O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"Há muito que a questão se vem levantando, ora com entusiasmo e fervor, ora timidamente, como se dotar o Centro do país de uma estrutura aero-portuária fosse algo de “atrevido” e demasiado ambicioso! Optam os “velhos do Restelo” por não lembrar sequer que há no país exemplos de “aeroportos” bem mais pequenos do que os gigantes de Lisboa e Porto e que muito bem têm servido as populações que deles carecem. Lembro Bragança, com voos regulares entre Vila Real e Lisboa. Só para começar pelo “pequenino”. Há calendas que deveria ter sido estudada a sério esta lacuna da região, que a tem constrangido seriamente no seu desenvolvimento. E a solução está mesmo ali ao lado: proceder ao aproveitamento da Base Aérea 5 (BA5 ), sedeada em Monte Real. Levantam-se logo vozes de grande estupor: “Aqui d’el Rei que é uma base militar e aí estão alojados os F-16!”, corporizando as valências estratégicas de primeira linha de defesa aérea. Naturalmente! E daí? Cria-se o mito do problema insolúvel, que o não o é, como não são problema as diferentes esquadras alojadas na BA11 de Beja e que continua a servir a aviação civil. E As Lajes? Apesar do tráfego sobre o Atlântico em termos militares, seguem tendo uma enorme relevância no tráfego civil. Tenho a plena convicção, partilhada por outros, que a adaptação da BA5 à aviação civil configurará uma infraestrutura de relevantíssima importância ao nível local e de toda a região Oeste, Médio Tejo e restante parte central do País. Do ponto de vista geográfico e económico, esta é uma mais-valia de grande impacto e futuro. Necessária será, obviamente, uma compatibilização rigorosa, técnica e tática, já que se trata de equipamento pertença da Força Aérea, mas tal será um elemento facilitador e não o contrário, pois irá garantir uma lógica de serviço público, articulado e complementar, tutelado pelo poder central. Propositadamente utilizo o futuro e não o condicional, porque há muito expiraram os prazos dos “ses”. Provadíssimo está que a Região Centro é nesta, como noutras matérias, um parente nem sempre olhado com a mesma acuidade, mas olhem que o vai merecendo e exigindo, sem tardança."
Via Diário as Beiras: "Universidade Sénior rejeita mercado municipal"
"A Universidade Sénior da Figueira da Foz (USFF), da Associação Viver em Alegria, é uma das associações instaladas no Sítio das Artes. A transformação dos imóveis do município num polo do Centro de Formação de Coimbra do Instituto de Emprego e Formação Profissional, como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou na semana passada, obriga à saída dos utilizadores dos diversos espaços cedidos a título provisório.
Para a USFF, tendo em conta que é frequentada por 212 alunos (tem 32 professores) e a importância que lhe reconhece, a autarquia disponibilizou um espaço no piso superior do mercado municipal, onde se encontram instalados diversos serviços, com uma área de cerca de 300 metros quadrados, assumindo, também, as obras de adaptação. A associação, no entanto, rejeitou a oferta.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente da Viver em Alegria, José Manuel Redondo, esclareceu que a recusa prende-se com a falta de estacionamento grátis na zona e a área do espaço, para onde esteve prevista uma Loja do Cidadão. “O espaço é inferior ao que temos, e nós temos tendência para crescer, não para diminuir”, defendeu o dirigente.
Por outro lado, José Manuel Redondo considerou que “o mercado municipal não reúne condições e não configura a dignidade que a Universidade Sénior tem”. A Viver em Alegria preferia mudar a USFF para a Casa do Paço ou para o Centro de Artes e Espetáculos, mas a autarquia não concordou com a proposta. Entretanto, a associação está “à procura de outras alterativas”. “Queremos ver a consideração concretizada”
O presidente da câmara, Carlos Monteiro, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, defendeu que, “em termos de centralidade e área”, o espaço do mercado municipal reúne condições para acolher a USFF. Contudo, salvaguardou: “Caso encontrem [a Viver em Alegria] uma alternativa melhor, cá estamos para conversar”. Indagada sobre se a Viver em Alegria não estará a reivindicar à autarquia direitos que não adquiriu, o presidente da direção respondeu que “não colocaria as coisas nesses termos”. E acrescentou: “A câmara sempre nos tem dito que a USFF é uma mais-valia para a cidade, e nós queremos ver essa consideração con-cretizada”. Até ao final do ano letivo, a universidade sénior mantém-se no Sítio das Artes. Entretanto, a autarquia tenta encontrar soluções para as restantes associações instaladas naquele conjunto de imóveis."
Ontem, centenas de elementos da PSP e da GNR concentraram-se em Lisboa, Faro e em Braga para voltar a pedir melhores condições de trabalho. Escudado num nariz de palhaço ("uma forma simbólica de caracterizar a forma como estamos a ser tratados pelo governo"), assisti na televisão a uma pergunta de um polícia na manifestação de Faro a quem lhe devia fazer as perguntas, o repórter da SIC Notícias: "se o senhor tivesse um filho deixava-o ir para a PSP por 789 €?". Ontem, dia vinte e um de Janeiro de 2020, dia em que fiquei a saber que para ir para a PSP é necessária a autorização dos pais!..
"Antes de podermos começar a responder à pergunta que nos é colocada esta semana, é necessário considerar algumas outras:- faz sentido sequer pensar em despender energias a considerar a questão?- é sustentável (económica e ambientalmente) uma oferta de voos comerciais na região centro?- existe uma região centro? Como me parece que poderemos responder afirmativamente a estas questões prévias, valerá a pena colocar mais algumas:- o fracasso atual económico de Beja pode ser considerado para uma decisão neste caso?- um aeroporto na região centro inviabiliza o do Montijo?- é possível abrir a Base Aérea de Monte Real à aviação civil? - ainda que a resposta à questão anterior seja afirmativa, é preferível, quer economicamente quer por razões de segurança, construir um aeroporto de raiz?- optando por uma das duas possibilidades anteriores, o investimento será sobretudo público ou privado? Nacional ou internacional?- a localização deve ter em conta sobretudo razões turísticas? Ou comerciais? Ou outra(s)? Ora, à luz da informação que temos hoje, defendo a opção Monte Real (sim, a coabitação pista civil/militar existe pela Europa e pelo Mundo fora - por exemplo Bruxelas, por onde passam todos os decisores políticos comunitários), porque é a mais económica, sustentável e estratégica, tendo em conta os diferentes players envolvidos. Embora telegraficamente, opção mais económica porque, ao contrário de Beja, os previstos €20 milhões nem necessitariam de vir do orçamento de Estado (pelo menos diretamente), uma vez que, quer empresários da região quer algumas autarquias já os admitiram assegurar, para além de ser necessário considerar os enormes e crescentes benefícios para o desenvolvimento do turismo (só o religioso representa 8 milhões de visitantes anuais), da indústria, do comércio e dos serviços desta região. Mais sustentável porque é a solução que representa menor impacto ambiental - não destrói nenhuma reserva ecológica nacional e a pista já lá está. Estrategicamente melhor porque é a que geograficamente apresenta um melhor denominador comum, tendo em conta todos os interesses envolvidos."
"O presidente da câmara afirmou que o dossiê parque de campismo, o único caso ainda sem resolução, deverá ter desenvolvimentos nas próximas semanas"...
"O país é pequeno para tantos aeroportos. O Porto está a uma hora e meia de Coimbra, de comboio, ligado ao metro, que vai até ao Aeroporto Sá Carneiro. Lisboa está a duas horas, nas calmas, sem pressas. Entre as duas grandes cidades do país, temos província, cidades pequenas (menos de 100 mil habitantes) para aquilo que é exigido a um aeroporto do século XXI. Sabemos ainda que o aeroporto do Porto está longe da sua capacidade - tem muito por onde se expandir. Em Lisboa, prepara-se, bem ou mal, o aeroporto do Montijo, aumentando largamente a capacidade de transporte de passageiros. Logo, fica sem sentido ter mais um aeroporto na Região Centro. O caso do aeroporto de Beja ilustra bem o que poderá acontecer-nos na Região Centro: dinheiros públicos mal investidos, 33 milhões de euros perdidos numa vã tentativa de trazer turistas. Um desastre. Há vários projetos falhados de aeroportos. Berlim Brandenburgo começou a ser construído em 2006 e ainda não abriu, 7900 milhões de euros para 45 milhões de passageiros. E quem já aterrou em Berlim Tegel, sabe que o atual aeroporto é mais pequeno do que o aeroporto do Porto, mas recebe 22 milhões de passageiros. É tudo uma questão de otimizar o espaço e melhorar as operações. Os números avançados pela Câmara Municipal de Leiria para a abertura de Monte Real ao tráfego aéreo são baixíssimos: estimam-se 600 mil passageiros, no máximo, com um investimento de 20 milhões de euros. Ou seja, parece um “aeroporto dos pequenitos”, uma quarta liga europeia. Um aeroporto que iria atrair turistas essencialmente vindos de Espanha (32%)! Ora, num quadro de alterações climáticas, com a expansão do comboio de alta-velocidade (está a chegar a Badajoz), faz pouco sentido transportar de avião gente de Madrid para Monte Real. Por último, as “low-cost” estão a fechar bases (Faro) e a concentrar-se em Lisboa e no Porto. Leiria já tem o seu elefante branco, o estádio de futebol. Quer mais outro?" ViaDiário as Beiras
"Contra factos não há argumentos: os papéis estão aí e correm o Mundo, tal como a teia de cumplicidades que permitiram o roubo dos recursos angolanos e, por consequência, o arrastar de Portugal na lama, como sublinhou Ana Gomes, uma das poucas vozes que denunciaram o esgoto em que Portugal está transformado. A estratégia bacoca de comprar posições nos Media portugueses, porventura para silenciar o saque e o aproveitamento de reles oportunistas, não resultou, nem ontem, nem hoje, porque ainda existe alguma pluralidade. No meio deste pântano, com o qual convivemos há demasiado tempo, com mais ou menos Vistos Gold, tarda uma intervenção firme da Justiça portuguesa. Ninguém pode admitir que tudo fique na mesma depois do que veio a público, tanto em qualidade documental como em quantidade de operações criminosas. Certamente, os cidadãos ficariam mais confortados se a procuradora-geral da República, Lucília Gago, no âmbito dos seus deveres, emitisse um comunicado a esclarecer o que está a ser feito pela Justiça portuguesa em relação aos capitais angolanas, entre outros de proveniência duvidosa."
Via Joaquim Norberto Pires "Quando ela dava cartas e "pagava" a tudo e a todos, era uma empresária que não era nada "menina do papá" - também no Expresso. Agora é, o que sempre foi, uma "ladra". O problema é que foi promovida porque ninguém viu nada, não queria ver, era muito mais fácil alinhar e até preferiam que fosse ela a comprar a PT. O dinheiro era retirado ao povo Angolano, mas que interessava isso, certo? A hipocrisia mata a democracia e a liberdade."