quinta-feira, 2 de março de 2023

A Revisão do PDM de 2017...

Já que o não fizeram em devido tempo, que tal deixarem-se de politiquices e passarem a preocupar-se com coisas importantes para o concelho?

"Será correta a betonização crescente da Várzea de Tavarede com a instalação destas superfícies comerciais? E o que dizer da ocupação de parte do corredor verde das Abadias com um Aldi? E quais as consequências em termos de trânsito rodoviário? E a impermeabilização crescente dos solos? E o quebrar da harmonia do verde contínuo da paisagem? Serão isto tudo questões menores? Nas cidades e países civilizados estas superfícies comerciais, habitualmente, são instaladas fora do aglomerado urbano.
Na Figueira da Foz, a revisão do PDM de 2017 tornou-se num elemento facilitador para a sua instalação à la carte dentro da cidade.
Isto não é construir cidade, antes pelo contrário, estamos a descaracterizá-la e a destruí-la a pouco e pouco."
Luís Pena, advogado.

Em 5 de Abril de 2017, fiz a publicação abaixo no OUTRA MARGEM

Passados quase 6 anos, via Movimento Parque Verde, tive conhecimento do seguinte.
"Mais uma Machadada no Corredor Verde na Figueira da Foz, mais uma Herança da Actividade Moto - Serra, com PDM - Plano Director Municipal - à maneira em 2017  para Interesses Não Verdes."

Pelos vistos, o PDM é mesmo uma questão importante. Por isso mesmo, antes da revisão de 2017, durante meses, o blogue OUTRA MARGEM colocou, a quem de direito e à consideração da opinião pública, diversas questões que considerou pertinentes para a melhoria do documento que foi aprovado em Junho de 2017.
Tal como acontece em 2023, na política figueirense andava então muito ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM. 
Porque aqui no OUTRA MARGEM o que continua a interessar é tentar contribuir para o esclarecimento e para a compreensão histórica dos factos, tentando evitar, tanto quanto possível, a politiquice, recordemos.
Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Todos sabemos, que as cidades portuguesas evidenciam ainda uma vulnerabilidade excessiva aos fenómenos climáticos extremos, como o demonstram os importantes prejuízos materiais e humanos que resultam sempre que ocorrem situações de pluviosidade intensa.
Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.
O PDM abrange todo o território municipal, enquanto os PU abrangem áreas urbanas e urbanizáveis e, também, áreas não urbanizáveis intermédias ou envolventes daquelas. Os PP têm como área de intervenção, em princípio, subáreas do PDM e dos PU.
O PDM é, pois, um instrumento de planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e de programação das realizações e investimentos municipais.
Tal como disse em tempos a ex-vereadora Ana Carvalho (minuto 14 do vídeo): "o PDM também foi feito à medida. Claro que sim...".

“Sem efeito a realização de eleições e o calendário eleitoral para a eleição do órgão presidente da Federação de Coimbra do PS”

 Via Campeão das Províncias

Proprietários de todos os países, uni-vos!

Via Revista Visão


«Odeio chegar à conclusão, mas é flagrante: boa parte dos opinion makers fala de uma crise que desconhece. A avaliar pelos argumentos expostos nos painéis de comentário, vários dos mais sonantes líderes de opinião não vivem, não sentem – nem fazem o suficiente para conhecer – os problemas enfrentados pelos portugueses comuns nesta crise. (...) Num país onde a crise na habitação é uma catástrofe social, onde o direito à habitação digna é uma miragem para milhões, é espantoso que o debate sobre a intervenção do Estado num mercado selvagem decorra sob o ponto de vista do senhorio. Invoca-se o fantasma do PREC perante medidas de regulação já aplicadas na Holanda, na Dinamarca e numa série de países insuspeitos de esquerdismo.

(...) Uma pivô quis levantar uma questão “que os portugueses se colocam neste momento” e perguntou à ministra da Habitação o que seria de alguém que comprasse uma casa para oferecer à filha e a quisesse deixar vazia um ano, ou dois, até que a filha decidisse regressar do estrangeiro. Noutro programa de televisão, um comentador alegou não ser possível mobilizar as casas de alojamento local para arrendamento tradicional, porque são demasiado pequenas. Ouvimos, em horário nobre, alguém afirmar que os jovens não querem viver nas zonas de alojamento local, como o Castelo de S. Jorge, porque não há garagens ou estacionamento para o carro. Estas e outras declarações ficam gravadas em talha dourada num pitoresco monumento à falta de noção.»

quarta-feira, 1 de março de 2023

"... considero que se poderia investir em algumas “partidas carnavalescas’” que antigamente nos faziam rir, acautelando o respeito e integridade física dos participantes e evitando somente o desfile “à moda” do Brasil"

 Via Diário as Beiras

Superespecial do Rali de Portugal realiza-se na Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

 Para ler melhor, clicar em cima da imagem.

"Nem na troika se tirou tanto aos rendimentos"...

Via Dinheiro Vivo

O autoelogio de Fernando Medina...


O autoelogio de Fernando Medina em relação à redução da dívida pública, mais do que chocante é desagradável e fere.

Desde logo, porque vivemos num país com mais de 2 milhões de pobres, com serviços públicos no caos, SNS de rastos, mortes nas Urgências, sem-abrigo, justiça de rastos, professores, médicos e enfermeiros humilhados e polícias com falta de meios.

“A dívida pública em Portugal irá reduzir-se para 113,8% do Produto [Interno Bruto] em 2022. Este é um valor que recua para níveis pré-pandemia e já ainda para níveis pré-troika”, declarou o ministro.

“É uma descida impressionante de quase 12 pontos percentuais dos 125,4% que tinham sido registados em 2021 e é o menor valor desde 2010”

Mais do que impressionante é a escassez de sensibilidade política do Ministro das Finanças...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O caso da A14: ainda bem que existe o factor sorte... (2)

 Abril de 2016:


"Aluimento na A14 não significa falta de segurança nas autoestradas"!..
A reflexão foi de Carlos Matias Ramos, na altura bastonário da Ordem dos Engenheiros, que considerou que não houve falhas e que o problema estava detectado. 

Passados quase 7 anos, parece que foi bem assim. O Ministério Público imputa infração de regras de construção em aluimento na A14.

"O Ministério Público (MP), através do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra, deduziu acusação contra a concessionária e a gestora de infraestruturas da Autoestrada 14, por infração das regras de construção num aluimento ocorrido em 2016. Em comunicado, na sua página da Internet, o MP informa ainda que constituiu quatro arguidos com funções de administração e, num dos casos, de direção de estudos e projetos, “imputando-lhes a prática de um crime de infração de regras de construção”. Os factos reportam-se à atuação dos arguidos na gestão e manutenção de troço da Autoestrada 14 (A14), concretamente da passagem hidráulica PH015, localizada no sublanço Vila Verde/Santa Eulália, no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, “contrariando regras técnicas de engenharia civil”. “Como resultado da degradação dos materiais, ocorreu, em 02 de abril de 2016, o colapso de um tubo de drenagem e cedência do piso, criando uma depressão no pavimento e levando ao despiste de várias viaturas que, no momento, ali circulavam”, refere o comunicado. Segundo a acusação, do aluimento do piso, que obrigou ao encerramento da A14 naquele sublanço durante sete semanas, resultaram danos materiais nos veículos e “perigo para a vida ou integridade física dos seus ocupantes”

A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária de Coimbra. 

Ana Sá Lopes e o futuro do Partido Comunista Português

Para ouvir o podcast, clicar na imagem abaixo

"É claro que duas décadas são muito tempo, e hoje tudo muda a mil à hora; todavia, sem ter qualquer simpatia por um dos últimos partidos comunistas europeus ortodoxos que ainda mantém algum peso social, tendo aqui a recorrer à ultracitada frase de Mark Twain sobre o exagero que tinham sido as notícias sobre a sua própria morte. A matriz, autoritária em política externa e conservadora nos costumes, que domina o partido, tenderá com toda a certeza – e sem estar aqui a fazer adivinhação – a ver-se transformada. Não de dentro para fora, pois boa parte dos seus mais rígidos militantes são precisamente muitos dos mais novos, mas antes de fora para dentro, em função da mudança social e, como dizia Cunhal, «da vida».
A verdade, porém, é que o PCP é muito mais que o partido centenário com as características políticas formais e ideológicas que se conhecem: funciona também como um forte espaço de memórias, de socialização e de expectativas, que reúne um grande número de homens e de mulheres, de diferentes gerações, através das afinidades de que precisam para construírem um necessário coletivo de esperança que dê sentido às suas existências. E este coletivo, por muito que eleitoralmente possa tender a diminuir, não se eclipsa por um efeito de evaporação ou por mero exercício de subjetiva vontade produzido por quem o observa a partir de fora. Pelo contrário, à medida que se for sentindo acossado ele tenderá a erguer trincheiras que lhe conferirão uma sobrevida. Pode ser que daqui por vinte anos, se tiver sorte, eu ainda cá esteja para confirmar se estava certo ou errado."

 

«... o Carnaval são três dias e, ao contrário do que diz o ditado, a vida não são dois. E todas as outras dimensões estão cá, para além da festa. Esperamos que, para a sua cobertura, o executivo tenha a mesma disponibilidade orçamental.»

 Via Diário as Beiras


«...a a administração portuária considera que “é premente aplicar um processo que assegure a transposição permanente das areias para sul da barra, pois, a médio prazo, a caixa de areia ficará saturada”. Estudos efetuados pela Agência Portuguesa do Ambiente, indicaram que “a melhor solução é a instalação de “bypass” fixo”...»

 Via Diário as Beiras

Para ler melhor, clicar em cima da imagem.

Alguns assuntos para a reunião de câmara de amanhã

 Via Diário as Beiras

Mariana sem oposição interna para a liderança do Bloco

Portugal em suspenso

«Num tempo em que a recuperação económica é fundamental, o poder político apenas reserva para o cidadão comum um horizonte de mais medo, ameaças, mais capital e litoral e menos interior. As PME’s desesperam. Em contraponto, as grandes empresas – Bancos, telecomunicações, gasolineiras e hipermercados – vivem tempos dourados, lucros excepcionais, benefícios fiscais inexcedíveis e apoios milionários».

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Reacção ao retardador...

Da aparência cuida-se. 
A inteligência é outro bico de obra: pode nascer-se, ou não, com ela...
Em 23 de Junho de 2022, publiquei este texto:

"O dia em que conheci pessoalmente Pedro Santana Lopes
Não estive no mesmo espaço físico com Pedro Santana Lopes, mais do que meia dúzia de vezes. 
Tenho inúmeros defeitos. Como, de resto, todos nós. Todavia, por enquanto, tenho memória.
Há 25 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz, com 60 por cento dos votos.
Há 25 anos, por esta altura do mês de Junho, andava Pedro Santana Lopes em pré-campanha eleitoral pela Figueira.
Há 25 anos, talvez a 28 ou 29 de Junho de 1997, estive com Pedro Santana Lopes, pela primeira vez, ao vivo. 
Foi no Largo da Capela, em S. Pedro, pouco antes da saída da procissão. 
Certamente que Pedro Santana Lopes não se deve recordar do episódio, mas a cena passou-se assim.
Estava um dia quente. Era domingo. A procissão em honra de S. Pedro estaria prestes a sair da Capela para ir percorrer as ruas da Cova e Gala. Eu, mais alguns amigos, seriam cerca de 4 da tarde, estávamos no largo frente à Capela, junto a uma roloute, a beber um fino. Pedro Santana Lopes passou por nós e cumprimentou-nos. Apertou a mão a todos. 
Também a mim. Notei um pormenor: Santana Lopes era humano como eu - estava nervoso e pouco à vontade. 
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes "tem os seus carmas, as suas contrariedades para ultrapassar, os seus pecados para descontar."
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes, "pode ter dado trambolhões, ter-se distraído e saído da estrada, mas, na essência, tem vindo pela estrada da sua vida."
Pedro Santana Lopes, no fundo, quer pouco: "quer ser feliz. Quer sentir-me realizado."
Estou em crer, que essa vitória de Pedro Santana Lopes em 1997, mudou o rumo da sua vida, mas mudou também  a nossa vida,  enquanto figueirenses e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
Os seus admiradores dizem que Santana Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela Figueira.
Não é essa a minha opinião: a meu ver o melhor presidente que passou pela autarquia da Figueira foi o eng. Coelho Jordão.
Mas também tem detratores.
Reconheço em Santana Lopes  virtudes. Como, presumo, tal como eu, não ter  suportado a ideia de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República.
Volvidos 24 anos, Santana voltou a concorrer à Figueira da Foz e voltou a ganhar. 
Com um "resultado fantástico", mas sem maioria. Todavia, “ganhar naquela circunstâncias foi uma proeza sem igual”. 
Está no poder há pouco mais de 8 meses. As pessoas podem não gostar de Pedro Santana Lopes, porém, têm de reconhecer que é capaz de tomar opções mesmo quando elas o prejudicam. Só por acreditar e achar que é esse  o seu dever.
E é um ser humano, tal como nós: tem humores, nervos, sentimentos e dúvidas..."

Pelo que escrevi acima, que pode não ter interesse nenhum para ninguém, mas é uma vivência que faz parte da minha vida, fui crucificado... 
Chamaram-me de tudo.
Foi para o lado que me virei melhor.
Passados todos estes meses, politicamente falando, reconheço que  sou um completo, repleto e inepto desastre. 
Continuo a escrever com o meu estilo, que se resume, simplesmente, nisto: a verdade e  autenticidade do meu pensamento. 
A palavra correta, a frase autêntica, a frase escorreita, a frase perfeita estão sempre algures por aí.
O trabalho de quem escreve é localizá-las. 
Quem escreve recorre à sua vida para escrever os seus textos.
Tudo o que escrevemos, em maior ou menor grau, é autobiográfico. 
O  interessante, porém,  é o modo como o trabalho de imaginação se cruza com a realidade.
Portanto, existe a possibilidade de quem escreve se tornar excessivo, esmagando o leitor com tantos e tantos pormenores que o leitor deixa de ter ar para respirar.
Deve ter sido o que aconteceu para ter tido reacções tão violentas em 23 de Junho de 2022. 

Vergílio Ferreira, escritor português, escreveu um dia: “todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil.” 
A terminar: o que se passou em Junho do ano passado foi violento.
Contudo, não me afectou: triste era merecer o castigo.
Porém, sofrê-lo qualquer um está sujeito. 
"Ninguém está livre dos coices de várias bestas"...

No meu tempo, quem era burro ia para pedreiro...

"Empresário" e presidente vitalício do sindicato dos patrões, nada mais natural que tenha ficado contente com esta inesperada mais-valia e aumento da riqueza.
Este homem é uma ternura. 

Os horários estão a ser estudados...

 Via Diário as Beiras

Entre 3 e 12 de março...

 Via  Diário as Beiras