sábado, 23 de setembro de 2023

Figueira Champions Classic - 2ª. edição

A Figueira Champions Classic, que se estreou em fevereiro passado, regressa no próximo ano, mas com a classe 1. Pro, designação dada às provas ProSeries de um dia de competição, após a aprovação do pedido feito à UCI, que no seu relatório deu pontuação positiva à clássica da Figueira da Foz, na 1.ª edição realizada este ano.

 Daqui

Em 2023 continuamos com a Figueira do princípio do século XXI: "canalha, ordinária e com falta de caráter”

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé.

A Figueira dos blogues não foi, nos primeiros anos deste século XXI, um retrato fiel do concelho fora internet: foi pior, muito pior
Era um mundo onde havia nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, canalhice, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia. 
Onde pessoas habitualmente controladas pelos travões sociais, resolveram esquecê-los.
Foi uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual.
Como um meio de acesso fácil para alguns trogloditas darem vazão à sua tacanhez de raciocino - em vez de debaterem insultam - o anonimato foi uma praga que, pelos vistos, ressuscistou na blogoesferea figueirense.
"Mesmo com compreensão por aqueles que temem represálias e, por isso, se escondem no anonimato para denunciarem situações que consideram injustas, não merecem o menor respeito aqueles que se refugiam no anonimato para tentar “minar”, “armadilhar”, insinuar ou difamar gratuitamente."
Fim de citação.

Nesta Figueira, qualquer cidadão, por mais impoluto que seja, está sujeito ao anonimato vil e cobarde. A mente perversa desta gente não tem limites.
Via Outra Margem, numa postagem de 10 de Junho de 2008, podem comprovar que até uma figura de referência como o falecido Doutor Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaiaum figueirenses que, no século passado, levou uma vida de intenso labor, “desperdiçada” muita dela em favor dos outros, foi vítima...
Este OUTRA MARGEM, que já está a caminho de perfazer 18 anos de publicação, é aquilo que há de mais simples: não tem agendas escondidas -  simplesmente é um testemunho pessoal e um manifesto de vida.
Sem querer ser pretensioso, talvez quem sabe, um testamento para o futuro para alguém que queira, um dia, ter uma visão do que foi a Figueira nos primeiros anos do século XXI, para recordar alguém que forjou um combate militante e resistente ao estado a que a Figueira chegou e aprendeu, com a resistência consubstanciada em actos, em palavras e no silêncio, a nunca se vergar. 
Continuar a sonhar, ao fim destes anos todos, é bom. Contudo, nada substitui sonhar para continuar a viver, num tempo, recorde-se, em que, na Figueira, a independência, a irreverência e a cultura subvertiam e incomodavam.

OUTRA MARGEM está como o seu autor sempre esteve e está na vida:"... não tentar, sequer, convencer ninguém. Tentar convencer alguém, é uma lacuna democrática, uma falta de respeito, e é uma tentativa de colonização do outro." 
Cada um é como é. 
Neste espaço, desde 25 de abril de 2006, já publiquei, com esta, 29 119 postagens.
Neste enorme caudal de mensagens, é óbvio que nem todas foram conseguidas e felizes...
Vistas à posteriori, posso mesmo confessar que nem todas me agradam, apesar de todas terem sido autênticas.
Por isso mesmo, estão todas assinadas. Toda a gente sabe quem é o autor. 
Deste modo, simples e eficaz evitei, pelo menos, que fosse putativamente acusada outra pessoa. 
Honestidade intelectual, é isto. 
Ponto final.

Câmara da Figueira da Foz quer requalificar entrada na cidade neste mandato

Foto: daqui

 
Via Diário as Beiras

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz pretende ainda neste mandato iniciar a requalificação da entrada da cidade, de forma a melhorar a imagem urbana e a circulação rodoviária.

“Vamos apontar para final do próximo ano, princípio do outro, com base num consenso alargado”, disse Pedro Santana Lopes aos jornalistas, na final da sessão de Câmara de ontem, na qual foram apresentadas as propostas do concurso de ideias lançado pelo município.

Durante a sessão, foram reveladas as sete propostas apresentadas no concurso, cujo júri era constituído por três técnicos da Câmara e dois elementos da Ordem dos Engenheiros, em que todas privilegiavam a continuidade do corredor verde do Parque de Tavarede e a requalificação da zona envolvente à estação de caminho de ferro.

Para a proposta final, o presidente da autarquia gostava que houvesse um entendimento das diversas forças políticas “para todos se reconhecerem, tanto quanto possível, no que vai ser feito”.

“Iremos trabalhar nesse sentido [do consenso] e acho que todos estes projetos trazem ideias quase todas exequíveis”, sublinhou o autarca, que pretende ir no sentido da decisão do júri, optando pelas propostas “menos drásticas e mais fáceis” de executar e com resultados na melhoria do dia-a-dia da cidade.

Santana Lopes adiantou que as propostas apresentadas vão ser colocadas em exposição pública e permitir trabalhar “com contributos válidos” num projeto final, que não reclama “grande investimento”.

A proposta vencedora, da autoria de um arquiteto figueirense, prevê a requalificação dos armazéns existentes junto à estação de comboios e a sua transformação em cento de exposições e de arte, além de prolongar o corredor verde da cidade.

Ao nível urbanístico, Santana Lopes disse ainda que o executivo está a “trabalhar a todo o gás” no projeto de conceção/construção do estacionamento junto ao mercado municipal e no Parque das Gaivotas."

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

"A proposta foi aprovada por maioria, com os votos contra do PS"!...


"Figueira da Foz pretende manter impostos municipais sem alteração em 2024".

Nota de rodapé.

"A Câmara deverá manter o grupo de trabalho que constituiu, em 2022, para captar investimentos dos setores privado e social na área dos cuidados continuados integrados"

 Diário as Beiras


ISTO TEM NOME: TRANSPARÊNCIA

P𝗿𝗼𝗰𝗲𝗱𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗣𝘂́𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗲 𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝗶𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗰𝘂𝗿𝘀𝗼

"O Município da Figueira da Foz tem disponível, desde a passada quarta-feira, dia 20 de setembro, no seu sítio institucional (https://www.cm-figfoz.pt/pages/730) a listagem de Procedimentos de Contratação Pública relativos ao ano em curso, no qual são indicadas todas as entidades consultadas por procedimento (no caso das consultas prévias), algo que o Portal.BASE (https://www.base.gov.pt/), que centraliza a informação sobre os contratos públicos celebrados em Portugal continental e regiões autónomas, não permite divulgar.

No Portal.Base encontram-se disponíveis todos os contratos públicos celebrados pelo Município, contudo no que respeita às entidades consultadas nos procedimentos de consulta prévia, o mesmo não dispõe de campo que permita a inserção dessa informação, mas apenas são divulgadas as entidades que apresentam proposta.

Encontra-se também disponível em (https://www.cm-figfoz.pt/pages/1271 ) a listagem de todas as empreitadas em curso.

Assim, por forma a que não se levantem ou existam quaisquer dúvidas sobre a transparência e legalidade e boa-fé na atuação do Serviço de Contratação Pública municipal, o Município passará a divulgar as listagens em apreço, devidamente atualizadas, com regularidade."

"... a (hipotética futura) Marina Atlântica no Porto da Figueira da Foz"

 Via Diário as Beiras


Realiza-se hoje a segunda e última reunião de câmara do mês de Setembro

 Via Diário as Beiras

Mondego na Figueira

Foto: Município da Figueira da Foz
O famoso NRP Mondego, o terceiro navio da classe Tejo, que faz parte do efectivo dos navios da Marinha Portuguesa desde 5 de maio de 2016, está pela primeira vez na Figueira. 
Integra um conjunto de cinco navios adquiridos à Marinha Real Dinamarquesa, substituindo os navios de patrulha costeira da classe Cacine, que operam há mais de 45 anos ao serviço de Portugal.
O navio Mondego ganhou notoriedade em Março passado, por ter falhado uma  missão na Madeira por motivos técnicos.
Trata-se do mesmo navio em que um grupo de 13 militares se recusou a embarcar, alegando falta de condições de segurança. 

A DISSOLUÇÃO DOS SOULÈVEMENTS DE LA TERRE


"... o projecto de dissolução do movimento dos Soulèvements de la Terre produziu uma enorme deflagração; uma explosão tão forte que despertou em nós algo de irreprimível. Reacendeu em nós esse algo que se recusa a participar no vasto projecto industrial moderno, cuja consequência mais decisiva não é a melhoria do conforto e da saúde para algumas e alguns de nós, mas sim, a curto prazo, a conclusão da destruição dos ambientes vivos e dos seus habitantes. Nós somos esses habitantes e qualquer coisa em nós indigna-se, exigindo uma vida decente, uma vida com sentido, uma vida justa e bela, nada mais, nada menos. A partir de agora, há qualquer coisa em nós que se recusa obstinadamente a participar na destruição da vida na Terra. 
 Não estamos aqui na Terra para matar pobres e destruir mundos vivos. Amanhã, de manhã cedo, fecharemos a porta no nariz dos anos mortos, sairemos para as estradas, da Bretanha à Provença, e diremos às pessoas: recusem-se a obedecer, recusem-se a fazê-lo, não participem na guerra que estamos a travar contra a Terra."

A exigência dos proprietários faz sentido?

"Talvez o cerne da questão seja mesmo uma certa habituação à quase inexistência de mecanismos de regulação favoráveis aos inquilinos, num país onde o Estado, historicamente, nunca teve uma política pública de habitação digna desse nome, apesar do que nos querem fazer crer os jogos de ilusionismo das iniciativas liberais."

Daqui

0,8%

"Compreende-se agora como foi possível embrutecer e manipular populações inteiras, fazendo-lhes crer que o conflito surgira do nada, sem antecedentes e causas precipitantes, um absurdo que teria um culpado singular (Putin) ou um culpado coletivo (os russos). Tratou-se, simplesmente, de apresentar esta guerra com o maniqueísmo mais esquemático – o agressor e o agredido, o autocrático e o democrático – sem explicitar, retirando da narrativa qualquer elemento que pudesse travar o passo a uma adesão emocional (ou seja, irracional) a uma causa apresentada como representando o bem.

Para tal, como acontecera antes nas guerras do Iraque, da Jugoslávia, da Síria e da Líbia, importava animalizar e absolutizar o mal, fazendo calar o contraditório, proibi-lo e perseguir pela censura e pela difamação quem ousasse exercitar um discurso mais razoável e complexo. Esse caminho acabaria por facilitar a imposição de um estado de espírito predisposto a aceitar a escalada e tornar impossível que a palavra paz pudesse ser proferida.

Foi assim possível lançar a Europa numa guerra económica da qual está a sair perdedora e, até, tornar aceitável e possível se necessário uma guerra nuclear, sem que os europeus se apercebessem que tal seria o fim da Europa."

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Da série, "manter o foco": entre 1988 e 1990, Viseu tornou-se na maior cidade europeia sem ligação ferroviária

 Tudo começou no cavaquismo


"Esta semana ficámos a saber, através do Público, de um estudo que ilustra uma dimensão da economia política do individualismo possessivo – causadora de poluição, morte e pressão negativa na nossa balança corrente –, que tem dominado este país:

“A rede ferroviária portuguesa diminuiu 18% entre 1995 e 2018 – o terceiro maior declínio entre um grupo de países que inclui a União Europeia a 27, o Reino Unido, Noruega e a Suíça (...) No mesmo período, a rede rodoviária em Portugal cresceu 2378 km no mesmo período, ou seja, 346% – estamos também em terceiro lugar, mas entre os países em que o número de estradas mais aumentou.”

Infelizmente, o estudo não cobriu o período do cavaquismo, quando esta arte de desgovernar começou. Tem a palavra o jornalista Carlos Cipriano, que escreve, e bem, sobre ferrovia há décadas: 

“Em 1988 o governo de Cavaco Silva apresentou o Plano de Modernização e Reconversão dos Caminhos de Ferro (1988-1994) que passava por encerrar linhas e modernizar outras. Modernização quase não houve, mas as linhas foram encerradas: de 3608 quilómetros de rede ferroviária no início do período, chegou-se ao fim com 2850 quilómetros. Enquanto isso, o número de quilómetros de auto-estradas em Portugal duplicava de uns modestos 314 quilómetros em 1988 para 687 em 1995.”

Recordo-me do encerramento da estação ferroviária de Viseu, uma cidade familiar, entre 1988 e 1990, tornando-a na maior cidade europeia sem ligação ferroviária: primeiro foi a linha do Dão (entre Santa Comba Dão e Viseu) a ser encerrada e depois foi a linha do Vouga, na parte entre Sernada e Viseu.

Sim, a desvalorização do que é público começou no cavaquismo. Têm sido décadas de míopes iniciativas liberais até dizer chega." 

Na passagem dos 141 anos da elevação da Figueira da Foz a cidade a prenda que Santana Lopes gostava de ter tido, "era a primeira licenciatura do Campus da Universidade de Coimbra (inaugurado em dezembro de 2022) a funcionar"

 Via Diário as Beiras

Celebração de uma longa vida

 Via Diário as Beiras

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Câmara diz que vai construir ponte sobre passagem de nível da Salmanha, mas Vítor Alemão continua descontente...

Via Diário as Beiras

«... o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, considerou que esta é uma obra prioritária. Até porque, já ali houve acidentes mortais, envolvendo viaturas e comboios. “Estamos a tratar da construção de uma travessia rodoviária aérea na passagem de nível da Salmanha. [Neste momento], estamos a ver os materiais e o traçado. Nunca ninguém fez isto, como muitas outras coisas no concelho, e essa [passagem de nível] até mexe com vidas humanas”, frisou Santana Lopes.

... o presidente da Junta de Vila Verde, Vítor Alemão, desvalorizou o anúncio como sendo uma obra que vai beneficiar os vilaverdenses. “Essa é uma obra estruturante para o concelho que não beneficia apenas a freguesia de Vila Verde”

Passando ao lado de cenas rasteirinhas da chã política doméstica figuerinhas, recordemos...

A Figueira da Foz comemora 141 anos de elevação a cidade.

Portugal é o terceiro país europeu que perdeu mais ferrovia: 460 quilómetros

Porque é preciso continuar a "manter o foco".
Ainda a propósito do livro "O primeiro-ministro e a arte de governar" do, "desde incompreendido a odiado, pela esquerda, Cavaco Silva"... 

Via Jornal Público

"A rede ferroviária portuguesa diminuiu 18% entre 1995 e 2018 – o terceiro maior declínio entre um grupo de países que inclui a União Europeia a 27, o Reino Unido, Noruega e a Suíça, analisados num estudo divulgado nesta terça-feira pela organização ambientalista Greenpeace. No mesmo período, a rede rodoviária em Portugal cresceu 2378 km no mesmo período, ou seja, 346% – estamos também em terceiro lugar, mas entre os países em que o número de estradas mais aumentou.

Estudo da Greenpeace mostra que Portugal investiu mais do triplo na construção de estradas, entre 1995 e 2018, do que na ferrovia. Mais de 100 mil pessoas perderam acesso a comboios."