domingo, 8 de novembro de 2020

Oficinas da CP voltam a reparar comboios na Figueira da Foz

As oficinas da CP na Figueira da Foz foram encerradas em novembro de 2011. Na altura, empregava 34 trabalhadores, 10% dos 340 que ali chegaram a exercer funções em 1980.

Este grupo oficinal estava sob gestão da EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, criada em 1993. 
No início deste ano a empresa foi reintegrada na CP – Comboios de Portugal, de modo a evitar redundâncias e agilizar a manutenção e reparação do material circulante.
No passado dia 4 de Maio, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, admitiu  “dificuldades” no acesso aos meios de transporte público nestes primeiros dias após o fim do estado de emergência, concretamente no que diz respeito aos comboios suburbanos, que têm habitualmente mais lotação. Não será fácil reforçar a oferta com mais comboios, desde logo “porque não os temos“
Em Janeiro passado reabriu a oficina de Guifões, em Matosinhos. Na oportunidade,  Nuno Freitas, presidente da CP, anunciou a criação de 140 novos postos de trabalhos até ao final de 2021, 90 dos quais qualificados. 
Agora, a CP reabriu as oficinas na Figueira da Foz...

"Recato", aconselha Costa...

António Costa garante que o PS está unido sobre as presidenciais. 
O secretário-geral socialista conseguiu aprovar moção que reconhece "mandato positivo" de Marcelo Rebelo de Sousa. 
Ana Gomes foi mencionada, mas a direçcão do PS não apoia formalmente qualquer candidato. 
"Esta candidatura será mais forte com os apoios de todos os socialistas que nela se reconhecerem. Muitas e muitos socialistas aguardavam a decisão dos órgãos do PS hoje tomada, para expressar a sua posição sobre as próximas eleições presidenciais", reagiu Ana Gomes. 

"Quanto a mim próprio manterei o devido recato", "devo manter o maior recato"
A garantia foi dada pelo secretário-geral do PS, António Costa, e tem a ver com a sua conduta face às próximas eleições presidenciais. 
"Recato", disse António Costa!.. 

A Figueira não está condenada...

Foto Pedro Agostinho Cruz

Todos somos políticos.

Não tomar posição política é, pelo menos desde Aristóteles, uma escolha política.

Por muito que nos queiramos fazer de politicamente mortos, desinteressados, santinhos, oportunistas, inocentes, ou parvos, acabamos sempre por contribuir para representar um papel importante no espectro social e do poder, mesmo quando nos proclamamos «apolíticos» ou sem ideologia.

É claro que, a meu ver, tanto a política activa, empenhada e militante, como o exercício da cidadania têm de passar por causas e princípios éticos e morais.

Num e noutro caso, tem de haver decência, no sentido mais puro do conceito: o da dignidade, o da correção, o da civilidade e o da honradez, que se definem, é certo, num plano ético abstrato, mas que permitem um vasto leque de comportamentos, pautados pelos princípios básicos do convívio humano.

A Figueira, a tal serôdia Rainha das praias de Portugal, é uma cidade intimamente associada ao passado. Tem vida, tem história e tem lenda.

Porém, estando garantido tudo isso, é responsabilidade colectiva dar-lhe um futuro. E o futuro terá de passar por uma Figueira cosmopolita, vibrante, ambiciosa, capaz de criar e de aproveitar as oportunidades que se lhe oferecem, e de ombrear, ou mesmo ultrapassar, com as cidades da mesma dimensão, mas mais desenvolvidas da região e do país.

Isso passa por uma visão de progresso e modernidade, respeitando as pessoas que cá nasceram, cá viveram, cá vivem, ou aquelas que, estejam onde estiverem, se sentem de alguma forma ligados à Figueira.

É fundamental a fixação de empresas e criação de emprego, justiça social, inclusão e participação, bom uso dos recursos naturais, digitalização e universalização de serviços ao cidadão. 

É imprescindível, antes de mais, criar riqueza para fixar e atrair talentos. Só assim Figueira pode aspirar a ser um concelho competitivo e desenvolvido.

Como sabemos, nas últimas décadas muitos jovens abandonaram a cidade quando concluíram a sua formação. Por isso, é imprescindível o investimento que traga à cidade vida e futuro para esses jovens.

A actual pandemia, com o teletrabalho, acelerou a transição para o mundo digital, antecipando uma evolução inexorável. As empresas modernas vão apostar, cada vez mais, em políticas de teletrabalho. Se, no passado, a Figueira falhou na captação de iniciativas empresariais, no futuro tem uma oportunidade de ouro de garantir o regresso de quadros ligados à cidade por laços familiares ou afectivos.

A crise pandémica trouxe-nos tempos difíceis do ponto de vista económico e social: hoje, é ainda mais evidente que a Figueira tem de ser uma cidade solidária e inclusiva. 

Nenhuma comunidade moderna atingirá a plenitude com as desigualdades económicas e sociais que a Figueira ainda tem.

São necessárias políticas de erradicação da pobreza, com particular foco nos mais jovens e nos mais idosos. O direito à habitação digna tem de ser assegurado. São precisas medidas corajosas de combate ao desemprego, ao emprego precário e à solidão. 

Solidariedade, inclusão, justiça social e democracia, devem ser pilares maiores de uma política de desenvolvimento de uma cidade e de um concelho como a Figueira.

Temos pela frente, para além da pandemia, outro desafio enorme na Figueira: o grave problema das alterações climáticas, que não podemos deixar, sem mais, às novas gerações.

A Figueira, tem de ser cada vez mais uma cidade verde e ambientalmente responsável. A solução das questões globais começa no contexto local: a boa qualidade da água, do solo e do ar, o combate ao desperdício e a boa gestão energética, a luta contra a erosão costeira  têm de ser preocupações básicas da gestão camarária, com medidas concretas e eficazes, e não com iniciativas para o faz de conta e para a fotografia.

Um desenvolvimento sustentável implica também uma mais harmoniosa ligação entre o centro urbano e a periferia com oferta de transportes acessíveis.

Um bom acesso à Internet é hoje condição indispensável de desenvolvimento: a Figueira tem de ser cada vez mais digital e eficiente. A cobertura total do concelho em fibra óptica, assim como uma cobertura de wifi em espaços públicos é urgente.

A Figueira necessita de melhores serviços públicos. Para isso, é necessário garantir o investimento necessário. Escolas, Serviços de Saúde, Serviços Camarários, têm de ter mais qualidade e proximidade com os figueirenses.

É necessário criar a rede que caracteriza as cidades inteligentes, de modo a assegurar a melhor funcionalidade dos serviços e uma gestão moderna do município. Usando recursos digitais ir-se-á mais longe no combate à lentidão e à burocracia, e ganhar-se-á na rapidez, facilidade e conveniência dos serviços às pessoas.

A Figueira, apesar das dificuldades e a gestão incompetente que dura há décadas, não está condenada ao subdesenvolvimento e ao atraso. A Figueira pode ter futuro. Isso, porém, passa em primeira instância pelos figueirenses.

Contudo, será que eles querem?

Biden derrota Trump e é o 46º presidente eleito dos Estados Unidos

 

André Ventura sobre Biden: "Temo que tenha vencido a voz das minorias que preferem viver à custa do trabalho dos outros".

Para os simples e ingénuos, como eu, é sempre surpresa ver pulhas com protagonismo social e poder político. O pulha é pulha porque se sente impune.

Pode ser este Trump com uma espantosa carreira de vigarices, um autarca local, um anónimo qualquer a mandar lixo para uma caixa de comentários. 

O pulha só respeita uma lei: a do vale tudo. Pelos vistos, a prática dessa anomia vai trilhando caminho, não só nos Estados Unidos e na Europa, mas também em Portugal.

A pulhice é um factor que explica maioritariamente o que vemos acontecer no que se chama “fazer política”.

Quem faz acordos políticos com um partido dirigido por uma pessoa que se mostra sósia de Trump, disponível e interessada em violar direitos de outras pessoas e em transformar  Portugal num espaço selvagem  e de uma desumanização cada vez maior e mais perigosa, não tem atenuantes.

Cito Ana Sá Lopes"O PSD tem um aliado novo, o Chega.

Esta vai ser a linha de argumentação do PSD e da direita em geral para acolher o Chega – tornar equivalentes dois partidos que não põem em causa a Constituição com o partido de Ventura.

Depois de André Ventura ter anunciado que existia um acordo entre o seu partido e o PSD para viabilizar um governo dos Açores liderado por José Manuel Bolieiro, Rui Rio ficou num silêncio pesado. Rui Rio e Bolieiro acharam que não havia nada a declarar. É possível que seja o silêncio dos envergonhados. Deve existir ainda uma réstia de social-democracia na São Caetano à Lapa e em Ponta Delgada que os impede de assumirem publicamente que se associaram ao Chega e vão diminuir o rendimento social de inserção nos Açores, a região onde o risco de pobreza é maior no país. Para quem sempre se afirmou um social-democrata, é mais um prego no caixão ideológico.

Não podemos dizer é que não sabíamos. Rui Rio disse ao que vinha. Em entrevista à RTP, no dia 29 de Julho, admitiu acordos com o Chega – o entendimento nos Açores acaba por ser uma consequência lógica desse abrir de portas. À luz dos recentes acontecimentos, tudo ainda é mais claro. Mas é verdade que no Verão Rui Rio achava que o Chega era um partido “em muitos casos de extrema-direita, muito longe” dele que estava “ao centro”. E também que “se o Chega continuar numa linha de demagogia, de populismo, da forma como tem ido” haveria “um problema, porque aí não é possível um entendimento com o PSD”

Afinal, três meses e meio depois, é possível.."

DESPORTIVO CLUBE MARÍTIMO DA GALA

Via Diário as Beiras

sábado, 7 de novembro de 2020

O merdas que se dá ao luxo de não respeitar as regras da democracia já foi à vida. Contudo, o "palhaço" continua armado em "cão com pulgas"...

«Joe Biden vence as eleições e é o próximo Presidente dos Estados Unidos. 

A mesma questão pode colocar-se hoje em Portugal...

"... os resultados das eleições presidenciais norte-americanas têm suscitado uma dúvida legitima, mas que exprime alguma ingenuidade política. Quem a exprime parte do princípio segundo o qual os Estados Unidos da América são uma sociedade «civilizada», no sentido tradicional do termo, que deveria por isso excluir práticas e valores como os exibidos por Donald Trump e os seus numerosos apoiantes. 

Fica a lição do poder e as sugestões da oposição...

Via Diário as Beiras

Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz pedem ajuda financeira a empresas para ultrapassar dificuldades

Via Diário as Beiras

Boa notícia


Via Diário as Beiras

Sem Trump aceitar a derrota, a eleição pode ficar num limbo até Dezembro...


Esperavam que um palhaço como Trump, que andou a enganar milhões durante anos, via facebook e twitter, aceitasse facilmente saber que foi derrotado pelos correios?

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Pensilvânia: se Donald Trump perder neste estado não tem qualquer hipótese de se tornar de novo Presidente dos Estados Unidos...


"Biden passa à frente de Trump no estado da Pensilvânia por mais de 5.000 votos.  Biden virou o estado de Georgia para os democratas e tem mais 917 votos do que o adversário. 

O bom filho (Ventura) à casa volta (PSD de Rio)...

«Partido anunciou hoje que "vai viabilizar o governo de direita" no arquipélago.

Odores... (no sul cheira bem. Cheira a perfumes...)

 Via Diário das Beiras

Sobre o silêncio, aquele que "reina dentro de uma bomba-relógio um minuto antes de explodir"...

Na Figueira vai acabar tudo bem!.. ("Socorro"...)

No jornal  Diário as Beiras, edição de hoje, pode ler-se «um pedido de socorro dos armadores figueirenses ao ministro do mar».


Só fica admirado quem anda desatento aos problemas do concelho.

Aqui, pelo OUTRA MARGEM, há muito que tudo foi alertado. Tudo o que previmos, infelizmente, se cumpriu.


O assoreamento da barra da Figueira vem de longe. 

E de projecto em projecto, de obra em obra, de erro sobre erro, chegámos ao prolongamento do molhe norte em 400 metros.

Registe-se, a propósito do  sinistro do Olívia Ribau, que o presidente da Câmara da Figueira na altura, além de sublinhar "que falharam as medidas de prevenção" e "a estação salva-vidas fechar às 18 horas e uma embarcação de socorro estar avariada" (mais do mesmo: o salva-vidas, neste momento está avariado...), lembrou que há mais de três anos que a autarquia vinha fazendo "insistentemente" apelos para a dragagem da barra, a última vez em abril de 2014, dando nota das dificuldades das embarcações dos pescadores para entrarem no porto, após as obras de prolongamento do molhe norte em 2010."

Como sabemos, é mais do mesmo: a única solução que os responsáveis encontram para manter a cota da nossa barra, passa pelas constantes dragagens. Isso, como dizia o saudoso  covagalense Manuel Luís Pata, "é cómodo para quem é responsável e a extracção das areias tem constituído «uma mina de ouro». Se não fosse esta »mina», estariam hoje construídos aqueles palácios («aqueles monstros») junto ao rio?"


O aumento do molhe em 400 metros, como a realidade já provou e como quem tinha o saber da experiência feita previu - e preveniu em devido tempo -, nunca evitará que as areias se depositem na enseada e fechem a barra. 

Além do mais, uma barra nunca se estrangula.

Quem promoveu e apoiou tão aberrante obra,  não tem o mínimo conhecimento do que é o mar.

Por outro lado, mesmo que essa obra trouxesse algum benefício à barra da Figueira - e não trouxe, trouxe dor e luto (vários acidentes e 14 vítimas mortais em menos de meia dúzia de anos aí estão infelizmente para o provar) - isso seria sempre um acto egoísta e irresponsável de quem tem mandado na Figueira, dado o conhecido estado crítico da orla costeira a sul da barra da nossa barra.

Os figueirenses vão continuar a viver como sempre viveram: em passividade.

Se não for olhado com urgência o problema da barra da Figueira da Foz, a Figueira poderá sofrer, mesmo a nível do negócio, uma crise com prejuízos irreparáveis.

Na Figueira, a pesca está a definhar, o sector do turismo passa por enormes dificuldades - tudo nos está a ser levado... 
Alguém já colocou a hipótese, por exemplo, se a Figueira tem alguma alternativa a uma deslocalização das celuloses?
O que seria do concelho e dos figueirenses? 
Resta-nos a promessa dos políticos, da vinda dos paquetes de passageiros e os números das toneladas dos cargueiros...
Embora cada vez com menos esperança, ainda espero que, ao menos, os "quens" de direito, perante a realidade, possam compreender o porquê das coisas...

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

A caminho do Estado de Emergência

O texto do decreto enviado pelo presidente da República para aprovação pela Assembleia da República (amanhã, 06.11.2020) pode ser lido AQUI.

PRIORIDADES

Não é segredo: na Freguesia de S. Pedro estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia. Sim: estou a falar do Cabedelo.

"Que conceito de REABILITAÇÃO URBANA é este que afasta a comunidade que ao longo das últimas décadas tem construído aquele lugar?"

O Cabedelo até pode ficar um brinquinho (o que eu duvido...), mas existem prioridades na governação de um autarquia...

Os chouriços estão nus. Foto de António Agostinho, desta manhã

«São conhecidas as tradicionais faltas de verbas do INAG (Instituto da Água).
Pelo menos, para algumas coisas...
Mas existem prioridades. Ou, antes, deveriam existir!...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Pode haver falta de verba, mas existem prioridades...»
(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006)

Não quero ser, muito menos parecer, pretensioso e cair na tentação fácil de me sentir diferente dos demais. Contudo, o modo como a maioria dos políticos organiza e define as nossas vidas, com uma inversão total de prioridades, leva-me a esboçar um leve sorriso!
Não gostaria, porém, de continuar a sorrir por este motivo.
O momento não está para politiquices: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sér
io...

O que tem feito a Câmara Municipal pelas populações sofridas e desesperadas do sul do concelho, vítimas deste flagelo que é a erosão costeira?

Para o quinto molhe não há areia. Idem para a Costa e para a Leirosa!.. Contudo, para uma obra desnecessária, inútil e nem sequer, prioritária no momento de emergência social que estamos a viver, estão a ser desbaratados milhões de metros cúbicos da forma que o vídeo mostra.

Alguém consegue perceber as prioridades dos políticos?..

E não foi por falta de avisos...