quinta-feira, 15 de julho de 2021

Lembram-se do Sweel, no Cabedelo?

Se não se lembram há que avivar a memória. 

80.000€ de indemnização. Mais,10.000€ para o arquitecto para a nova localização no Cabedelo, que depois não foi aceite. E 30.000€ para o transportar e instalar no parque de campismo da Figueira da Foz.

Total: 120 mil euros.

Era um café pré-fabricado, localizado na praia do Cabedelo, Figueira da Foz.

Foi transportado intacto, em maio de 2020, ao longo de nove quilómetros, para o parque de campismo dqa Figueira da Foz.

Na altura, conforme constatou a agência Lusa, o edifício foi içado por uma grua de 50 toneladas e colocado num transporte especial. O percurso de nove quilómetros até ao parque de campismo municipal, foi acompanhado pela PSP, implicou o atravessamento da povoação da Gala, as pontes dos Arcos (sobre o braço sul do Mondego) e Edgar Cardoso, entre as duas margens do rio e parte da Estrada Nacional 109, antes de entrar na Figueira da Foz pela rodovia urbana.

O presidente da câmara, Carlos Monteiro, admitiu ser a primeira vez que é realizada na Figueira da Foz uma operação desta envergadura relativa a um edifício, justificando-a por ser "a maneira mais barata de o transportar e de o reutilizar".

Entre o que o edifício vale e o valor da operação de transporte e de instalação no parque de campismo para o deixar funcional, há um diferencial favorável", frisou Carlos Monteiro, acrescentando que o pré-fabricado irá funcionar como bungalow na nova localização.

Segundo os dados disponibilizados pelo autarca, aquando do acordo feito com a antiga proprietária - que foi indemnizada em 80 mil euros -, o Swell "foi avaliado por um perito externo [à câmara] em 62 mil" euros.

Como o transporte, a reparação com colocação de estacas [na base] e os trabalhos para o deixar funcional orçam em 30 mil, um valor abaixo da avaliação, entendemos reaproveitá-lo e repô-lo no parque de campismo para servir como bungalow", alegou o presidente do município do litoral do distrito de Coimbra.

O edifício encontra-se no Parque de Campismo Municipal.

Depois de gastos 120 mil euros, talvez um pouco mais, sabem para que serve? Pa00000ra estar como a foto mostra: fechado!..


Será que na freguesia de S. Pedro, mesmo no Cabedelo, este antigo restaurante não teria utilidade? 
Por exemplo, não poderia ser transformado numa Biblioteca de Praia, tal como a Praia da Tocha tem já há longos anos, em vez de o terem levado para o Parque de Campismo, para servir de bangalô, evitando-se assim o gasto de 30 mil euros?

Da série, a pandemia tem as costas largas para justificar atrasos e aumento de custos em várias obras: reabilitação da Casa da Praça em Maiorca, "Enforca Cães", Jardim Municipal, Bento Pessoa, Campo do Cova-Gala, Rua dos Combatentes, entre outras...

 Via Diário as Beiras, edição de hoje.



Todavia, recorramos à memória, via OUTRA MARGEM. Vamos viajar no tempo até 29 de Junho de 2019, ainda não havia pandemia.

"Depois da requalificação de Buarcos, quase à beira da inauguração, as más notícias.
O presidente, interrogado sobre os custos das alterações ao projecto inicial, respondeu que ainda não foram contabilizados, mas serão tornados públicos. A propósito de alterações ao projecto, Carlos Monteiro admitiu que o “estacionamento, que está mal feito”, deverá ser “rapidamente corrigido”. E acrescentou: “Não podemos estacionar em perpendicular à via. Há um erro de projecto que vai ser corrigido”

Quando se decidiu requalificar, não se sabia disto? Depois das obras se iniciarem, apesar de tantas críticas que este estacionamento logo mereceu, não se se notou que era necessário alterar?..
Deixou-se construir e, certamente,  vai-se estrear um estacionamento novinho em folha e agora - melhor: porquê só agora?!... - é que o presidente Monteiro reconhece  que “não podemos estacionar em perpendicular à via" e que "há um erro de projecto que vai ser corrigido”.
Renovo a pergunta: que objectivos estiveram na base da  obra de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos ?
Fomentar o Turismo? Criar riqueza e postos de trabalho? Aumentar os residentes naquela área?
O actual presidente da Câmara, Dr. Carlos Monteiro, à época o vereador da obras municipais, tem responsabilidades acrescidas na forma como todo este lamentável processo decorreu. Por exemplo: porque não houve diálogo  com os afectados (moradores e comerciantes) para encontrar soluções para tentar amenizar os prejuízos e os incómodos.
A autarquia figueirense teve sempre uma postura arrogante e autoritária perante quem discorda. Foi assim em todo o lado onde houve intervenção e foi assim no Cabedelo.

Os políticos locais dizem-se preocupados com o ambiente, falam de descarbonização e alterações climáticas. Na prática, investem milhões para trazer para o coração da cidade uma fonte poluente.
Por exemplo: foram feitos estudos de tráfego? O Dr. Carlos Monteiro já reconheceu que não. 

De que forma é justificada a redução da emissão de gases? Como foi feito o estudado sobre a descarbonização? Onde estão os resultados?
Ao longo da execução deste projecto, ninguém sabia nada, incluindo técnicos e decisores políticos. Muita coisa se fez, "sem dar por ela"...
Porque continua muita coisa por responder e esclarecer, fica a pergunta: e agora?.."

O aumento dos custos e os atrasos de todas as obras municipais, não é um fenómeno recente.
Ao longo do tempo, nestes quase 12 anos de gestão socialista, teve a ver com dois factores: incompetência, que se traduziu em má gestão e mau planeamento. Para não referir a péssima (talvez, mesmo inexistente) manutenção dos espaços intervencionados nos últimos anos...
O Doutor Carlos Monteiro, vereador durante anos das obras Municipais, antes de por sucessão ter assumido o cargo de presidente, certamente que saberá melhor do que ninguém, que assim aconteceu.
A pandemia, a falta de materiais e de mão-de-obra, a chuva, o sol, quiçá o vento, têm as costas largas. Mas, a realidade é a realidade.
Ao que chegou ao meu conhecimento, na obra do Cabedelo, lado norte, já está prevista uma alteração junto à Torre da GNR: o aumento do estacionamento no local que diziam que era para instalar uma unidade hoteleira...
Foto António Agostinho

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MARCO GALINHA: AS LIGAÇÕES E AS POLÉMICAS DO NOVO PATRÃO DOS MÉDIA

"Talvez não seja, mas Marco Galinha não é um CEO igual aos outros."

"Família e negócios cruzam a Rússia e os EUA. Dá-se com oligarcas, congressistas, ex-espiões e advogados citados em casos de lavagem de dinheiro. Reativou ligações e nomes do tempo de Sócrates e quer mais espaço para o Chega na informação da Global Media. “Patrão” do Grupo Bel e novo “tubarão” dos “média”, é contestado e acusado de ingerências editoriais. Em que águas se move Marco Galinha?"

Via Revista Visão

"Empresas com ligações ao PS lucram com kits de alimentos em centros de vacinação. Ajuste direto custa 425 mil euros"

 Via OBSERVADOR

BE anuncia hoje os cabeças de lista à câmara e à Assembleia Municipal da Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

quarta-feira, 14 de julho de 2021

"Uma alternativa credível para o futuro..."

 Via Diário de Coimbra

A vida e o medo da morte...

"Gosto da vida porque gosto de mim mesmo e compreendo a honra que me foi feita quando vim ao mundo para aí­ ter conhecimento de toda a luz e de toda a grande ciência humana." Santo Agostinho

"Não sabes que a origem de todas as misérias do homem é, não a morte, mas o medo da morte?" Epicteto

"Devíamos ver-nos sempre como pessoas que vão morrer amanhã. É esse tempo todo que supomos ver à nossa frente que nos mata." Elsa Triolet

A candidatura liderada por Bernardo Reis, tem como “principal objectivo eleitoral eleger, pelo menos, um vereador”...

 Via Diário as Beiras

Estreia da 4ª temporada Dez & 10 - Especial, aconteceu ontem à noite

Via Diário as Beiras

Na próxima terça-feira será entrevistado Bernardo Reis, candidato da CDU à Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Surfar à noite no Cabedelo? Há tanto tempo que dizem que vai ser possível...

O projecto para a iluminação que tornaria possível a prática do surf nocturno no Cabedelo, foi entregue à Câmara em 2011, pelo arquitecto Miguel Figueira, na sequência do desafio lançado em 2010.
Entretanto, por exemplo Vagos, em setembro de 2014, Cortegaça Carcavelos, já testaram a ideia de promover a prática do surf à noite.
Mais uma vez, o surf na Figueira foi ultrapassado...
Mas não tem sido por falta de ideias. As ideias existem. Neste caso concreto, o projecto foi entregue pelo arquitecto Miguel Figueira, em 2011...
O Cabedelo é um local mítico, para quem gosta de desportos com ondas.
A Câmara da Figueira da Foz, em janeiro de 2017, afirmava que ia avançar com um projecto de requalificação da praia do Cabedelo, que incluía a iluminação permanente do mar, criando condições para a prática nocturna de surf.
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, referiu na altura o presidente da Câmara da Figueira da Foz.
A iluminação do mar, nesta praia da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017.
O projecto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
A decisão da autarquia já foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que destaca “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancaria “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconheceu o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Primeiro subscritor da candidatura do SOS Cabedelo ao Orçamento Participativo de 2017, Gonçalo Cadilhe destaca que “são poucas as praias do planeta onde tal já é possível”, acrescentando que “a Figueira marcará pontos a nível de notoriedade com esta decisão”.
Estamos em 2021. E a situação, segundo o Diário as Beiras, é esta: "foram construídas as bases dos pontos de iluminação da Praia do Cabedelo para a prática noturna de surf, colocando a Figueira da Foz na vanguarda nacional neste tipo de oferta". Quando chegarmos à "conclusão das obras" e for ligado o interruptor, o que pode levar ainda algum tempo, deveremos passar a estar na vanguarda, neste tipo de oferta, a nível plan(f)etário...  

Justiça: Juízes Luís Vaz das Neves e Orlando Nascimento suspensos de funções sem vencimento.

«Conselho Superior da Magistratura suspendeu Luís Vaz das Neves e Orlando Nascimento, os ex-presidentes da Relação de Lisboa suspeitos de envolvimento na distribuição fraudulenta de processos.
Mais de um ano depois das primeiras notícias e do início da investigação, no âmbito da Operação Lex, que visa Luís Vaz das Neves e Orlando Nascimento, suspeitos de envolvimento na distribuição fraudulenta de processos e de terem, respetivamente, usado e cedido abusivamente o salão nobre da Relação de Lisboa para julgamentos arbitrais, o Conselho Superior da Magistratura decidiu suspender os dois ex-juízes presidentes daquele tribunal.»

terça-feira, 13 de julho de 2021

As explicações de um mandatário "acidental"...

Na qualidade de mandatário “acidental”, não tenho para apresentar na minha bagagem pessoal nenhum passado construído sobre grandes feitos académicos, profissionais ou políticos. Sou um figueirense normal. Por isso mesmo, sinto-me muito honrado e surpreendido pelo convite que me foi feito pela Silvina Queiroz,  em nome da CDU, para ser Mandatário da Candidatura autárquica da CDU à Figueira, em 2021. 

Vou repetir aqui o que disse à Silvina Queiroz, já vão decorridas largas semanas: confessar que este convite me pareceu um tanto exagerado, pois existem pessoas na Figueira com muitos e melhores atributos do que eu

Vindo da CDU, teria bastado uma simples solicitação para pertencer a uma lista de apoiantes. Certamente que ficaria bem acompanhado por figueirenses que se revêm nesta candidatura. Acompanhado por aqueles que, como eu, já não suportam o estado a que o concelho chegou. Acompanhado por aqueles que, como eu, não estão dispostos a cruzar os braços, enquanto os cargos públicos autárquicos na nossa cidade e no nosso concelho são ocupados por gente sem as qualificações políticas mínimas para poderem ser considerados servidores públicos. Acompanhado por todos aqueles que, a não ser lançada esta candidatura, muito dificilmente poderiam vir a ser mobilizados, sequer, para o voto, tal o desolador panorama político, económico e social do concelho. 

Perante tão triste e desolador cenário, era fundamental que aparecesse uma candidatura “Diferente e de Esquerda”

Uma candidatura e um candidato para quem a “esquerda” não é um disfarce, para quem o passado colectivo e pessoal é um justificado orgulho; para quem as lutas e reivindicações dos trabalhadores não são um estorvo; para quem as mulheres, os jovens, os desempregados, os velhos e as crianças, não são estatísticas, mas sim pessoas de carne e osso; para quem a saúde não é uma oportunidade de negócio; para quem a escola e a educação não são truques de ilusionismo. Finalmente, para quem a cultura e a arte são uma coisa nossa, um direito, uma "ferramenta carregada de futuro” e não “um luxo cultural" de que os que cínica e hipocritamente se querem fazer passar por neutrais, lavando as mãos, se servem da cultura e da arte quando as circunstâncias lho permitem. 

A Candidatura aqui está! Apoiada na vontade e determinação de um colectivo, que pretende dar rosto e voz a todos os que, mesmo não estando ligados a qualquer partido, como é o meu caso, ou que estando, não se identificam com o rumo seguido pelos partidos “do chamado arco do poder” e do autêntico rotativismo e alternância, sem alternativa, que têm liderado os destinos do concelho nos anos que se seguiram à implantação da democracia. 
Esta é a candidatura dos que não se identificam com aqueles que todos dias procuram cerrar mais uma das “Portas que Abril abriu”. Esta é candidatura daqueles que acham que está é a altura certa e soberana, não para jogos de poder e calculismo político, mas para darem um sinal claro daquilo que querem para a sua vida e para a Figueira. Esta é a candidatura verdadeiramente independente das políticas que têm vindo há décadas a arruinar o nosso concelho. Esta é uma candidatura verdadeiramente empenhada e capaz de contribuir para combater o rumo de declínio do concelho da Figueira da Foz. 

Há momentos, em que a exigência é a ruptura que nos conduza à mudança, sem ambiguidades, jogos de bastidores, nem cartas escondidas na manga. Na minha vida, que já leva 67 anos, orgulho-me daquilo que fiz. Diga-se, porém, em abono da verdade, não foram capazes de mudar a Figueira e muito menos o mundo. Mas, se há alguém capaz de melhorar alguma coisa na Figueira, é a CDU. 
A responsabilidade, em 26 de Setembro próximo, pertence aos eleitores.

Bernardo Reis concorre à Câmara Municipal da Figueira da Foz pela CDU

 Via Figueira TV

"Bernardo Reis é o primeiro candidato da lista concorrente à Câmara Municipal da Figueira da Foz pela Coligação Democrática Unitária (CDU), foi hoje anunciado em Conferência de Imprensa, no Centro de Trabalho Agostinho Saboga do PCP.

A CDU anunciou hoje que concorrerá “a todos os órgãos municipais deste Concelho e autarquias” e apresentou oficialmente o primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal da Figueira da Foz, nas eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021. A candidatura da CDU tem “como principal objetivo a eleição de pelo menos um Vereador, de forma a podermos alterar o bloco de interesses que tem sido constituído nos últimos 24 anos pelo PSD e PS”, avançou o candidato Bernardo Reis.

“Defendemos uma visão integrada para o desenvolvimento e melhoria de vida dos nossos concidadãos, abrangendo áreas como o desenvolvimento económico do Concelho, novas políticas de distribuição de água, transportes e vias de comunicação, saúde, educação, cultura e desporto, e diferentes conceções de habitação e urbanismo, PDM e ambiente e turismo”, esclareceu o primeiro candidato da lista pela CDU, em declaração aos jornalistas.

Bernardo Reis, residente no Concelho desde 1987, e de momento na freguesia de Tavarede, apresentou detalhadamente as propostas e defesas a que se alia e divulgou a lista dos candidatos da CDU à Câmara Municipal da Figueira da Foz:

  1. Bernardo Reis – Oficial de Justiça na Figueira da Foz
  2. Paulo Ferreira – Operário Fabril, Dirigente Sindical Site, USFF e CN CGTP
  3. Ana Biscaia – Designer e Ilustradora
  4. Sérgio Branco – Professor Universitário e membro da Comissão Executiva CGTP
  5. João Paulo Medina – Oficial Superior da GNR na Reserva
  6. Adelaide Gonçalves – Empregada de Escritório, CT Transdev e eleita na Assembleia Municipal da Figueira da Foz
  7. António Agostinho – Empregado de Escritório, editor do blogue “Outra Margem”
  8. Francisco Baião – Chefe de Cozinha
  9. Patrícia Cruz – Estudante Universitária
  10. Carlos Oliveira – Técnico de Engenharia de Manutenção na Navigator
  11. Isabel Marques – Oficial de Registo e Notariado na Figueira da Foz
  12. Elvira Pinheiro – Enfermeira no Hospital Distrital da Figueira da Foz"

A CDU apresentou o seu candidato a presidente de câmara da Figueira da Foz

"Esta candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz tem como principal objectivo a eleição de pelo menos um Vereador de forma a podermos alterar o bloco de interesses constituído pelo PSD e o PS que governaram e governam o nosso Município há pelos menos 24 anos. 

Estes são os anos que que tenho como residente. Aqui resido desde 1987 e na freguesia de Tavarede. Queremos ser uma alternativa credível e com futuro para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do nosso Concelho e para a melhoria das condições de vida das pessoas que aqui nasceram, habitam, trabalham ou vivem. 

A sensação que me é transmitida pela grande maioria das pessoas que contacto, quer a nível pessoal quer profissional, é a de uma cidade e de um concelho amorfos, com perda de influência e importância, quer no panorama nacional quer regional. Hoje cidades e concelhos próximos, como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede cresceram e crescem a “olhos vistos”. Esta percepção, aliás, é confirmada pela perda de mais de quatro mil residentes entre os anos de 2010 e 2019, com cada vez menos jovens aqui permanecendo e uma população cada vez mais envelhecida, devido à falta de investimento, na criação de emprego sustentável e de qualidade, que ajude a fixar os nossos jovens e traga outros que aqui possam e queiram fixar- se e viver. 

Esta candidatura não é só esta minha visão e vontade, mas também a visão e a forte vontade de todo um colectivo que pretende transformar e melhorar a vida de todos os Figueirenses, dos que aqui vivem ou trabalham, ou simplesmente nos queiram visitar. Assim necessitamos de uma visão estratégica de desenvolvimento e de captação de investimento, não estarmos sempre amarrados a decisões/opções casuísticas que nos consomem os recursos públicos e que nada trazem ou contribuem para a melhoria da nossa qualidade de vida. 

Defendemos uma visão integrada para o desenvolvimento e melhoria de vida dos nossos concidadãos, abrangendo áreas como o desenvolvimento económico do Concelho, novas políticas de distribuição de água, transportes e vias de comunicação, saúde, educação, cultura e desporto, e diferentes concepções de habitação e urbanismo, PDM e ambiente e turismo. 

Assim, seremos sempre intransigentes na defesa das unidades produtivas já sediadas no nosso território, bem assim das “nossas” actividades económicas tradicionais ligadas à salicultura e actividades associadas, da agricultura e das pescas, nomeadamente a pesca artesanal e costeira, onde se incluiu a emblemática “arte xávega”. Na defesa do Porto Comercial da Figueira da Foz enquanto instrumento e vector indispensável ao desenvolvimento regional e do Concelho. Pela reactivação da indústria de construção naval. Quanto ao comércio tradicional, que no discurso oficial é sempre tão valorizado, temos a dizer que o mesmo tem sido sistematicamente destruído pela continuada complacência municipal para a instalação de novas superfícies comerciais. Brevemente seremos “brindados” com mais uma. 

Por força destas situações a Figueira da Foz merece, sem sombra de dúvida, o “título” que já “ganhou” de “A Cidade Supermercado”. Assim continuaremos a opôr-nos de forma firme e resoluta, como aliás sempre o fizemos, contra a instalação de mais médias/grandes superfícies comerciais defendendo, assim, os nossos pequenos comerciantes e trabalhadores do sector e o nosso mercado municipal. Defendemos a criação de apoios a micro e pequenos comerciantes e/ou industriais que na área do nosso Município sejam geradores de emprego permanente e de qualidade, através de políticas municipais concertadas. 

Como há quatro anos, defendemos a instalação e desenvolvimento dos Parques Industriais de Ferreira-a-Nova e do Pincho, uma vez que até à data nada foi feito. Defendemos a necessidade absoluta de apostar nos transportes urbanos, nomeadamente colectivos, que efectivamente sirvam as populações e as suas necessidades de mobilidade, alargando o seu âmbito nomeadamente à circulação entre as freguesias e a sede do Concelho, uma vez que os actualmente existentes são desajustados às necessidades das populações. Apostaremos na criação de vias de comunicação modernas e não degradadas e em parques de estacionamento que realmente sirvam a cidade e os munícipes e longe da “praga dos parquímetros” que actualmente enxameiam a nossa Cidade. Defendemos, como aliás sempre fizemos, a requalificação da linha da ferrovia suburbana entre Figueira da Foz/Coimbra, a reposição das ligações ferroviárias entre Figueira da Foz/Lisboa (Intercidades) pela linha do Oeste e a reposição e reactivação da linha ferroviária da Beira Alta, entre a Figueira da Foz e a Pampilhosa. Defendemos a criação e rápida implementação de uma travessia fluvial entre as duas margens do rio, tendo em conta a harmonização da vivência entre margens, uma vez que o rio é hoje um factor de separação e não de união entre a parte Norte (nomeadamente com a Cidade) e a parte Sul do Concelho. Defendemos um Hospital Distrital da Figueira da Foz dotado com valência de urgência médico/cirúrgica e de condições materiais e humanas de modo a que possa cumprir a sua missão com garantia de rapidez e qualidade. Tal como há quatro anos, continuamos a defender a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes, com valência de Cuidados Paliativos, a qual pode vir a ser instalada nas antigas instalações da “Casa da Mãe”. Defendemos a criação nas Unidades de Saúde de Buarcos/São Julião, Alhadas e Lavos da valência de cuidados de saúde dentária. Defendemos a reinstalação das extensões de saúde entretanto encerradas aquando da reorganização administrativa do território e que determinou a extinção de várias freguesias do nosso Município, facto que repudiámos desde a primeira hora. Defendemos a celebração de protocolos com Universidades de modo a que possam ser instalados Polos de Ensino Superior, de modo a valorizar os nossos jovens e a evitar que se tenham de deslocar do seu meio natural para conseguirem realizar a sua valorização educativa, e o nosso Concelho e Cidade. Defendemos uma política cultural diferente, dada a actual falta de capacidade para exploração das actividades culturais e um sub aproveitamento dos equipamentos culturais existentes. Há uma evidência de que não existe nada pensado nem estruturado com vista a atingir a modernidade deste objectivo. A Figueira da Foz neste plano, vive de espectáculos avulsos, destinados a uma reduzida faixa da população. 

A incompetência do Município nesta matéria é tal que fica espelhada na grotesca falta de qualidade com que foram assinaladas as “Festas da Cidade” e no entanto existem no Concelho competências com provas dadas nesta área. A CDU propõe-se colocar estas ao serviço da Comunidade e no relançamento de uma nova imagem de marca do nosso Concelho. Promovendo, desde logo, a obra artística e cultural de Figueirenses, nascidos ou de coração que vêem com tristeza o marasmo existente. Queremos e defendemos uma política cultural diversificada, privilegiando os contributos do movimento associativo local, com a promoção de adequado financiamento das suas actividades, bem assim como o apoio aos jovens criadores culturais, com a organização de iniciativas regulares de mostra das suas produções. Defendemos a requalificação, ajardinamento e respectiva manutenção em tempo útil, de todas as Urbanizações e áreas urbanas construídas no nosso Concelho, o plantio de árvores que favoreçam a criação de zonas de sombra, rectificação, requalificação e arranjo das zonas pedonais, implementação de sinalização horizontal de trânsito e instalação de equipamentos de descanso e lazer. Para nós, CDU, a reconstituição da Empresa Municipal de Águas da Figueira é uma opção estratégica, difícil, mas não impossível desde que haja vontade para o fazer. Não é admissível que este “bem público” se tenha transformado num lucrativo negócio privado onde o principal lesado é o consumidor. Defendemos a protecção da Serra da Boa Viagem, com o seu património histórico, arqueológico, geológico e natural, assim como do restante património florestal do concelho. O aproveitamento parta fins comunitários e ao serviço das populações das zonas circundantes e envolventes às Lagoas da Vela e de Braças, que tanto têm sofrido e se encontram voltadas ao ostracismo pela falta de iniciativa municipal para o seu desenvolvimento. Estaremos atentos e teremos sempre uma palavra a dizer relativamente à poluição industrial, que tem sido sistematicamente ignorada e silenciada, à erosão costeira e em defesa das populações que pela mesma se encontram ameaçadas, à zona da Morraceira e ao vasto areal urbano. Quanto à Cidade defendemos e temos uma visão estratégica que visa a devolução na sua plenitude de toda a zona ribeirinha, desde a Fontela à Foz do rio, fazendo assim uma simbiose entre esta e o seu rio, proporcionando à população a sua fruição para o lazer e a prática de actividades lúdicas e ligadas ao rio. Enquanto força colectiva temos ainda muitas e variadas ideias sobre as matérias que explanamos bem assim como noutras que, ao longo deste tempo que nos separa do dia de hoje até ao encerramento da campanha eleitoral que se avizinha, iremos desenvolver, defender e transmitir aos Figueirenses, sempre no superior interesse dos mesmos. 

Aproveitaremos este tempo que vamos ter pela frente para com o nosso espírito colectivo de dedicação à causa pública expormos e nos debatermos pelas nossas ideias e propostas, nunca virando a cara à luta. Apresentaremos aos Figueirenses e aos que escolheram e adoptaram esta cidade e concelho como seus, o nosso compromisso firme de com trabalho, honestidade e competência levarmos a “bom porto” o caminho que falta percorrer para promovermos o bem estar, aumentar a qualidade de vida dos nossos munícipes e trabalhadores deste nosso bem querido Concelho, satisfazendo assim as suas necessidades básicas. Sabem que podem e devem contar sempre connosco e com o nosso espírito de resistência e resiliência, pois nunca desistimos. No dia do acto eleitoral apelamos ao vosso voto. Apelamos ao voto na CDU para assim podermos atingir os objectivos a que nos propusemos e termos uma palavra a dizer nos destinos no nosso Município quanto ao progresso e bem estar das nossas populações." 

13/7/2021 Declaração Bernardo Reis, candidato CDU à Câmara Municipal da Figueira da Foz

Armando Vara condenado a dois anos de prisão por branqueamento de capitais

Cem anos depois, a luta é que continua a abrir caminho

O projecto de conversão da Lagoa de Maiorca num Aterro Sanitário...

Recorde-se uma postagem OUTRA MARGEM de 25 de Setembro de 2018.
"O processo de instalação de um aterro de resíduos industriais banais numa pedreira da freguesia de Maiorca começou em março de 2000, há 18 (neste momento, mais de 21) anos, ainda no mandato de Pedro Santana Lopes (PSD) como presidente da câmara.
Na altura, Daniel Santos, que era vice-presidente do município, assinou uma certidão a certificar que a obra era compatível com o Plano Diretor Municipal (PDM) então em vigor e que a eventual instalação do aterro teria de ser analisada pelas entidades competentes, nomeadamente o Ministério do Ambiente, então tutelado por José Sócrates.
Em janeiro de 2003, já com a contestação ao aterro no auge – reunindo habitantes de Maiorca e de freguesias vizinhas, ambientalistas e responsáveis políticos, centenas de pessoas que se manifestaram contra a instalação da infraestrutura, temendo pelo futuro das plantações de arroz e da água naquela zona do Baixo Mondego – o então presidente da câmara, Duarte Silva (PSD), já falecido, explicou numa sessão pública que quando tomou posse, um ano antes, o processo já tinha sido iniciado e contava com pareceres positivos do Ministério do Ambiente, Direção Regional do Ambiente e Ministério da Economia, entre outras entidades.
Na altura, Duarte Silva frisou que o aterro de resíduos banais seria instalado num terreno privado e por uma empresa privada – a Tratofoz, que integra o grupo Mota Engil – “que detém todas as licenças necessárias”.
Na mesma ocasião, a instalação do aterro foi suspensa por duas semanas – em acordo entre a autarquia e a empresa responsável -, na sequência da contestação popular, período durante o qual foi solicitado à Direção Regional do Ambiente “uma reavaliação exaustiva e profunda da situação”.
Seis meses mais tarde, em junho, a autarquia viria a embargar os trabalhos e a recusar renovar a licença de obra – depois desta ter caducado – sem que as dúvidas e críticas da população fossem esclarecidas pelo Ministério do Ambiente.
O processo envolveu pelo menos uma providência cautelar em tribunal, colocada pela então comissão anti-aterro e uma manifestação de 200 tratores agrícolas que entupiu a entrada da cidade da Figueira da Foz, tendo o protesto chegado igualmente a uma Presidência Aberta do então chefe de Estado Jorge Sampaio."

Agora, o projecto de conversão da Lagoa de Maiorca num Aterro Sanitário, via Maiorca A Primeira entrou na campanha autárquicas 2021 na Figueira da Foz. 
Fica o meu contributo.
Em 2001, foi licenciado pelo ministro do Ambiente, Eng. José Sócrates um aterro de resíduos industriais banais, em Maiorca. No dia 30 de Agosto de 2005 deu entrada na Assembleia da República um Requerimento sobre o assunto, apresentado pelo deputado Paulo Pereira Coelho

A resposta a este requerimento do deputado Paulo Pereira Coelho, foi dada pelo Gabinete do Ministro do Ambiente em 15 de Novembro de 2005.




Registe-se: 
1. - o Dr. Pedro Santana Lopes foi presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz, entre 1998 e 2001.
2. - o Dr. Pedro Santana Lopes, exerceu as funções de Primeiro Ministro, entre 17 de julho de 2004 a 12 de março de 2005