segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Justiça: Naval homenageia Custódio Cruz

"Novos donos do Edifício O Trabalho manifestam interesse na reabilitação", uma novela em exibição na Figueira há cerca de 20 anos...

Ver para crer. 

"Há cerca de 20 anos que os figueirenses esperam por uma solução para o Edifício O Trabalho, o mal-amado imóvel do Bairro Novo que destoa do conjunto. E foram muitas as notícias que anteciparam uma nova vida para o prédio."
Tal como OUTRA MARGEM, esta novela (há quem lhe chame "engodo"...) já vem de longe.
Imagem via Diário as Beiras

Parabéns Sociedade de Instrução Tavaredense: inicia as comemorações do 116º. aniversário a continuar a exprimir ”verdadeiro amor pelo teatro”

"Música no coração" é, muito provavelmente, o musical mais popular e de maior sucesso no teatro e no cinema. Com autoria de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein, foi estreado a 15 de Novembro de 1959, no célebre Lunt-Fontanne Theatre, na Broadway, com uma das mais célebres estrelas do musical norte-americano, Mary Martin, no papel da noviça rebelde Maria. Foi transposto em 1964 para o cinema pela mão de Robert Wise, revelando ao mundo a actriz Julie Andrews. Nesse mesmo ano, foi galardoado com cinco óscares da Academia, tornando-se mundialmente no filme com maior número de espectadores.
Via João Miguel Amorim
A Sociedade de Instrução Tavaredense apresentou na noite do passado sábado e na tarde de ontem, domingo, sempre com a sala do Grande Auditório do Cae esgotada, o “Música no Coração”, um enorme desafio artístico para qualquer companhia teatral.
O tema da peça é simples e conta-se rapidamente. Gira em torno da aventura sentimental da família Trapp: uma freira apaixona-se pelo barão viúvo com sete filhos e foge dos nazis a cantar num festival de Salzburg.
Contudo, sobre este “Música no Coração” representado este fim de semana no CAE pelo SIT – e que bem que estiveram os “amadores” de Tavarede – recorrendo a Lauro António, pode dizer-se algo mais.
«“The Trapp Family Singers”, foi a biografia escrita por Maria Augusta Trapp, publicada em 1947, quando a família já tinha terminado a sua carreira como cantores, contando as mirabolantes peripécias de uma preceptora de criancinhas que interrompe o seu estágio para freira para descobrir a verdadeira “vida” na casa dos Trapp, com todo o seu caudal de promessas de felicidade e ameaças de tragédia. Com base nesta autobiografia, surgiu na RFA, em 1956, um filme, “Die Trapp-Familie” (ou “The Trapp Family”), assinado por Lee Kresel e Wolfgang Liebeneiner, com argumento de George Hurdalek e Herbert Reinecker, que parece estar na origem do interesse dos produtores norte-americanos. Entre os intérpretes, contava-se a memorável Ruth Leuwerik (no papel de Maria), ao lado de Hans Holt (Barão von Trapp), Maria Holst, Josef Meinrad, Friedrich Domin, Hilde von Stolz, Agnes Windeck, Gretl Theimer, etc. Na estreia, a baronesa Von Trapp, sobrevivente ainda da gesta coral da família, teve uma deixa memorável: “Nada é verdadeiro, mas é tudo maravilhoso!” A música era de Franz Grothe, e a premissa do filme enquadrava-se bem no espírito da reconstrução alemão, “para todos os problemas, há uma solução”.
O realizador Wolfgang Liebeneiner era um homem experimentado neste tipo de obras, e teve um sucesso inequívoco. Há no argumento desta obra um final que deixa supor que a família Trapp fugiu da Alemanha nazi directamente para os EUA, o que não aconteceu na realidade, pois ficaram na Europa e só em 1939 iniciaram a tournée pelos Estados Unidos. Essa estadia daria origem a uma continuação, “Die Trapp-Familie in Amerika” (“The Trapp Family in America”) (1958), desta feita dirigida unicamente por Wolfgang Liebeneiner. Ruth Leuwerik regressaria no papel da Baronesa von Trapp, e Hans Holt, no de Barão von Trapp.
Foram estes filmes, e a biografia escrita, que inspiraram Oscar Hammerstein II a escrever as líricas e Richard Rodgers a compor a música para um guião de Hopward Lindsay e Russell Crouse, que subiu a cena no Lunt-Fontanne Theatre (Nova Iorque), em 16 de Novembro de 1959, para iniciar uma carreira épica na história do musical norte-americano. Mary Martin e Theodore Bikel eram os protagonistas inspirados que “conquistaram os corações” de todos os espectadores na noite da estreia, com excepções de alguns críticos que colocaram ressalvas a este espectáculo. Mas neste caso os críticos escreveram e a caravana passou incólume. O sucesso estava na rua. Nada o detinha.»
Foto Pedro Agostinho Cruz
“Música no Coração” transformou-se daí em diante, seguramente, num dos mais célebres e rentáveis espectáculos de toda a história do teatro e do cinema musicais. O seu êxito triunfal em (quase) todas as temporadas teatrais e o seu apoteótico sucesso nas salas de cinema, aquando da estreia do filme assinado por Robert Wise, que esteve em Lisboa (quem não recorda?), quase dois anos consecutivos no Tivoli, com sessões esgotadas e espectadores que repetiam a sua visão vezes sem conta, não termina de surpreender tudo e todos.
Foi pois esta peça que vi ontem num CAE esgotado pelo público.
Esta montagem dos “amadores” do SIT de “Música no Coração” foi surpreendente e encantadora. A encenação e o trabalho da equipa que João Miguel Amorim dirigiu, para mim, que não sou crítico teatral, foi de grande nível artístico. Quase sem pontos mortos, a trama que narra a odisseia da Família Von Trapp, poderia facilmente descambar para um moralismo irritante, por já não ser dos dias que passam, foi um obstáculo ultrapassado pela encenação talentosa e engenhosa de João Miguel Amorim.
Logo no início da representação sente-se a atmosfera pesada e prenunciadora de tempestade. As cenas que se passam no convento, por exemplo, não são meras convenções pitorescas, mas momentos carregados de um clima forte, sustentados em cantos graves, entre-cortados por irónicas referências. O drama que se vai apoderando da família Trapp é também ele bem desenvolvido, até culminar na fuga de Áustria, perante a ameaça nazi. Há sequências de uma imaginação de encenação notável, como por exemplo, a apresentação da família de cantores, durante o festival de Salszburgo, a fuga final…

Quem se deslocou este fim de semana ao CAE teve oportunidade de ver um grande espectáculo, a provar que na Figueira existe talento. Assim haja condições para que os melhores possam trabalhar. Os “amadores” de Tavarede estão de parabéns: deram o melhor de si para nos proporcionarem o grande espectáculo que estava na ideia de quem o idealizou e realizou.
Pela minha parte só consigo dizer obrigado pela oportunidade que me deram de poder ver um grande espectáculo de teatro (não falo só de musicais!) a que tive o prazer assistir ao vivo.
Parabéns à Sociedade de Instrução Tavaredense. Iniciou da melhor maneira possível, com esta extraordinária  representação do musical "Música no Coração",  as comemorações do 116º. aniversário.

domingo, 19 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (7)

Rui Rio, no rescaldo da vitória nas directa: "PSD não está partido". Pois não: está em cacos

1 873 votos: foi esta a diferença de votos entre vencer e perder, ontem, na segunda volta das directas no PSD.
A maior luta de Rio, porém, ainda não é o País. O seu maior desafio continua a ser unir o PSD. Para chegar ao País, o presidente do PSD tem muito trabalho e muita tralha para juntar no interior do partido.  As facas continuam afiadas... 
A riqueza da democracia não se encontra na quantidade de candidatos ou na falta de exigência, de inteligência ou na tontice dos que votam. Passa pela qualidade dos líderes. Rui Rio, não é segredo, é um líder fraco e sem carisma. 
Não é por acaso que os portugueses se foram afastando dos partidos. 
Aliás, isso pode ser positivo e um sinal de maturidade democrática. Ter políticos intrujões, trapaceiros e mentirosos à frente dos partidos é que foi deixando a democracia, cada vez mais, à beira da tragédia e disponível para os "chegas" desta vida...

sábado, 18 de janeiro de 2020

Falta só resolver dois pormenores: inaugurar a ciclovia para Vila Verde e livrar o estuário do Mondego dos jacintos de água. O que deve estar para "breve"...

Imagem via Diário as Beiras.                   Imagem via Diário as Beiras.

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (6)

Joacine: “Elegeram uma mulher negra que gagueja e deu jeito para a subvenção”...

... sem gaguejar:
“isto é ilegal, eu acho que isto é ilegal”, disse no final desta intervenção.
E depois, já fora do palco e longe dos microfones, continuou a gritar. “É ilegal, ilegal, não se faz isto a ninguém. Como é que é possível, isto? Mentira!”, gritou, quase já sem voz, rouca..." 

"Com um povo assim não é difícil ser Presidente da República de Portugal...."

MILAGRE?...

30 de Dezembro de 2019, via Correio da Manhã:
Hoje, via Diário as Beiras: 
Nota de rodapé.
Entretanto, fica uma pergunta: se a empresa que saiu das  obras da baixa, na Figueira, tivesse entrado em falência, poderia adjudicar obra em Vila Franca de Xira?
Milagre?.. Pelo menos, mistério, há...

Da série, já que não há polícia... (6)

 Via Diário as Beiras
Para ler melhor clicar na imagem

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (5)

O pachorrento e tranquilo Cabedelo no seu melhor...

Foto António Agostinho
O pachorrento, como se pode ver na foto, lado esquerdo, é o "Zé", o sobrevivente e mítico cão que fazia parte da saudosa e célebre tríade de animais de estimação dos que percebem a alma do Cabedelo - os outros são os já desaparecidos "Gaspar" e "Estrelita". 
O tranquilo, é o meu Amigo Henrique, que está a recompor-se a olhos vistos, (as vindas ao Cabedelo ajudam...) depois dos problemas de saúde que o atormentaram no decorrer do passado ano. 
O rosto do Cabedelo é isto, que as bestas que o estão a alterar nunca conseguirão perceber: não o visível, mas o essencial.
Uma requalificação de uma zona, seja ela qual for, a sério, nunca pode ser feita contra os que estão no local há dezenas de anos.

"Em casa em que não há pão..."

Da série, já que não há polícia... (5)

Figueira da Foz 1984?

"Sim, concordo com a instalação de câmaras de videovigilância na cidade, porém com algumas garantias preventivas com intuito de salvaguardar a liberdade de todos os cidadãos que frequentam os espaços públicos da Figueira da Foz. Numa era em que uma grande fatia da população confia os seus dados pessoais, conversas privadas, locais por onde esteve, gostos e opiniões pessoais a empresas multinacionais tecnológicas, não me chocaria se o Estado português obtivesse uma ferramenta que lhe permitisse visualizar aquilo que se passou nas ruas da Figueira da Foz num determinado momento.
Pessoalmente, sinto-me muito mais confortável em confiar as minhas imagens pessoais ao Estado, ao invés de uma empresa privada de tecnologia, cujas decisões são tomadas por acionistas que eu não conheço de parte alguma. Porém, mesmo sendo o Estado ou a autarquia o detentor das imagens, gostaria de salvaguardar aquela que é a minha opinião quanto ao modelo de utilização das gravações. 1. As gravações dos aparelhos de videovigilância só podem ser consultadas em caso de haver uma queixa-crime, relativa a um crime que se realizou no raio de vigilância das câmaras. Com intuito de perceber melhor o sucedido, identificar suspeitas e testemunhas. 2. O sistema de videovigilância deve ser detido na totalidade por entidades públicas e as gravações de imagens devem estar seguras, permitindo apenas o acesso às forças de autoridade. 3. As gravações devem servir como prova em tribunal.4. Não aceito qualquer tecnologia de reconhecimento facial neste sistema. Este será certamente um de-bate interessante e enriquecedor para a nossa cidade. Porém, acredito que esta ferramenta apenas iria reforçar o forte sentimento de segurança da Figueira. A nossa cidade é segura, não existindo grandes motivos para considerar o contrário.
Porém, os episódios esporádicos de violência, como foi o caso dos disparos no Bairro Novo, impele-nos a procurar formas de evitar acontecimentos semelhantes no futuro. Se a videovigilância resolve isso? Talvez não, mas certamente será um meio dissuasor a futuros acontecimentos criminais."

Via Diário as Beiras

O PSD é o PSD, mas não é todo igual...

Fotografia: Lusa/Cofina Media@Sábado

Direita alternativa e aflita


"A máquina de propaganda alt-right instalada nos Observadores, nos I’s e nas CMTVs está aflita com a quase certa vitória de Rui Rio. Tão aflita que agora se lembrou de nos alertar para o perigo de deixar a ala direita do espectro vazia, à mercê dos Venturas, caso o PSD se posicione ao centro, como (alegadamente) pretende Rio. Mas não há motivo para alarme. O PSD é um partido de direita (que alberga, desde sempre, alpinistas e trampolineiros ultraconservadores e de extrema-direita, porque o poder é muito apelativo e o PSD é a única forma de, à direita, lá chegar), continuará a ser um partido de direita e levará a cabo uma política de direita mal regresse ao governo. Sempre foi assim, sempre assim será. Por outro lado, para promover a extrema-direita e os ultraconservadores já cá temos essa mesma máquina de propaganda. Deixem-se de merdas. Luís Montenegro e restante entourage passista que façam como a sua antiga barriga de aluguer e criem o seu próprio Aliança. Ou assumam o que são e criem um Chega ou uma Iniciativa Liberal, dependendo do caso em concreto. Porque mesmo sendo de direita, e estando, em parte, cercado por gente pouco recomendável, Rui Rio está a anos-luz dos restos do passismo."

Via Aventar

"Falemos da Liberdade a sério"


Via «Uma Página Numa Rede Social», excertos da resposta de Pedro Nuno Santos ao deputado da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, no âmbito do debate em especialidade do Orçamento de Estado de 2020.