segunda-feira, 30 de maio de 2022

Morreu Carlos Cidade, antigo sindicalista coordenador, político e vereador em Coimbra

O vereador socialista da Câmara de Coimbra Carlos Cidade, de 63 anos, morreu ontem num hospital da cidade de Coimbra.
Na altura em que, de forma acidental, tomei conhecimento da notícia, estava na cavaqueira com uma pessoa amiga numa esplanada. Fiquei, naturalmente, mais do que admirado, verdadeiramente chocado.
Depois do choque, fiz buscas na internet para tentar  perceber o que tinha acontecido. Segundo o  presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, Nuno Moita, também presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, «na sexta-feira, Carlos Manuel Dias Cidade foi internado numa unidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), tendo sido vitimado pela covid-19, com “outras complicações” de saúde associadas.»
No actual executivo municipal presidido por José Manuel Silva, eleito em 2021 pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS/NC/PPM/Aliança/RIR/VOLT), Carlos Cidade, antigo vice-presidente da Câmara, exercia a função de vereador sem pelouros atribuídos.
No anterior mandato autárquico (2017-2021), com o socialista Manuel Machado na presidência, ocupou o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal.
Segundo a página do município na Internet, Carlos Cidade era membro da Comissão Nacional e da Comissão Política Distrital de Coimbra do PS, tendo ainda presidido em mandatos sucessivos à Comissão Política Concelhia.
Em dezembro, Carlos Cidade demitiu-se da liderança local do partido na sequência da escolha dos candidatos a deputados do PS por Coimbra às legislativas de janeiro, processo em que foi preterido e cuja lista seria encabeçada pela ministra da Saúde, Marta Temido, tal como nas eleições de 2019.
Carlos Cidade era licenciado em Direito pelo Instituto Superior Bissaya Barreto, de Coimbra.
Pós-graduado em Direito do Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, exercia a atividade profissional no Departamento Jurídico da Águas do Centro Litoral.
Entre outros cargos públicos, no plano autárquico, exerceu igualmente as funções de adjunto e de chefe de gabinete do então presidente da Câmara de Coimbra Manuel Machado, entre 1994 e 2002.
Antigo militante do PCP, do qual se afastou na década de 1990, Carlos Cidade exerceu também funções de dirigente sindical da CGTP, entre 1980 e 1993, tendo assumido a coordenação da União dos Sindicatos de Coimbra (USC) durante vários anos.
Carlos Cidade fez parte comigo de uma direcção do então Sindicato dos Empregados de Escritório de Coimbra, nos idos anos da década de 80 do século passado. Mantivemos o contacto durante vários anos. Depois, a vida afastou-nos.
A última vez em que nos cruzámos foi no Tribunal de Coimbra, já lá vão uns anos. Na altura, perguntei-lhe, em jeito de brincadeira, se faltava muito para a inauguração do Aeroporto Manuel Machado, ao que o Carlos Cidade respondeu "que já tinha faltado mais"...
E, assim, sem o saber, nos despedimos.
Para a família e amigos, aos seus companheiros e camaradas, fica o meu pesar pelo súbito falecimento do Carlos Cidade.

domingo, 29 de maio de 2022

"A vida continua. O tempo encarrega-se sempre de repor a verdade!" E agora PSD Figueira?

Via Paulo Pinto, Presidente da mesa do Plenário de secção...

Resultados das eleições diretas do PSD na secção da Figueira da Foz.
Luís Montenegro - 139 votos
Jorge Moreira da Silva- 21 votos
Resultados eleições delegados ao Congresso PSD
Lista A Ana Oliveira - 140 votos
Lista B Carlos Rabadão - 20 votos.
Na foto (sacada daqui) Ricardo Silva, único vereador PSD na Figueira da Foz em 2022. 

Ricardo Silva é, desde há muito, uma figura controversa da política figueirense. É, também, um sobrevivente. Na sua opinião, quando se candidatou a presidente da concelhia, em Março de 2018, "a Figueira da Foz tinha perdido influência política, económica e respeito no contexto regional”. Estava nos objectivos de Ricardo Silva, um “PSD renovado e rejuvenescido", para "conseguir alcançar a vitória” nas eleições autárquicas de 2021: "o nosso objectivo, em 2021, é conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia".
Sabemos o que aconteceu. O PSD obteve o pior resultado de sempre na Figueira da Foz em eleições autárquicas. Contudo, Ricardo Silva (um manobrador político nato), depois de no anterior mandato ter sido vereador PSD (em substituição da deputada Ana Oliveira), continua vereador, agora em substituição de Pedro Machado, o único PSD eleito na lista à câmara, nas eleições de 2021.
Recorde-se ainda que, entre 2002 e 2005, Ricardo Silva foi vereador executivo no primeiro mandato do presidente Duarte Silva. 

Ricardo Silva é um produto das jotas partidárias da área do poder. Filiou-se no PSD aos 16 anos, partido que abandonaria, entre 2008 e 2011. Apoiou a primeira candidatura do presidente da Câmara da Figueira da Foz, o independente João Ataíde, como candidato do PS. Ricardo Silva voltou a filar-se no PSD em Coimbra, tendo, entretanto, transferido a sua ficha de militante para a Figueira da Foz, concelho de onde é natural e reside. “Regressei ao partido a pedido de figuras regionais e nacionais do PSD. Quando saí, saíram vários militantes”, diz ao jornal AS BEIRAS em Março de 2018.
Acerca do apoio dado ao candidato João Ataíde, em 2009, declarou: “de acordo com a estratégia do partido, traçada entre 2006 e 2007, João Ataíde deveria ter sido o candidato do PSD, em 2009. Se se tivesse candidatado pelo PSD, hoje, o concelho estaria melhor”

Quando se candidatou a presidente da concelhia do PSD, em Março de 2018, estava nas suas intenções “fazer regressar todos os militantes expulsos e aqueles que saíram pelo seu próprio pé, em 2009”
Em Maio de 2022, depois de 4 anos como presidente da concelhia (cargo a que Ricardo Silva renunciou em Novembro de 2021, sendo substituído pelo vice Carlos Ferreira), o PSD Figueira continua com o futuro adiado e está reduzido à expressão mínima.

sábado, 28 de maio de 2022

Eleições internas no PSD para escolher 19.º presidente: Luís Montenegro é o novo líder do PSD

Resultados na Figueira: Luís Montenegro  86.88%  139/Jorge Moreira da Silva 13.13% 21
 
  • Votos Brancos0.62%1/
  • Votos Nulos0.00%0/
  • Abstenção40.15%108

Para ver melhor clicar na imagem.

Quem eram os informadores da PIDE, onde estavam e porque delatavam?

Irene Flunser Pimentel, historiadora, foi distinguida com o prémio Pessoa ​​​​​​​em 2007.

© Gerardo Santos / Global Imagens


Polo da Universidade de Coimbra na Figueira... (6)

 Via Diário as Beiras

Se o Milhazes vivesse na Figueira tinha coragem de dizer o que disse em directo na SIC?..

... no mínimo, caiam-lhe em cima políticos, provedores dos costumes no facebook e as virgens ofendidas!..
 

"Em horário nobre, perante a incredulidade de Clara de Sousa, mas mantendo uma expressão deliciosamente neutra, José Milhazes traduziu em direto o que milhares de jovens num concerto punk estavam a gritar. 

Foi um momento extraordinário. 

Por ter provado da forma menos subtil o quanto estamos formatados a uma comunicação sem rasgo. 

Todos nós dizemos a mesma coisa. 

Todos nós alinhamos os mesmos alinhamentos. 

Todos nós escolhemos as mesmas palavras, a mesma retórica, a mesma estratégia de comunicação, o mesmo modo de chegar a quem nos lê, ouve ou vê. 

O “caralho” dito por José Milhazes em direto na SIC foi, por tudo isso, um momento revelador. 

E isso é importante que seja dito. 

Também eu me ri muito. 

Também eu revi o momento mais de dez vezes. 

Também eu mostrei a amigos e aos filhos mais velhos. 

Também eu partilhei. 

Também eu vi os memes, os bordados de ponto cruz, as canecas, as t-shirts. 

Também eu vi a inconfundível cara do Milhazes plasmada um pouco por todo o lado. 

Foi como se uma panela de pressão tivesse esgotado a sua capacidade de aguentar mais. O país descomprimiu da guerra e da pressão de carregarmos todos os dias o mundo às costas, os portugueses respiraram fundo e abraçaram a autenticidade e a rutura com o que todos os dias nos entra por um ouvido e nos sai por outro. 

Ouvimos, mas deixámos de ouvir. 

Olhamos, mas não vemos. 

Banalizámos as imagens.

Não tropeçamos no que nos dizem porque as palavras são uma música com uma batida igual todos os dias. 


Foi um momento alto da carreira de José Milhazes por nos ter provado o que já sabíamos, mas não conseguíamos explicar. 

Queremos comunicadores que nos desinquietem os sentidos, que nos abanem, que nos virem do avesso e nos retirem da zona de conforto. 

Ao dizer um palavrão em prime time percebemos o quanto estávamos precisados de ser despertos. 

Que a metáfora seja o princípio para algumas mudanças. 

Que se inventem novas palavras que nos expliquem o mundo. 

Que surjam pessoas com a capacidade de não dizerem o óbvio, de não soletrarem o abecedário das cartilhas que nos adormecem. 

E que este “caralho” revelador possa transformar-se no futuro em novos modos de comunicar que não precisem de usar asneiras para nos despertarem os sentidos. 

Esse será o desafio. 

Novas palavras. 

Novos protagonistas. 

Novos modos de comunicar, de pensar, de contar sobre o mundo. 

Se isso for conseguido o país ficará mais desperto para o que se diz e para o modo como se diz."

Luís Osório

Só para lembrar, pois poucos vão dar por isso...

Eleições no PSD: Montenegro e Moreira da Silva vão a votos ...

Imagem via Diário de Notícias

Vai confirmar-se que o PSD "caminha a passos láparos para um futuro montenegro, onde haverá choro e rangel de dentes"?..

Da pobreza de espírito dos ricos de cá

«O país tem que ter uma estratégia. Todos concordam que temos que qualificar o turismo. Ninguém quer turismo de mochila. Queremos qualificar o turismo. Se queremos qualificar o turismo, não vamos querer turistas que queiram andar de Metro. Porque ninguém vai à Louis Vuitton de Metro»

Álvaro Covões, sobre o fecho da Avenida da Liberdade ao trânsito nos domingos e feriados, recentemente aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa.
«Somos um país tão pobre, tão pobre, que, a falar de "ricos", parecemos os copistas na idade média a desenhar os povos do fim do mundo com três cabeças e cauda. Nem fazem ideia que a classe média-alta anda toda de metro nos países ricos. A coisa é de tal modo ignorante que só conseguem imaginar os "ricos" com os hábitos das gentes de cá, que andam de carro no trânsito das grandes cidades e, cheios de ansiedade social, compram Louis Vuitton para que ninguém os confunda com os mais pobres que eles».

Luís Gaspar (facebook), via Ladrões de Bicicletas

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Polo da Universidade de Coimbra na Figueira... (5)

 Via Diário as Beiras

"Manuel Pereira da Costa, acredita que, em 2025, Santana Lopes será o candidato do PSD à Câmara da Figueira da Foz"

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé. 
(Crónica de António Agostinho, via edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA)
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. 
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. 
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? 
 Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Festa da Sardinha no "meeting point"

 Diário as Beiras

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Polo da Universidade de Coimbra na Figueira... (4)

 Via Diário as Beiras

“Sem-abrigo” ou “pessoa em situação de sem-abrigo”?

“Sem-abrigo” não é  condição de vida de uma pessoa. Existe, sim, uma situação que poderá caraterizar uma determinada fase na vida de uma pessoa e que se deseja ser de transição na vida, que poderá ser a de cada um de nós.
A Resolução do Conselho de Ministros nº107/2017, de 25 de julho, define o que é uma "pessoa em situação de sem-abrigo".
"Considera-se PESSOA EM SITUAÇÃO DE SEM-ABRIGO aquela que, independentemente da sua nacionalidade, origem racial ou étnica, religião, idade, sexo, orientação sexual, condição socioeconómica e condição de saúde física e mental, se encontre:
Sem teto, vivendo no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou com paradeiro em local precário;
Espaço público – espaços de utilização pública como jardins, estações de metro/camionagem, paragens de autocarro, estacionamentos, passeios, viadutos, pontes ou outros;
Abrigo de emergência – qualquer equipamento que acolha, de imediato, gratuitamente e por períodos de curta duração, pessoas que não tenham acesso a outro local de pernoita;
Local precário – local que, devido às condições em que se encontra permita uma utilização pública, tais como: carros abandonados, vãos de escada, entradas de prédios, fábricas e prédios abandonados, casas abandonadas ou outros.
ou
Sem casa, encontrando-se em alojamento temporário destinado para o efeito:
Alojamento temporário – equipamento que acolha pessoas que não tenham acesso a um alojamento permanente e que promova a sua inserção. Corresponde, por exemplo, à resposta social da nomenclatura da Segurança Social ou outras de natureza similar, designada por Centro de Alojamento Temporário: “resposta social, desenvolvida em equipamento, que visa o acolhimento, por um período de tempo limitado, de pessoas adultas em situação de carência, tendo em vista o encaminhamento para a resposta social mais adequada.”

A pandemia, no passado recente, foi também a culpada pelo aumento de pessoas sem-abrigo. Quando o país se viu obrigado ao confinamento, a economia fechou e muitas pessoas que já estavam em situação de vulnerabilidade e em precariedade laboral, acabaram numa situação de sem-abrigo.
Os pedidos de ajuda multiplicaram-se, sobretudo de famílias, num ano de 2020 apelidado de "dramático" pelas associações que prestam auxílio. Os dados oficiais, que reportam a 2020, indicam 8107 pessoas na condição de sem-abrigo em Portugal.
O director-geral do Centro de Acolhimento de Sem-Abrigo (CASA) admitiu em Janeiro passado, «que nos últimos dois anos houve um aumento em cerca de 40% do número de pessoas que foram pedir ajuda à associação, sobretudo famílias, uma percentagem que chegou aos 75% entre as pessoas sem-abrigo.
"Apareceram pessoas com características novas, muito mais estrangeiros, pessoas que trabalhavam na hotelaria, por exemplo, e que ficaram desprovidas de apoios e foram à procura de ajuda noutros locais".
Neste momento, o número de pessoas sem-abrigo anda próximo da realidade antes da pandemia.
Via o Diário as Beiras, fica uma  notícia sobre o assunto na Figueira. Assunto, esse, que talvez por nos ser incomodo, nem sempre está muito presente na nossa realidade e no nosso pensamento.
Qualquer um de nós está sujeito tornar-se “pessoa em situação de sem-abrigo”. Por exemplo, basta perder o emprego, viciar-se em adições (álcool, drogas), perder o contacto com a estrutura familiar, viver num país em guerra.

«O lado selvagem da América»

Nota de rodapé.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Polo da Universidade de Coimbra na Figueira... (3)

 Via Diário as Beiras

"... o dirigente da APA não se comprometeu com datas, prometendo notícias para breve sobre a primeira fase da intervenção"

 Via Diário as Beiras

20 anos de CAE

A importância do CAE

Se recuarmos à segunda década dos anos 80 do século passado, verificamos que durante cerca de 10 anos (1986 a 1995) houve em Portugal um acentuado  investimento em recintos culturais, por parte das autarquias  locais. A Figueira, como tem sido habitual, apanhou também esta onda com alguns anos de atraso. O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz abriu em 2002. Comemora no próximo dia 1 de Junho 20 anos.

Imagem via Diário as Beiras

Em 1999, com Santana Lopes como presidente, a Câmara Municipal da Figueira da Foz adquiriu a Quinta da Olaias, um espaço junto ao edifício do Museu e Biblioteca e ao Parque das Abadias, por 1 500 000 €. O objectivo era construir um centro de artes e espectáculos. Santana Lopes, sabia que  a Figueira da Foz precisava de um espaço capaz de receber com dignidade grandes produções, grandes espectáculos e concertos. 
A primeira “pedra” foi lançada a 5 de Novembro de 2000. Todavia, o processo que levou à construção do CAE não foi pacífico, por questões políticas e financeiras. A aprovação do CAE, prevista no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio, foi suspensa durante um mês, por intervenção directa do Secretário de Estado do Planeamento. Porém, Santana Lopes nunca desistiu. A sua determinação na defesa da candidatura da construção do CAE, levou o Governo a criar um Programa de Valorização Territorial, uma novidade do III QCA, para poder enquadrar nesse programa o investimento do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
O processo de construção do CAE, depois de submetido ao III Quadro Comunitário de Apoio, lá se candidatou a fundos comunitários. O projecto foi aprovado. O investimento foi de 10 milhões de euros, comparticipado em 50% pelos fundos comunitários. Os outros 50 %, vieram da Administração Central (25 %) e do Município figueirense(25%).
Foi assim, depois de mais algumas peripécias que aconteceram pelo meio, que foi possível inaugurar o CAE no dia 1 de Junho de 2002, já com o  falecido eng. Duarte Silva como presidente da autarquia figueirense.
No início, a gestão do CAE esteve a cargo da Câmara Municipal. Entretanto, também para tornear  dificuldades que tinham ver com a dependência do orçamento camarário, a autarquia figueirense passou o CAE para a gestão da Figueira Grande Turismo EM. 
Depois da extinção da FGT voltou para a tutela da CMFF, que é a quem compete a manutenção deste equipamento cultural de forma a permitir que o seu funcionamento decorra com todas as condições de segurança.

Um equipamento cultural, como o CAE, assume papel insubstituível na promoção do desenvolvimento do nosso concelho. A cultura é fundamental no desenvolvimento  local.
Passados 18 anos, a oferta de serviços culturais proporcionada pelo CAE, contribuiu para melhorar a qualidade de vida dos figueirenses e assumiu-se como um elemento de reforço da competitividade do concelho da Figueira, ao  promover a sua imagem e a sua visibilidade no exterior.
Imagem via Diário as Beiras

Miguel Figueira

 Via SOS Cabedelo