Via Diário as Beiras: "inclui o primeiro mandato autárquico de Santana Lopes (PSD, 1997 - 2002) e os mandatos de Duarte Silva (PSD, 2002 - 2009), João Ataíde (PS, 2009 - 2019) e Carlos Monteiro (PS, 2019 - 2021)".
Via Diário as Beiras: "inclui o primeiro mandato autárquico de Santana Lopes (PSD, 1997 - 2002) e os mandatos de Duarte Silva (PSD, 2002 - 2009), João Ataíde (PS, 2009 - 2019) e Carlos Monteiro (PS, 2019 - 2021)".
Imagem sacada daqui |
Foto via Diário as Beiras |
"JÁ NÃO HÁ FASCISTAS COMO ANTIGAMENTE"...
"Bolsonaro hospitalizado com dores de barriga"...
Contudo, o estado clínico "não é grave", disse o médico de Bolsonaro.
«Como o DIÁRIOAS BEIRAS avançou na semana passada, os concessionários dos apoios de praia voltam a reunir-se, amanhã, com o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes. A alegada falta de critérios uniformes para a prorrogação da concessão através das obras realizadas nos estabelecimentos comerciais e a renovação dos contratos que caducaram em 31 de dezembro último - por enquanto, os espaços comerciais mantêm-se abertos - são os assuntos mais relevantes em análise (ver edição do dia 5). “Não vou fazer nenhum despacho que me prejudique, porque estaria a despachar sobre um assunto que está errado ou é ilegal. Vou enviar uma série de perguntas à Administração Central e à Agência Portuguesa do Ambiente e defender que deve haver nova legislação. Só decido quando houver tratamento igual para todos. Não pode haver tratamento desigual para situações iguais”, adiantou Santana Lopes ao DIÁRIO AS BEIRAS. Questionado sobre a atuação do anterior executivo camarário, Santana Lopes começou por ressalvar: “Tenho por norma não atacar atos da administração anterior”. Contudo, acrescentou: “Acho que foi errado tratar uns casos em vez de se tratar de todos. A carta [enviada pela câmara a todos os concessionários alertando-os do fim do prazo de concessão] só seguiu em junho de 2021, depois de estar resolvido um caso”. Santana Lopes garantiu: “Não vamos decidir para uns e para outros não. Vamos esperar por critérios mais claros, uniformizados e transparentes. Este é um assunto que é um quebracabeças”.»
"1.
Conceição Matos aceitou estar comigo amanhã num monólogo que levarei em 2023 a vários teatros do país.
Aceitou estar comigo no Barreiro, lugar para onde foi viver com os pais e irmãos. Uma família de operários que chegou a uma terra de operários no final da década de 1930.
A Conceição tinha três anos quando a segunda guerra mundial começou. Tinha três anos quando chegou ao Bairro das Palmeiras onde fez vida e construiu o sonho de um dia Portugal deixar de ser uma ditadura da mesma família dos fascismos de Franco, Mussolini ou Hitler.
2.
Amanhã no Barreiro, nos meus “Ficheiros Secretos”, estará na primeira fila a mulher que foi mais torturada na história do Estado Novo.
A doce Conceição Matos, mulher de Domingos Abrantes, que mantém os seus olhos sem ponta de ressentimento depois de tanto sofrer, depois do tanto que lhe fizeram.
A Conceição que depois da quarta classe feita começou a trabalhar numa máquina de costurar e depois numa fábrica de pirolitos onde lavava as garrafas.
Terra dura, terra de exploradores e explorados, de conflito de classes.
O Partido Comunista tornou-se parte da sua vida.
Da sua e dos irmãos – o Alfredo, o mais velho, foi levado para o Aljube aos 18 anos.
E ela tornou-se comunista.
Esteve na clandestinidade muitos anos.
Foi várias numa só.
Maria Helena, Marília, Benvinda.
Mas só teve uma única cara e um único nome na prisão.
3.
Conceição Matos resistiu a tudo.
Às tantas tornou-se um troféu de caça para os inspetores Tinoco e Madalena, dois monstros que faziam apostas para lhe arrancar uma palavra que fosse.
E irritavam-se porque da boca de Conceição não saia rigorosamente palavra nenhuma que lhes servisse.
Torturaram-na barbaramente.
Espancaram-na.
Arrancaram-lhe as unhas a sangue frio.
Obrigaram-na a estar imóvel durante horas e horas e horas.
Obrigaram-na à tortura do sono, dias e dias e dias.
Choques elétricos, humilhações atrás de humilhações, uma perversidade levada a uma categoria demencial.
Arrancavam-lhe a roupa até ficar nua. Tiraram-lhe fotografias que distribuíam aos agentes da PIDE na António Maria Cardoso. Homens que riam fazendo gestos de natureza sexual enquanto olhavam para o seu corpo e para a fotografia que guardavam nas suas mãos como violadores à espera da presa.
Deixaram-na vários dias sem poder ir à casa de banho. O seu corpo com urina, com fezes, com o sangue da menstruação.
E ela com a roupa que trazia, a ter de limpar a cela imunda com o que tinha, com a roupa que tinha.
E depois a raiva dos pides por ela não falar, os agentes a entrarem e a espancá-la uma vez mais e uma vez mais e uma vez mais.
A gritarem os nomes que imaginas.
Tudo o que imaginas.
4.
Amanhã, no seu Barreiro, dar-lhe-ei um abraço forte.
E perguntar-lhe-ei a razão para ser assim.
Para continuar assim, com aqueles olhos curiosos de vida, sem ponta de ressentimento.
Conceição Matos, 86 anos, casada com o histórico Domingos Abrantes, dirigente marcante do PCP.
Uma das últimas provas vivas do combate e do sacrifício de tantos e tantas por uma ideia de liberdade. Ela e o marido, casados em 1969, em Peniche.
Conceição que é a prova de um combate corajoso por uma ideia de um mundo mais justo para quem nascia marcado com o ferro da desigualdade. Para gente como ela que nascia condenada a passar pela vida com um único objetivo: sobreviver.
Eu, filho de um comunista, mas crítico algumas vezes do PCP, não o esqueço.
E não o relativizo."
A Pordata tem disponível para consulta uma infografia que não só traça um retrato dos idosos do nosso país, como revela alguns dados sobre o envelhecimento em Portugal, como por exemplo, o facto de 22% da população portuguesa atual ter 65 ou mais anos, um número que tem tendência a subir.
Imagem via Jornal de Notícias
"Números da nossa realidade: Portugal é o quarto país mais envelhecido do mundo. Reflexo das baixas taxas de natalidade e do aumento da esperança média de vida — temos 182 idosos por cada 100 jovens —, a longevidade será um dos temas centrais não apenas da nossa sociedade, como de todo o mundo. Os seus impactos serão transversais: serviços, saúde, habitação, educação, emprego, banca, finanças, tecnologia e turismo, nenhuma destas áreas deixará de ser afetada pelo envelhecimento da população — e pela sua longevidade. Os desafios da chamada ‘economia cinzenta’ são enormes. Basta pensar, por exemplo, no impacto que a redução de jovens no ativo pode ter nos sistemas de pensões dos reformados."