sexta-feira, 26 de agosto de 2022
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
Santana, PS, PSD e o futuro próximo da Figueira
Presumo que, na Figueira, já toda a gente percebeu que a eleição de Santana Lopes, com a consequente derrota de Carlos Monteiro e de todos os outros candidatos autárquicos nas eleições realizadas em Setembro de 2021, fechou um ciclo de 12 anos de gestão municipalista/"socialista", e deu início a uma nova etapa na gestão autárquica do nosso concelho.
Termina, porém, aqui o consenso.
Para uns será Santana Lopes que, dos Paços do Município, não resistirá à tentação de pastorear e controlar a direita, em especial o PSD.
Para outros, Santana a eternizar-se no poder autárquico figueirense até 2034, será um empecilho que impedirá uma regeneração da direita - leia-se PS e, em especial, o PSD.
A manter-se por cá, Santana, nos próximos anos, veremos adiada a gestação de uma corrente liberal, agora muito na moda.
A bem da verdade, na Figueira que ainda ontem homenageou Fernandes Tomás, grosso modo, essa corrente não existe.
Existem alguns profissionais da política, ou com aspirações a tal, com ideias, mas sem iniciativa, nem capacidade de organização e trabalho.
Dito isto, todos sabemos que é impossível construir uma casa a querer iniciá-la pelo telhado.
Antes, é preciso levar o debate ao seio dos partidos figueirenses.
Partidos esses que, diga-se, andam, há muito, distantes dos cidadãos cujos interesses, em última instância, deviam defender. E têm andado, por culpa fundamentalmente dos próprios eleitores, que vêm a política como algo de pouco recomendável e se afastam, deixando-a, muitas vezes, a cargo de pessoal pouco qualificado.
No PS e no PSD, pelo menos pelo que dá para ver de fora, nada está a mudar.
Parece que, face ao decorrer dos acontecimentos, que não há cansaço nem a sensação de "deja vu".
É por isso que o que se vier a passar proximamente no interior do PS e do PSD é importante, não só para a Figueira, como igualmente e também para os figueirenses.
«As obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano»
Reunião com Infraestruturas de Portugal – Ponte Edgar Cardoso
"Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e o Vereador Manuel Domingues reuniram, na manhã de 24 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com elementos da Infraestruturas de Portugal- Dr. Serrano Gordo (Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo); Dr. Nuno Gama (Gestor Regional); Eng.º Rafael Sá Vedra (Diretor Unidade); Dr. Manuel Rodrigues (Diretor de Relacionamento Institucional Central) e Técnicos Superiores da Câmara.
Foi transmitido pela IP que a empreitada obteve o visto do Tribunal de Contas, no passado dia 1 de agosto. Assim, as obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano. O executivo camarário tinha solicitado esta reunião, para se inteirar das diferentes fases da empreitada em causa e suas implicações. A empreitada terá um prazo de execução de 18 meses e com valor estimado a rondar os 17 milhões de euros.
No decurso da reunião foram explicitadas as especificidades da obra, cujo sistema de tirantes (24 tirantes) está, atualmente, desatualizado, exigindo a sua total substituição e não reparação, situação que obrigará – como já foi anunciado - a um duradouro e incómodo condicionamento do tráfego. Este foi, naturalmente, o assunto mais abordado na reunião, depois da detalhada exposição feita, pelos responsáveis da IP, aguardando-se por parte da empresa executante - Mota Engil- o plano de trabalhos, para que seja pormenorizadamente analisado, com a necessária seriedade, pelo executivo, sobretudo no que respeita ao período da noite e tendo em conta, sobretudo a localização do Hospital e também, noutro plano, o funcionamento e atividade das empresas e os períodos da maior afluência turística.
Por parte da IP, houve o compromisso de acautelar junto do IMT as devidas alternativas, nomeadamente a utilização da A17, com regime de não pagamento de portagem no troço que vai ser alternativo à circulação na Ponte Edgar Cardoso."
Brasil: quando os golpistas estão no governo
A ação policial foi criticada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários, por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais num grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, afirmou em declarações à Folha de S. Paulo.
quarta-feira, 24 de agosto de 2022
Mundo grotesco!..
Dois pesos e duas medidas
Eleições em Angola. "A maioria dos eleitores já nasceu em tempo de paz"
A pobreza e o desemprego, assinalou ainda António Mateus, são "os principais tópicos sobre a mesa".»
Qatar, o Mundial da Vergonha
António Araújo |
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terça-feira, 23 de agosto de 2022
Optimismo: Governo diz que "Parque Natural da Serra da Estrela vai ficar melhor do que estava"!..
A ministra Mariana Vieira da Silva veio garantir que a partir de Setembro concretizar-se-á "um plano de recuperação e revitalização que deixará a Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava".
A ministra garante que a a "valorização, a recuperação e o desenvolvimento, além do que já existia, é uma prioridade deste Governo" para os territórios afetados pelo incêndio na serra da Estrela e anunciou que será declarado o estado de calamidade na região da serra da Estrela.
As garantias da ministra foram comunicadas aos jornalistas no fim de um encontro entre ministros e presidentes de câmara, realizado em Manteigas, após o qual anunciou que seria decretado o Estado de Calamidade naquela região, afectada por incêndios que duraram uma semana.
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Precariedade é sobre-exploração
Carvalho da Silva |
Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças profundas na divisão social do trabalho; alterações estruturais e organizacionais nas empresas e serviços e nas estratégias de gestão; fragmentação da produção e das tarefas inerentes a cada atividade; impactos fortes de tecnologias inovadoras; surgimento de comunicação instantânea passível de múltiplas utilizações nos processos de produção de serviços e bens; existência de novos instrumentos de trabalho; financeirização da economia e do trabalho criando a ilusão de acesso fácil ao crédito e secundarização do salário; convergência dramática entre o individualismo e o consumo. Novas formas de organização e de prestação do trabalho tiveram de ser consideradas. Todavia, a precariedade, no fundamental, não decorre de imperativos inerentes às complexidades daquelas mudanças.
Argumenta-se que as empresas agora vivem de projetos de curta duração, que tudo é volátil. Mas, há instrumentos de gestão e possibilidades de readaptação de atividades muito mais eficazes que no passado. Quanto à volatilidade do emprego, repare-se que, quer no setor privado, quer no público, são imensos os postos de trabalho permanentes por onde passam trA precariedade no trabalho é, em grande medida, um conjunto de mecanismos de sobre-exploração. Enfraquecidas as representações coletivas dos trabalhadores e bloqueada a negociação coletiva, o cutelo do arbítrio mercantil pesa sobre toda a regulamentação. A normatividade laboral é instrumentalizada. Em vez de se proibir o que é ilegal, criam-se enquadramentos jurídicos que normalizam as formas de trabalho atípico. O resultado é sempre pior retribuição do trabalho e perda ampla de direitos e formações.
Ao contrário do que se tenta impingir aos jovens, a precariedade é uma velharia que imperou durante séculos, relançada em força com o incremento do neoliberalismo nos anos 70/80 do século passado. Faz parte dos instrumentos mais requintados da "economia que mata".
Modernos são: i) o direito à segurança no emprego como princípio estruturante da universalização do direito ao trabalho e a sua consagração constitucional; ii) "o reconhecimento de que o direito ao trabalho tem uma dimensão humana, de realização pessoal e como tal subtrai-se da arbitrária disponibilidade do empregador" (Filipe Lamelas e Pedro Rita, in Trabalho Digno.colabor.pt); iii) o Direito do Trabalho, que tem por função primeira a proteção do elemento mais frágil na relação de trabalho - o trabalhador - e não a de promover políticas económica e de emprego neoliberais; iv) o objetivo do pleno emprego para, com a riqueza existente, se criarem milhões e milhões de postos de trabalho úteis e com perenidade, nomeadamente nas áreas da educação, da saúde, da recuperação ambiental; v) a Agenda do Trabalho Digno da OIT; vi) o direito dos jovens a terem salários dignos e a organizarem família.
Salvo situações excecionais, os vínculos relativos a novas formas de o organizar e prestar o trabalho, podem ser sempre estáveis ou precários. São escolhas políticas que se fazem em cada contexto. O Governo, se tem verdadeira preocupação com os impactos da precariedade, enfoque o seu esforço na promoção da segurança no emprego."