sábado, 26 de dezembro de 2020

E se estudassem ao menos um bocadinho senhores autarcas figueirenses?..

Recordo algo que escrevi no passado dia 21 do corrente, no facebook: 

Hoje, o Diário as Beiras, publica a seguinte local.
Como a incompetência dos vereadores figueirenses não tem limites, sublinho algo que pode ser lido no Diário as Beiras de hoje: "a Polícia Municipal da Figueira da Foz foi aprovada, em 2000, pela câmara e pela Assembleia Municipal, e, em 2002, pelo Governo, embora nunca tivesse sido constituída. Tanto os proponentes como o líder do executivo camarário alegaram a este jornal desconhecer o dossiê, por já ter 20 anos e não o terem acompanhado."
Não é para puxar dos galões, mas o OUTRA MARGEM já tinha publicado isso em 5 de Março de 2019...
Estudassem...
Assim, não há condições... Ao trabalho, senhores, ao trabalho...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Uma ficção em jeito de um bem bonito e escorreitamente escrito conto de Natal...


Era uma vez, já lá vão mais de 20 anos, um doente mental que teve uma visão.
Contudo, não conseguiu transformar em sonho. Muito menos em realidade. 
Mais tarde, porém, foi seguido por outros que, progressivamente, se tornaram também doentes mentais, pensando que chegariam a ricos, cosmopolitas, ou famosos das revistas cor de rosa. 
No principio, já lá vão mais de meia dúzia de anos, tudo parecia serem boas intenções. 
Depois, pouco a pouco, veio ao de cima a natureza humana - uma doença que é o que é: a inveja, a ganância, a mesquinhez... 
O livre-arbítrio entrou em roda livre. Entraram em delírio. A cupidez tomou conta deles e transbordaram os sonhos. 
Hoje, o Cabedelo é um local refém de uma psicose colectiva de uma dúzia de lunáticos incompetentes, que podem estar doentes mas, ainda assim, deviam ser suspensos duma ponte (uma nova especialidade destes lunáticos...) presos por arame farpado nos tomates... 
Nem o Natal já é o que era: alguém acredita que é com beneméritos destes que o  povinho da Figueira tem salvação possível, ou, sequer, um 2021 melhor?
Bom Natal para todos...

Mais do mesmo: falam, falam, falam, falam, falam...

... mas, a sul do Quinto Molhe, nada de novo: estamos a poucos dias de 2021, ano de eleições autárquicas, sempre aquele tempo de esperança acrescida... Já foi assim em 2017... 
"...se o inverno é «rigoroso», a área é «novo pólo de uma grande preocupação".
Passam os anos, "vai-se a ver e nada".
Via Diário as Beiras
...«o estudo para a transposição de três milhões de metros cúbicos de areia de norte para sul da barra da Figueira da Foz, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avança lentamente, ao contrário da erosão costeira, que conquista terra para o mar a um ritmo preocupante.»

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Rio garante não haver compromissos com ninguém para candidaturas às autárquicas...


"
Não tenho compromisso com rigorosamente ninguém, até porque eu próprio defini que, até ao dia 1 de janeiro, é zero [não há candidatos]. Outra coisa é eu tomar café com alguém e perguntar o que é que esse alguém acha para o seu concelho. Isso pode acontecer, mas é uma coisa completamente informal, não tem a ver com uma estratégia completamente montada". 
Rui Rio comentava uma notícia do Observador, divulgada na terça-feira, de que teria falado com o social-democrata Paulo Rangel sobre a hipótese de o eurodeputado avançar com uma candidatura à Câmara do Porto.

Mensagem de Natal de sua excelência o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

 Daqui

Adoro o espírito de Natal...

Imagem via Diário as Beiras

Amanhã é a véspera de Natal. 
O "nosso" presidente e o seu executivo, no fundo toda a Câmara, mesmo à beira do Natal, essa magnânima quadra de boa vontade entre os homens e, ao mesmo tempo de paz e alegria, não regateia esforços para passar a sua imagem... 
Abençoados os políticos, que não deixam ninguém para trás, nomeadamente os jornais e jornalistas: mesmo em tempo de Natal, é sempre importante o contributo para a venda de papel...

O projecto da ponte com uma única faixa de rodagem (vai ter o "trânsito regulado por um sistema inteligente de semáforos"), que há-de (um dia) ligar Lares ao Alqueidão e vice-versa...

Imagem Diário as Beiras

A vida não anda má para todos: ainda há elite...

«Os 16 caçadores que mataram 540 animais na Quinta da Torre Bela terão pagado entre sete a oito mil euros para poderem participar no evento.»

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Inadmissível (estilo musculado; melhor, «cajadado»?)...

«Na reunião quinzenal, o empresário invadiu o edifício Pirâmide, onde decorrem as sessões da autarquia e interrompeu a sessão com um cajado em punho, que utilizou para agredir o presidente mas também um vereador e ainda um funcionário. A reunião estava a ser transmitida online pela autarquia mas foi imediatamente interrompida, sendo apenas audíveis os gritos que decorreram dessa agressão.»

É dizer ao ministro que a erosão é na "Cova da Gala" que ele sabe...

Vídeo sacado daqui. Imagem via Diário de Coimbra.



Não brinquem com a saúde dos figueirenses: cuidem e valorizem os meios que já existem...

O ano está quase a terminar.
Ontem, tal como faço sempre que posso, acompanhei parte da reunião camarária.
Isto, não é só andar por aqui a escrever por escrever. Há que procurar estar o mais documentado possível sobre a realidade figueirense. Isso, como é óbvio, exige força de vontade, capacidade de sacrífíco, perseverança, pundonor, paciência, muita paciência, entre outras coisas.
Ao estar a assistir, ontem, à última sessão camarária de 2020, um ano já de si difícil e traumatizante para largos milhares de portugueses, dei comigo a pensar se a gestão da Figueira, no que respeita à gestão da coisa pública diz respeito, "está a correr bem"...
Fiquei desiludido. Aquilo que estava a assistir em directo não tinha correspondência com a realidade. 
Por exemplo, aquilo que para muitos pode ser visto como uma boa notícia, a mim gera-me desconfiança: não estará aqui a machada final nos centros de saúde das aldeias do nosso concelho?
Mais meios? Preferia que cuidassem e valorizassem os que ainda existem...

200 mil euros para apoios sociais a empresas e empresários em nome individual

 Via Diário as Beiras

Mais 600 mil para o Cabedelo

Via Diário as Beiras

«A câmara municipal obteve mais 600 mil euros de apoios europeus para as obras de requalificação do Cabedelo. Este novo cofinanciamento foi conseguido na sequência do acordo obtido entre a autarquia e o concessionário do parque de campismo. Tem como destino a requalificação dos terrenos ocupados pelo equipamento, cuja área de exploração foi reduzida para menos de metade. 
A futura concessão terá espaço para bangalôs e cerca de 20 caravanas, estas com permanência limitada.»

Caiam na real...

Como não ando por aqui para enganar ninguém, claririfico, desde já, que não gosto deste executivo camarário: pressinto-o desconchavado e com um elevado défice de competência. 
Li ontem no jornal DIÁRIO AS BEIRAS, que o presidente da Câmara da Figueira da Foz quer construir na cidade um campo de futebol para estágios de seleções e clubes. 
Carlos Monteiro disse isso na Assembleia Municipal que se realizou na passada sexta-feira. O autarca fez o anúncio quando foi questionado pelo deputado da CDU, Nelson Fernandes, sobre a necessidade de haver um campo de jogos com relvado natural, já que o único que existia, o do estádio municipal, está a ser substituído por relva sintética. 
Registe-se, que já existe um centro de estágios no concelho: o Rosa Náutica, na Praia de Quiaios, que tem recebido clubes e seleções de diversas modalidades, nacionais e estrangeiros.

Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Monteiro afirmou que o campo de futebol para estágios vai ao encontro da reivindicação de hoteleiros da cidade. 
Porém, pelo menos para mim, tudo isto, em 2020, soa a estranho e roça um amadorismo atroz.
Os centros de estágios desportivo são considerados uma das heranças do Euro 2004, que se  realizou em Portugal.
Registe-se que os centros de estágio desportivo têm, ao longo dos anos, contribuído positivamente para evolução de modalidades e desportistas nacionais. 
Ao mesmo tempo têm dinamizado as regiões onde estão inseridos.

A renovação das infra-estruturas desportivas, das vias de comunicação e até de algumas unidades hoteleiras, são consideradas boas heranças deixadas após a realização do Euro 2004, em Portugal.
Um bom exemplo desta estratégia é  Melgaço. A vila mais a norte de Portugal percebeu que uma das formas de combater a sua localização periférica poderia passar  pela construção de um moderno equipamento desportivo, preparado para responder às necessidades de várias modalidades.
Foram investidos 15 milhões de euros. 

Mais próximo de Lisboa, existe o Centro de Estágios de Rio Maior (que conheço bem, pois vivi em Rio Maior, por razões profissionais, alguns anos), que continua a atrair para uma área anteriormente pouco valorizada, milhares de desportistas. O Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, preparado para acolher as mais variadas modalidades, tem ainda capacidade para hospedar mais de 100 pessoas nas suas instalações, em condições em tudo semelhantes a um hotel.
Foram investidos largos milhões de euros. Na altura em que vivi em Rio Maior, parte da população questionava os milhões gastos nesta opção política de desenvolvimento, pois isso criou dificuldades ao desenvolvimento doutros sectores da vida do concelho.

Outro dos exemplos frequentes neste tipo de instalações desportivas surge na simbiose entre o conforto das unidades hoteleiras e a proximidade de centros de estágios. Ofir, em Esposende, e Quiaios, na Figueira da Foz, conseguiram conjugar o investimento privado em unidades hoteleiras de qualidade, com centros de estágios privados, ou municipais, que permitem taxas de ocupação frequentes durante o ano.
Na Beira Alta, cidades como Guarda, Seia, Gouveia, ou Celorico, já deram  passos neste rumo, conseguindo, nos últimos anos, oferecer condições para que algumas das principais equipas de futebol nacionais procurem na região tranquilidade e bons equipamentos, mas, sobretudo, preços competitivos. Luso e Óbidos são outros exemplos.
No Algarve,  diversas unidades hoteleiras e o bom clima,  proporcionam boas condições de trabalho para as equipas que procuram a região, durante todo o ano, nomeadamente as cujos campeonatos param no Inverno devido às condições de tempo adversas.

É neste contexto que Carlos Monteiro quer competir no exigente mercado dos estágios de clubes e seleções de futebol, com  "uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples" para encher os hotéis da Figueira da Foz?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

OS MEUS AMIGOS

«Dos meus amigos quero calor. Quero saber que sejam bons. Quero saber que queiram saber. Cada um de nós é uma pequena embarcação. Uns à deriva, outros não. Partilhamos o rio. Uns estão de lancha. Outros com o barco furado e a meter água. Vão-se afogar. Rememos até eles e convidemo-los para o nosso barco. Já fui salvo algumas vezes. Sinto já ter salvado. Ser amigo é isto. Salvar, dar amparo, dar chão tão seguro que apeteça dançar em cima dele. Mesmo que na flutuação perigosa de um rio. Mesmo que sob um nevoeiro de pensamentos abstrusos. Dêem-me esse chão. Agarrem-me pelo braço. Dou-vos esse chão, agarro-vos pelo braço. Hoje aqui, amanhã acolá. Hoje em choro, amanhã em deleite. Hoje a deitar água, amanhã a reparar a embarcação furada de outro. É isto que são os meus amigos. Mais bonitos do que a junção de todas as letras que a República das Letras escreveu sobre amizade – porque real.»

O verdadeiro artista...

Via Diário as Beiras
«“Aquilo que pretendemos é uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples, para podermos ter algumas seleções a treinar e ficar nos hotéis”. No entanto, garantiu Carlos Monteiro, “isso será a longo prazo, porque a prioridade é recuperar os equipamentos desportivos existentes”...  
Por esta ordem de prioridades, acrescentou o edil, será construída uma piscina coberta na cidade, um pavilhão polidesportivo e, depois, “havendo condições para isso”, o campo com relvado natural.»