Via Diário as Beiras
sexta-feira, 1 de dezembro de 2023
Manter a memória fresca é importante...
"Passos Coelho não quer recuperar feriados tão cedo
No início da semana, o vice-primeiro ministro Paulo Portas anunciou que vai propor a reposição do feriado de 1 de dezembro. Sobre este debate interno no CDS, prometido por Portas, Passos Coelho diz que esse é um assunto interno dos centristas que não o faz sentir-se incomodado.
O presidente da CIP, a propósito deste tema, tem a mesma opinião do primeiro-ministro. No Fórum TSF, António Saraiva afirmou que por uma questão de princípio não defende a reabertura do debate porque existe um acordo que deve ser respeitado."
Henry Kissinger morre aos 100 anos
Obama agradeceu-lhe o exemplo de «liderança» e George W. Bush evocou uma das «mais fiáveis e distintas» personalidades dos EUA, «um amigo» para Hillary Clinton. O ex-Secretário de Estado norte-americano esteve directamente envolvido nas preparações para o golpe de estado contra o Governo democraticamente eleito de Salvador Allende, garantindo um continuado apoio dos EUA ao regime fascista que matou milhares e torturou mais de 40 mil pessoas.
O processo revolucionário português, que acabou com 48 anos de uma sangrenta ditadura fascista, também não lhe escapou. Numa reunião na Casa Branca a 27 de Março de 1975, Kissinger afirma que «os europeus estabeleceram dois objectivos [quanto a Portugal]: a realização de eleições e evitar a tomada do poder pelos comunistas. Acho que podemos conseguir esses dois objectivos e, mesmo assim, "perder" o país porque os comunistas "governam" através do MFA. O que vamos fazer se este tipo de Governo quiser manter o país na NATO? Quais os efeitos disso em Itália? E em França? Provavelmente, temos que atacar Portugal, qualquer que seja o resultado, e expulsá-lo da NATO».
Por muito caricato que possa parecer, Henry Kissinger recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1973, pela negociação de um cessar-fogo no Vietname, um prémio dividio a meias com Le Duc Tho, dirigente comunista vietnamita. Duc Tho rejeitou ser distinguido (um caso, quase, único; apenas Sartre também rejeitou um Nobel) ao lado de um criminoso de guerra.
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
Orçamento de 94,1 milhões de euros para 2024 foi aprovado
Via Notícias de Coimbra
Ninguém está livre
"MP iliba Siza Vieira, Medina e Duarte Cordeiro no caso dos ajustes diretos"
"E eu pergunto a todos os jornalistas, comentadores e tropa fandanga dos partidos que perseguiram aquelas pessoas a perguntar-lhes, de forma massacrante, se tinham condições para continuarem no Governo e que andaram a perorar contra a fraca qualidade dos ministros que Costa escolheu, o que vão agora fazer?
Nada?
Vão assobiar para o lado e fazer de conta que não se portaram miseravelmente?
E onde o destaque dado a isto? Não deveria ser dado igual destaque ao que, na altura, deram ao lançar lama sobre pessoas contra as quais, afinal, não há quaisquer indícios de práticas ilícitas?
E à tropa fandanga do Ministério Público que tem andado a queimar a reputação de gente séria e digna, lançando difamação sobre difamação, sobre políticos honestos, uma vez mais não vai acontecer nada?
E o Presidente da República que tanto fez para queimar a maioria absoluta, a que, desrespeitosamente, chamou 'requentada', como assiste a isto?
Agora que por duas vezes dissolveu a Assembleia da República, desrespeitando o voto dos Portugueses, e que permitiu e alimentou o reforço do populismo e da justicialização da política, fica calado?
Depois de ter feito o que fez, agora é que acha que deve ficar calado...?
O que Marcelo fez tem tradução directa no aumento das intenções de voto no Chega, na degradação do nível e da qualidade democrática na política portuguesa. E fica calado? Não nos pede desculpa?Quanto a Lucília Gago, já sabemos: nada disto lhe assiste, segundo ela não é responsável por coisa alguma.
Uma tristeza.
Lucília Gago, a senhora que já fez saber, alto e bom som, que, haja o que houver, ela não é responsável por coisa alguma. Portanto, se alguém tem que responder pela continuada pouca-vergonha, esse alguém não é ela.
Uma vergonha, tudo isto.
Nem me apetece dizer mais nada."
Animação de Natal começa amanhã em vários pontos do concelho
Via Diário as Beiras
"A animação de Natal começa amanhã, em diversas zonas do concelho, com destaque para o Parque de Natal, no Parque das Gaivotas, na cidade. Esta zona de diversões para toda a família mantém-se até 14 de janeiro. Por seu lado, o jardim Fernando Traqueia, em Buarcos, é animado pelo Mercadinho de Natal, de 1 a 22 de dezembro.Entretanto, o programa de descentralização de atividades culturais CAE Fora de Portas, promovido pelo Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz, leva concertos de Natal, de 1 a 10 de dezembro, a vários locais do concelho.
Aquele equipamento municipal, de resto, tem uma programação de Natal para todos os públicos. O cartaz inclui o espetáculo infantil “Quebra-nozes”, no dia 10 de dezembro."
O estado da doença
"Atentem no número e na percentagem, atentem nas cumplicidades orçamentais. Atentem na separação entre financiamento público e provisão crescentemente privada. Atentem então nas iniciativas liberais de construção, inevitavelmente política, do capitalismo da doença.
É sabido que os capitalismos realmente existentes nunca prescindiram dos Estados. Nem doses cavalares de ideologia obscurecem hoje esta articulação. Isto é particularmente visível na área da saúde, uma das que mais está fadada a crescer por razões demográficas, tecnológicas e por tantas outras: sem Estado não existe o igualitário SNS, mas também não existe o desigual capitalismo da doença que o corrói.
Como assinalou Isabel Vaz, quando estava no BES-Saúde, melhor negócio só a indústria de armamento. E esta também está em crescimento..."
Entre o aprofundanto do rio e a invasão há muito anunciada do mar
Ao que parece, mesmo em fim de linha, o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba deixou uma grande notícia aos figueirenses: "o concurso público para o aprofundamento do canal de navegação do porto comercial e da barra deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano."
“É uma obra importantíssima para a economia da Figueira da Foz e da região”, sublinhou ontem no decorrer de uma reunião de câmara o presidente de câmara da Figueira da Foz, manifestando-se “muito contente” por avançar uma das suas reivindicações desde que iniciou o mandato.
Aos jornalistas, o autarca lembrou que se trata de uma obra “com dinheiro desde o período anterior à pandemia da covid-19” e que tinha sido retirado.
“É dinheiro que volta à Figueira da Foz”, sublinhou.
O aprofundamento do canal de navegação vai permitir a atracagem de navios de maior calado no porto, que nos primeiros nove meses deste ano movimentou 1.535.500 toneladas, menos 9,1% relativamente ao período homólogo de 2022.
A intervenção prevista vai permitir a entrada de navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado, quando actualmente só permite a acostagem de navios com 120 metros de comprimento e 6,5 metros de calado.
No mesmo concelho da Figueira da Foz, uns 4 ou 5 quilómetros para sul, existe um enorme desastre ambiental, que faz andar com o "coração nas mãos", há muitos anos, os moradores da zona.
Sim estou a referir-me ao "Quinto Molhe" que, até Março, vai ser local de peregrinação dos políticos que certamente irão a andar por aí em campanha eleitoral.
Todos sabemos, que a ocupação desordenada do litoral contribuiu para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
Foi o que aconteceu, a sul do porto da Figueira da Foz, depois das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros, onde nos últimos anos se agravaram os efeitos erosivos.
A obra, considerada fundamental pelas cabeças pensadoras da tutela e da comunidade portuária, visava a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Porém, isso não aconteceu. Os acidentes entretanto ocorridos à entrada da barra, depois de 2011, provam isso. A agravar, desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de proteção costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova, alvo de duas intervenções de emergência nos últimos anos.
O prolongamento do molhe norte e a erosão a sul tem sido um brutal sorvedouro de dinheiros públicos. Com o aprofundamento do canal de navegação do porto comercial da barra, que deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano, lá irão mais uns milhões.
Entretanto, ao que parece, a panaceia para atenuar sustentavelmente a erosão a sul existe, já foi estudada e alvo de consenso: chama-se bypass.
Sabe-se, porque foi estudado, que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada.
“Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, veio dizer aos figueirenses o então ministro João Pedro Matos Fernandes, em meados do mês de Agosto de 2021, curiosamente a mês de umas eleições autárquicas que se advinhavam difíceis para o PS, o que acabou por se concretizar.
Carlos Monteiro foi derrotado por Santana Lopes.
De palpável, passados mais de dois anos, tirando o estudo que situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros, nada mais aconteceu.
“Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, disse o ministro em Agosto de 2021.
E assim ficámos: o sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz continua a ser uma miragem.
E assim vai continuar. A prova disso é que, há poucos dias, O Livre viu “chumbada” a proposta sobre a inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento do Estado de 2024.
Penso que presumem quem evitou isso: os votos contra da maioria absoluta do PS na Assembleia da República. O PAN absteve-se e os restantes grupos parlamentares votaram a favor.Passadores de moeda falsa... "São a favor do Bypass mas votam contra a sua implementação..."
Imagem via Sos Cabedelo
Se o Orçamento da República para 2024, com tantos milhões da Europa, não teve estofo para acomodar a solução proposta, que “já foi avaliada pela Agência Portuguesa do Ambiente como a melhor solução, quer a nível técnico quer a nível económico, considerando um horizonte temporal de 30 anos”, quando é que isso poderá acontecer?
Como parece que ninguém se importa com o assunto, como morador a sul do Mondego, resta-me a tristeza de constatar que a merda grossa, merda da boa, a bela cagada obrada pelos cagões da Figueira e de Lisboa, não vai ser limpa.
A enorme borrada (que a foto mostra) vai continuar a poder ser vista.
É triste presumir que, maioritariamente, ao votar em Março próximo, os eleitores do sul, com o seu voto, como tem acontecido, vão continuar a comprometer um bocado a possibilidade de resolução do problema, que o mesmo é dizer, vão perpetuar a enorme cagada que torna este País difícil de habitar, tal é o cheiro.
Apesar deste texto terminar um tanto ou quanto brejeiro e brincalhão, o assunto é sério.
E, sobretudo, inquietante.
Concurso para aprofundamento do Porto da Figueira da Foz previsto para Janeiro
Segundo o Campeão das Províncias, "o presidente da Câmara da Figueira da Foz revelou que o concurso público para o aprofundamento do canal de navegação do porto comercial e da barra deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano."
A informação foi dada por Pedro Santana Lopes no decorrer da reunião de Câmara extraordinária realizada ontem. Na oportunidade, o presidente da câmara disse «ter recebido a garantia da Administração do Porto da Figueira da Foz e do ex-ministro das Infraestruturas João Galamba.
“É uma obra importantíssima para a economia da Figueira da Foz e da região”, salientou o autarca eleito pelo movimento Figueira a Primeira, manifestando-se “muito contente” por avançar uma das suas reivindicações desde que iniciou o mandato.
Aos jornalistas, o autarca lembrou que se trata de uma obra “com dinheiro desde o período anterior à pandemia da covid-19” e que tinha sido retirado. “É dinheiro que volta à Figueira da Foz”, sublinhou.
O aprofundamento do canal de navegação vai permitir a atracagem de navios de maior calado no porto, que nos primeiros nove meses deste ano movimentou 1.535.500 toneladas, menos 9,1% relativamente ao período homólogo de 2022.
A intervenção prevista vai permitir a entrada de navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado, quando actualmente só permite a acostagem de navios com 120 metros de comprimento e 6,5 metros de calado.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz anunciou ainda que “está por dias” a adjudicação dos estudos económico da marina, que poderá passar pela ampliação da actual e a construção de uma nova infraestrutura na zona do Cabedelo (sul).»
A reunião extraordinária de ontem, cujo principal ponto era a aprovação do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2024, vai ter continuidade na tarde de hoje, quinta-feira, pelas 17 horas, para que o Executivo analise a eventual inclusão de propostas do PS, que está em minoria naquele órgão, mas detém maioria absoluta na Assembleia Municipal.
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Quer ver basquetebol e comer tremoços e pevides de borla?..
"Esta sexta-feira, pelas 16H30, defrontam-se o Ginásio Clube Figueirense e o Beira-Mar, no pavilhão Galamba Marques, com entrada livre. A direção do clube anfitrião decidiu oferecer pevides e tremoços a quem assistir à partida. “A iniciativa surgiu de um desafio que nos foi feito e achámos interessante recriar a tradição”, disse a presidente do Ginásio, Ana Rolo, em declarações o DIÁRIO AS BEIRAS. Se resultar, a tradição poderá estar de volta, mas os tremoços e as pevides terão de ser pagos."
Isto é tão fácil de ver...
O dia em que o doutor Roque da Cunha desmontou o doutor Montenegro Cardoso
"Jorge Roque da Cunha, comissário político vitalício do PSD no sindicato dos médicos, que só vai à luta quando o partido a que pertence é oposição, já a prever os 0% que vai receber caso o camarada Luís Montenegro se alce a primeiro-ministro, aceitou do Governo do Partido Socialista 14,6% dos 35% que pedia de aumento.
E não há maior prova da honestidade das propostas do PSD de Luís Montenegro que esta."
terça-feira, 28 de novembro de 2023
A irrelevância do concelho da Figueira da Foz para o PS
Vão decorridos quase dois anos (15 de Janeiro de 2022), que expliquei no OUTRA MARGEM o que aconteceu ao PSD Figueira, de 2007 para cá, que desembocou no miserável resultado autárquico de 26 de Setembro 2021.
Dois dias depois depois, em 17 de Janeiro de 2022, com a ajuda da entrevista de Raquel Ferreira à Figueira TV, procurei ajudar a compreender a realidade da política figueirense.A entrevista dada à Figueira TV pela Raquel Ferreira, uma deputada do PS, passada e futura, que a estrutura partidária local e distrital fez flutuar no vácuo, demonstrou que nos chamados partidos do poder, não há, nunca houve em 47 anos de eleições democráticas, uma visão global para a Figueira, nem da parte do PS, nem da parte do PSD.
Interessa é o contolo estratégico do Partido.
Em Janeiro de 2022, o PS Figueira de Carlos Monteiro encontrava-se na situação em que Duarte Silva, em 2009, "matou" o PSD Figueira, com um aparelho partidário controlado por Lídio Lopes, hiper-voraz, mas já sem poder autárquico.
Na Figueira, hoje, temos Santana Lopes no poder, sem ter necessitado dos aparelhos partidários para lá chegar. Santana mostrou que os aparelhos partidários do "centrão", na Figueira, valem pouco e são descartáveis.
O PS Figueira, por enquanto, encontra-se (quase) num beco sem saída.
PS chumba proposta sobre a inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento de Estado de 2024
Via Diário as Beiras
Nota de rodapé.Para ler melhor, clicar na imagem |