Com 5 votos a favor (4 da FAP e 1 PSD) e 3 abstenções (PS), a proposta de alienação do Paço de Maiorca, submetida a votação na reunião de câmara extraordinária, realizada pelas 16h00 de ontem, no Salão Nobre dos Paços do Município, foi aprovada. Esta proposta de alienação do Paço de Maiorca, em hasta pública, com uma base de licitação de um milhão de euros, será votada na próxima sessão da Assembleia Municipal, a realizar na próxima sexta-feira, dia 28, pelas 15 horas, no Salão Nobre dos Paços o Concelho.
A votação tinha sido
adiada, da reunião de
sexta-feira passada, para a sessão
extraordinária de ontem,
por iniciativa de Santana
Lopes, para voltar a contactar entidades públicas
sobre os fundos disponíveis para a reabilitação
do imóvel. Santana, segundo o que disse ontem, apenas confirmou aquilo que já lhe
haviam dito: é mais fácil
ser um privado a obter
sucesso nas candidaturas
a fundos europeus.
É mais fácil serem as entidades privadas a candidatarem-se para
fins turísticos, por exemplo, do que as entidades
públicas, para quem isso “é
quase impossível”, disse Santana Lopes.
Recordou ainda: “não podemos ignorar
que o Paço de Maiorca
tem 30 quartos construídos”. Depois de sublinhar que “a ninguém custa mais
alienar o Paço de Maiorca
do que a ele”, Santana fez contas e concluiu
que reabilitar o Paço de
Maiorca, acrescentado
o que já lá foi investido
e terá ainda de ser aplicado, o município teria
encargos de cerca de 11
milhões de euros.
Pela oposição Daniel Azenha (PS) frisou que “este é um
assunto complexo que transcende as questões
políticas”, ressalvando que gostava que fosse o
município a reabilitar o Paço de Maiorca.
Por sua vez, Diana Rodrigues (PS) perguntou: “não
faria sentido aprofundar a procura de outras
alternativas de financiamento [como a concessão da exploração]?”.
Ricardo Silva (PSD), que votou a favor da alienação, lembrou que “a auditoria não inclui os espaços verdes,
que acresce mais um milhão de euros”.
Outro dos assuntos abordados nesta reunão extraordinária, foi a confirmação de que a construção da
ponte entre Vila Verde e Alqueidão será financiada
a 100 por cento por fundos europeus e nacionais, tendo o lançamento do concurso público sido aprovado.
Ricardo Silva, que “sempre teve reservas”, absteve-se,
“para não prejudicar o processo”, facto que Santana Lopes não deixou de agradecer e sublinhar.