Via Diário as Beiras
quarta-feira, 1 de março de 2023
O autoelogio de Fernando Medina...
O autoelogio de Fernando Medina em relação à redução da dívida pública, mais do que chocante é desagradável e fere.
Desde logo, porque vivemos num país com mais de 2 milhões de pobres, com serviços públicos no caos, SNS de rastos, mortes nas Urgências, sem-abrigo, justiça de rastos, professores, médicos e enfermeiros humilhados e polícias com falta de meios.
“A dívida pública em Portugal irá reduzir-se para 113,8% do Produto [Interno Bruto] em 2022. Este é um valor que recua para níveis pré-pandemia e já ainda para níveis pré-troika”, declarou o ministro.
“É uma descida impressionante de quase 12 pontos percentuais dos 125,4% que tinham sido registados em 2021 e é o menor valor desde 2010”.
Mais do que impressionante é a escassez de sensibilidade política do Ministro das Finanças...
terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
O caso da A14: ainda bem que existe o factor sorte... (2)
"Aluimento na A14 não significa falta de segurança nas autoestradas"!..
A reflexão foi de Carlos Matias Ramos, na altura bastonário da Ordem dos Engenheiros, que considerou que não houve falhas e que o problema estava detectado.
Passados quase 7 anos, parece que foi bem assim. O Ministério Público imputa infração de regras de construção em aluimento na A14.
"O Ministério Público (MP), através do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra, deduziu acusação contra a concessionária e a gestora de infraestruturas da Autoestrada 14, por infração das regras de construção num aluimento ocorrido em 2016. Em comunicado, na sua página da Internet, o MP informa ainda que constituiu quatro arguidos com funções de administração e, num dos casos, de direção de estudos e projetos, “imputando-lhes a prática de um crime de infração de regras de construção”. Os factos reportam-se à atuação dos arguidos na gestão e manutenção de troço da Autoestrada 14 (A14), concretamente da passagem hidráulica PH015, localizada no sublanço Vila Verde/Santa Eulália, no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, “contrariando regras técnicas de engenharia civil”. “Como resultado da degradação dos materiais, ocorreu, em 02 de abril de 2016, o colapso de um tubo de drenagem e cedência do piso, criando uma depressão no pavimento e levando ao despiste de várias viaturas que, no momento, ali circulavam”, refere o comunicado. Segundo a acusação, do aluimento do piso, que obrigou ao encerramento da A14 naquele sublanço durante sete semanas, resultaram danos materiais nos veículos e “perigo para a vida ou integridade física dos seus ocupantes”.
A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária de Coimbra.
Ana Sá Lopes e o futuro do Partido Comunista Português
«...a a administração portuária considera que “é premente aplicar um processo que assegure a transposição permanente das areias para sul da barra, pois, a médio prazo, a caixa de areia ficará saturada”. Estudos efetuados pela Agência Portuguesa do Ambiente, indicaram que “a melhor solução é a instalação de “bypass” fixo”...»
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Reacção ao retardador...
Em 23 de Junho de 2022, publiquei este texto:
"O dia em que conheci pessoalmente Pedro Santana Lopes
Não estive no mesmo espaço físico com Pedro Santana Lopes, mais do que meia dúzia de vezes.
Tenho inúmeros defeitos. Como, de resto, todos nós. Todavia, por enquanto, tenho memória.
Há 25 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz, com 60 por cento dos votos.
Há 25 anos, por esta altura do mês de Junho, andava Pedro Santana Lopes em pré-campanha eleitoral pela Figueira.
Há 25 anos, talvez a 28 ou 29 de Junho de 1997, estive com Pedro Santana Lopes, pela primeira vez, ao vivo.
Foi no Largo da Capela, em S. Pedro, pouco antes da saída da procissão.
Certamente que Pedro Santana Lopes não se deve recordar do episódio, mas a cena passou-se assim.
Estava um dia quente. Era domingo. A procissão em honra de S. Pedro estaria prestes a sair da Capela para ir percorrer as ruas da Cova e Gala. Eu, mais alguns amigos, seriam cerca de 4 da tarde, estávamos no largo frente à Capela, junto a uma roloute, a beber um fino. Pedro Santana Lopes passou por nós e cumprimentou-nos. Apertou a mão a todos.
Também a mim. Notei um pormenor: Santana Lopes era humano como eu - estava nervoso e pouco à vontade.
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes "tem os seus carmas, as suas contrariedades para ultrapassar, os seus pecados para descontar."
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes, "pode ter dado trambolhões, ter-se distraído e saído da estrada, mas, na essência, tem vindo pela estrada da sua vida."
Pedro Santana Lopes, no fundo, quer pouco: "quer ser feliz. Quer sentir-me realizado."
Estou em crer, que essa vitória de Pedro Santana Lopes em 1997, mudou o rumo da sua vida, mas mudou também a nossa vida, enquanto figueirenses e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
Os seus admiradores dizem que Santana Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela Figueira.
Não é essa a minha opinião: a meu ver o melhor presidente que passou pela autarquia da Figueira foi o eng. Coelho Jordão.
Mas também tem detratores.
Reconheço em Santana Lopes virtudes. Como, presumo, tal como eu, não ter suportado a ideia de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República.
Volvidos 24 anos, Santana voltou a concorrer à Figueira da Foz e voltou a ganhar.
Com um "resultado fantástico", mas sem maioria. Todavia, “ganhar naquela circunstâncias foi uma proeza sem igual”.
Está no poder há pouco mais de 8 meses. As pessoas podem não gostar de Pedro Santana Lopes, porém, têm de reconhecer que é capaz de tomar opções mesmo quando elas o prejudicam. Só por acreditar e achar que é esse o seu dever.
E é um ser humano, tal como nós: tem humores, nervos, sentimentos e dúvidas..."
Pelo que escrevi acima, que pode não ter interesse nenhum para ninguém, mas é uma vivência que faz parte da minha vida, fui crucificado...
Chamaram-me de tudo.
Foi para o lado que me virei melhor.
Passados todos estes meses, politicamente falando, reconheço que sou um completo, repleto e inepto desastre.
Continuo a escrever com o meu estilo, que se resume, simplesmente, nisto: a verdade e autenticidade do meu pensamento.
O trabalho de quem escreve é localizá-las.
Quem escreve recorre à sua vida para escrever os seus textos.
Tudo o que escrevemos, em maior ou menor grau, é autobiográfico.
O interessante, porém, é o modo como o trabalho de imaginação se cruza com a realidade.
Portanto, existe a possibilidade de quem escreve se tornar excessivo, esmagando o leitor com tantos e tantos pormenores que o leitor deixa de ter ar para respirar.
Deve ter sido o que aconteceu para ter tido reacções tão violentas em 23 de Junho de 2022.
Vergílio Ferreira, escritor português, escreveu um dia: “todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil.”
A terminar: o que se passou em Junho do ano passado foi violento.
Contudo, não me afectou: triste era merecer o castigo.
Porém, sofrê-lo qualquer um está sujeito.
"Ninguém está livre dos coices de várias bestas"...
No meu tempo, quem era burro ia para pedreiro...
Este homem é uma ternura.
Mariana Mortágua é o nome que se perfila para suceder, no final de maio, a Catarina Martins...
"A deputada e dirigente bloquista Mariana Mortágua vai fazer logo mais, pelas 10h30, na sede do BE, em Lisboa, uma conferência de imprensa sobre a Convenção Nacional do BE, na qual deverá apresentar a sua candidatura à liderança do partido.
domingo, 26 de fevereiro de 2023
"Lá vai o último pedaço de duna selvagem em Portugal"...
"O projeto de 200 milhões de euros prevê a construção de um hotel e três aldeamentos, todos de 5 estrelas.
Como é que se diz PREC em finlandês?
«Helsínquia: rendas controladas e iniciativa pública fazem a diferença: “quase um quinto das habitações pertence ao município, que as disponibiliza em regime de arrendamento de longa duração com o objetivo de assegurar a o direito à habitação e a diversidade social no seu território.”»