domingo, 26 de setembro de 2021

"Contra os “superpoderes” dos presidentes das câmaras, falta cidadania"

António Cândido de Oliveira Especialista em poder local defende que se deveriam aproveitar os próximos quatro anos para fazer uma “quase-revolução” e melhorar a participação dos cidadãos no poder local. 
Numa entrevista hoje publicada pelo jornal Público, afirma que  “a vivência da democracia local começa no dia a seguir ao das eleições. A democracia local só o é quando for uma relação viva e permanente entre eleitores e eleitos. Se não percebermos que a democracia local é o poder dos eleitores e não de um poder que se esgota no dia das eleições, não temos a percepção do que é a democracia local. Temos agora um tempo óptimo para fazer uma quase-revolução a nível local, que seria levar os cidadãos a interessarem-se mesmo pela vida do seu município e da sua freguesia. O que eu mais desejava era que, neste período entre 2021-2025, se fizesse essa revolução com vista à consciencialização da democracia local e as alterações legislativas necessárias. Há tanta coisa a fazer no aprofundamento da democracia!

Hoje, é dia de eleições

O verdadeiro programa eleitoral destas autárquicas 2021, na Figueira, chama-se «A Magnífica Ilusão».
Está lá tudo que explica o que se passa na Figueira: o diagnóstico; as causas; e a falta das soluções.

sábado, 25 de setembro de 2021

A falta de mais casas banho nas habitações e a sua relação com o problema demográfico na Figueira

Hoje, estamos em período reflexão. 
Confesso, com toda a humildade, que não conheço muito bem as disposições legais sobre esta coisa espantosa a que alguém deu o nome de período de reflexão.
Por conseguinte, no dia de hoje, todo o cuidado é pouco.
Vamos lá ver se os dedos neste escrito não violam nenhuma disposição legal. 
Ainda que a medo, avancemos.

A demografia é um tema que preocupa muita gente. 
E com razão. Porém, como estamos em período de reflexão, não vou, sequer,  referir a falta que uma maternidade faz na Figueira desde que o bloco de partos do Hospital Distrital encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006.  Penso, portanto, não violar nenhuma disposição legal, se escrever sobre o drama das famílias numerosas com uma única casa de banho na habitação.

É certo que famílias numerosas cada vez há menos. 
Daí, termos um problema demográfico no nosso concelho.
Em casas com uma só casa de banho, bastam 3 pessoas para parecer uma multidão quando há pressa! 
As necessidades de uma higiene mais apurada têm aumentado com o rodar dos anos. 
Embora espaços com meia dúzia de assoalhadas e uma única casa de banho, já não tenham permissão para construção - a lei não o permitiria -, o problema existe: um T2 obriga apenas a uma casa de banho. 

Acredito que para famílias que desejam ter mais filhos na Figueira, pior do que o problema da falta da maternidade, a impossibilidade de ter outra casa de banho, a meu ver, constitui, esse sim, o factor de grande inibição. 
E sem referir, pois hoje estamos em período de reflexão, a quantidade de divórcios que a falta de mais uma casa de banho numa casa, já deve ter originado.
Sem ir muito longe, nem ser muito profundo na reflexão, pois, volto a confessar com toda a humildade, que não conheço muito bem as disposições legais sobre esta coisa espantosa a que alguém deu o nome de período de reflexão (portanto, neste dia temos de ter cuidado com o que escrevemos...), vinco que o problema da falta de casas de banho suficientes nas habitações é um dos “dramas” do nosso tempo.
Mais: está na base de algumas questões pertinentes da nossa sociedade, nomeadamente, o elevado número de divórcios e a problemática da perda de habitantes no nosso concelho. 
No fundo, a higiene tem a ver com tudo...
Mas, hoje, como não é dia para falar de política, ficamos por aqui nesta reflexão. 
Hoje, é o dia a que alguém se lembrou de denominar de "dia de reflexão".
Mas, silenciosa e introspectiva.

Em dia de reflexão, porque não refletir?

 
A todos aqueles que não nasceram sob o signo de Saturno, mas, no mínimo circunstancialmente o desejariam, acreditem: a astrologia mais do que um logro é uma intrujice.
Não sendo, como não sou, muito versado em nada, muito menos nessa coisa dos signos, sei que a posição de Saturno no mapa astral, para quem acredita, é um indicador de como pode enfrentar as dificuldades, encontrar soluções para problemas que surgem e, ainda, como lidar com as frustrações e com os deveres. 
Saturno é o planeta que constrói o que é durável, que nos faz crescer através das experiências, que nos testa e nos faz mais fortes e resilientes. 
Com Saturno, aprendemos a conhecer limites, a cultivar a disciplina, acolher a realidade e a confiar na sabedoria do tempo. 
Como não acredito na peta da astrologia, acredito que o homem não nasce arrogante: faz-se. 
Aliás, como se pode tornar, estúpido, burro ou sorumbático. 
Eventualmente, pode nascer tímido. 
Nasce é feio. 
Contudo, é o isolamento a que o condenam esses e outros defeitos que o adestram à solidão e lhe temperam a alma. 
Assim como na Natureza não existe o vácuo absoluto, apenas a rarefacção extrema, nenhum ser humano deseja absolutamente a solidão. A par de qualquer fantasia solitária está sempre alguém dentro de nós. 
A essa sociabilidade, digamos assim, residual, corresponde a porção mínima de companhia que cabe até aos que não a procuram. 
E se, ainda assim, dessa convivência excrescer algum desengano, tornamos à solidão e escavamos um lago num dia para ocupar o corpo até calar a alma.
E o que resta?
Uma cicatriz que não temos medo de mostrar: foi uma ferida que não nos matou. 
E o que não nos mata, torna-nos mais fortes e resilientes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Deem utilidade ao dia de reflexão

Os figueirenses têm o dia de amanhã para no recato das suas vidinhas pensarem.
Se se confirmarem as sondagens, 50%, ou mais, não vão votar.
Portanto, o vencedor está encontrado: a abstenção.
Foto: Pedro Agostinho Cruz via Dez & 10

A maioria irá justificar a sua apatia com a falta de crédito dos políticos! 
Durante as campanhas eleitorais as promessas são o prato forte dos programas eleitorais.
Alcançado o poder, ficam na gaveta resguardadas da luz do dia, porque todos sabem que não serão postas em prática. 
Alguns irão acreditar que votar é um dever!
E vão votar contra aquilo que acham negativo na sociedade figueirense e a forma de o mostrar é votar. Porque existem votos para esse fim, é só exercer esse direito.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos os indecisos, que estão a pensar o sentido do voto.

Amanhã é dia de reflexão! Mesmo para aqueles que persistirem a dar o seu voto ao partido do costume.
Sabem que o partido continua a ter o seu voto de confiança. E como tal irão oferecer o voto. É só um! Mas com um se ganha, sem um se perde.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos aqueles que irão mudar a tendência do seu voto.
Muitos irão faze-lo pela primeira vez. Outros irão retornar ao partido de há quatro anos. Porque as expectativas, com a mudança na busca de uma política mais virada para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses saíram defraudadas.

Amanhã é dia reflexão! Uma reflexão já com um só sentido. O sentido da penalização deste executivo. 

OUTRA MARGEM SÓ TRABALHA COM EMPRESAS DE SONDAGENS QUE NUNCA ERRAM... QUE O MESMO É DIZER: INFALÍVEIS.

"Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante  que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO."

Na postagem desta manhã, por lapso, ficou por saber a empresa de sondagens, que nunca erra e nunca tem dúvidas.

Ei-la.  


Santana agradece...

Passaram a campanha focados na candidatura de Santana Lopes.
Primeiro foi o PSD. Agora, como podemos ver pela notícia publicada pelo Diário as Beiras, a terminar a campanha autárquicas 2021, é o PS. Pelo meio, o BE deu uma ajuda...
Domingo, ao princípio da noite, vamos ver se a estratégia seguida para atacar a candidatura de Santana Lopes, nas autárquicas 2021 na Figueira, não serviu os seus interesses eleitorais.
Vamos ver se Santana, no rescaldo, não vai não ficar com um sorriso de orelha a orelha.
Como diz o povo: "quem ri no fim, é quem ri melhor".

Autárquicas 2021 na Figueira: sondagens

Via Expresso:
"A avaliar pelas sondagens, na Figueira da Foz, o PS pode perder para Santana Lopes, agora como independente".

Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante  que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO.

Notícias falsas, que acabam por ter influência junto do eleitorado

 Via Jornal Público

Como é sabido nas autárquicas 2021, na Figueira, não são três, mas SEIS as forças políticas que disputam o acto eleitoral.
A saber: PS, PSD, Figueira a Primeira, CDS, BE e CDU.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Já que hoje na Figueira estamos numa de citar a Revista Sábado...

"Qualidade de vida", no PS é isto...

 Via Revista Sábado

"Marta Temido utilizou carro do Governo para participar em campanha do Partido Socialista".

"As eleições da bazuca"

 Via Revista Sábado

O debate

Via Diário as Beiras

"PS CONSIDERA QUE PODE PERDER A FIGUEIRA PARA SANTANA LOPES"...

 Via Jornal Público

PARA LER MELHOR CLICAR NA IMAGEM

Manuel António Pina, um autor “singular”

"O mínimo que nos é exigível é o máximo que somos capazes de fazer".

Manuel António Pina, um dos mais destacados poetas, cronistas e autor de livros ‘chamados’ de literatura infanto-juvenil das últimas décadas, Prémio Camões em 2011. 

A biografia do escritor, “Uma vida de palavras” vai estar disponível em breve. 

Via Jornal de Letras

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

AUTÁRQUICAS 2021 NA FIGUEIRA: SANTANA LOPES AO DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Autárquicas 2021 na Figueira: a virtude do debate de ontem à noite

Antes do mais, um ponto prévio. Anda por aí muita gente "zangada comigo". Nada que já não soubesse. Temos pena, mas este estado de coisas está para durar. Como escreveu Paulo Francis.
Vamos ao debate realizado ontem à noite no Casino Figueira.
Não tendo sido nada de particularmente entusiasmante, foi oportuno e esclarecedor.
Sobretudo, deu par colocar em primeiro plano a crise figueirense.
Mais e melhor ainda: deixou a nu a complexidade da crise e do momento e ponto político em que se encontra o concelho, mostrando que a Figueira vai "continuar a definhar" e que este estado  de anomia vai ser demorado e, portanto, perigoso. 
Enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem algumas coisas, nada vai mudar. A meu ver, entre muitas outras coisas, o seguinte:
1. que o mal não é o pessimismo, mas a estagnação e o atraso; 
2. que o mal não é a desconfiança, mas os embustes criados por ficções políticas constantes e continuadas; 
3. que o mal não é a descrença, mas a incompetência já amplamente demonstrada por quem tem governado a autarquia figueirense; 
4. que o mal não é a falta de desenvolvimento, mas a permanência no poder de quem o tem bloqueado; 
5. que o mal não são os problemas do mundo ou de Portugal, mas a incapacidade figueirense para lutar para vencer os nossos próprios problemas -  e são muitos.
6. Só começaremos a dar a volta a isto, quando os figueirenses tomarem consciência do estado a que a Figueira chegou.
7. Para isso é preciso coragem. Desde logo, dizer a verdade e não propagandear histórias de ficção.

A crise da Figueira, em 2021, é, antes de tudo, anímica e política. 
O concelho vive há quase 5 décadas dominado por um clientelismo que tudo tem triturado e devorado. O objectivo é a “ocupação” do poder autárquico. 
Numa cidade e num concelho com falta de saídas profissionais para os jovens - o problema demográfico existente é elucidativo -  praticamente só a ocupação do poder autárquico permite o acesso a tantos empregos, a tantas oportunidades de conseguir "tachos" e tantos jogos de influência. 
Tirando os 12 anos de hegemonia do PSD - de 1997 a 2009 -, na Figueira o PS tem governado e repartido os lugares pela sua clientela.
Nestas eleições, no fundamental, é isso que está em causa para este PS de Carlos Monteiro.
Os outros partidos - tirando os tais 12 anos de PSD, que fez o mesmo que o PS tem feito desde a década de 80 do século passado  -  sem horizontes próximos de assunção de responsabilidades, limitam-se a constatar por parte do poder autárquico, aquilo que com a minha conhecida bonomia classificaria como  a inexistência de  capacidade  para realizar  (ou para dar para a realizar) obra, o que demonstra uma confrangedora e ingénua incompetência e um latente equívoco sobre as prioridades. 

Por isso mesmo, o debate de ontem à noite, foi oportuno e esclarecedor. Em 2021, na Figueira, a poucos dias de umas eleições autárquicas, fora do arrivismo, da fantasia ou do sofisma, vai-se reduzindo perigosamente o espaço para a verdade e para a acção política séria. Citando Séneca: "Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
A democracia, assim, é um engano e em breve teremos mais uma terrível desilusão. Há quase 50 anos que temos para usar a "arma do povo" - O VOTO - e não saímos disto: o clientelismo partidário encontra um aliado decisivo no “partido do poder”. Sem "poder", não há votos suficientes. Sem votos não há “ocupação do poder”. Sem "ocupação do poder" não há distribuição de benesses. 
Como sair disto em 2021: com Santana Lopes?
Na minha opinião - mas é só a minha opinião e vale o que vale - tenho dúvidas.
E, como diria o outro: "raramente me engano".

Para quem pretenda ver, ou rever, o vídeo com a devida vénia aos seus promotores fica aqui. Também, para memória futura.