quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

A TVI esteve hoje em directo a partir do quinto molhe, Cova. Foi no jornal da 13...

Nota.
Sobre este assunto, a TVI vai emitir mais logo, no jornal da noite, uma peça feita no local. A ida para o ar está prevista para a segunda parte do jornal, por volta das 20h45... Mais coisa, menos coisa. Estejam atentos.

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (4)

Jardim Municipal: segundo o apurado por este blogue, as obras podem vir a custar quase 1 400 mil euros?.. Fora as habituais derrapagens...

Para mim, prognósticos só no fim...

"Os 300 mil euros em Março de 2019 passaram a 800 mil em Julho do mesmo ano.
Chegamos a Setembro e a requalificação do Jardim Municipal e envolvente, qual leilão, foi arrebatada ontem em reunião de câmara por 1 milhão e 200 mil (com votos a favor de 2/3 da “oposição”, apesar de considerarem o projecto “desnecessário”).
Se contarmos com os habituais imprevistos, imponderáveis e rectificações, facilmente chegaremos ao milhão e meio de euros.
Estamos a falar de um Jardim do tamanho de um campo de futebol. Se um figueirense tem dificuldade em perceber um investimento deste tamanhão, como é que se explica este número ao resto do concelho?"
Chegamos a Janeiro e já se admite que o valor possa atingir 1 milhão e 400 mil euros!.. Fora o imprevisível!

"Poda irregular de árvores está na mira da fiscalização"...

O que se passa com o batel de sal?


Entre os finais dos anos 80 do século passado e o ano 1 do  século XXI, o barco do sal esteve ausente das águas do nosso rio.
A  5 de Agosto de 2001, porém, um batel de sal voltou a navegar no Mondego.
Tal acontecimento,  ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”,  que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal.
Faziam parte desta parceria as seguintes Instituições: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca.
A viagem inaugural deste barco, foi uma iniciativa da Empresa Vidreira do Mondego, que organizou um passeio fluvial à Festa da Nossa Senhora da Saúde, em Reveles, uma festa, aliás, que diz muito a diversas gerações de homens do mar da Freguesia de S. Pedro.
Nesse já longínquo primeiro domingo de Agosto de 2001, a parceria gestora e proprietária do batel viu mais uma entidade aderir à iniciativa: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários.
Muita coisa aconteceu a este batel de sal, até que em Novembro de 2018 surgiu a novidade:  “Juntade Vila Verde vai utilizar batel para fins turísticos e pedagógicos”.
“O barco tem sido um problema. Está recuperado. A Junta de Vila Verde pretende [utilizá-lo, no estuário do Mondego]. É excelente. Daremos os incentivos necessários”, disse em Novembro de 2018 o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde.
Neste momento, o batel de sal encontra-se no Cabedelo. Pelo menos, está a salvo dos jacinto-de-água e do lixo que tem vindo rio abiaxo.

Dia 20 há reunião de câmara

Governo vai estudar a viabilidade de um aeroporto na região Centro!..

O Governo vai estudar "uma solução viável para a implementação de um aeroporto na região Centro", anunciou ontem a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, depois de ter reunido no Ministério das Infraestruturas para debater o assunto.
E o que é que vão fazer ao aeroporto Manuel Machado?

Da série, já que não há polícia... (4)

 Prevenção e dissuasão
 
"Portugal é um país pacífico e seguro comparado com as realidades que conheci nas minhas experiências no resto Europa. A Figueira da Foz em particular, é uma cidade pacata no contexto nacional. Isto não significa que num ponto ou noutro do concelho não existam episódios de violência que ocorrem com mais frequência.
Sabemos que o Bairro Novo de tempos a tempos tem as suas noites de faroeste. Mas tirando essas raríssimas noites é um lo-cal seguro, embora barulhento e muito produtor de lixo urbano. A oferta de diversão noturna continua demasiado ancorada no consumo de bebidas alcoólicas, em particular nos shots, e com escassa oferta cultural (concertos, poesia, cinema, etc.).
Compreendo que nalguns locais circunscritos os cidadãos e os comerciantes se sintam mais seguros com a instalação de sistemas de vigilância. Estes oferecem algum efeito dissuasor e evitam o uso de gradeamentos e barreiras urbanas, em geral poucos estéticos e dispendiosos. Embora seja hoje uma realidade a omnipresença de câmaras nos telemóveis que registam o que autorizamos e não autorizamos, os sistemas de videovigilância municipais devem merecerem a total confiança dos cidadãos e não levantar questões de invasão de privacidade. Deverão ser devidamente sinalizados na via pública, contribuindo igualmente para o efeito dissuasor, e providenciar um acesso controlado, idealmente gerido por um software de acesso livre (e não amarrado às multinacionais da internet) com encriptação de dados. O diálogo do executivo camarário com os comerciantes, associações e cidadãos é fundamental para avaliar as várias opções de prevenção e de segurança dos espaços. Atualmente, os sistemas de videovigilância são menos onerosos e libertam a sobrecarregada polícia de algum trabalho de patrulhamento. Por isso concordo que sejam instalados onde existir a solicitação e o acordo dos referidos atores locais.Mas não nos iludamos, o melhor sistema de segurança é a prevenção. Se lutarmos contra as desigualdades sociais, os guetos urbanos e por empregos dignos já estaremos a fazer um considerável trabalho de prevenção."

Via Diário as Beiras

O pai e o seu filho

"Foi há pouco mais de 50 anos.

Em Janeiro de 1969, Baltazar Rebelo de Sousa, governador geral de Moçambique, então com 48 anos, visitava as povoações do norte da província nomeadamente Porto Amélia e Ilha do Ibo.

Veja aqui as imagens do arquivo da RTP.  E já agora veja aqui também, estas que mostram a passagem do ano em Montepuez, na província de Cabo Delgado. Baltazar foi acompanhado pela sua mulher Maria das Neves Fernandes Duarte e pelo filho único Marcelo. No filme, é possível vê-lo, ao seu filho Marcelo (ao minuto 7º), a dançar com ar comprometido, de quem não quer olhar para a câmara sabendo que ela lá estava. Já nesse tempo.

As imagens têm a frescura e a ingenuidade do olhar, quase próprias de quem pensa que o presente é imutável, coisa que as imagens actuais da televisão foram perdendo ao longo do tempo, homogeneizando-se e uniformizando-se na pressa, à medida que o espaço televisivo se privatizou. 

Em Janeiro de 2020, o seu filho Marcelo - já com a idade de quem podia ser pai do seu pai quando visitou Moçambique - voltou ao país independente. Passeia com os jornalistas portugueses à perna, a fazer tudo o que seja folclore para Portugal - vai ao mercado, compra fruta, fala com os comerciantes, engraxa sapatos, etc. - porque nenhuma multidão o segue, como seguiu o seu pai.

Tudo parece um déjá vu perdido, abandonado, decadente."

Nuno Ramos de Almeida, via Ladrões de Bicicletas

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Há Homens assim, diferentes e únicos: Martin Luther King

Faria hoje 91 anos.

Em 1964, foi criada a Lei dos Direitos Civis, que garantia a tão esperada igualdade entre negros e brancos. Nesse mesmo ano, Martin Luther King recebeu o Prémio Nobel da Paz. Segue um trecho do discurso:

"Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais.
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade."

Fica o célebre discurso de Martin Luther King na íntegra:

Erosão costeira: a situação a sul do quinto molhe está perigosa como nunca esteve...

Vamos ser directos.
O mar, a sul do quinto molhe, está a abrir caminho em direcção à Cova.
Mais palavras para quê? Enquanto não se tomam medidas de fundo, resta ir avivando a memória sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira a sul do Mondego.
Como andamos a alertar, desde Dezembro de 2006, a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... 
Infelizmente, também neste caso, foi o que aconteceu.

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (3)

Um problema da democracia - na Figueira e no resto do País...

O PSD, mesmo na Figueira, é um partido com a sua importância.
Pode dizer-se, que apesar de estar na oposição, faz parte, também na Figueira, dos chamados "partidos do regime".

Tal como acontece, agora com o PS, entre 1997 e 2009, quando o PSD esteve no poder na Figueira, havia liberdade de expressão, mas para abrir a boca era melhor pensar, antes...
É assim a Figueira e o País que vem de longe. 
O PSD, quando liderou a autarquia figueirense e o País, nada mudou: foi mais do mesmo.
Na Figueira, tal como no resto do Portugal dos bons e asseados costumes que temos,  no tempo do Salazar e até a Abril de 1974, era preciso aderir à Legião Portuguesa para se poder exercer determinados cargos no Estado. Na Figueira, não logo, mas uns anos (não muitos...) depois de Abril de 1974, quem não era do PS (até 1997), do PSD (depois de 1997, até 2009) e novamente do PS de 2009 até aos dias que correm, todos sabemos que é um cidadão de segunda...
As suas possibilidades são reduzidas na hora de tentar arranjar um emprego público... E, porventura, até para receber apoios sociais, é aconselhável que não moleste o regime e, de preferência, que seja mesmo amável e simpático.
Todavia, o regime, na Figueira e no resto do País, começa a ser algo aberrante e pouco representativo. Algo iníquo, até. Vejam os resultados das directas do PSD, de sábado passado, para a escolha do líder. 
Num concelho com um potencial de mais de 52 000 eleitores, os que votaram nestas eleições internas do PSD, podiam ter vindo num daqueles barcos de cruzeiros que, muito de vez em quando, vêm à Figueira da Foz: Rui Rio teve 62 votos; Luís Montenegro 58; e Pinto Luz 9. Apuraram-se ainda 1 nulo e 1 branco. Total de votantes: 131.
Isto, porém, infelizmente não é um exclusivo do PSD. Estejam atentos ao que se passa no PS, no BE, no PCP na Figueira e no resto do País...
Isto significa que temos a qualidade democrática que temos a nível nacional e a nível local. Isso, sublinhe-se, não retira legitimidade às escolhas feitas. Porém, é demonstrativo o quanto a democracia pode ser pervertida e ser aproveitada por poucos, o que no mínimo, pode colocar em causa a sua representatividade e credibilidade.
E, com isso, todos ficamos a saber, como é público e notório, na Figueira e no resto do País.

A "eficácia" da manga de protecção da marina!..

Vídeo desta manhã

Da série, já que não há polícia... (3)

Ficaremos mais seguros?

"Saúdo calorosamente todos os leitores, nestes primeiros dias de um novo ano que todos ansiamos feliz. Confesso que quando recebi o tema para a coluna da semana senti um misto de perplexidade e alguma incompreensão: “A autarquia vai instalar videovigilância em ruas com maior fluxo de pessoas. Concorda com a medida?” É óbvio que nada tenho contra as tecnologias, muito especialmente quando elas se destinam a facilitar a vida dos cidadãos e dar-lhes maior “conforto”. Mas, curiosamente, veio-me à ideia o mundo algo “às avessas” da Alice de Lewis Carroll. Os responsáveis políticos do município, em termos de Câmara Municipal, muito têm insistido na tecla de que a cidade é um sítio seguro e confiável. Nesta assertividade, têm frequentemente sido corroborados pelas forças de segurança, facto que a todos deixa sossegados. Mas, voltando à medida, que será sempre bem-vinda e um acréscimo valioso na valoriza-da segurança de pessoas e bens. Pergunto-me se não seria melhor começar esta implantação nas zonas exactamente “inversas” ao proposto: nos sítios mais isolados, nomeadamente à noite, naturalmente mais vulneráveis a assaltos e outras malfeitorias. Quem não sente um friozinho na barriga se tiver de fazer, a pé, toda a Rua da República, depois da meia-noite?! Perfeitamente desconfortável e um tanto assustador! O mesmo diria das zonas mais antigas da cidade, S. João do Vale e arredores. Por aqui já vive muito menos gente do que em tempos passados, mas tal acrescenta preocupação, porquanto mais sozinhos, mais expostos a episódios indesejáveis! No Bairro Novo central, chamemos-lhe assim, há maior afluxo de pessoas, por norma, especialmente porque aí se concentram os espaços de entretenimento. Sei que a “noite” é um factor de intranquilidade em zonas assim, especialmente a entrar na madrugada. Mas não se me afigura, para já, razão suficiente para a instalação de vigilância, isto se é por aqui que se vai começar. Bom mesmo seria, seria mesmo óptimo, que houvesse um reforço de efectivos policiais circulando. Ficaríamos todos muito mais reconfortados!"

Via Diário as Beiras

Dado que a "CIM prepara resposta à praga", antes que seja tarde, ficam as belíssimas imagens do verde para mais tarde recordar...

Imagens via Luís Fidalgo





Recorde-se.
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz espera que este ano “seja a última situação de crise” por acção dos jacintos-de-água, lembrando o investimento de mais de meio milhão de euros anunciado recentemente pela comunidade intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra precisamente para combater estas e outras espécies invasoras.
O plano inclui a compra de uma ceifeira anfíbia, que pode operar em cursos de água e em terra “para ir retirando a maior parte dos jacintos do rio, em trabalho contínuo” e, nessa sequência, passarem a existir equipas no terreno “para manter o controlo e ir limpando de cada vez que eles estão a propagar-se”

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (2)

Implacável. Livre. João César Monteiro nasceu a 2 de Fevereiro de 1939, morreu a 3 de Fevereiro de 2003...

Foi hoje anunciado, via jornal Diário as Beiras: "o cineasta João César Monteiro vai ser homenageado pelo município da Figueira da Foz, cidade de onde era natural, com a atribuição do seu nome a um auditório do Centro de Artes e Espectáculos (CAE).
A homenagem está agendada para dias 31 – com a exibição do último filme de César Monteiro, “Vai e Vem” (2003) – e 01 de fevereiro, data em que decorrerá a atribuição do nome de João César Monteiro ao Pequeno Auditório do CAE (espaço onde uma vez por semana são exibidos filmes do chamado cinema alternativo e de autor), seguida de um colóquio sobre a vida e obra do cineasta.
O programa fecha com a exibição de “As Bodas de Deus”, longa-metragem de 1999, ano anterior àquele em que César Monteiro protagonizou uma das maiores polémicas do cinema português ao estrear “Branca de Neve”, um filme inspirado na obra de Robert Walser, em que aos diálogos se sobrepunha um longo plano em “vários tens de cinzento”, como afirmava, entrecortado por curtas sequências de luz e de céu azul, com nuvens."