terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (Via autarcas figueirenses)...

Via Diário as Beiras

As obras da baixa e o ataque cerrado dos Carlos (Monteiro e Tenreiro) ao Silva (Ricardo)...

Via Diários as Beiras
Então agora a câmara é que paga as dívidas do empreiteiro ao sub?
Será que o sub não confia no empreiteiro?

Podas e acompanhamento por parte da Câmara...

Via Diário de Coimbra

"Carlos Tenreiro, Ricardo Silva e Miguel Babo votaram contra a segunda fase da requalificação do Cabedelo, mas a maioria PS aprovou a proposta"

"O presidente da câmara afirmou que o dossiê parque de campismo, o único caso ainda sem resolução, deverá ter desenvolvimentos nas próximas semanas"...
Via Diário as Beiras

A cleptocracia angolana

Luanda Leaks: comentários de Micael Pereira e Luís Garriapa, jornalistas do Expresso e da SIC, que participaram no consórcio internacional que investigou os bastidores da fortuna da empresária angolana. Os detalhes de uma investigação exclusiva, à conversa com a jornalista Paula Santos

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (8)

Morreu o produtor Henrique Espírito Santo (1932-2020), um histórico do cinema português

Produtor, cineclubista e ocasional actor, foi um dos protagonistas da renovação do cinema português dos anos 60 e 70. Morreu ontem domingo aos 87 anos.
O nome de Henrique Espírito Santo está associado à produção de A Promessa, filme realizado por António de Macedo, em 1973, a que assisti à filmagem de algumas cenas, pois os exteriores foram em Palheiros da Tocha, Tocha, Figueira da Foz, Buarcos, Gala, Cova, baseado na peça homónima de Bernardo Santareno que entrou na selecção oficial do Festival de Cannes, em 1973.

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"?

Aeroporto, elefante branco


"O país é pequeno para tantos aeroportos. O Porto está a uma hora e meia de Coimbra, de comboio, ligado ao metro, que vai até ao Aeroporto Sá Carneiro. Lisboa está a duas horas, nas calmas, sem pressas. Entre as duas grandes cidades do país, temos província, cidades pequenas (menos de 100 mil
habitantes) para aquilo que é exigido a um aeroporto do século XXI. Sabemos ainda que o aeroporto do Porto está longe da sua capacidade - tem muito por onde se expandir. Em Lisboa, prepara-se, bem ou mal, o aeroporto do Montijo, aumentando largamente a capacidade de transporte de passageiros. 
Logo, fica sem sentido ter mais um aeroporto na Região Centro. 
O caso do aeroporto de Beja ilustra bem o que poderá acontecer-nos na Região Centro: dinheiros públicos mal investidos, 33 milhões de euros perdidos numa vã tentativa de trazer turistas. Um desastre.
Há vários projetos falhados de aeroportos. Berlim Brandenburgo começou a ser construído em 2006 e ainda não abriu, 7900 milhões de euros para 45 milhões de passageiros. E quem já aterrou em Berlim Tegel, sabe que o atual aeroporto é mais pequeno do que o aeroporto do Porto, mas recebe 22 milhões
de passageiros. É tudo uma questão de otimizar o espaço e melhorar as operações.
Os números avançados pela Câmara Municipal de Leiria para a abertura de Monte Real ao tráfego aéreo são baixíssimos: estimam-se 600 mil passageiros, no máximo, com um investimento de 20 milhões de euros. Ou seja, parece um “aeroporto dos pequenitos”, uma quarta liga europeia. 
Um aeroporto que iria atrair turistas essencialmente vindos de Espanha (32%)!
Ora, num quadro de alterações climáticas, com a expansão do comboio de alta-velocidade (está a chegar a Badajoz), faz pouco sentido transportar de avião gente de Madrid para Monte Real.
Por último, as “low-cost” estão a fechar bases (Faro) e a concentrar-se em Lisboa e no Porto. Leiria já tem o seu elefante branco, o estádio de futebol. Quer mais outro?"

Via Diário as Beiras

Isabel dos Santos

É o maior escândalo financeiro em Portugal, cuja dimensão ainda ninguém pode avaliar e quantificar.

"Contra factos não há argumentos: os papéis estão aí e correm o Mundo, tal como a teia de cumplicidades que permitiram o roubo dos recursos angolanos e, por consequência, o arrastar de Portugal na lama, como sublinhou Ana Gomes, uma das poucas vozes que denunciaram o esgoto em que Portugal está transformado.

A estratégia bacoca de comprar posições nos Media portugueses, porventura para silenciar o saque e o aproveitamento de reles oportunistas, não resultou, nem ontem, nem hoje, porque ainda existe alguma pluralidade.

No meio deste pântano, com o qual convivemos há demasiado tempo, com mais ou menos Vistos Gold, tarda uma intervenção firme da Justiça portuguesa.

Ninguém pode admitir que tudo fique na mesma depois do que veio a público, tanto em qualidade documental como em quantidade de operações criminosas.

Certamente, os cidadãos ficariam mais confortados se a procuradora-geral da República, Lucília Gago, no âmbito dos seus deveres, emitisse um comunicado a esclarecer o que está a ser feito pela Justiça portuguesa em relação aos capitais angolanas, entre outros de proveniência duvidosa."

Via Joaquim Norberto Pires
"Quando ela dava cartas e "pagava" a tudo e a todos, era uma empresária que não era nada "menina do papá" - também no Expresso. Agora é, o que sempre foi, uma "ladra". O problema é que foi promovida porque ninguém viu nada, não queria ver, era muito mais fácil alinhar e até preferiam que fosse ela a comprar a PT. O dinheiro era retirado ao povo Angolano, mas que interessava isso, certo?

A hipocrisia mata a democracia e a liberdade."

Justiça: Naval homenageia Custódio Cruz

"Novos donos do Edifício O Trabalho manifestam interesse na reabilitação", uma novela em exibição na Figueira há cerca de 20 anos...

Ver para crer. 

"Há cerca de 20 anos que os figueirenses esperam por uma solução para o Edifício O Trabalho, o mal-amado imóvel do Bairro Novo que destoa do conjunto. E foram muitas as notícias que anteciparam uma nova vida para o prédio."
Tal como OUTRA MARGEM, esta novela (há quem lhe chame "engodo"...) já vem de longe.
Imagem via Diário as Beiras

Parabéns Sociedade de Instrução Tavaredense: inicia as comemorações do 116º. aniversário a continuar a exprimir ”verdadeiro amor pelo teatro”

"Música no coração" é, muito provavelmente, o musical mais popular e de maior sucesso no teatro e no cinema. Com autoria de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein, foi estreado a 15 de Novembro de 1959, no célebre Lunt-Fontanne Theatre, na Broadway, com uma das mais célebres estrelas do musical norte-americano, Mary Martin, no papel da noviça rebelde Maria. Foi transposto em 1964 para o cinema pela mão de Robert Wise, revelando ao mundo a actriz Julie Andrews. Nesse mesmo ano, foi galardoado com cinco óscares da Academia, tornando-se mundialmente no filme com maior número de espectadores.
Via João Miguel Amorim
A Sociedade de Instrução Tavaredense apresentou na noite do passado sábado e na tarde de ontem, domingo, sempre com a sala do Grande Auditório do Cae esgotada, o “Música no Coração”, um enorme desafio artístico para qualquer companhia teatral.
O tema da peça é simples e conta-se rapidamente. Gira em torno da aventura sentimental da família Trapp: uma freira apaixona-se pelo barão viúvo com sete filhos e foge dos nazis a cantar num festival de Salzburg.
Contudo, sobre este “Música no Coração” representado este fim de semana no CAE pelo SIT – e que bem que estiveram os “amadores” de Tavarede – recorrendo a Lauro António, pode dizer-se algo mais.
«“The Trapp Family Singers”, foi a biografia escrita por Maria Augusta Trapp, publicada em 1947, quando a família já tinha terminado a sua carreira como cantores, contando as mirabolantes peripécias de uma preceptora de criancinhas que interrompe o seu estágio para freira para descobrir a verdadeira “vida” na casa dos Trapp, com todo o seu caudal de promessas de felicidade e ameaças de tragédia. Com base nesta autobiografia, surgiu na RFA, em 1956, um filme, “Die Trapp-Familie” (ou “The Trapp Family”), assinado por Lee Kresel e Wolfgang Liebeneiner, com argumento de George Hurdalek e Herbert Reinecker, que parece estar na origem do interesse dos produtores norte-americanos. Entre os intérpretes, contava-se a memorável Ruth Leuwerik (no papel de Maria), ao lado de Hans Holt (Barão von Trapp), Maria Holst, Josef Meinrad, Friedrich Domin, Hilde von Stolz, Agnes Windeck, Gretl Theimer, etc. Na estreia, a baronesa Von Trapp, sobrevivente ainda da gesta coral da família, teve uma deixa memorável: “Nada é verdadeiro, mas é tudo maravilhoso!” A música era de Franz Grothe, e a premissa do filme enquadrava-se bem no espírito da reconstrução alemão, “para todos os problemas, há uma solução”.
O realizador Wolfgang Liebeneiner era um homem experimentado neste tipo de obras, e teve um sucesso inequívoco. Há no argumento desta obra um final que deixa supor que a família Trapp fugiu da Alemanha nazi directamente para os EUA, o que não aconteceu na realidade, pois ficaram na Europa e só em 1939 iniciaram a tournée pelos Estados Unidos. Essa estadia daria origem a uma continuação, “Die Trapp-Familie in Amerika” (“The Trapp Family in America”) (1958), desta feita dirigida unicamente por Wolfgang Liebeneiner. Ruth Leuwerik regressaria no papel da Baronesa von Trapp, e Hans Holt, no de Barão von Trapp.
Foram estes filmes, e a biografia escrita, que inspiraram Oscar Hammerstein II a escrever as líricas e Richard Rodgers a compor a música para um guião de Hopward Lindsay e Russell Crouse, que subiu a cena no Lunt-Fontanne Theatre (Nova Iorque), em 16 de Novembro de 1959, para iniciar uma carreira épica na história do musical norte-americano. Mary Martin e Theodore Bikel eram os protagonistas inspirados que “conquistaram os corações” de todos os espectadores na noite da estreia, com excepções de alguns críticos que colocaram ressalvas a este espectáculo. Mas neste caso os críticos escreveram e a caravana passou incólume. O sucesso estava na rua. Nada o detinha.»
Foto Pedro Agostinho Cruz
“Música no Coração” transformou-se daí em diante, seguramente, num dos mais célebres e rentáveis espectáculos de toda a história do teatro e do cinema musicais. O seu êxito triunfal em (quase) todas as temporadas teatrais e o seu apoteótico sucesso nas salas de cinema, aquando da estreia do filme assinado por Robert Wise, que esteve em Lisboa (quem não recorda?), quase dois anos consecutivos no Tivoli, com sessões esgotadas e espectadores que repetiam a sua visão vezes sem conta, não termina de surpreender tudo e todos.
Foi pois esta peça que vi ontem num CAE esgotado pelo público.
Esta montagem dos “amadores” do SIT de “Música no Coração” foi surpreendente e encantadora. A encenação e o trabalho da equipa que João Miguel Amorim dirigiu, para mim, que não sou crítico teatral, foi de grande nível artístico. Quase sem pontos mortos, a trama que narra a odisseia da Família Von Trapp, poderia facilmente descambar para um moralismo irritante, por já não ser dos dias que passam, foi um obstáculo ultrapassado pela encenação talentosa e engenhosa de João Miguel Amorim.
Logo no início da representação sente-se a atmosfera pesada e prenunciadora de tempestade. As cenas que se passam no convento, por exemplo, não são meras convenções pitorescas, mas momentos carregados de um clima forte, sustentados em cantos graves, entre-cortados por irónicas referências. O drama que se vai apoderando da família Trapp é também ele bem desenvolvido, até culminar na fuga de Áustria, perante a ameaça nazi. Há sequências de uma imaginação de encenação notável, como por exemplo, a apresentação da família de cantores, durante o festival de Salszburgo, a fuga final…

Quem se deslocou este fim de semana ao CAE teve oportunidade de ver um grande espectáculo, a provar que na Figueira existe talento. Assim haja condições para que os melhores possam trabalhar. Os “amadores” de Tavarede estão de parabéns: deram o melhor de si para nos proporcionarem o grande espectáculo que estava na ideia de quem o idealizou e realizou.
Pela minha parte só consigo dizer obrigado pela oportunidade que me deram de poder ver um grande espectáculo de teatro (não falo só de musicais!) a que tive o prazer assistir ao vivo.
Parabéns à Sociedade de Instrução Tavaredense. Iniciou da melhor maneira possível, com esta extraordinária  representação do musical "Música no Coração",  as comemorações do 116º. aniversário.

domingo, 19 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (7)

Rui Rio, no rescaldo da vitória nas directa: "PSD não está partido". Pois não: está em cacos

1 873 votos: foi esta a diferença de votos entre vencer e perder, ontem, na segunda volta das directas no PSD.
A maior luta de Rio, porém, ainda não é o País. O seu maior desafio continua a ser unir o PSD. Para chegar ao País, o presidente do PSD tem muito trabalho e muita tralha para juntar no interior do partido.  As facas continuam afiadas... 
A riqueza da democracia não se encontra na quantidade de candidatos ou na falta de exigência, de inteligência ou na tontice dos que votam. Passa pela qualidade dos líderes. Rui Rio, não é segredo, é um líder fraco e sem carisma. 
Não é por acaso que os portugueses se foram afastando dos partidos. 
Aliás, isso pode ser positivo e um sinal de maturidade democrática. Ter políticos intrujões, trapaceiros e mentirosos à frente dos partidos é que foi deixando a democracia, cada vez mais, à beira da tragédia e disponível para os "chegas" desta vida...