Neste momento na Figueira, ainda em clima de pré-campanha eleitoral, tem cabimento uma reflexão serena. Não pretendo ensinar nada. Trata-se de um contributo à sanidade da vida política e ao exercício correcto da cidadania.
Porém, os compromissos eleitorais deviam ser para cumprir.
A verdade, como temos constatado ao longo de décadas, é que raramente os compromissos assumidos em campanhas como promessas eleitorais, não se cumprem.
Basta recordar as promessas feitas nos últimos 24 anos no decorrer das campanhas eleitorais na Figueira da Foz.
Quem, nessa altura, fez promessas sabe muito bem que assim é.
A democracia constrói-se com a aceitação respeitosa das diferenças, não com discursos sonantes, nem com ataques pessoais. A diferença pode sempre enriquecer. Falar do outro, como se fosse um inimigo a abater, divide sempre, fere inutilmente, levanta muros, promove suspeitas, inquina relações, destrói uma sociedade onde todos têm direito a viver e participar.
Uma campanha eleitoral é, entre nós, normalmente um espectáculo desagradável e nada edificante, pelo que se diz e como se diz e pelo que se promete. Contados os votos, lá vêm palavras de felicitação com sorrisos de circunstância, mas, para trás, ficaram feridas difíceis de curar e lama difícil de limpar.
Em campanhas eleitorais, poucas vezes se vê a leitura serena da realidade concreta e se fala de propostas de solução possível.
Nas autárquicas 2021 na Figueira, temos tribunos argutos, fluentes e experientes e promessas para deslumbrar.
Por mim, espero um empenhamento autêntico e sincero no bem comum, espírito de serviço em prol dos figuerense e menos ânsia de conquisat de prestígio pessoal.
A classe política tem o dever de se prestigiar. As campanhas eleitorais são uma boa ocasião. Não se diga que a respeitar os outros candidatos não se ganham eleições.
















