"Marcelo exige a António Costa a apresentação das contas sobre reformas".
Reformados, não desanimem, ainda que as coisas estejam a correr mal, nunca se esqueçam, podiam ainda correr pior...
Haja esperança: 2024 trará belíssimas novidades...
"Marcelo exige a António Costa a apresentação das contas sobre reformas".
Reformados, não desanimem, ainda que as coisas estejam a correr mal, nunca se esqueçam, podiam ainda correr pior...
Haja esperança: 2024 trará belíssimas novidades...
Marcelo Rebelo de Sousa, chegou na quarta-feira a Luanda para participar ontem, quinta-feira, na investidura do Presidente angolano, João Lourenço, um presidente saído de eleições sob acusação de fraude por parte da oposição.
Após um passeio pela capital angolana, à chegada ao hotel, falou aos jornalistas: "em 2015 lá em Portugal também houve uma discussão sobre quem devia formar governo, se quem tinha ganho as eleições, se quem tinha maioria no Parlamento".
Marcelo Rebelo de Sousa, é professor catedrático de Direito, foi presidente do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em princípio, é um democrata que sabe distinguir o sistema parlamentar constitucional português e a formação de maiorias parlamentares que suportam governos de uma chapelada eleitoral.
Estas declarações só podem ser interpretadas à luz do cognome "Papagaio-mor do Reino".
Não têm mais gravidade do que isso.
"Os lucros das empresas do PSI 20 já vão, em 2022 no 1º semestre, em 75% de 20212, 2 mil milhões de euros. Lá fora idem, a Alemanha bateu recordes de lucro, 203 mil milhões, o Santander em Espanha já vai com mais 16% de lucro do que no ano passado , na França as 40 maiores empresas anunciaram lucros recordes de 170 mil milhões. Esta obscenidade é a massa, o arroz, o pão-carcaça dos portugueses que não conseguem comer proteína de qualidade, legumes, vegetais, educar os filhos com qualidade, ter saúde rápida e boa, esta obscenidade de lucros não se chama “guerra”, chama-se concentração de riqueza, protegida pelo Estado.
Estado que anuncia uma nano-migalha de menos de 10 euros por mês quando os salários estão a ser comidos pela inflação que engorda até o próprio Estado com impostos insuportáveis.
A situação real é catastrófica e será enquanto não se mexer nos lucros das grandes empresas. Os portugueses não conseguem pagar casa, alimentar-se com qualidade, viver com segurança económica e paz de espírito. Vivem mal e na corda bamba.
O governo anunciou um corte real das pensões, uma nova troika. É disso que se trata. Porque se tinha comprometido, há uma década, a aumentar as pensões de acordo com a inflação e assim que a inflação chegou mudou a lei para cortar as nossas pensões e reformas.
A Segurança social não está em risco porque as pessoas envelhecem, ou porque as pensões são altas. Está em risco porque quem entra para trabalhar entra com salários miseráveis que dão poucos descontos para o bolo.
Toda esta política visa proteger não as pessoas – o país tornou-se insuportável para viver, as contas são impagáveis com os salários que temos -, esta política protege a dívida pública, uma renda parasitária privada, que sequer jamais em Portugal foi auditada.
O aumento dos juros pela UE com o apoio do Estado português significa que estão a organizar e provocar uma recessão, que vai destruir as pequenas empresas e coloca um garrote nas hipotecas.
O neoliberalismo não é menos Estado. É o Estado a proteger acionistas, corporações, e destruir a capacidade de reprodução até da própria força de trabalho, que não tem os mínimos, quanto mais a dignidade essencial e merecedora que todos devíamos ter como seres humanos."
“A população cada vez tem mais dificuldade no acesso aos serviços públicos de saúde”. A “degradação” das condições de trabalho (a precariedade, a não valorização das carreiras, as remunerações, os elevados ritmos de trabalho) dos profissionais de saúde, a que o Governo “teima em não dar resposta” contribuem para “a degradação do SNS e para a promoção do negócio privado da saúde em Portugal”.
Para a União dos Sindicatos de Lisboa, o SNS tem um papel “fundamental” na redução das desigualdades e é “insubstituível”, na melhoria da qualidade de vida da população.
"A ligeireza com que António Costa afirmou que os funcionários públicos não terão aumentos proporcionais à inflação vai gerar uma onde de contestação difícil de suster, aliás, já instalada com a rábula das pensões. A evolução dos acontecimentos nos últimos dias revela que é cada vez mais provável que António Costa deixe de ter condições para cumprir o mandato que lhe foi conferido nas últimas legislativas."
Por Jonathan Cook
"Se a função da rainha foi rebatizar o Império como Commonwealth, transformando o massacre dos Mau Mau em medalhas de ouro para os corredores de longa distância quenianos, a função de Carlos será rebatizar como Renovação Verde a marcha da morte liderada pelas corporações transnacionais"
"Qualquer pessoa no Reino Unido que tenha imaginado viver numa democracia representativa – uma democracia em que os líderes são eleitos e responsáveis perante o povo – terá um despertar rude durante os próximos dias e semanas.
Os horários da televisão foram postos de lado. Os apresentadores devem usar preto e falar em voz baixa. As primeiras páginas são uniformemente sombrias. Os meios de comunicação britânicos falam com uma voz única e respeitosa sobre a rainha e o seu legado incontestável.
Westminster, entretanto, foi despojada da esquerda e da direita. Os partidos Conservador, Democrata Liberal e Trabalhista puseram de lado a política para se entristecerem como um só. Até mesmo os nacionalistas escoceses – supostamente tentando livrar-se do jugo de séculos de domínio inglês presidido pela monarca – parecem estar de luto derradeiro
Os problemas urgentes do mundo – desde a guerra na Europa até uma catástrofe climática iminente – já não são de interesse ou relevância. Podem esperar até que os britânicos surjam de um trauma nacional mais premente.
A nível interno, a BBC disse aos que enfrentam um longo Inverno em que não poderão dar-se ao luxo de aquecer as suas casas que o seu sofrimento é “insignificante” em comparação com o da família de uma mulher de 96 anos que morreu pacificamente no colo do luxo. Eles também podem esperar.
Neste momento não há espaço público para ambivalência ou indiferença, para reticências, para o pensamento crítico – e muito menos para o republicanismo, mesmo que quase um terço do público, sobretudo os jovens, desejem a abolição da monarquia. O establishment britânico espera que cada homem, mulher e criança cumpram o seu dever baixando a sua cabeça.
A Grã-Bretanha do século XXI nunca se sentiu tão medieval."
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Para que serviu a entrevista de ontem à noite de António Costa?
Não esclareceu sobre nada: "pacote de medidas para empresas é apresentado na quinta-feira"...
Rejeita truques nas pensões, mas as pensões em 2024 e anos seguintes vão sofrer cortes...
"Decisão definitiva" sobre novo aeroporto foi empurrada para final de 2023...
Em Portugal, o que conta já não é a qualidade das políticas.
O importante foi a mensagem que se passou: se for necessário recorre-se à manipulação de forma a que um corte de rendimento seja apresentado como uma medida tão caridosa que convenças os eleitores menos incautos.
É óbvio que nem todos somos assim tão "desatentos". Porém, entre os votos dos ignorantes e os votos dos enganados, conseguem-se as maiorias.
Os políticos são "publicitários", que se limitam a dizer aquilo que vai de encontro ao que a maioria quer ouvir.
É aqui, na passagem da mensagem, que reside esta nova forma de fazer política.
Em vez de debates sérios para discutir os problemas e apresentar as soluções, temos propaganda e golpes de comunicação.
Para ajudar, é que existem jornalistas que ganham tanto, ou mais, que o presidente da República.