domingo, 1 de agosto de 2021

Estamos a morrer lentamente, mas o carnaval não vai parar...

Os Censos 2021, em relação à Figueira, mostraram a realidade: a Figueira da Foz, um concelho do litoral, perdeu 5,1%. A Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito,  perdeu 5,1% na sua população ao longo da última década, estando agora abaixo dos 60 mil residentes. 
Estes números falam sobre uma realidade incontornável que os responsáveis políticos locais  têm procurado escamotear com propaganda enganosa. Todavia, a ilusão  e a omissão não conseguem esconder a verdade: a Figueira faz parte dos dois terços do País que já estão moribundos. A Figueira é uma cidade do litoral com pretensões a ser um concelho com qualidade de vida. A Figueira não faz parte do  interior cada vez mais despovoado, mais pobre e mais velho. Os números sobre a realidade figueirense não enganam: basta consultar os dados do INE. Não é uma novidade. Nem é tema que não esteja bastamente estudado.
O embuste, protagonizado na campanha eleitoral em curso, por quem teve a responsabilidade política do governo do concelho nos últimos 12 anos, é facilmente detectado. 

Só não vê quem não o quiser fazer. Estamos a morrer lentamente. 
Na Figueira, há muitos anos que tem sido sempre carnaval. Estamos a pagar a factura de décadas de má governação autárquica.
Só espero que não se esqueçam de colocar as escolas de samba na Avenida a desfilar. É preciso música para os ouvidos, bonitas vistas para os olhos e dança alegre. Nada está perdido: vem aí uma pipa de massa.
Que não vai resolver nada, pois irá parar aos bolsos dos mesmos do costume.
A Figueira, segundo a propaganda, é uma cidade que já tem qualidade de sobra e sobejo.
Portanto, o problema vai continuar o mesmo: falta de políticos com qualidade e  capacidade para tentar mudar o rumo de um concelho que está a definhar. 
Mas o espectáculo do faz de conta tem de  continuar. A vitória em 26 de Setembro de 2021, ganhe quem ganhar, vai ser apenas o deslumbre e o abuso do poder pessoal, como tem acontecido, nos próximos 4 anos. 
Em 2021, as putativas elites já marcaram o terreno na Figueira. Os mais desfavorecidos, os mais frágeis, os mais pobres, os mais fracos, os mais sós vão continuar na mesma, se não mesmo ver ainda piorar mais a tal qualidade de vida, que só existe na propaganda partidária.
Contudo, uma coisa está garantida: na Figueira vai ser sempre carnaval.
Não haverá na Avenida vento que atrapalhe...

sábado, 31 de julho de 2021

A mediocridade da Figueira que temos e a falta de tempo...


Andamos a perder tempo, há muito tempo, na Figueira.
Estamos em 2021. Em Setembro próximo, a 26, há eleições autárquicas.
Será que vamos continuar a perder mais tempo?
Pelo andar da carruagem, estou a ver que ainda não é desta vez que se vai conseguir solucionar a conjuntura para que haja a possibilidade de preparar a estrutura.
Quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

Nada vir a acontecer de novo, mais uma vez, é um risco real.
Sem “tempo”, sem “verdade” e sem exigir “qualidade” na política, como até aqui tem acontecido, nenhuma força política conseguirá realizar na Figueira a obra que a construção do futuro impõe. 
A conjuntura joga-se fora do poder político.
Decide-se nas catatumbas imundas dos jogos de bastidores.
A Figueira precisa de coragem e de veradde. É fundamental que os responsáveis digam que a situação é complicada, a recuperação é difícil, que a tarefa é árdua e que os resultados são demorados. 
Repito: quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

O estado da decadência da Figueira é profundo e as circunstâncias envolventes são complexas.
Se não soubermos aproveitar a oportunidade que nos vai ser oferecida em 26 de Setembro próximo futuro, só podemos, depois, queixar-nos de nós mesmos, enquanto sociedade.
Se os eleitores figueirenses não perceberem isso, muito rapidamente, ficaremos onde estamos...

Há dias assim...

... tenho cada vez mais dificuldade em sentir nostalgia dos lugares em que fui feliz. Há dias em que podemos ser infelizes em qualquer parte...

A foto fala por si: ou o arquitecto queimou os neurónios, ou isto é incompetência pura e dura.

Na obra de requalificação do Cabedelo, nem a recolha do lixo foi pensada!.. 
Atentem na colocação dos contentores: quem for colocar o lixo sujeita-se a ser atropelado. 
Numa obra de milhões de euros, isto é admissível?.. Os automóveis têm de se desviar para não atropelarem os utilizadores dos contentores. 
Com tanto espaço disponível, qual foi o problema?

Bom sábado

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Morreu a pianista Olga Prats

A pianista Olga Prats morreu esta sexta-feira, aos 82 anos, na sua residência na Parede, concelho de Cascais, vítima de doença oncológica.

A questão do voto verdadeiramente útil nas próximas autárquicas na Figueira...

A questão do voto útil é uma questão pertinente e importante. 
Para mim, porém, fácil de resolver. A questão do voto útil, a meu ver, é importante e útil, em primeiro lugar, para quem vota -  o eleitor. 

O que está em causa, nas próximas eleições na Figueira? 
Apenas, e só, a remoção do líder do PS, Carlos Monteiro? 
O PS cometeu um erro estratégico: entregou o aparelho à mediocridade chamada, para simplificar, de  monteirismo. 

Como sabemos, as mudanças no interior dos partidos não se fazem a partir do exterior.
Na Figueira, o PSD  está a fazer uma travessia do deserto que dura há 12 anos. Está desejoso de voltar a ter acesso ao orçamento municipal.
Se objectivo do PSD Figueira passar apenas por remover Monteiro, mesmo que vença, a Figueira vai continuar a ser a grande derrotada.
É isso que  os figueirenses têm que ter bem presente quando forem votar.
Depois queixem-se. Ou ainda acreditam no  D. Sebastião?

Olho para a politica na Figueira e noto os partidos - todos os partidos -  a envelhecer.
Vejo que todos nós, talvez por falta de alternativas, cada vez mais desiludidos, ficámos receptivos ao mal menor pouco estimulante e respeitador da nossa inteligência.
Sempre tive o defeito de ligar à política. De  valorizar o poder exercido em e  com democracia. De achar que a política deveria ser das mais nobres actividades humanas. 
Demasiado importante, por isso, para ser exercida por incompetentes, medíocres e oportunistas.

Tenho dificuldades em  rever-me no poder político que temos tido na Figueira. Estou farto de políticos com sonhos egocêntricos, que têm tramado a minha vida e a de muitos outros.
Aquilo que quero para próximo presidente da câmara da Figueira é pouco:  alguém que tenha coragem, honestidade e dedicação para depositar o meu voto, a minha esperança e o meu apoio activo. 
Por isso fiz a minha escolha, que é pública.

Há políticos que não falam para mim. Podem falar para muita gente, mas muito raramente falam para mim. E eu vou aceitando, porque como democrata, sou de uma minoria. Mas não tenho que lhes entender as razões deles, nem tenho de compreender e aceitar o compromisso das massas. Ando há anos suficientes pela vida para saber que os políticos demasiadas vezes dizem e fazem o oposto dos interesses que defendo para mim e para os outros.

Em 2021, depois de alguns anos de interregno, entendi que era tempo de tentar fazer qualquer coisa no terreno. Contribuir para construir, talvez arduamente, qualquer coisa útil, que ajude também a mim a respirar melhor neste pedaço de Terra, que é a Figueira, onde tenho raízes.
Tenho 67 anos de idade. Vivi os primeiros 20 em ditadura. Não quero mais disso.
Enquanto tiver sanidade mental quero merecer a  dignidade de ser livre num concelho de um país que quero democrático. Fazer política, depende de nós. Enquanto actores mais ou menos passivos. Se ninguém se indignar com nada, nada é indigno. Se ninguém se mexe, “alguém” se mexe contra nós.
No momento em que estou a terminar este texto para ir apresentar as listas no Tribunal da Figueira, sinto-me de bem comigo próprio.
A CDU é a força indispensável para a defesa dos mais genuínos interesses das populações do concelho e freguesias da Figueira.
A Figueira não é a "Vila morena", mas também na Figueira o Povo é quem mais ordena.

"Os capitães de Abril toleram-se, mas não se homenageiam. Não caíram na boa graça das elites pensadoras nem dos partidos. Não lhes pertenciam"

 Via Expresso

Milhões...

Curioso como OUTRA MARGEM passa. 
De telemóvel em telemóvel, de tablet em tablete, de computador em computador.
Agrada-me que venham de visita até aqui.
De Portugal, Brasil, França, EUA, Canadá, Macau, Luxemburgo, Irlanda, Escócia, Inglaterra, Austrália, vários países africanos, etc., etc., etc. ... 
Já são muito mais de 4 milhões e meio de visitas...

Ainda bem que na Figueira não é assim...

Há cidades em que não pode haver crítica pública à autarquia.
Ainda bem que na Figueira não é assim.
Nesssas cidades, quem teve o desplante de a fazer nas redes sociais recebeu piedosos  avisos - e calou-se.
Ainda bem que na Figueira não é assim.

Bastava um like num comentário crítico para desencadear a pressão. 
Ainda bem que na Figueira não é assim.

Ainda nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, era frequente serem apagados posts nas redes sociais. 
Nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, existia  gente a  passar a pente fino as redes sociais, ao ponto de até se "alertar" quem colocava likes. 
Nessas ciadades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, parecia estar a viver-se 50 anos antes, quando havia agentes da PIDE a vasculhar a vida das pessoas. 

Nessas cidades, a estratégia resultava e tem-se mostrado eficaz. 
Esperemos que os querem tomar conta da  “manjedoura” autárquica, não sigam essas práticas e esses métodos: uns telefonemas, umas "facilidades", umas conversas - tudo para controlar (o ideal é mesmo silenciar...) as críticas. 
Ainda bem que na Figueira não é asssim.

O desejo de ter  acesso ao "pote" autárquico, isto é, à  gestão dos dinheiros camarários, leva muita gente, por esse Portugal fora, a cometer disparates.
Ainda bem que na Figueira não é assim. 

Ainda bem que, na Figueira, existe a garantia que quem ganhar em 26 de Setembro de 2021, vai continuar assim e não como tem sido em muitas cidades de Portugal continental e ilhas adjacentes.
Nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, aquilo que tem acontecidos, além de triste, tem sido uma vergonha.

S. Pedro, uma freguesia a definhar

Imagem via CENSOS 2021


Em dez anos perdemos 11,2% da população: de 2910, em 2011, passámos para 2585, em 2021. 
Somos a QUARTA freguesia com menos pessoas no Concelho. 
Perdemos 7.1% dos agregados familiares.
Isto, quando a média do Concelho está em crescimento.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Censos 2021: Distrito de Coimbra perde 5% da população em 10 anos

"Em termos absolutos, Figueira da Foz foi o concelho que mais residentes perdeu (3.143), seguindo-se Coimbra (2.600) e Penacova (2.132)."

Salgado, Berardo, Proença, Vieira, Ronaldo....


Nota de rodapé....
"Aquilo é uma tempestade medonha, aquilo vai p'ra lá do que é eterno, aquilo era o retrato do inferno, vai ao fundo, vai ao fundo, e vai ao fundo sim senhor"...

Rui Curado da Silva no Dez & Dez.


“Temos um executivo que deixou a cidade desenvolver-se, deixando o seu centro de gravidade mover-se para as periferias, onde tínhamos rotundas e avenidas que serviam para desviar o trânsito para as praias e agora estão a servir para serem montados supermercados”.

Autárquicas: 2021: na lista do PS para a Câmara, nada de novo...

Tal como OUTRA MARGEM tinha informado há 5 dias, mais precisamente no passado sábado, 24 de julho de 2021, hoje na edição do Diário as Beiras, as previsões confirmaram-se.

Autárquicas 2021: CDS-PP já entregou as listas

Nota de Imprensa

"O CDS-Partido Popular da Figueira da Foz, representado pelo seu Mandatário, Dr. José Trindade Constante, o seu Secretário da CPC, Carlos Miguel Vitória, e o Dr. Luís Villalon, entregou na manhã de ontem, dia 28, no Tribunal da Figueira da Foz as suas Listas concorrentes às Autárquicas de 2021. 

O CDS-PP da Figueira da Foz apresenta listas à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal, bem como às Assembleias de Freguesia de Buarcos e São Julião, Tavarede, Maiorca, Ferreira-a-Nova, Alhadas e Bom Sucesso."

quarta-feira, 28 de julho de 2021

By pass, entre a propaganda e a realidade

 Via Diário as Beiras. Dia 28.07.2021

Foto de António Agostinho. 
Dia 28.07.2021, cerca das 12 horas e 30 minutos

Será exigir muito desejar uma política mais decente para a Figueira e para os figueirenses?

 


É tempo de mudança na Figueira. 
Os tempos de hoje requerem um novo inquilino nos Paços do Município. 
Um político que não esteja "amarrado" a compromissos partidários e outros, conhecedor do concelho e do seu povo, capaz de enfrentar as contrariedades para tornar a vida dos figueirenses mais segura, mais próspera e mais saudável.
E, já agora se não for pedir demais, politicamente mais decente.
Mas, isso não vai cair do céu. Têm de ser os figueirenses a protagonizar a mudança. 
Como? Com a arma que têm: o seu voto. Votar vale a pena.
O significado político do voto torna-o um dos centros da acção e decisões políticas correntes na vida política democrática, servindo como fonte de equilíbrio e motivação de cálculos políticos e eleitorais, em cada momento próximo aos actos eleitorais.