segunda-feira, 14 de junho de 2021

Porque é que a mudança é necessária na Figueira

Foto via Luís Pena

É banal ouvir dizer: “todos os anos deveria haver eleições”.
Todavia, meia dúzia de anos depois do 25 de Abril, a cada vitória do PS, até 1997, de 1997 a 2009, do PSD, e daí para cá, novamente do PS, os vencedores a primeira coisa que afirmam é que os figueirenses legitimaram pelo voto democraticamente expresso a sua estratégia.
Com este argumento nunca se corrigiram. Resultado: A Figueira e o concelho foram decaindo.

As vitórias socialistas locais só fizeram a Figueira perder importância no País. O mesmo se pode dizer das 3 vitórias do PSD.
Por isso, é importante que algo mude em Outubro próximo. Estou em crer que uma derrota do PS em outubro traria mudanças. Mais do que as 3 vitórais que aconteceram de 2009 para cá.
Uma derrota deste PS figueirense causaria mudanças: no interior do PS e na governação do concelho.

Na Assembleia Municipal, dada a maioria absoluta, a norma do PS é rejeitar qualquer protesto da oposição.
Quem acompanha o trabalho deste órgão, verifica facilmente que isso não beneficia ninguém, como se viu recentemente num lamentável e triste episódio que envolveu o presidente da Asembleia Municipal e a bancada do PSD.
Por outro lado, a conduta deste presidente de câmara por sucessão, não foi sempre de louvar. Talvez por insegurança ou medo, em vez de tentar unir todo o elenco camarário à sua volta para ter mais força reivindicativa, preferiu outro caminho.  Assim só se enfraqueceu perante o Governo. Os atrasos na resolução dos casos da erosão costeira, da linha do oeste (troço Figueira/Caldas da Rainha), das obras do porto e barra e a melhoria do piso da 109, falam por si.
Um verdadeiro líder não agia sozinho. Saberia amarrar os  seus adversários ao compromisso de unir esforços para resolver problemas estruturais ao desenvolvimento concelhio. 

Infelizmente o Presidente nem nisto soube agir como líder: foi inseguro, teve medo e falhou. Agora, nem pode repartir as culpas, pois ignorou os aliados que o reforçariam nestas causas. Quem perdeu foi o concelho.
O medo e  insegurança, não são bom conselheiros. 
O nervosismo, aliás, é visível na conduta do actual executivo
Em política não há milagres: a obra acelerada, mal planeada e mal pensada, dá o resultado que está à vista de todos. 

Os líderes não mostram receio, não segregam, nem censuram: só os fracos líderes usam esta estratégia.
Gostaria de ver a Figueira governada por gente diferente. Com capacidade de liderança, sem medo, sem censurar ou criticar quem manifesta opinião e sem as fragilidades mostradas pelos responsáveis pela condução da Câmara dos últimos anos. Queria um Presidente que pensasse bem os investimentos. Um líder capaz de pôr ao seu lado os adversários para reforçar o poder reivindicativo do concelho, alguém que recuperasse do tempo já perdido e fizesse avançar a Figueira no todo nacional. Desejaria ver a partir de Outubro gente não comprometida com a subserviência e com coragem política na condução dos destinos da Figueira.
  
Como é obvio,  respeitarei qualquer resultado das próximas autárquicas.
No entanto, se dependesse de mim, optaria pela mudança.
Há momentos, em que a exigência é a ruptura que nos conduza à mudança, sem ambiguidades, jogos de bastidores, nem cartas escondidas na manga. 

domingo, 13 de junho de 2021

Título para o livro que ando a escrever: «O velho amante da utopia»


Tenho poucas certezas na vida. 

Uma delas, é esta.

Apesar de andar a escrever «O velho amante da utopia» há muitos anos e a obra já estar bastante adiantada, dificilmente publicarei um livro. 

E a razão é simples.

Com a letra que tenho, como poderia eu dar uma sessão de autógrafos no lançamento da obra literária? 

Pensando melhor, talvez haja uma hipótese. 

É esta.

Posso sempre mandar fazer um carimbo com dedicatórias em série.

Assinatura incluída....

Snob

Acabo de ler que "snob" significa sine nobilitate, ou seja, "desprovido de nobreza"...

“Estou a cantar melhor mas ninguém se interessa”...

"O centro do Porto continua a ter poucos habitantes, o que é uma pena. E não adianta engranitá-lo, como fizeram os Flinstones, o Barney e o Fred. Os barbas. Traço minimal o caraças,
um gajo precisa é de árvores e florzinhas."

Rui Reininho, via Jornal de Notícias

sábado, 12 de junho de 2021

A opinião de Ana Oliveira, Ana Carvalho e David Monteiro, via Diário as Beiras...

 ... para ler clicar aqui, aqui e aqui.

Como há quem não perceba eu explico...

Imagem sacada daqui
Ter um blogue não é (para mim, não podia mesmo ser...) uma fonte de preocupação.
Nem de inibição.
Nem um dever. 
Nem um sacrifício.
Nem uma obrigação.

É um gosto.
É uma satisfação.
É uma liberdade: de silêncio. E de escrita.

Hoje de manhã, tem chovido. 
As núvens retiveram-me em casa, pois o dia não está propriamente indicado para ir andar de bicicleta.
Vem aí o verão. 
Amanhã o futuro - pelo menos o meu, apenas o meu - será diferente. 
Hoje, ainda acredito...

Se assim o quisermos, estamos a um palmo de distância para podermos viver outra vida.
Porém, nada vai acontecer. As pessoas votam com o mesmo critério de exigência com que assistem a um desafio de futebol.
Ou com que fazem um seguro... E as companhais de seguro não se chamam Futuro ou Qualidade de Vida.
Para os de esquerda poderiam chamar-se Risco, Aventura, Reforma, Fidelidade, Confiança  ou Verdadeira Mudança. 
Para os que dizem que não são nem de direita, nem de esquerda, seriam Bonança ou Tranquilidade. 
Para os de direita, poderia ser a Império, que poderia também servir como a seguradora da direita mais saudosista...
Chega?
É que não me ocorre outra maneira de explicar a quem teima em não perceber que a liberdade de escrita ou de silêncio é um assunto meu - apenas meu.

RFMSOMONI em suspenso até 2022

 Via Diário as Beiras

A história da minha Vida é uma história simples e resume-se em poucas palavras: é uma história de amar

Amo a Vida e tudo o que ela tem de grande. Amo o sol, o mar e as pessoas. Mas amo sobretudo o que faz a diferença. Por exemplo: dar uma volta de bicicleta em boa companhia.

Vida social figueirense: S. Pedro em grande...

Imagem via Diário as Beiras
As atitudes que tomamos e os sinais que mandamos, são sempre mais importantes do que pensamos. É irrelevante, pelo menos para mim, que o actual detentor do cargo de presidente da junta de freguesia de S. Pedro, apesar dos esforços feitos pelo Doutor Carlos Monteiro, tenha morrido politicamente há muito. Na melhor das hipóteses, tal como todos nós, transformar-se-á numa memória. Que o mesmo é dizer: em coisa nenhuma.
Seria assim sempre, mais cedo ou mais tarde. E nada nunca ocorre cedo de mais, como nada ocorre tarde de mais. Ocorre apenas. E é tudo. 
O próxima presidente, já está à espreita. Mas, ainda não mora lá.
Vai ser em Outubro próximo...

Uma raridade figueirense: "um municípe interventivo e atento à gestão autárquica"...

Foto via Diário as Beiras
Miguel Amaral, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: “lamento que sejam poucos a preocuparem-se. Há um desligar dos figueirenses em relação ao que se passa na cidade, até em assuntos relevantes”.
As suas intervenções nas reuniões de câmara, esclareceu Miguel Amaral, dão sequência ao “dia a dia de uma pessoa atenta ao que se passa na Figueira da Foz” e “preocupada com o seu desenvolvimento”
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, exemplificou, “a abstenção na cidade rondou os 70 por cento, o que denota o pouco interesse que os figueirenses manifestam pela sua cidade. Há exceções, mas, infelizmente, são poucas”.

A participação política em democracia engloba a possibilidade de cada cidadão poder responsabilizar politicamente aqueles que elegeu. Cada cidadão pode pedir contas a determinado político por determinada actuação, omissão ou ausência. E pode penalizá-lo com o seu voto.
Por outro lado, o bom funcionamento da justiça é essencial numa democracia por várias ordens de razões. Entre outras, a saber: é preciso que as pessoas possam fazer valer os seus direitos e sintam que há penalização de quem viola a lei; é preciso recuperar um sentido de responsabilidade, individual e social; é preciso que os próprios políticos - que fazem as leis - não sejam "mais iguais que outros" perante a lei; é preciso que haja orgãos de comunicação social atentos  e contribuintes para o esclarecimento da opinião pública.
Não haverá na Figueira,  uma vida política moderna, boa e saudável enquanto reinar um sentimento de impunidade da partr da classe política. Se a legislação e a lei não for aplicada ou se não for cumprida por todos, de nada serve. 
Em democracia o voto assume importância fundamental. Mas, para isso, exigem-se cidadãos atentos, interessados e intervenientes pelo que se passa à sua volta.
A realidade, porém, demonstra que na Figueira a cidadania é uma lenda e que a justiça (célere e eficaz) não existe.
A prova disso é que o simples facto de haver na Figueira "um municípe interventivo e atento à gestão autárquica" é notícia de jornal.

Autárquicas de 2021: uma entrevista de Pedro Machado...

 Via Campeão das Províncias

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Autárquicas de 2021: o candidato do PSD e o mandatário...

 Via Pedro Machado - Figueira do Futuro

ERNESTO MORGADO É O MANDATÁRIO CONCELHIO DA CANDIDATURA DE PEDRO MACHADO

Está desvendado o tabu do arroz branco: o mandatário de Pedro Machado é...

...o Professor Ernesto Morgado Neste momento, numa unidade hoteleira da Figueira da Foz, o PSD está a apresentar o Professor Ernesto Morgado como madatário de Pedro Machado à Câmara Municipal da Figueira da Foz  
O segredo foi mantido com mão férrea. Mas, OUTRA MARGEM conseguiu lá chegar. Por intuição política e pelo que foi observando na pré-campanha de Pedro Machado. Como se trata do PSD, nada mais natural que o mandatário seja um empresário local, com poucas ligações à política figueirense. 

Os livros e os blogues

Ao longo dos séculos, os livros têm sido das coisas mais úteis ao homem.
Um livro é uma extensão da memória e da imaginação. 
Tal como nos últimos cerca de 20 anos os blogues...
Eu sei que, agora, as palavras são inúteis, mas a memória não. Portanto, NÃO APAGUEM A MEMÓRIA!
"Quando se sabia publicitar a Figueira da Foz...Nos anos 60"

Cabedelo, um deserto perto de si...

Recorde-se uma postagem do SOS CABEDELO de 21 de Julho de 2017
"Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo.
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.
O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".

O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."

O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."

O Cabedelo está a ser transformado num deserto.
Sabem o que faz um viajante depois de percorrer um deserto? 
Presumo que comece por sacudir a areia, que é o que faço depois de percorrer o espaço entre a nova rotunda e o Surf.
Basta estar o vento habitual da Figueira....

A “Rota da Liberdade”, um percurso cultural

A Pó de Saber-Cultura e Património apresenta um novo percurso cultural na Figueira da Foz intitulado “Na Rota da Liberdade – A Figueira e os refugiados da II Guerra Mundial”
Fotos Manuel Santos. Imagens da Coleção do Arquivo Municipal da Figueira da Foz
Neste percurso, de cerca de dois quilómetros e com duração de duas horas, os visitantes poderão reconstituir a chegada dos comboios de refugiados à Figueira da Foz, revisitar algumas das casas onde foram acolhidos e os lugares onde encontraram repouso e amizade solidária. 
Para “milhares de refugiados a quem, sobretudo a partir de junho de 1940, foi destinada a Figueira da Foz como zona de residência fixa, a espera por vistos de passagem para o continente americano, por notícias dos que ficaram para trás e dos que já haviam partido foi marcada pela angústia e pela tragédia da deslocação forçada”. “No entanto, como tantos ainda hoje recordam em memórias pessoais e institucionais que ligam de forma perene a Figueira da Foz ao Mundo, a ansiedade do desconhecido foi amenizada pelo carinho e boa-vontade das autoridades e cidadãos figueirenses, que se desdobraram em iniciativas para prover pelo seu conforto e bom acolhimento”, destaca a Pó de Saber-Cultura e Património. 
Este programa foi desenvolvido em parceria com algumas das lojas do “Comércio com História” da Figueira da Foz e desvenda micro-histórias do quotidiano solarengo dos “turistas acidentais” na sua rota do horror para a liberdade. 
Os percursos realizam-se de junho a setembro, à terça-feira, pelas 10H00, e aos sábados, pelas 16H00, e têm o custo de 10 euros por pessoa (gratuito para crianças até 12 anos). O percurso realiza-se no exterior, com breves passagens por espaços comerciais, sendo solicitado aos inscritos para que cumpram todas as regras de segurança impostas pela DGS com relação à covid-19. A Pó de Saber vai retomar os proramas culturais “Coração do Bairro-Percurso cultural e gastronómico” e a visita guiada às igrejas de Santo António e São Francisco (sábados e domingos às 15H00). Todas as informações podem ser obtidos através dos seguintes CONTACTOS | podesaber.patrimonio@gmail.com | t. 964 460 709 | facebook @podesaberpatrimonio | instagram podesaber.patrimonio | twitter @po_saber. 

Entre o patético e o grotesco

Via O "Discurso sobre a Figueira", um panfleto que é mais uma caricatura/retrato de uma cidade que nem a areia sabe distribuir...


Autárquicas 2021 na Figueira: o momento do mandatário...

A pré-campanha eleitoral, ou melhor dito, a não pré-campanha, pois a falha de ideias das candidaturas já anunciadas tem sido a marca dominante - a manter-se durante mais 3 meses, vai acabar por traduzir-se na abstenção.

Da CDU ainda nada se sabe. DO BE idem.
Do CDS, do PS e do PSD já se sabe alguma coisa.
Do CDS já se sabe quem é o mandatário. Do PS também. 
Mais logo, pelas 17 horas, numa unidade hoteleira da Figueira da Foz, o PSD vai apresentar o seu. Não deve trazer algo de substancionalmente novo ou diferente. O segredo tem sido mantido com mão férrea. Como se trata do PSD, aposto num empresário, com poucas ligações à política figueirense.
Como têm reagido, pelo que tem vindo a público, os militantes partidários e os simpatizantes mais acérrimos  aos "desvios" e às medidas do PS e do PSD, quando com elas estão em desacordo?
Uma boa parte, diria mesmo a maior parte, pura e simplesmente cala-se. 
Quem cala consente. São os fieis surdos, cegos e mudos. O mutismo aparentemente resolve o que no debate político levanta receios e inseguranças.

Outra  parte, faz o chamado trapezismo retórico via contorcionismo argumentativo. São os bem-falantes pletóricos, que se esforçam, sob os projectores mediáticos, tentando justificar o injustificável e explicar o inexplicável. Esgotam a paciência de qualquer um, cobrem-se de ridículo, mas contam com o reconhecimento interno, com a cumplicidade tribal, visando assegurar um lugar nas listas dos respectivos partidos. Ganham a confiança de uns, perdem a de outros, mas oferecem uma espécie de fidelidade incondicional que satisfaz os líderes. Neste momento, basta estar minimamente atento, isso é público e visível no PS e no PSD.

Depois temos os chamados "intermitentes": aqueles que estão com uma liderança, mas não estariam com outra. Gostam de exibir a discordância publica, mas não se demitem do partido. No PSD, a putativa candidatura de Santana Lopes expôs isso descaradamente nas autárquicas de 2021.
Este comportamento, que não é novo, coloca uma questão antiga: a de definir qual o limiar que explica a decisão de continuar a militar num partido quando as expectativas de carreiras pessoais ficam goradas, os desacordos se acumulam, as dissidências se amontoam e as matérias de princípio são afectadas ou atraiçoadas. 

Os "intermitentes" só se distiguem dos "silenciosos" e dos "trapezistas" num aspecto: falam alto e em público. De resto, a caravana passa, com os arranjinhos pontuais do costume... 
Duvidam? Estejam atentos ao que se vai passar com a elaboração das listas para a vereação camarária e para a Assembleia Municipal, em todos os partidos, mas em especial no PS e no PSD. 
E perguntam vocês: então e a candidatura de Santana Lopes?  
Neste momento, ela existe para além do ruído?