terça-feira, 30 de junho de 2020

SOB UMA BANDEIRA, "UM CANTO DE LIVRES COMPROMISSOS"


“Sou natural de Alter do Chão, terra de cavalos, que é um privilégio num país de burros” - esclarecia Joaquim Namorado quando o julgavam beirão radicado em Coimbra.
Se fosse vivo completaria hoje 106 anos. Esta tarde, a sua filha Teresa Namorado teve a amabilidade de se deslocar ao Cabedelo para me oferecer o livro SOB UMA BANDEIRA, a reedição de obra poética de Joaquim Namorado, que ainda tem o cheiro caracterísco de uma obra acabada de sair do prelo. 
Tal deferência deixou-me muito feliz. Desde há anos que a Comissão Promotora do Museu do Neo-Realismo vinha a fazer esforços no sentido de publicar este lvro, "dado o interesse da Associação pelo poeta, que foi um dos mais significativos do Neo-Realismo, um ensaísta de grande mérito e um dinamizador de uma das revistas  mais importantes e de longa vida da história das publicações periódicas portuguesas, Vértice."
O Neo-Realismo cumpriu o papel de denúncia do sofrimento do povo português. Mostrou o papel que podem ter a arte e a cultura em geral na luta social e política. Não foi propriedade de ninguém, nem mesmo exclusivo de Portugal. Foi o contributo da cultura para apoiar o povo a que seus agentes pertenciam.
É neste contexto que a obra de Joaquim Namorado tem de ser vista: “um organizador colectivo, mais do que original; um poeta e um crítico de obra exígua; um militante que rebatia arte sobre a política e, em política, queria ser reconhecido pela sua ortodoxia”.
Desde 1983 que a Figueira prometeu  dar o nome de Joaquim Namorado à toponímia figueirense, o que continua por cumprir. Joaquim Namorado também nunca se preocupou com "O CARUNCHO DO ETERNO". "Se nós não existíssimos/ Cervantes nunca seria imortal".

Antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz (2)

"Orçadas em quase um milhão de euros, as obras de requalificação do antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira estavam previstas acabar até ao final do ano de 2019, mas, uma vez mais, a derrapagem é visivelmente significativa, e o 4.º(!) adicional ao contrato de empreitada resultou “da necessidade de serem executados trabalhos a mais”.
Esta obra, no âmbito do PEDU, foi anunciada com o objetivo de conferir ao espaço, de interesse histórico e arquitetónico, uma nova utilização, ligada a atividades de produção artística relacionadas com a imagem, a fotografia, as artes gráficas, o cinema, etc..
Defendo para o edifício, no entanto, a instalação do Arquivo Fotográfico Municipal, inicialmente pensado e preparado para funcionar no imóvel no qual está instalado o atual Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos, nomeadamente com a criação de um espaço de depósito perfeitamente estanque que previna o risco de incêndio pela combustão das películas altamente inflamáveis dos materiais fotográficos antigos e a contaminação química do ambiente, com os riscos para a saúde pública e do pessoal que lá trabalha.
Assim, depois de tanto investimento na captação de doações de fundos fotográficos (como por exemplo o da “Casa Havanesa”), estariam finalmente reunidas as condições para a investigação, o tratamento e o acesso ao acervo municipal, até porque este espólio, muito importante para o conhecimento da história da Figueira, ainda está ao cuidado de uma empresa, fora do concelho.
Mas, tendo em conta a relação da cidade com o cinema, defendo que lá se crie também um Museu do Cinema, com um pequeno auditório e espaços dedicados a exposições temporárias, apostando na interatividade e nas novas tecnologias para usufruto dos visitantes e dos alunos.
Está na hora de reunir e de tratar o espólio documental do Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz, desconhecido até de muitos figueirenses mas que foi considerado o maior festival de cinema nacional. Porque o cinema nos faz, efetivamente, sonhar…"
Via Diário as Beiras

"A Figueira do É primo e o turismo da Joana"

Um texto a não perder. Via O Sítio dos Desenhos.

Jardim Municipal: já em Janeiro passado, este blogue adiantava que as obras podiam vir a custar quase 1 400 mil euros?.. Fora as habituais derrapagens...

A Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base é de 1,3 milhões de euros
Neste momento, enquanto decorre o processo, disse o presidente, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS, "há várias empresas a pedirem esclarecimentos sobre a empreitada."
Recorde-se: o primeiro concurso ficou deserto. Os potenciais interessados consideraram baixo o valor apresentado pela autarquia para a obra. 
Recorde-se ainda: "os 300 mil euros em Março de 2019 passaram a 800 mil em Julho do mesmo ano. Chegamos a Setembro e a requalificação do Jardim Municipal e envolvente, qual leilão, foi arrebatada ontem em reunião de câmara por 1 milhão e 200 mil (com votos a favor de 2/3 da “oposição”, apesar de considerarem o projecto “desnecessário”). Se contarmos com os habituais imprevistos, imponderáveis e rectificações, facilmente chegaremos ao milhão e meio de euros. Estamos a falar de um Jardim do tamanho de um campo de futebol. Se um figueirense tem dificuldade em perceber um investimento deste tamanhão, como é que se explica este número ao resto do concelho?"
Segundo o apurado pelo OUTRA MARGEM, em Janeiro passado já se admitia que o valor podia atingir 1 milhão e 400 mil euros!.. Fora o imprevisível!
Seis meses decorridos, em  Junho de 2020, a Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base é de 1,3 milhões de euros
Neste assunto, existirá um montante final a partir do qual já não será possível evoluir? Um ponto em que não seja possível ir mais longe? Qual será esse  ponto final parágrafo da evolução do custo previsto para a obra do jardim, um espaço que foi remodelado em 2005? 
Até lá vão  existir  ainda muitas perguntas para serem perguntadas...
Como está o campeonato, para mim, prognósticos só no fim...

Forte de Santa Catarina (2)

Carlos Tenreiro - Mudar Porque a Figueira Merece
"Na ultima Assembleia Municipal da Figueira da Foz – 26/06/2020 - uma deputada da CDU aflorou a recente construção dum equipamento de bar nos terrenos daquele clube junto à muralha do forte de Santa Catarina e, quanto a esse aspecto, nada a dizer, pois tem toda a legitimidade em questionar o enquadramento estético da referida obra, sendo certo, que o TCFF, na qualidade de dono da obra, viu todas as entidades com competência naquele licenciamento a pronunciarem-se favoravelmente ao referido projecto, o qual, encontra-se legalmente aprovado e, sublinhe-se, é de autoria dum arquitecto de renome com outras intervenções em monumentos nacionais na zona centro, designadamente, no castelo de Montemor-o-Velho (diferente questão é o que diz respeito à gestão e exploração daquele futuro espaço, assunto interno do Clube, regulado de acordo com a vontade manifestada pelos seus sócios em Assembleia Geral)."

Fica uma pegunta a quem de direito: 
- a construção (e a sua posterior exploração) do bar que está a ser implantado junto ao  Forte de Santa Catarina, cuja construção actual remonta ao reinado de Filipe I de Portugal (finais do séc. XVI),  um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público,  desde 1961, «é um assunto interno do Tenis»?

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz

"É uma iniciativa meritória a recuperação do antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, originalmente designado por Estação da Bomba, situado na zona antiga da cidade, junto à Igreja Matriz. O edifício, segundo a Câmara Municipal, vai ser transformado em incubadora de artes visuais, com auditório e salas de exposições. Consta que “para dar (ainda) mais vida ao futuro espaço de trabalho colaborativo (coworking), a autarquia irá também transferir o arquivo municipal de fotografia e vídeo”.
Este é para mim um ponto fundamental: é importante dar-lhe vida, evitando que seja um mero “armazém” onde apenas trabalhem dois ou três funcionários. Esta zona da cidade precisa de mais residentes, mais comércio para voltar a ser o que foi, uma parte vibrante do centro cívico da cidade.
Noto ainda que o edifício, após as obras realizadas, ficou com uma cor diferente, de azul passou a amarelo ocre, regressando às suas origens. Deliberadamente, ou não, o edifício deverá afastar-se da memória associada ao Quartel de Bombeiros, criando uma nova imagem.
Penso ainda que a reconversão deste imóvel deverá ser acompanhada da revitalização de outros edifícios nas imediações, muitos devolutos, e ainda de algumas demolições de crimes urbanísticos erigidos nos últimos 40 anos. Não devemos ter tabus relativamente à qualificação da paisagem, no sentido da harmonia, da redução de volumes que cortam as vistas e desvirtuam o tecido urbano.
A requalificação do antigo Quartel dos Bombeiros é um passo no sentido correto por levar mais pessoas a trabalhar e a visitar a zona antiga da cidade. Oxalá tal desiderato se concretize."
Via Diário as Beiras

O Chega está a "chegar-se" à Figueira...

Segundo chegou ao nosso conhecimento, "o Chega vai juntar os seus simpatizantes da Figueira da Foz, na próxima sexta-feira, às 20h30m, no restaurante do Padre Carlos" (Stella Maris, em Buarcos).
Esta iniciativa visa formar um grupo ligado ao Chega para o Concelho.

Nota: 
Chama-se a isto não perder tempo!..

A estrada do Cabo Mondego...

... e as dúvidas que atormentam José Augusto Marques

"Boas notícias, presumo. Li na imprensa da passada semana, mais precisamente do dia de S. João, que o LENC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) vai finalmente apresentar, ou já apresentou, o parecer que permitirá(?) a reabertura do caminho do Cabo Mondego. (É uma "peninha" - como dizia um velho amigo - que quem dá tais noticias levante apenas pontas e não informe o que diz o parecer; mas é só um pormenor)

Ficámos a saber, também, que o processo de construção da tão desejada ligação à Murtinheira pelo Cabo Mondego, aguarda, igualmente, parecer do ICNF, entidade crucial na permissão de qualquer obra naquele espaço.

Ainda sem respostas conhecidas às questões levantadas em publicação idêntica, com data de 22 de outubro de 2019, afirma-se no mesmo artigo que, a estrada deverá estar aberta até 2021, para ser alternativa à rua Direita, em Quiaios.

A minha perplexidade perante a afirmação de que a “via em causa será alternativa à rua Direita” continua: estaremos perante um encenação política de mau gosto ou de um caso que já transitou para o foro psiquiátrico?

Estou mesmo a ver, em 2021, os veículos articulados que hoje têm que fazer 300 metros em sentido proibido da igreja de Quiaios ao largo Padre Costa e Silva (jardim), os autocarros que transitam para a Praia entre outubro e maio, (para não falar no resto do ano) as ambulâncias ou os autotanques dos bombeiros, outros veículos de transportes especiais que já não transitam hoje naquela rua por saberem que não passariam, a atravessar a Murtinheira na subida do cruzeiro do Senhor dos Aflitos, nas curvas junto à casa dos cogumelos ou mais à frente, na travessia da pequena ponte de betão que não será alterada!

Estrada do Cabo Mondego alternativa à rua Direita, em Quiaios? E se deixassem de nos tratar como imbecis?

A situação, já percebemos que está perfeitamente alinhada. E a oposição, só existe para ornamentar os boletins de voto de quatro em quatro anos?"

"É possível andar sem olhar para o chão".

para ver melhor clicar na imagem
Não é de hoje: a Figueira, desde que me lembro, foi sempre um concelho dominado por gente sem grande formação democrática. Antes do 25 de Abril de 1974, tal constatação era "natural". Todavia, não é normal que, em 2020, os poucos que ousam exercer o legítimo direito à crítica consciente, fundamentada e bem intencionada, sejam apontados, perseguidos das mais diversas formas,  ameaçados e ofendidos nas redes sociais - e fora delas.
Vive-se, para não sermos muito contundentes, num ambiente que alguém designou por “asfixia democrática”.

O silêncio é imposto - muito pouco se opina e muito pouco se argumenta, pois muitos  sentem-se intimidados e, por isso, calam e consentem. 
Só o poder - e os seus correios de transmissão -, pode ter liberdade total de expressão.
Os que continuam a teimar em remar contra a maré, sujeitam-se a ameaças, a ofensas pessoais de gente que, por tudo e por nada, se arma em virgem ofendida, mas não recua em provocar e ofender os outros.

Foi neste clima que ocorreu no passado fim de semana o acto eleitoral no PSD Figueira. Até para quem não é militante do PSD, foi fácil de ver, a olho nu, o que estava em causa: dum lado, a lista liderada pelo único vereador que tem feito oposição a esta gestão da Figueira, que está a conduzir o concelho para um desastre, cujas proporções são ainda difíceis de perspectivar em toda a sua dimensão; no outro, estava uma lista "tenrinha", abençoada pelo actual poder figueirense. Simplificando: era a lista que convinha aos instalados do centrão figueirense, que não tem ideologia, partidos, religião ou clube desportivo - tem apenas interesses pessoais ou de grupo.
A vitória da lista liderada pelo único vereador que tem feito oposição, na opinião de inúmeras pessoas que não têm nada a ver com o PSD "é uma ténue réstea de esperança para que seja possível mudar algo na Figueira nos próximos anos".

Enganaram-se os que têm procurado atacar o OUTRA MARGEM.  Na Figueira,  há-de terminar o medo. O número de cidadãos que seguem o OUTRA MARGEM não pára de aumentar. Cada vez é maior o número dos que não têm medo de pensar e gostam de ter acesso a informação e opinião diferente daquela que é veiculada pelos jornais, televisões e rádios que informam sobre a Figueira e o seu concelho.
São muitos, são cada vez mais, os que me afirmam, de viva voz, gostar do OUTRA MARGEM  e discutem o que aqui se opina. É para isso que por aqui andamos há mais de 14 anos: para contribuir para que haja contraditório, discussão e pensamento livre sobre a realidade local. Os figueirenses não estão condenados a pensar o que interessa ao poder instalado, nem podem limitar-se a pensar o que o poder consente que eles  devem pensar.
Isto tem de mudar. Não podemos continuar a assistir ao que temos assistido:  todos a sacudir a água do capote. Ninguém tem culpa de nada. Por este caminho ainda chegaremos ao tempo do Patriarca da Liberdade. Com um bocadito de imaginação, ainda algum iluminado vai descobrir que o responsável pelos actuais e futuros calotes do município é alguém que "fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» - Manuel Fernandes Thomás.

O Forte de Santa Catarina

"O Forte de Santa Catarina, cuja construção atual remonta ao reinado de Filipe I de Portugal (finais do séc. XVI), poderia ser transformado num digno centro interpretativo da Guerra Peninsular (sobre as invasões Francesas e auxílio do exército Inglês, na primeira década do séc. XIX), assim como dos ataques históricos de corsários ingleses no séc. XVII.
Este conjunto arquitetónico militar poderia servir de laboratório histórico, aberto a visitas a turistas e estudantes, respondendo aos desígnios da flexibilidade curricular preconizada pelo Ministério da Educação, que evoca a necessidade de criar novos e diferentes ambientes de aprendizagem.
Ao invés disso, no seu interior foi implantado um complexo de bar/restaurante, ornado com sombreiros de colmo ao estilo do Caribe, completamente descontextualizados da envolvente, ferindo o propósito da criação daquela edificação, perfurando a muralha em vários pontos para melhor servir o acesso dos possíveis utilizadores do espaço. Uma escada de betão rompe a muralha histórica, esta, volta a sofrer ferimentos com a fixação de um dístico completamente redundante, onde se lê “Forte”. E é nas traseiras do complexo do Ténis Clube  onde se encontra a ser construído mais um disparate arquitetónico, uma pretensa Casa de Chá, voltada para o rio, mas que para ser construída, fere de novo a muralha do Forte de Santa Catarina, oculta-a e quem se desloca de sul para norte, fica com uma visão limitada da grandeza e beleza desta fortificação, escondida que está atrás de um edifício modernista de ferro, madeira e (futuramente) vidro. Muitas outras cidades tentaram uma coexistência entre o património histórico e as construções modernistas/funcionalistas, a maior parte delas com o objetivo de criar equipamentos culturais, que melhor servissem a cidade. Aqui não é o caso, um edifício histórico, está ao serviço da economia e do comércio de particulares, sem qualquer preocupação com o significado da real preservação do património.
Já nos bastava a colonização pelo Ténis Clube nas suas traseiras, nas áreas mais baixas junto à circular, no qual estão construídos mais dois courts de Ténis, que para facilitar o acesso aos praticantes da modalidade, mais uma vez criaram uma incisão na muralha na qual se fixa uma escada em madeira, mesmo ao lado da dita construção, futura Casa de Chá.
Perguntamos, como foi possível viabilizar este (e o outro estabelecimento) no coração histórico da nossa cidade, sem que para tal ninguém tivesse uma palavra a dizer. Uma estrutura que nasceu da noite para o dia, que peca por ocultar uma parte significativa do Forte de Santa Catarina e do substrato rochoso sobre o qual este foi construído, vestígios do antigo promontório de Santa Catarina, constitui um atentado urbanístico,  que muito nos desagrada, somos veementemente contra tal situação, e questionamo-nos como tal abjeção foi autorizada pela tutela, quando se trata de um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público,  desde 1961.
Se tivéssemos muitos edifícios históricos, poderíamos de algum modo explicar este desaire, mas não, a nossa cidade não é assim tão rica em património, por isso não o podemos desvirtuar ao sabor de outros interesses que não sejam os de zelar pelo legado que os nossos antepassados nos deixaram e que conta a nossa História.  Deveríamos antes criar todas as condições para que os alunos tivessem naquele local aulas, no exterior dos muros da escola, que tão enriquecedoras são, proporcionando-lhes aprendizagens verdadeiramente significativas."

Fotos  Luís Fidalgo

O texto acima constitui a intervenção da deputada municipal Maria Isabel Sousa PSD, no decorrer da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira. O presidente da Câmara, Carlos Monteiro, respondeu nos termos que pode ler clicando aqui

"Isto não tem nada a ver com política. É só para informar que, ao contrário do que pensa o PM, os antibióticos não matam os vírus. No meio de uma pandemia, e depois de se ter irritado com os técnicos que não dão respostas, se calhar isto explica muita coisa."


Sacado daqui

Saída limpa

Foto Antóno Agostinho

domingo, 28 de junho de 2020

A história do Manuel, músico e político ...

Anda a há 30 anos a tocar bateria. Pastor até  aos 7 anos, natural de Arcos de Valdevez, veio para a Figueira da Foz dar lições na política a professores...


Ontem foi um dia muito agitado no PSD Figueira - e não só. Na semana anterior tinha havido «bicadas» de algumas das figuras dominantes do PSD local ligadas à lista B, ao concorrente que liderava a lista A.

Da parte da lista A, inteligentemente, houve contenção. A lista A foi premiada: venceu em toda a linha. O "único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense" venceu também a mesa da assembleia, onde Manuel Domingues, o candidato da lista A, infligiu um derrota a uma concorrente de peso: uma "baronesa" local, ex-vereadora, ex-deputada municipal,  a professora Teresa Machado.
Se não sabem o que é um "barão", neste caso uma "baronesa" do PSD Figueira, passo a explicar.  É isto. Um "barão" local, neste caso uma "baronesa",  nasceu e cresceu no regaço protector do cavaquismo e reproduziu-se no aconchego do bloco central dos interesses, no centrão, no núcleo do regime  figueirense. O barão local, neste caso a "baronesa", tem um percurso político  natural. Fez parte da Assembleia Municipal e da Câmara. Não conseguiu, ao contrário do que seria certamente sua legítima aspiração, ir mais além. Teve de regressar à vida.
Esta escolha de Teresa Machado foi um dos grandes e absurdos erros de casting cometidos por Carlos Rabadão. Por muitas razões. Também por esta - pelo regresso contra-natura e já fora de rota política!
Depois de se regresar à vida, não se deve tentar regressar à política.

Irresponsabilidades...

"Totalmente legal", disse Carlos Monteiro

Ricardo Silva, no momento da vitória...

... "o nosso objectivo, em 2021, é conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia". "Já estamos a trabalhar nisso".

Ricardo Silva, foi reeleito presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Figueira, obtendo 184 votos, derrotando o candidato Carlos Rabadão, que obteve 141.
O "único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense", venceu ainda o ex-presidente da Junta de Quiaios e ex-deputado municipal,  na candidatura à mesa da assembleia. Resultados: 182 votos para a lista A e 142 para a B.
Desta forma, Manuel Domingues foi reeleito para o cargoTeresa Machado saiu derrotada.
Ricardo Silva e a sua equipa, obtiveram uma vitória saborosa, mas difícil. Não vão ser fáceis os próximos 2 anos. Em declarações ao OUTRA MARGEM, o candidato vencedor começou por agradecer a grande mobilização dos militantes do PSD/Figueira: "esta vitória representa uma grande responsabilidade",  mas também um voto de confiança dado pelos militantes do partido, que reconheceram o trabalho feito "pelo único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense".
Ricardo Silva já tem a sua prioridade traçada para 2021: “conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia". "Já estamos  a trabalhar nisso. Todos têm lugar", disse-nos Ricardo Silva.  Que acrescentou: "o PSD continua vivo na Figueira."

Terminal Rodoviário (7)

"Em redor daquele espaço são várias as recordações que surgem e, em todas elas, fervilhava vida de diferentes formas. Fui estudante universitária na Figueira da Foz. Foi na Universidade Internacional que me formei em Psicologia.
Foi naquele edifício com paredes rosadas que fiz amizades para a vida!
E bem perto daquele local existia a Universidade Católica.
Com os anos tudo mudou e, de repente, por motivos distintos, fi camos sem nada. Ao longo dos anos o atual executivo municipal tem entretido os fi gueirenses com anúncios sobre um possível regresso do ensino superior ao concelho, aliás no início de 2020 foi noticiada esta realidade, mas o Covid-19 deve ter estragado os planos. E a anunciada Escola do Mar? Ficou pelo caminho?
O que me parece é que voltar a ter a vivacidade dos estudantes, por enquanto, não passa de uma miragem!
A Figueira tem referências históricas e elementos naturais como o mar, o rio, a serra, o campo que nos leva a apresentar diferentes potencialidades que seriam uma mais valia para uma formação académica diferenciada.
O antigo terminal rodoviário encontra-se numa zona central da Figueira e seria uma excelente estrutura para a educação, como já foi noutros tempos, não sendo, como é obvio, o único espaço para o efeito, mas fazendo parte de um projeto integrado de ensino superior.
Se a formação académica voltasse a ser uma realidade, também seria possível voltar a ter mais pessoas na nossa cidade e durante todo o ano. Seria um incentivo à captação de novas empresas e indústria. Impulsionava a economia local. Daria vida à Figueira.
No meio disto tudo só tenho pena de uma coisa, porque nem tudo pode voltar a ser o que era. Bem junto ao antigo terminal existia um freixo que carregava consigo anos de vivências, que assistiu a várias mudanças, mas que, infelizmente, não resistiu à insensibilidade de alguns.
Aquele local precisa de vida e com estudantes iria ter com toda a certeza e se, aquela árvore centenária ainda existisse, tudo faria ainda mais sentido!"
Via Diário as Beiras

Terminal Rodovário (6)

"Estima-se que a primeira referência a um povoado, que crescia em torno da igreja de S. Julião junto à foz do Mondego, data do século XI. A Figueira da Foz foi-se expandindo devido sobretudo ao seu porto comercial, que foi ganhando cada vez mais importância, e o traçado da cidade, bem como a sua estrutura inicial, assentam nessa relação intrínseca com o rio Mondego. Tal como a ligação das diversas ruas que partem da igreja matriz e do convento de Santo António às duas praças ainda existentes, as Praça Velha e Praça Nova, ambas conquistadas ao rio em 1777 e 1784 respetivamente.
Este núcleo antigo é densamente ocupado por edifícios habitacionais e comerciais.
Dada a sua relevância, foi definida uma Área de Reabilitação Urbana e respetivo programa para este núcleo antigo que perspetiva uma intervenção integrada, cujas obras se encontram em curso. Ou seja, o reforço da vivência das praças, procurando também que se aproximem do rio; a criação de um polo vivencial no topo norte, no antigo terminal rodoviário, complementar à presença dos equipamentos, melhorando o espaço público associado e o eixo circulatório que o margina; a explicitação das vias principais que organizam interiormente toda a área, assumindo que serão ruas de nível, com prevalência da função pedonal; a reabilitação dos edifícios municipais nesta zona e a promoção da reabilitação de edifícios privados.
Assim sendo, a estratégia do município passa por dinamizar o antigo terminal rodoviário e a sua envolvente, dignificando-os através de um projeto que preserve a memória do espaço, uma vez que está junto a um edifício classificado, como é a igreja de Santo António e junto a um cemitério com muita história.
O espaço público deverá ficar o mais liberto possível de estacionamento para que possa ser fruído, podendo-se aproveitar o declive existente para a construção de um parque subterrâneo de uso público para os residentes da zona, bem como para os utilizadores dos equipamentos envolventes. O edifício em concreto, podendo ser requalificado e ampliado, deverá servir como foco agregador de uso comercial, de serviços ou até mesmo um equipamento público, mas que seja dinamizador daquela zona."
Via Diaário as Beiras