domingo, 4 de julho de 2021

O triunfo dos "aparelhos partidários" e a realidade portuguesa em 2021...

Como escrevi um dia destes, para um político ambicioso,  pode considerar-se essencial dominar, ou ter alguém da sua confiança - o chamado "homem do aparelho" - a chamada "máquina partidária".
Isso é fundamental em todos os partidos. 
Na Figueira, neste momento, Carlos Monteiro, presidente da concelhia do PS, domina "o aparelho partidário local".
No País, essa é uma evidência há muitos, muitos anos...
Como Santana Lopes continua a andar por aí, recuemos a 11 de Julho de 2004 e à indigitação de Santana Lopes para primeiro-ministro, que se consumou no Conselho Nacional do PSD realizado nesse já longínquo dia.
Esse marco, foi a expressão máxima do triunfo dos aparelhos partidários sobre as regras democráticas mais elementares. Foi a vitória dos pragmáticos do poder sobre os idealistas que partem das velhas referências de valores, competência, conhecimento e ideias.
A vitória aparelhística de Santana, foi o triunfo de um político que tinha sobre todos os outros do seu partido a vantagem de conhecer melhor que ninguém o "interior real" do PSD. 

A vida profissional de Santana Lopes foi, no essencial, a política. 
Quando ía aos congressos para perder, sabia que ganhava para o futuro em espaço de manobra e influência porque as velhas referências do partido que não gostavam dele não estavam para se dar ao trabalho de o combater nas bases do partido.
Santana sempre foi melhor que ninguém a explorar nos mecanismos de decisão interna as omissões de todos os "notáveis" que têm da política uma visão superior e cómoda, que desprezavam essa emanação do povo militante que são os baronetes das concelhias e das distritais e, sobretudo, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária.

Esses "notáveis" não perceberam que são meramente utilitários, quase residuais, consoante as circunstâncias da política e que só adquirem real poder quando as máquinas partidárias pressentem que através de um deles podem chegar ao poder ou credibilizar governos frágeis. O poder primordial é de quem os escolhe e não dos próprios, que raramente passam do estatuto de líderes tolerados.
Cavaco Silva ascendeu à liderança em circunstâncias excepcionais e conseguiu um ciclo de liberdade plena perante o partido de seis anos. A partir de 1991 foi amplamente derrotado pelo aparelho que se esforçou por mudar mas não conseguiu. 
António Guterres conseguiu algum sossego na primeira legislatura, logo mitigado pela voracidade da rapaziada. E quando se apercebeu da realidade, bateu com a porta...
Durão Barroso foi o primeiro a ter a consciência de que o seu ciclo de liberdade perante o partido seria curto. "seu" aparelho era o resultado de vários aparelhos (santanistas, marcelistas, cavaquistas). 
Foi, por isso, que logo que conseguiu, protagonizou a fuga, o que do ponto de vista do seu interesse pessoal e político, que é o objectivo destes políticos, foi o melhor que lhe aconteceu.

Durão. Santana. Sócrates. Passos. Costa. E o que há-de vir a seguir...
A culpa de chegarem ao poder não foi nem é deles. É de todos os que não os querem combater dentro das regras democráticas.
Sobre a breve passagem de 5 meses de Santana Lopes como primeiro-ministro, sobraram as memórias de um Governo curto onde aconteceu tudo. E na primeira pessoa.

Só o poder é que une o PSD!..


"O PSD nunca foi um partido unido, a não ser no poder. 

Vamos ser claros e objectivos. Nós estamos na oposição e o PSD na oposição queimou vários líderes até chegar um para primeiro-ministro. Que chega lá às vezes por demérito de quem está no poder e às vezes ainda não tinha caminhado para ter mérito próprio. 

A verdade é que estamos a dois meses e pouco de eleições que deveriam mobilizar o partido todo, deveria haver a responsabilidade de todos os órgãos do partido para pelo menos, nesta altura, não haver mais percalços porque esta luta difícil vai ter de se ganhar e isto não contribui. 

Daí dizer que estes empurrões parecem propositados para desgastar a imagem do presidente do PSD e do partido em geral."

José Silvano, via Jornal de Notícias

Uma vergonha

«Ano de eleições autárquicas é o período glorioso em que os jornais se enchem de suplementos em papel couché, onde alguns autarcas gastam o dinheiro dos contribuintes, que deveria ter sido aplicado em coisas úteis, a gabarem-se para serem reeleitos. Nenhum partido escapa a esta praga! Uma vergonha!»

sábado, 3 de julho de 2021

Como se pode chegar (e manter...) presidente de câmara na Figueira...

Para um político ambicioso,  pode considerar-se essencial dominar (ou ter alguém da sua confiança - o chamado "homem do aparelho") o "aparelho partidário".
Isso é fundamental em todos os partidos. Na Figueira, neste momento, Carlos Monteiro, presidente da concelhia do PS, domina "o aparelho partidário local".
Em Portugal e na Figueira, para se ter poder político e chegar à chefia do Governo ou de uma câmara, é necessário dominar uma estrutura partidária e os seus caciques locais.
Isto é:  ganhar eleições domésticas onde, por vezes, para eleger uma comissão política de um concelho ou de um distrito importante votam vinte, 25, trinta ou qurenta pessoas. 
Mais do que o mérito pessoal, o que é necessário é ter arte a sabedoria para “cacicar” um aparelho partidário e tê-lo na palma da mão. Com isso, é possível chegar ao Governo, ao parlamento ou a presidente de câmara. 
Depois, o dinheiro dos contribuintes ajuda. Cito a candidatura 
Pedro Machado - Figueira do Futuro"Actual presidente da Câmara do PS criou canal de TV online com dinheiros públicos e gastou milhares de euros em publicidade de autopromoção em vários jornais em vésperas do início da campanha."
Imagem sacada daqui

Gonçalos, ou a ensinança de bem cavalgar uma campanha autárquica a focar assuntos que não interessam a ninguém que goste da Figueira!..

O cartaz da foto acima é um exemplo disso: a vida política figueirense, neste momento, anda particularmente animada... 
Pena é que o concelho continue adiado. 
Mas, sobre isso, há-de haver tempo para conversar até 26 de Setembro próximo.
Para já, fica o registo do jeito que isso dá ao actual executivo camarário. 
Se há matéria, em que se deve reconhecer os méritos deste executivo camarário, é na esperteza saloia de manipular as mentes de um eleitorado amorfo, desejoso de boas notícias e anestesiado pela «boa imprensa»
Ainda há sábios políticos na Figueira, que nos brindam com a sua existência.
Fica igualmente o registo.
De resto, continuação de bom verão para todos. Sejam felizes. 
E isso, no fundo, é o que importa.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Atenção candidatos às listas que podem dar tacho nos próximos 4 anos na Figueira: este é o momento...

As eleições autárquicas 2021 foram ontem marcadas pelo Governo para o próximo dia 26 de Setembro.
Segue-se o momento mais dramático, mais melindroso e mais difícil para as forças que vão concorrer ao acto eleitoral: a escolha das listas. 
Por cada escolha, o candidato perde, pelo menos, meia dúzia de votos.
Para quem tem ambições a um lugar, deixo uma ajuda desinteressada.

Não esquecer: entre a graxa e a lisonja, optem pela lisonja.
Dir-me-ão: as duas são mais ao menos a mesma coisa. 
Substantivamente até podem ser iguais. Porém, a lisonja é mais eficaz, porque joga com as inseguranças do artista a quem se pretende dar lustro. 
Este é o momento de enaltecer e elogiar o raciocínio arguto do chefe e, sobretudo, o seu brilhantismo comparativamente com os seus pares.
Detectar a graxa é relativamente simples de tão óbvio que costuma ser. 
Já a lisonja pode ser direccionada ao elevado estatuto ético ou à resiliência à adversidade do chefe visado. 
Para ser eficaz, tem de ser subtil e abrangente. 

Se for feita com todos os matadores, a lisonja pode levar até gente consideravelmente inteligente a cair na esparrela. 
Com um chefe carente, inseguro, medroso, que não se ache merecedor do lugar que ocupa, a lisonja resulta na perfeição. Saber usar estas debilidades e inseguranças, afagar não só o ego, mas toda a envolvente da vida do candidato a chefe, é meio caminho andado para uma promoção na lista. 

Para quem tem aspirações, este é o momento. Se não se chegarem à frente alguém o fará por vós.
E não esqueçam.
O tempo em que a ética e o carácter eram determinantes num percurso profissional ou político, ficou bem lá atrás: vítima e prisioneiro nos idos de 90 do século passado.

"No campeonato dos independentes, quem pode baralhar as contas é Santana Lopes na Figueira da Foz. Das duas uma: ou Santana rouba a câmara ao PS ou divide de tal forma os votos da direita com Pedro Machado (PSD) que fica tudo na mesma."

 Via Expresso

Milagre?..

 Via Diário as Beiras

PS garante "maior prestação de contas" dos seus candidatos

"O secretário-geral adjunto do PS garantiu  que os candidatos autárquicos socialistas comprometem-se contribuir para uma qualificação da vida democrática, promovendo uma gestão transparente e com maior prestação de contas na utilização dos recursos públicos."

A falta de vergonha é uma presença assídua na política à portuguesa.
George Bernard Shaw escreveu: “Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha”
Por cá, segue-se a máxima de Sartre: “Vergonha? Isso passa quando a vida é longa”.

Eleições autárquicas realizam-se a 26 de setembro

O Conselho de Ministros marcou ontem, quinta-feira, as eleições autárquicas para 26 de setembro de 2021, anunciou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Voluntarismos e a anormalidade da gestão da pandemia: a luta continua...

Pandemia: Julho arrancou com medidas mais duras e sem alívio à vista. 
Matriz de risco, neste momento, segundo a ministra Mariana Vieira da Silva: “Todos já vimos a situação do país no verde, no amarelo e agora está no vermelho. O que é necessário é que todos, no nosso dia-a-dia, nas escolhas que fazemos, com quem estamos, aonde vamos, se usamos máscara, que todos possamos cumprir”...
Entretanto, na Figueira. Via Diário as Beiras.
No momento em que a prioridade do Governo é CONTROLAR A PANDEMIA, o Foz Plaza Figueira Beach Rugby International vai disputar-se nos dias 3 e 4 de julho, no areal urbano, com 30 equipas de seis países europeus, incluindo Portugal, e 450 atletas. O torneio internacional de râguebi de praia regressa dois anos depois (em 2020, não se realizou devido à pandemia) e com mais força. 

O presidente da câmara, Carlos Monteiro, realçou o estatuto que a cidade vem consolidando nas modalidades de areia. “Somos a capital dos desportos de praia”, afirmou o autarca. Acerca do torneio do fim de semana, frisou: “É uma prova de que muito nos orgulhamos”.

Quanto à continuação da gestão da anormalidade pandémica na Figueira da Foz, a luta continua... 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

O que nos espera com a pandemia que está de novo aí...

 

Para ler o Pdf clicar AQUI.

Galardão "qualidade de ouro" e bandeiras azuis"! Face à ausência de explicações para o fenónemo, que tal um "cartão vermelho"?..

 Via Diário de Coimbra

A Figueira da Foz passou de dez para uma praia com galardão de "qualidade de ouro" da Quercus, que é aquele que classifica a qualidade da água. Carlos Monteiro diz que duplicou Bandeiras Azuis e que houve um problema nas análises.

Para que serve a Assembleia Municipal?

Durante o fim-de-semana de 5 e 6 do passado mês de Junho, teve lugar o Encontro Nacional de Veículos Eléctricos (ENVE), organizado pela Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) em pleno Parque das Gaivotas. 

Ontem, na Assembleia Municipal a deputada municipal Isabel Tavares teceu rasgados elogios à iniciativa. O evento teve entrada livre. Não houve nenhum deputado municipal que qustionasse quanto é que isso custou aos figueirenses. Eu sei que isso não interessa nada, mas fica  a divulgação: 34.150,00 €


Época de transferências...

 Via Diário as Beiras

Autárquicas deverão ser a 26 de Setembro por causa do Orçamento

Segundo o que pode ser lido na edição de hoje do Jornal Público, "o primeiro-ministro, António Costa, deverá marcar as autárquicas para o dia 26 de Setembro, para que esta consulta eleitoral fique distanciada da data final da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2022, no Parlamento, que é 10 de Outubro. 
O Governo inclinava-se para aceitar que as eleições se realizassem a 10 de Outubro, como propuseram, na sexta-feira, o PSD, o PCP, o PEV e o CDS, nas reuniões que mantiveram com o executivo sobre o assunto. Nessa consulta, o PS, o BE, a IL e o Chega defenderam a data de 26 de Setembro."

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Carlos Monteiro, um político perigoso


Dizem que digo mal. A esses, apenas digo que sou desviante e que gosto da diferença.
É necessário perceber que não olho para a política para ganhar. 
Gosto da política com a naturalidade da cor vermelha do sangue que nos corre nas veias. 
A política que existe na Figueira está preparada para quem vive do sistema, isto é, para quem vive dependente das classes dirigentes. 
O sistema não está preparado para mentes livres e independentes.

Hoje, tive oportunidade de acompanhar, via interenet, pela primeira vez, a sessão da Assembleia Municipal.
Tive oportunidade de ver as intervenções. Tive oportunidade de ver como o PS/Figueira lida politicamente na AM com a maioria absoluta que conquistou nas autárquicas de 2017.

Porém, estive particularmente atento ao presidente da câmara por sucessão, o político doutor Carlos Monteiro.
Falou de muita coisa e falou do Cabedelo. Do alto do pedestal a que ascendeu por sucessão, pôde impunemente tecer insinuações e insultar quem não pensa como ele sobre o que estão a fazer ao Cabedelo. Disse por exemplo, que só quem tinha interesses pessoais no Cabedelo é que não tem a visão idílica que ele tem sobre aquele espaço. Pessoalmente, estou perfeitamente à vontade  porque o único interesse que sempre tive e tenho pelo Cabedelo, é por ter sido (e vai continuar a ser) um espaço que me acompanhou na viagem que estou a fazer pela vida.

Sei que haverá sempre quem lhe tire o  chapéu. Há sempre gente para tirar o chapéu à esperteza vivaz. 
O presidente de câmara por sucessão quer passar por um político teso, duro, determinado. Daqueles que não abrem caminhos, rasgam avenidas...
Porém, há um adjectivo a acrescentar aos anteriores sobre o político Carlos Monteiro: é politicamnte perigoso. 
Carlos Monteiro, o político (a pessoa não me interessa para nada), é perigoso porque considera que tudo pode dizer e que tudo lhe é permitido por estar no poder.

AM de hoje...


Está a realizar-se neste momento na Figueira...
Bypass a sul do quinto molhe, está atrasado... 
O Senhor Presidente, em resosta ao deputado municipal Rascão Marques, disse que espera que esteja a funcionar antes do inverno...
O bypass ainda não se instalou.
Não se chegou a instalar, portanto...
Como a tarde de verão de hoje, que ainda não tivemos...