terça-feira, 17 de novembro de 2020

Só falta resolver o pormenor dos «jacintos-de-água»...

Imagem via Diário as Beiras

Em tempo.

Cabedo (faz parte da Figueira) antigo...

Foto antiga, obtida a partir da margem norte do estuário do Mondego, onde se "vê bem o cordão dunar, assim como o enorme areal à sua frente, o qual desapareceu por completo com a construção dos molhes norte e sul. A ampliação permite ver o cordão a passar pela Cova e sempre mais para sul...sul...sul..."
"A duna "artificial" em 1953. O ponto branco que se vê no lado direito era uma fábrica onde é hoje o campo do Cova Gala."
Fotos e legendas a partir do mural do Alberto Afonso no facebook.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

E assim se destrói a protecção de uma duna primária: a vegetação...

• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas. 
Como é que os sistemas dunares são destruídos? As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera. A destruição da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina - transforma uma duna fixa numa duna móvel. O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos. Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais. Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação. O alerta está feito.

O antes...

 

Dunas...

Video sacado daqui

A duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.

Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”.

Com os conhecimentos existentes sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:

• Praia – tolerante ao recreio

• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas

• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves

• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas

• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.


Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.

É preciso não esquecer a importância, cada vez maior, que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.

Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.

Como é que os sistemas dunares são destruídos?

As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.

A destruição  da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina -  transforma uma duna fixa numa duna móvel.

O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos.

Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais.

Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação. 

O alerta está feito. 

Nota de rodapé.

Esta postagem foi feita com a ajuda do que foi lido aqui.

António Miguel Lé, presidente da Cooperativa Beira Litoral, fez criticas ao presidente da Câmara. Carlos Monteiro respondeu...


 Imagem via Diário as Beiras

Apoiar efectivamente o comércio local é com medidas concretas como, por exemplo, estas:


 Imagem sacada daqui

domingo, 15 de novembro de 2020

Um vídeo esclarecedor sobre o que é um snob convencido...

Video via SICN

Este cavalheiro, snob e convencido, mostra sempre um ar superior, que me causa repulsa e faz-me fazer zapping, quando aparece na pantalha televisisva.  Os chamados "medias" precisam, à direita, destes "enterteiners" comediantes de feira e politiqueiros...

«Ninguém sabe motivos do acidente que lança para o desemprego 22 pescadores, mas no local falava-se nas madeiras arrastadas pelos jacintos»


 Via Diário de Coimbra

Comissão Nacional de Protecção de Dados já recebeu algumas queixas sobre violação de dados de saúde, tendo aberto pelo menos um processo

«Há resultados de testes à covid-19, que constituem dados de saúde pessoais, a serem comunicados às entidades que os financiaram, sejam câmaras municipais ou entidades patronais, o que pode constituir uma violação muito grave das normas da protecção de dados. A confirmar-se a infracção, esta deve dar origem a uma multa que pode atingir os 20 milhões de euros. A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) já recebeu algumas queixas neste âmbito, estando, neste momento, a instruir um processo que envolve uma entidade pública. Não recebeu, no entanto, qualquer participação de um caso que chegou ao conhecimento do PÚBLICO

Apesar das dificuldades há que manter a esperança...

Recordemos Cesária Évora

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Quinto Molhe: mais palavras para quê?..

Os chouriços estão nus... Foto: Pedro Agostinho Cruz.

Cais comercial a sul? Como ficaria feliz...

Imagem via Diário as Beiras
Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização
, é uma postagem que publiquei neste blogue há mais  de 10 anos.
Estávamos a 28 de Julho de 2010. Recordo algumas passagens, pois mantém-se mais do que actuais. Passo a citar-me.
O rio e o porto estão associados ao crescimento da Figueira e são factores de desenvolvimento concelhio, pelo que deveria ter havido o máximo de cuidado e planeamento na execução e expansão das obras portuárias.
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto na margem norte é um condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1ª. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro na ponte da Figueira.
2ª. Principalmente no inverno, os navios atracados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda de navios à barra da Figueira.
Tempo é dinheiro no competitivo mercado dos transportes marítimos. O mal, está feito, mas não pode ser escamoteado, até porque a vinda para a margem sul do porto de pesca não foi inocente. Era poluente...
Contudo, também podemos aprender com os erros. E erro estratégico foi, igualmente, a implantação da zona industrial logo a seguir à zona habitacional da Gala, quando teria sido perfeitamente possível e fácil a sua deslocação mais para sul, possibilitando assim a criação de uma zona tampão entre as fábricas e as residências.Com erros, ou sem erros, porto comercial e zona industrial são estruturas complementares no progresso e desenvolvimento do nosso concelho. Contudo, convém que o planeamento seja devidamente sustentado, pois erros já foram cometidos bastantes. Apesar dos alertas feitos em devido tempo.

Agora, ao que parece (espero que não seja apenas de haver eleições no próximo ano...) estão a pensar nisso. Oxalá seja verdade, são os meus votos.

A possibilidade de areia proveniente de dragagens vai servir para quê?..

Via Diário as Beiras
"A concretizar-se, serão projetados cerca de cerca de 50 mil metros cúbicos de areia para o Cabedelinho, e dali serão transportados, por camiões, para o Cabedelo.  
Para o reforço da duna do Cabedelo, são necessários 80 mil metros cúbicos de areia. A autarquia já extraiu mais de 20 mil do Cabedelinho, mas esta praia não tem tanta areia para tamanha quantidade de camiões. 
As dragagens, que começam em breve, deverão extrair, do canal e da barra, 130 mil metros cúbicos de inertes."
Já tinha percebido há muito que a prioridade da Câmara é o Cabedelo.
O que é que sobra,em metros cúbicos de areia e inertes, para o reforço na Praia da Cova e outras praias a sul?

A câmara municipal cancelou a animação da época natalícia

*.  A “Feirinha de Natal” e a pista de gelo já não serão instaladas no Parque das Gaivotas. 

*.  Os espetáculos de fim de ano já haviam sido cancelados.

*.  O fogo de artifício mantém-se. 

*.  Também poderá haver animação itinerante. 

*.  A iluminação de Natal, que foi reforçada, será ligada na próxima semana, prevendo-se que isso aconteça no dia 20. 

*. Fim de ano não vai ter o Rali Fim de Ano. No entanto, o Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz, que organiza o evento, tem em agenda alternativas simbólicas, para não deixar arrefecer o motor da tradição. 

*. Isto ainda não é definitivo: dependerá da evolução da pandemia.

A Comissão Municipal de Protecção Civil, depois de avaliar a evolução da situação epidemiológica no concelho, decidiu aplicar novas medidas


«A Comissão Municipal de Proteção Civil da Figueira da Foz reuniu, ontem, para fazer a “análise da evolução da pandemia e determinar um conjunto de ações para entrarem em vigor no imediato”.
Uma das medidas é a criação de zonas de concentração e apoio, com 67 camas no Colégio de Quiaios, 22 no Centro Social Cova-Gala e 15 nos bangalôs do Parque de Campismo de Quiaios. Encontra-se em fase de adaptação a Casa de Nossa Senhora do Rosário, “onde existirá um acréscimo significativo das capacidades de apoio, em caso de necessidade”
Os profissionais de saúde, à semelhança do que aconteceu na primeira vaga da pandemia, têm à sua disposição bangalôs do Parque de Campismo Municipal. 
“Para a colaboração na execução e/ou implementação dos planos de contingência, a autarquia destacou visitas técnicas conjuntas da Autoridade de Saúde, Segurança Social e Proteção Civil às estruturas residenciais para idosos e visitas técnicas da Autoridade de Saúde e da Proteção Civil aos agrupamentos de escolas".
A autarquia figueirense, diz ainda em nota enviada ao Diário as Beiras, que entre os meses de outubro e novembro, foram realizados 1125 testes serológicos aos ajudantes de acção direta dos lares, bombeiros e Cruz Vermelha. 
O município, informa também, que disponibiliza aos testes rápidos de antigénio, em colaboração com a saúde pública local. 
Está, também, a articular com o ACES do Baixo Mondego o reforço da equipa de saúde de apoio ao município.»

A homenagem de «O Sítio dos Desenhos» a Gonçalo Ribeiro Telles

Gonçalo Ribeiro Telles, teve uma vida de luta pela defesa do ambiente, que durou 70 anos. Morreu com noventa e oito. 
Fernando Campos, no O Sítio dos Desenhos, prestou-lhe aquela que, para mim, foi a melhor homenagem que vi prestar ao militante do ambiente, que teve a infelicidade de viver num "País onde o absurdo faz sentido".
Passo a citar.

"Em 2016 já lhe tinha desenhado este “retrato”, aqui, quando me referi a ele a propósito das tragédias ambientais de verão, de planeamento florestal e de desenvolvimento rural. Continuo a subscrever todas as considerações que me permiti então. Tal como referi, “a Portugal nunca faltaram homens bons e sábios, como Gonçalo Ribeiro Telles. O problema é que num país povoado por uma maioria esmagadora de idiotas eles são vistos, e tratados, como pobres lunáticos.” 
Por isso hoje foi decretado luto nacional e a bandeira está a meio-pau. Mas amanhã continua certamente o plantio anual do eucalipto. 
Estamos em plena estação. 
Há que aumentar o produto interno bruto. Até á desertificação total. Depois da brutalização consumada, decreta-se outra vez luto nacional. Não hão de faltar paus para bandeiras nem para passadiços, de onde turistas alarves possam apreciar devidamente a, digamos assim, paisagem."