inovação... 

Imagem via Delito de Opinião

"Corte do 14.º mês para as reformas acima dos 1500 euros mensais devia ser definitivo".

Cinquentenário é quando o homem quiser?

Os 49 anos do cinquentenário do 25 de Novembro. "IL, Chega e CDS pedem inclusão do 25 de Novembro de 1975 no programa dos 50 anos do 25 de Abril."

"As datas são como alguns cheiros, provocam sensações, fazem-nos viajar. Para os partidos desta aliança, o 25 de Novembro de 1975 é o 24 de Abril de 1974 que se pôde arranjar."

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Habitação - uma ideia política

 Imagem sacada daqui.

Hotel para pássaros em Amesterdão.

Faltam médicos nas extensões de saúde de Vila Verde, Bom Sucesso, Quiaios e Marinha das Onda

 Via Diário as Beiras

Porque há muita falta de memória...

Estamos no primeiro dia do mês de Abril, 50 anos depois.
Para que possam saber o que foi realmente o 25 de Abril, há um livrinho ilustrado muito útil e elucidativo chamado O Meu Primeiro 25 de Abril, da autoria de José Jorge Letria e com ilustrações de Helder Teixeira Peleja. O ilustrador já nasceu em Democracia (em 1978). O autor do texto, em 1974 era jornalista e cantautor e viveu com grande emoção esses dias de alegria na cidade de Lisboa ao lado de pessoas como Zeca Afonso. Este livro conta como tudo aconteceu. 
Neste tempo, de que parece que já existe muita falta de memória (estou farto de encontrar gente que não faz a mínima ideia do que foi um dia tão importante para Portugal como o 25 de Abril de 1974), talvez não seja má ideia ler este livro.
Palavras de José Jorge Letria num almoço com a mãe, em Cascais, no dia 24 de Abril de 1974 e reproduzidas neste livro.
“Mãe, amanhã fique em casa, não vá às compras e vá sempre ouvindo rádio. Eu sei o que vai acontecer e estou seguro.” 

Imagem via jornal Público

sábado, 30 de março de 2024

Custo dos contribuintes com a banca dava para pagar mais um Plano de Recuperação e Resiliência

Lugares-comuns, duplicidades, agendas escondidas no contínuo político-mediático

 José Pacheco Pereira no jornal Público

«Duplicidade – A duplicidade é o mais perverso processo em curso. Até à queda do Governo do PS, o silêncio era falta de transparência, agora é recato. Se este Governo fosse do PS, havia um clamor sobre um “governo de partido”, que “não se abriria à sociedade”, feito a partir do aparelho partidário, em que a tão elogiada “experiência política” seria vista como uma coisa negativa, etc., etc.»

Para ler o artigo na íntegra clicar aqui.

Da série, quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga... (IV)

 O poder brilha

"O investimento de milhões do dono da polaca eurocash, Luís Amaral, no observador e no menos liberdade está a começar a pagar: os liberais até dizer chega estão neste Governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos. Não há mesmo almoços grátis na luta político-ideológica. 
O menos liberdade tem por referência apoiantes de Mussolini e de Pinochet, como Mises, Hayek ou Friedman. Isso é suficiente para Luís Aguiar-Conraria, com o rigor que se lhe conhece, apodar Fernando Alexandre, membro da sua direção, de social-democrata. Ignorância ou desonestidade intelectual? 
Sendo estudioso de Mises, Hayek e Friedman, considero a qualidade intelectual relativamente independente do posicionamento político-ideológico, mas daí a chamar Fernando Alexandre de “académico brilhante”, como faz o Diretor do Público, vai uma grande distância, até porque tem tido muitos afazeres fora da academia, das polícias aos aeroportos. Dou dois exemplos da distância. 
Em primeiro lugar, mobilizo o estudo de que Alexandre e Conraria foram coautores para a Associação Portuguesa de Seguradores e onde advogam a privatização da segurança social, o que é muito social-democrata, como se sabe. Esqueceram-se aí de dois pormenores da melhor teoria económica prática: é o investimento que determina a poupança e não o contrário, estando o primeiro dependente das expectativas de vendas; o sistema de pensões por capitalização, como o de repartição, distribui em cada momento entre quem está no ativo e quem não está. Não há almoços grátis, mas nos almoços servidos por capitalização só restam ossos para os reformados, já que a carne foi comida pela finança. Da Argentina à Polónia, esta experiência neoliberal tem sido revertida, mas isso não impede Alexandre e companhia de tentarem. Os cortes nas pensões são um meio.
Em segundo lugar, lembro que Alexandre esteve no Tudo é Economia, onde debatia semanalmente com Ricardo Paes Mamede. A sua prestação era de tal forma penosa que teve de encontrar um pretexto para sair do programa, sendo substituído pelo mais capaz Ricardo Arroja. A maioria dos neoliberais não se aguenta num debate em igualdade de circunstâncias. Daí terem necessidade de monopolizar a comunicação social, no que contam com a colaboração dos proprietários. 
Enfim, Alexandre, pela sua ligação aos interesses capitalistas, tem poder anti-social-democrata. Poder não é brilhantismo, embora brilhe."

Jesus morreu pelos pecados de alguém...

 Ímagem sacada daqui

Já que o linguajar do Chega é este, falemos "da escolha pró-Kremlin de André Ventura"

Imagem via jornal Público

Texto via Aventar

"André Ventura escolheu António Tânger Corrêa para cabeça de lista do seu partido às Europeias de Junho.

Trata-se de um antigo diplomata, com um histórico que inclui o recebimento de “prendas” em funções – uma delas foi um veleiro, não estamos a falar de caixas de robalos – e a gestão irregular das finanças da Embaixada Portuguesa em Vilnius, que Ventura foi buscar ao “sistema” que diz combater.
Mas o mais interessante aqui não é mais esta prova provada da desonestidade da narrativa do partido de André Ventura. É o facto de Tânger Correia ter subscrito a teoria de que os responsáveis da invasão russa da Ucrânia são… os ucranianos.
Sendo conhecedor das posições de Tânger Correia sobre a invasão da Ucrânia, alinhadas com a narrativa do Kremlin, André Ventura não hesitou na sua escolha. Isto num quadro em que a situação actual na Ucrânia representa uma das principais ameaças existenciais à sobrevivência da UE.
A outra ameaça é o próprio grupo parlamentar de Ventura em Bruxelas, que congrega a ala dura dos eurocépticos, alinhados com o trumpismo isolacionista, que pretende deixar a Ucrânia à sua sorte e, por conseguinte, o Báltico e os Balcãs em pânico.
Estranhamente, a imprensa que Ventura acusa de perseguir o seu partido não o confronta com estes factos. Dá uma entrevista por dia e não há um jornalista que tenha a coragem de lhe perguntar se está alinhado com a sua família política europeia na cruzada pela destruição da União Europeia.
Uma vítima do sistema, coitado."

Dias 6 e 7 de Abril, o Município da Figueira da Foz celebra o Dia Nacional dos Moinhos e o Dia dos Moinhos Abertos no Núcleo Molinológico de Moinhos da Gândara

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 29 de março de 2024

“Já chega de Chega”: o condicionamento em relação ao partido de Ventura “tem de acabar”

Podcast Miguel Sousa Tavares

Da série, quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga... (III)

Retrocesso na política de habitação

"Os programas eleitorais da direita - da AD ao Chega, passando pela IL - relevaram, como seria de esperar, uma ampla convergência em matéria de habitação. Partindo da tese simplista de que a crise se resume a uma mera «falta de casas» e de que apenas é necessário deixar o mercado funcionar, propõe-se que o Estado providencie apoios e mobilize o seu património para alimentar parcerias com privados, removendo ao mesmo tempo os incipientes mecanismos de regulação, tanto do lado da oferta como da procura.

Não surpreende, por isso, que os especuladores (pois é de especulação que se trata) tenha manifestado a sua confiança em Montenegro para retomar os Vistos Gold e o regime de Residentes Não Habituais, a par do recuo nas restrições ao Alojamento Local. Isto é, confiança no regresso a fatores que, entre outros, contribuíram para o aumento vertiginoso do preço das casas, para valores cada vez mais desfasados dos rendimentos das famílias.

A direita continua, portanto, a ignorar que a crise de habitação resulta do surgimento de novas formas de procura, relacionadas com o investimento imobiliário nacional e internacional, a par dos impactos da intensificação do turismo, que alteraram profundamente a relação convencional entre alojamentos e famílias residentes. A qual, de resto, praticamente não se alterou em termos de volume, tanto num como noutro caso, ao longo da última década.

Assim, com os interesses do imobiliário especulativo devidamente representados no novo governo, de forma direta na Habitação e indiretamente na Justiça, a par das esperadas pressões no mesmo sentido por parte da IL e do Chega, bem podemos esperar o pior. Não só se interrompe o caminho apesar de tudo já feito em matéria de regulação - indispensável para lidar com a natureza da atual crise habitacional - como se dão passos atrás, reforçando a aposta nas lógicas de capitalismo imobiliário puro e duro."

Já que o linguajar do Chega é este, falemos de "canalhas"... (III)

Via Provas de Contacto

Ana Freitas (tal como, antes, Rosa Oliveira Pinto) ensina a lidar com (citando um ex-capo do gang) "verdadeiros canalhas e mentirosos compulsivos"

Da série, quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga... (II)

Segurem-se. Anti-Rangel.

"Entre julho de 2014 e julho de 2018, o empreendedor Paulo Rangel ficou num honroso décimo segundo lugar no ranking dos eurodeputados que mais dinheiro ganharam fora do Parlamento Europeu: foram centenas de milhares de euros na advocacia de negócios e no comentário mais trauliteiro da televisão. Este legitimador do genocídio do povo palestiniano, especializou-se em campanhas contra o país, em Bruxelas e não só. Agora, no Governo, serão muito mais os negócios estrangeiros a que se poderá dedicar."