Via Agostinho Cruz
"Sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de Quiaios, realizada ontem à noite, quinta-feira, 10 de Dezembro 2020.
Continuação de mais um triste episódio do momento político da Freguesia.
Período antes da ordem do dia.
Os dois primeiros pontos; discussão e votação das actas das sessões extraordinárias de 28/10/2020 e 7/11/2020, foram rejeitadas por 5 votos contra e 4 a favor.
Eleição por escrutínio secreto dos vogais da Junta de Freguesia.
Novamente o PS pela voz do Presidente em exercício veio propor uma solução já apresentada em anteriores A.F: António Nascimento e Vítor Ribeiro respectivamente PS e PSD.
A votação foi idêntica, 5 votos contra e 4 a favor.
O Presidente em exercício não se livrou de ouvir, da parte do PSD, uma advertência pelo facto de insistir numa solução já proposta, com agravante de não ter perguntado ao visado do seu interesse.
Os pontos seguintes estavam relacionados com este, não tiveram seguimento dado o resultado da votação.
Votou-se o Protocolo de Colaboração entre o Município e a Freguesia de Quiaios para apoio ao Funcionamento da Comissão Social da Freguesia.
Resultado da votação 5 abstenções e 4 a favor.
Um pró-forma este Protocolo.
O seu objecto ”erradicar com maior eficácia os problemas da pobreza e exclusão social ao nível das freguesias”. Comparticipação financeira “até ao montante máximo de 500€ por ano ao qual será transferida mediante apresentação comprovativa da despesa”.
Em conclusão.
A Freguesia não tem Junta, não tem Plano de Investimentos Plurianual e não tem Orçamento pelo segundo ano consecutivo, tudo por culpa do PS.
As soluções chegaram ao fim.
A CDU vai avançar com a entrega da demissão colectiva da lista."
Neste caso concreto, como sabemos, o funcionamento da justiça, embora lento, ineficaz, muitas vezes incompetente e discricionário, fez o seu caminho. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder.
O PS Figueira, a meu ver, também neste caso, assumiu-se como uma entidade mais ao serviço dos seus membros e na defesa do seu poder, enquanto partido, do que na defesa do interesse da governação da freguesia.
A preponderância, já manifestada na teia obscura de negociações e interesses na tentativa de evitar o escrutínio pelo voto do Povo, dá do poder do PS Figueira e PS Quiaios, a pior das imagens.
E, infelizmente, na minha opinião, a imagem não está longe da realidade.
Muita da crise da política figueirinhas, encontra-se e explica-se no modo como os partidos políticos evoluíram nos últimos anos no exercício do poder local.
Face ao passo anunciado pela CDU, a bola vai ficar do lado do PSD.
A democracia pode tardar mas tem de funcionar. Também em Quiaios.