quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: momento "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"...


Enquanto do lado do PSD, é cada vez mais intenso o cheiro do estrugido da caldeirada de quem anda a confeccionar as tácticas que há-de levar Pedro Machado a anuciar, em breve, a candidatura e vir a ser candidato, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, via Diário as Beiras, defende que “este não é o momento” para falar sobre a sua candidatura ao cargo que ocupa na sequência da renúncia ao mandato.
Carlos Monteiro: "percebo que os partidos ainda não tenham colocado [as Eleições Autárquicas] na agenda derivado às preocupações com a pandemia. E acho que o povo teria alguma dificuldade em entender que, hoje, esse fosse o ponto número um da agenda, quando temos um processo de vacinação para continuar e a entrega de computadores e acesso à internet para o ensino a distância. Temos estas pressões sociais e, portanto, seria difícil as pessoas entenderem que as questões eleitorais fossem a prioridade da agenda".

Morreu Fausto Godinho, presidente da Junta de Vila Verde, de 1976 a 1986, aos 84 anos, na segunda-feira, à noite, vítima de doença prolongada

Foto via Diário as Beiras

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

«A relação dos clubes com as respectivas Câmaras Municipais tem de envolver a sociedade que servem ...»

Via Diário as Beiras
«O atual, público e infeliz diferendo entre o Presidente da Câmara da Figueira e a novel Naval 1893 não faz sentido, não pode acontecer neste tempo e é de muito fácil resolução. Não faz sentido porque não tem substância – quão bom seria que, em vez de estar preocupado com a necessidade de “perceber as condições que a Naval tem, ou não, para funcionar”, tivéssemos um Presidente de Câmara com uma visão global estratégica para o desporto (de formação e de competição) do concelho na próxima década e a trabalhar para, efectivamente, os jovens atletas, alguns campeões nacionais, não terem de treinar no areal da praia…»

Era tão bonito, não era....

Panorâmica da Rotunda do Pescador, antes das obras que nunca mais acabam...

Ler os outros...

"a ideologia figueirinhas", via o sítio dos desenhos.

Freguesias do concelho da Figueira da Foz com dificuldades de acesso à internet

As deficiências de cobertura da rede de internet, sobretudo em localidades mais distantes da sede do concelho, de harmonia com a edição de hoje das Beiras, "dificulta a vida de quem está em teletrabalho e no ensino a distância. O aparelho (router) que a câmara municipal está a instalar em casa de alunos carenciados resolve o problema, mas os restantes moradores das zonas com sinal fraco continuam a ter dificuldade em ligar-se à rede global."
A norte do concelho, Bom Sucesso, segundo o que o presidente da junta, Carlos Batata, afirmou ao jornal, “a Altice melhorou o serviço”, mas “quem tem outras operadoras tem dificuldade em aceder à internet”
Em Ferreira-a-Nova, segundo a presidente da junta Susana Monteiro, que falou por ela e pelos que são afectados pelo mesmo problema, existem “bastantes casos de pessoas com dificuldade em aceder à internet”. “No primeiro confinamento, tive conhecimento de situações, em casas com mais de um aluno, que tiveram de assistir às aulas à vez, isto é, alternadamente, porque a internet não aguentava mais do que uma pessoa ligada”, contou ainda Susana Monteiro. Naquela altura, disse Susana Monteiro, não conseguiu trabalhar em casa. “Tive de ir para a junta, que tem fibra óptica. Mas, mesmo assim, acedia à internet com alguma dificuldade”
Entretanto, a situação não melhorou. 
A sul do concelho, na Borda do Campo, freguesia do Paião,  também se as difuculdades de aceso à rede de internet. Anabela Gaspar está em teletrabalho e tem duas filhas estudantes, uma no 12.º ano e outra na Universidade de Coimbra. Se a mãe não consegue participar nas reuniões de trabalho on-line, as descendentes não conseguem estudar sem estarem, “constantemente, a reiniciar” a ligação. “Basta haver vento ou chuva para ficarmos logo sem rede”.
Recorde-se que, "a Altice e a Câmara da Figueira da Foz assinaram, em julho último, um protocolo que previa a cobertura de 90 por cento do concelho com fibra ótica, mas a pandemia impediu o cumprimento do objetivo"
Entretanto, foi já rubricado "um novo documento, aumentando o desiderato para os 95 por cento, até ao final do corrente ano."

Que esperar de um candidato autárquico para a Aldeia?


De um candidato autárquico para a Aldeia espero que tenha potencial. 
Concretizando: que tenha competência, experiência, conduta ética e  personalidade.
Se viesse a ser escolhido pelos eleitores, o meu candidato teria, à partida, condições para  vir a ter um desempenho positivo, para benefício da Aldeia.
Este, aliás, foi sempre o critério para mim determinante em qualquer escolha de um candidato a um cargo de dirigente político.
Mal vai a Política, digo eu, quando a escolha é feita apreciando, sobretudo, digamos assim,  o “potencial ganhador” dos candidatos.
Se quiserem um candidato somente com esse “potencial para alcançar uma vitória”, têm por onde escolher...
Em Outubro de 2021, porém, o que a Aldeia precisa menos é de um candidato que prometa resultados, tipo colocá-la no mapa, sem explicar como e à custa de quê.
Quem acompanha a vida política da Aldeia há algumas dezenas de anos, sabe do que "as casas" gastam. Não desconhece os pequenos, mesquinhos  e miseráveis poderes que abundam por muitas capelinhas locais dos vários partidos de poder. É destes pequenos, mesquinhos e miseráveis poderes que se alimentam os interesses do voto.
Na Aldeia, os candidatos a líderes políticos são obrigados a negociar  com essas capelinhas locais, normalmente em posição de inferioridade, pois é fundamental ter o apoio e a força dos que dominam a máquina interna do partido na Aldeia.

As campanhas eleitorais na Aldeia resumem-se praticamente a isto: na falta de discussão de programas e de ideias, a política é uma actividade surpéflua e  folclórica. 
O sentido de serviço público no exercício de um cargo público  está desacreditado na Aldeia e é visto como um mero "tacho"
As campanhas eleitorais também não ajudam: não passam de uma completa inutilidade e de uma total extravagância e deperdício de meios financeiros. 
Ideias acrescentadas em campanhas eleitorais para o desenvolvimento e planeamento sustentado da Aldeia: zero, ou muito perto disso.
Como todos na Aldeia estamos a ver, se não acontecer uma verdadeira mudança, a consolidação democrática da vida política ficará, em Outubro próximo, mais uma vez adiada. 
Perguntarão vocês: como mudar o que se passa na Aldeia?
Como aldeão parolo, ingénuo e pouco inteligente, a minha resposta, que é a de quem sempre viveu estas coisas com desprendimento e paixão, é simples e um pouco lírica: regressar à pureza da política.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Dinheiros públicos, vacinas privadas: as razões da produção a conta-gotas

 "Hoje, a Comissão encontra-se na humilhante posição de mendigar as vacinas encomendadas junto das empresas que financiou. Os cidadãos pagaram mas não mandam, num negócio em que se misturam fanatismo liberal, captura das instituições e incompetência pura.

A pandemia da covid-19 testou a capacidade de todas as instituições internacionais para uma resposta global. Os Estados pagaram, a ciência cumpriu. Mas a solidariedade que fez aparecer a vacina desapareceu logo a seguir."

Para lr mais, clicar aqui.

"A Associação Naval 1893 tem atividade, são 250 atletas em atividade, 15 equipas de futebol, e é credenciada na área da formação pela Federação Portuguesa de Futebol..."

"Há assuntos que devem ser tratados com cordialidade e bom senso. Expor a recém-formada Associação Naval 1893 em reunião de Câmara por uma pequena dívida, e implicitamente colocar em causa as contas da Associação é a negação do que se espera da política, a arte do compromisso e o respeito pela dignidade das pessoas e instituições. Haverá ainda que ter mais empatia pelas associações e coletividades do concelho.

A dezena de milhares de Euros que origina esta situação de conflito com a Associação Naval 1893 é uma gota no oceano do desperdício camarário, só no Jardim Municipal estão a ser gastos 1,4 milhões de Euros sem que ninguém encontre uma justifi cação plausível para tamanho dislate. Lamenta-se ainda que a Câmara tenha progressivamente uma postura cada vez mais belicosa, apontando o dedo a quem a critica e não sabendo gerir o associativismo."

Via Diário as Beiras

Finalmente, alguém teve culpa de alguma coisa...

Uma notícia desta manhâ.

Especialidade: conversa da treta...

 

A Figueira tem especialistas em várias especialidades. A conversa da treta é uma delas.  

Uma conversa da treta é mais que proferir afirmações falsas. Uma mentira descarada pode não ser uma treta. O que caracteriza a treta é a argumentação manhosa, com a qual se tenta racionalizar uma tese que se percebe não ter fundamento. O recurso a estratagemas argumentativos para disfarçar o disparate, tem a ver com falta de crácter e desonestidade intelectual. É esta aldrabice, porém, que torna a treta muito mais interessante que a mera falsidade, pois ela diz muito do seu autor. 

Em geral, a motivação para conceber uma treta é a necessidade de justificar algo que não deveria ser dito, pois não é sustentável. O divulgador de uma conversa da treta, pode aldrabar deliberadamente. Contudo, também pode ser ele próprio vítima da treta que lhe pregaram...

Quem é que ainda não foi vítima de uma conversa da treta?

Mudança de local da rotunda do Pescador: depois de tanto atraso vai ser a junta de Buarcos e São Julião que vai concluir a obra?

 «A Câmara da Figueira da Foz vai lançar o concurso para a conclusão da mudança de local da rotunda do Pescador, por cerca de 100 mil euros, depois de ter recebido a proposta do autor da estátua, Seixas Peixoto. Esta empreitada conclui a primeira fase da intervenção na frente marítima de Buarcos, incidindo na requalificação do espaço e na base da peça escultórica.» 
- Via Diário as Beiras, edição de 7 de Setembro de 2020.
Recordo que a  Estátua do Pescador era para estar no centro da rotunda desde 15 de Junho de 2019, mas só  no dia 7 de Setembro e 2020 é que a Câmara dizia que ía lançar o concurso!..
"A primeira fase da obra de regeneração urbana da frente marítima de Buarcos, na Figueira da Foz, estará concluída no final do mês, 15 dias depois do prazo original"

Agora, segundo o Diário de Coimbra, "a obra na Rotunda de Pescador em Buarcos, deverá iniciar-se esta semana, ou o mais tardar, na próxima, dependendo das condições atmosféricas".
Esta notícia, porém, tem algo de novo: "a intervenção, da responsabilidade da junta de freguesia de Buarcos e S. Julião, com o apoio da Câmara Municipal"...
Quem leu isto até aqui está a perceber alguma coisa?
Recordemos: Presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. Carlos Monteiro, durante a apresentação dos reis do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, em 2 de Fevereiro de 2020estátua do Pescador será recolocada até 15 de Julho”...
Depois de anúncio feito pelo presidente da Câmara da Figueira,a prometer a conclusão da obra da responsabilidade, é a Junta de Buarcos e Sâo Julião que a vai concluir? E quem vai pagar?
Há aqui qualquer coisa insuficientemente contada...
Bom o importante e perfeitamente compreensível, humano e legítimo, é que os governates (incluindo os autarcas) mostrem a obra que fazem durante os mandatos para os quais são eleitos...

... “toda a Figueira da Foz sabe quem é o candidato”


Via
Diáro as Beiras

"Miguel Poiares Maduro apoia o nome de Pedro Machado como candidato do PSD à Câmara da Figueira da Foz".

... “durante o último ano e meio, foram feitos inúmeros contactos com as forças vivas do concelho, e foi consensual que Pedro Machado devia ser o candidato”.

... "enquanto se aguarda pelo anúncio oficial, Pedro Machado trabalha nos bastidores, desdobrando-se em contactos. Nem o confinamento fez abrandar o ritmo, recorrendo aos meios digitais para debater com a chamada sociedade civil de diversos setores as suas propostas para a Figueira da Foz." 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Para quem desconhece que em em Portugal houve uma ditadura fica um episódio curioso...

 

O dia em que o cantor Francisco José desafiou a RTP em directo 

«Parecia uma noite como qualquer outra na Rádio Televisão Portuguesa. 
A emissão abrira às 19h30, patrioticamente, com o hino nacional. O “Telejornal” transmitira depois as notícias filtradas por um sistema quase infalível de controlo da informação. Seguiram-se as rubricas próprias de terça-feira — o “Programa Feminino” e a “Crónica do Progresso”
Às 20h45, a única estação televisiva portuguesa dedicara uma hora à tourada, com a voz ensonada e os textos gongóricos de Leopoldo Nunes. Repetiu-se o “Telejornal”, o “Boletim Meteorológico” e um enlatado ficcional comprado nos Estados Unidos. 
Por fim, às 23h15, a estação abriu espaço para a música ligeira. O programa “TV Clube” convidara o cantor Francisco José, recém-regressado do Brasil, para uma atuação em direto, acompanhado pela orquestra do maestro Alves Coelho.
Francisco José, cantor de sucesso nos derradeiros quatro anos no Brasil, voltava a casa. Cantou algumas das suas obras mais conhecidas e terminou com ‘Chão Estrelado’, dedicando o tema aos pais. Depois, de microfone na mão, concluiu a prestação de forma inesquecível. Durante pouco mais de três minutos, disse ao público português que a RTP discriminava os artistas portugueses face aos congéneres estrangeiros. Em frente das câmaras, sem se deter, lembrou que alguns cantores estrangeiros recebiam 50 ou 100 contos por uma prestação na televisão, mas os artistas portugueses recebiam dois mil escudos na melhor das hipóteses. “O público não compreende uma palavra do que esses artistas cantam. Não importa. Pagam-lhes bem.”»

Gigliola veio a Portugal, tempo depois, convidada pela RTP. Não há notícia de quanto cobrou pela actuação, mas a verdade é que o tema cachês estava, na altura, ainda bem quente, porquanto Francisco José – cançonetista com mais carreira no Brasil do que aqui na sua terra, mas, ainda assim, extremamente popular – resolvera aproveitar-se da presença frente às câmaras para protagonizar (é o termo) um inédito “tempo de antena”
Foi uma bomba na pacatez do burgo! Mas contemos como foi. Estava-se a 21 de Julho de 1964 e o programa era um “TV Clube”. Francisco José cantou 3 ou 4 cantigas (os inevitáveis “Olhos Castanhos”, entre elas) e resolveu fazer uma pausa para conversar com o espectador. Começou por referir que os artistas portugueses lutavam tenazmente no Brasil para imporem as músicas do seu País. Até aqui, tudo bem. O pior veio a seguir, quando lamentou que esses mesmos artistas, cujo esforço em prol do País não era reconhecido, fossem discriminados também pela RTP, que não lhes oferecia retribuição digna, quando eles voltavam. Em contrapartida – foi dizendo – a RTP não se eximia a pagar altos cachês a artistas estrangeiros o que, no entender dele, Francisco José, representava uma grande injustiça. E citou dois exemplos: Charles Trenet, que recebera 60 contos por uma actuação; e Carmen Sevilha, que ainda recebera mais 40. A conversa (que foi mais ou menos como reproduzimos ) ocupava já razoável tempo de emissão e da régie não vinham decisões. Dir-se-ia que o inesperado da situação gerara uma espécie de atonia. E foi preciso que Francisco José avançasse para a câmara mais próxima e perguntasse, frontalmente, se podia continuar o programa. É que já não tinha mais para dizer mas ainda lhe faltavam duas canções. O corte de emissão, que se seguiu, correspondeu à resposta. 
Terminada a emissão foi detido e interrogado. Escusado será dizer que a Imprensa e a Rádio deram o maior destaque ao inusitado acontecimento, puxando ao sensacionalismo. Durante dias não se falou doutra coisa. Os responsáveis da RTP, esses dedicaram ao assunto várias reuniões que sempre concluíam com a mesma verdade: casos idênticos só poderiam ser evitados com a gravação prévia dos programas. A exclusão total dos directos estava, porém, longe de ser possível, dada a escassez dos equipamentos e dos suportes vídeo, por razões de custos, prioridades, etc. Entretanto, o SNI - Secretariado Nacional da Informação, foi lesto em divulgar um comunicado. Tinha o seguinte teor: “Foi superiormente determinado que se proceda a rigoroso inquérito sobre as circunstâncias em que ocorreu o condenável incidente verificado na emissão da Televisão do passado dia 21 e mandado apresentar, com urgência, relatório circunstanciado acerca das condições de remuneração dos artistas portugueses e estrangeiros, desde o início do funcionamento da Radiotelevisão. O delegado do Governo e os administradores da RTP por parte do Estado iniciaram já aqueles trabalhos.” Com efeito a acta da reunião do Conselho de Administração referente a 29 de Julho, expressa: “O sr. Presidente informou o Conselho de que tem estado a tratar com o sr. administrador Freitas da Costa e com o sr. delegado do Governo o caso do incidente provocado pelo cançonetista Francisco José no programa ‘TV Clube’ de 21.7.1964. Os dois administradores por parte do Estado vão elaborar um relatório sobre a política de ‘cachets’ praticada pela RTP e o sr. delegado do Governo vai conduzir um inquérito para determinação das razões que tornaram possível o incidente.” 
A RTP entregou o assunto ao advogado dr. Alfredo Manuel Pimenta, após ter tomado a decisão de mover um processo-crime ao cançonetista. Na segunda audiência do julgamento, realizada em Janeiro de 1966 (!) “Francisco José apresentou um conjunto de explicações que a RTP, pelo seu advogado, considerou satisfatórias em face do que o meritíssimo Juiz declarou o réu isento de culpa e responsável pelo pagamento do imposto de Justiça.” (acta do Conselho de Administração da RTP, 26.1.1966). Sabe-se que, na ocasião, o cançonetista “lamentou o clima emocional criado á volta da sua actuação, que jamais esteve nos seus propósitos, assim como nunca teve o intuito de afectar por qualquer modo o bom nome, a honra e o prestígio da RTP.” E assim se encerrou um caso polémico.
Anos depois, já em democracia, Francisco José regressou aos ecrãs da RTP para cantar as suas melhores canções – entre elas, os inevitáveis “Olhos Castanhos”. Não fosse o diabo tecê-las... o programa foi previamente gravado.

Bom domingo. E vivam...

 

Francisco Pinto Balsemão, no Parlamento como deputado, a convite de Marcelo Caetano, da "UNIÃO LIBERAL"!..

Lapso sublime

«Por acaso descobri um artigo sobre Francisco Pinto Balsemão, no qual se faz uma curta biografia, pessoal e política. Às tantas, fala-se da sua entrada, em 1969, para o Parlamento como deputado, a convite de Marcelo Caetano. 

E aqui é necessário fazer uma pausa. 

As jornalistas que assinaram em 2017 o artigo, designam o partido único fascista, não como União Nacional (que meses depois passou a ser Acção Nacional Popular), mas como... (nova pausa)... União Liberal! 

Asneiras jornalísticas não são notícia. Só quem não foi jornalista não entende os diversos tipos de erros em que a prática jornalística incorre, e - talvez, na maior parte dos casos - sem intenção. Há erros por ignorância, por convencimento errado, mas também por uma simples associação de ideias ou de fonética, todos passando mecanicamente na revisão (quando a há!). 

Neste caso, possivelmente, confundiu-se o nome do partido com a aquilo a que se chamou na altura a ala liberal da União Nacional, a que pertencia também Balsemão e Sá Carneiro, a qual, na verdade, também não era assim tão totalmente liberal.

Mas neste caso é por demais divertido. É todo um programa condensado num erro de duas palavras. »

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Conselho nacional do CDS-PP: ... e do nada brotou um equívoco...

Via Miguel Mattos Chaves, Presidente da Comissão Política da Figueira da Foz, Membro da Comissão Política Nacional, Conselheiro Naciona do CDS-PP


Não acompanhei com muita atenção a reunião do CDS-PP realizada este fim de semana. Pelo que acabei de ler, a "clarificação está dada" e o líder do CDS mostra-se satisfeito com aprovação da moção de 
confiança à sua direcção, com 54,3% dos votos.

Contudo, fiquei algo surpreendido, talvez porque fosse o que menos esperava, pela curiosidade, vinda de um dos partidos que se auto-proclama um dos donos da democracia, de ter havido uma discussão sobre voto secreto depois do CDS-PP ter andado 46 anos a esfregar o voto de braço no ar na cara do PCP!..

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Admirable village...

Imagem via Pedro Agostinho Cruz

Na Aldeia é frequente ouvir dizer: se queres ser bom morre.
Tal coisa, para mim, é horrivel. Não por as pessoas morrerem - vai acontecer isso a todos nós - mas, por depois de mortas, todas as pessoas se tornarem tão perfeitinhas, mas tão perfeitinhas, que ao ouvir falar delas chego até a duvidar se terão existido na realidade! 
Infelizmente, já tive razão antes do tempo em muitas coisas que vieram a acontecer na Aldeia. Contudo, nunca fiquei contente por tal ter acontecido. 
Às vezes, pode parecer até mau agoiro para o que veio depois...
Todavia, as coisas não acontecem por acaso. Tal acontece, porque vivo numa Aldeia onde quem manda tem pouca e pequena ambição para a definição do futuro da Aldeia. 
As suas agendas pessoais foram sempre mais importantes para determinar a gestão da sua carreira política do que para para o futuro da pólis.