domingo, 6 de outubro de 2019
MEMÓRIAS
Via Daniel Santos
"Estas grades, em boa hora mantidas nas proximidades do seu local de origem, têm uma história de guerrilha política entre os regeneradores e progressistas que se alternaram nos executivos da Câmara da Figueira. Foram colocadas para protecção entre o nível das praças Nova e Velha e a doca.
Esta, como outras memórias existentes na cidade, são referências históricas cujo conhecimento permitirá perceber o presente e ajudará a fundamentar o futuro. O modo de respeitar a sua autenticidade está muito para além da vontade de um qualquer que, acabado de chegar ou sendo autóctone, se encontra a prazo no exercício de um poder efémero.
Já aqui foi escrito, e por outros corroborado, que adjacentemente à doca se situava a então designada PRAIA DA SARDINHA, junto a cujo local foi colocada uma “memória” que lhe alterou a designação e ali se mantém, apesar das chamadas de atenção de alguns figueirenses.
Agora que o município é presidido por um figueirense nado e criado, talvez seja a ocasião para corrigir o erro, sob pena de se manter mal informados os vindouros. É só uma questão de respeitar a letra do Regulamento de Toponímia. E não tem custos significativos."
Esta, como outras memórias existentes na cidade, são referências históricas cujo conhecimento permitirá perceber o presente e ajudará a fundamentar o futuro. O modo de respeitar a sua autenticidade está muito para além da vontade de um qualquer que, acabado de chegar ou sendo autóctone, se encontra a prazo no exercício de um poder efémero.
Já aqui foi escrito, e por outros corroborado, que adjacentemente à doca se situava a então designada PRAIA DA SARDINHA, junto a cujo local foi colocada uma “memória” que lhe alterou a designação e ali se mantém, apesar das chamadas de atenção de alguns figueirenses.
Agora que o município é presidido por um figueirense nado e criado, talvez seja a ocasião para corrigir o erro, sob pena de se manter mal informados os vindouros. É só uma questão de respeitar a letra do Regulamento de Toponímia. E não tem custos significativos."
Via OUTRA MARGEM de 3 de Novembro de 2016: reponham a memória e a verdade histórica: praia da sardinha, se faz favor...
HOJE HÁ ELEIÇÕES LEGISLATIVAS
"Muito se tem especulado sobre como será o “day after” se o PS ganhar as eleições sem maioria absoluta. Dizem uns que se o PS fizer maioria com os deputados do Bloco dificilmente haverá acordo por o PS não querer ficar nas mãos do Bloco, quer esse apoio seja parlamentar, quer de coligação governamental. Dizem outros que mais fácil seria o acordo com o PCP se o número de deputados de ambos os partidos fossem suficientes para fazer maioria. Outros, finalmente, colocam a hipótese de o PS governar sozinho, como já fizeram Soares, Guterres e Sócrates.
A minha análise da situação é um pouco diferente. O que me parece é que, sejam quais forem os resultados eleitorais do BE e da CDU, a menos que se trate de uma verdadeira catástrofe para um deles, a Costa só restam duas saídas: ou tentar um acordo semelhante ao desta legislatura ou governar com a abstenção e o apoio de Rio, consoante os casos.
De facto, o PS nas sete vezes em que governou sem maioria absoluta nunca governou sozinho. Em dois acasos governou em coligação com a direita, uma vez com o CDS, outra com o PSD. Em quatro, governou sem coligação com o apoio da direita, salvo num ou noutro caso, de relativa pouca importância, em que beneficiou do apoio pontual da esquerda. Em cinco destas seis situações os governos não concluíram a legislatura, ou por a direita ter rompido a coligação ou por a direita ter derrubado o governo no Parlamento. Em todos os casos em que a direita derrubou o Governo, quer por rompimento da aliança, quer por votação no Parlamento, o PS perdeu as eleições subsequentes. Sem maioria absoluta, o PS somente por duas vezes concluiu a legislatura, uma vez por Guterres, outra por António Costa. De ambas as vezes, a confirmarem-se as sondagens, o PS ganhou as eleições legislativas subsequentes.
Este é o quadro histórico. Das duas hipóteses acima referidas, a ter em conta depois de conhecidos os resultados das eleições de amanhã, a que me parece menos provável é a de um acordo à esquerda. Esse acordo, a existir, nunca seria com apenas um partido. Não só por essa não ser a hipótese que mais interessa ao PS, nomeadamente no caso de esse partido ser o Bloco, mas também por nenhuma das duas forças políticas da esquerda – BE e CDU – estar verdadeiramente interessada num acordo que deixe a outra força de fora a concentrar nela a capitalização do descontentamento governativo.
Independentemente destas considerações, os últimos tempos têm demonstrado que as exigências à esquerda iriam subir de tom e teriam de ser satisfeitas para poder haver acordo. O que desagrada francamente ao Partido Socialista porque sabendo que o próximo contexto económico-financeiro será diferente para pior do desta legislatura de forma alguma lhe convém ficar “atado” a partidos que lhe dificultarão ou até inviabilizarão o cumprimento da ortodoxia financeira comunitária. Convém-lhe, portanto, arranjar um parceiro mais compreensivo e que comungue das mesmas preocupações. E a saída para esta situação, que nunca seria una saída sem antes se assistir a uma imputação de responsabilidades à esquerda por ter inviabilizado uma solução semelhante à actual, seria a de um acordo com Rui Rio, governando o PS com a abstenção ou o apoio do PSD, consoante os casos.
Não só é essa a solução que mais interessa ao "PS que conta", como é também a saída mais condizente com o contexto económico-financeiro esperado, além de coincidir com o interesse de Rio e para a satisfação do qual expressamente se candidatou. Rio sempre disse, quando concorreu à presidência do PSD contra Santana Lopes, que não se candidatava para ganhar as “próximas” eleições (as de amanhã), mas para tirar o PS dos braços do Bloco e do PCP. O que levou, como se sabe, ao “divórcio” de Santana Lopes e à criação da Aliança. Só que esta "saída", que é muito provavelmente aquela pela qual o PS vai “entrar”, é a que deixa nas mãos de Rio a marcação das próximas eleições, aquelas para cuja vitória Rio verdadeiramente se candidatou.
Como pode o PS "cair" nisto? Exactamente pelas mesmas razões que o levaram nas seis das sete vezes anteriores em que foi governo sem maioria absoluta a pretender o apoio da direita e a por ela ser derrubado por cinco vezes."
JM Correia Pinto via Politeia
sábado, 5 de outubro de 2019
Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...
Imagens via Diário as Beiras
Na Figueira, a primeira reunião camarária à porta fechada, depois do 25 de Abril de 1974, realizou-se no dia 4 de Novembro de 2013.Recordando... Contas da FINDAGRIM de 2018: receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros. Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.
Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...
Imagens via Diário as Beiras |
Isto, porque poderia ser didáctico e útil para perceber a dificuldade que constitui a falta de recursos financeiros para os grupos independentes se aventurarem na política autárquica e as dificuldades e desvantagens que existem em comparação com quem concorre numa lista patrocinada pelos partidos.
Dois pontos.
1. Sei do que estou a falar, pois em 15 de Dezembro 1985 e em 17 de Dezembro de 1989 concorri, como membro de uma Lista de Independentes, à Junta de Freguesia de S. Pedro.
Neste caso fomos nós próprios, os candidatos, que metemos dinheiro do nosso bolso e confeccionamos, colocámos no terreno e distribuímos os materiais de campanha.
2. No caso dos 100% sei que, porventura, para além de alguns mecenas, houve necessidade de recorrer à banca, com o aval de alguns elementos do Movimento, para a obtenção de um empréstimo, que depois foi pago com o retorno que está previsto na lei e que depende do nível de votação obtida.
Neste caso correu bem. Os 100%, na votação para a Câmara Municipal, obtiveram 18,39% (6 168 votos), logo tiveram dinheiro para cobrir o empréstimo. Mas, se tal não tem acontecido?
Há dias assim: de reflexão...
A campanha eleitoral terminou ontem.
Sabemos o que foi. Sabemos como terminou.
Hoje, é dia de reflexão.
Como português, sinto-me impotente.
Por muito que deseje (e desejo...) que isto realmente mude, tenho medo que aconteça mais do mesmo: que só seja possível continuar a ser governado por "gente que não sabe estar" na governação do País.
Como sempre, porém, vou fazer o que posso: vou votar.
Hoje é dia de reflexão. Portanto, hoje, para além de ser sábado, é um dia diferente. Talvez por isso, apetece-me voltar à poesia de O'Neill.
O’Neill tinha um ar natural e irreverente.
Foi um homem e é um poeta transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas.
Talvez por isso, foi em vida - e continua - incompreendido e votado ao esquecimento.
Foi esse o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Ele passou ao lado desse tipo de poesia pobre, decadente e estéril. Rejeitou a fórmula cor-de-rosa de ver a realidade: o lado obscuro do real existe, mas não é poeticamente estético descrevê-lo.
Quem ousa levantar a poeira, paga um preço alto - e ele fazia-o.
Fica um poema, para mim de um poeta fora do comum, de que gosto especialmente: Alexandre O'Neill.
Bom sábado e bom dia de reflexão.
Entre a
cortina e a vidraça
Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?
E eu, que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.
A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...
Sabemos o que foi. Sabemos como terminou.
Hoje, é dia de reflexão.
Como português, sinto-me impotente.
Por muito que deseje (e desejo...) que isto realmente mude, tenho medo que aconteça mais do mesmo: que só seja possível continuar a ser governado por "gente que não sabe estar" na governação do País.
Como sempre, porém, vou fazer o que posso: vou votar.
Hoje é dia de reflexão. Portanto, hoje, para além de ser sábado, é um dia diferente. Talvez por isso, apetece-me voltar à poesia de O'Neill.
O’Neill tinha um ar natural e irreverente.
Foi um homem e é um poeta transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas.
Talvez por isso, foi em vida - e continua - incompreendido e votado ao esquecimento.
Foi esse o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Ele passou ao lado desse tipo de poesia pobre, decadente e estéril. Rejeitou a fórmula cor-de-rosa de ver a realidade: o lado obscuro do real existe, mas não é poeticamente estético descrevê-lo.
Quem ousa levantar a poeira, paga um preço alto - e ele fazia-o.
Fica um poema, para mim de um poeta fora do comum, de que gosto especialmente: Alexandre O'Neill.
Bom sábado e bom dia de reflexão.
Entre a
cortina e a vidraça
Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?
E eu, que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.
A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Domingo há eleições
Hoje, é o último dia de campanha eleitoral.
No próximo dia 6, vamos a votos.
Estas Legislativas também podem servir para mostrar que os cidadãos se preocupam com o futuro.
Votar, mais do que um direito, é um dever.
No próximo dia 6, vamos a votos.
Estas Legislativas também podem servir para mostrar que os cidadãos se preocupam com o futuro.
Votar, mais do que um direito, é um dever.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
Morreu Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo deputado e ministro...
"Diogo Freitas do Amaral, 78 anos, morreu esta quinta-feira, 3 de outubro, avançam a SIC Notícias e o Expresso. Nascido na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941, fundou o CDS, foi deputado e ministro dos Negócios Estrangeiros. O político estava internado desde 16 de setembro num hospital em Cascais."
Escrevi isto sobre Diogo Freitas do Amaral em 23 de outubro de 2012, e vou copiar.
"Neste País, a seguir ao 25 de Abril de 1974, tirando Diogo Freitas do Amaral, então Presidente do CDS, a quem ouvi dizer, aí pelos idos de 1976, que era de direita, nunca mais ouvi nenhum político afirmar que é de direita.
Isso, marca a diferença entre a esquerda e a direita.
Conheço muita gente, incluindo Mário Soares, que diz que tem «orgulho em ser de esquerda»!..
Todavia, excluindo o caso acima citado, nunca ouvi ninguém a dizer que tem «orgulho em ser de direita»."
Escrevi isto sobre Diogo Freitas do Amaral em 23 de outubro de 2012, e vou copiar.
"Neste País, a seguir ao 25 de Abril de 1974, tirando Diogo Freitas do Amaral, então Presidente do CDS, a quem ouvi dizer, aí pelos idos de 1976, que era de direita, nunca mais ouvi nenhum político afirmar que é de direita.
Isso, marca a diferença entre a esquerda e a direita.
Conheço muita gente, incluindo Mário Soares, que diz que tem «orgulho em ser de esquerda»!..
Todavia, excluindo o caso acima citado, nunca ouvi ninguém a dizer que tem «orgulho em ser de direita»."
Vamos ao que é realmente importante...
... para lá da fumaça...
"Daqui a três dias, todos poderemos votar (sem que nos possamos candidatar) para eleger alguns que, maioritariamente, nem sequer conhecemos. Chamamos a esta liturgia, de certa menoridade política, eleições legislativas.A análise dos programas eleitorais e o decurso da campanha que os promove mostra que a Educação não é tema que preocupe prioritariamente os partidos políticos. Mais do que a pobreza e inadequação de muitas propostas, é preocupante sabermos que o vencedor fará delas doutrina, sem qualquer sentido de urgência para resolver os problemas do sistema de ensino. Porque os políticos continuam a não entender que o que se passa é um problema deles e não dos professores já que, por mais variáveis que a Escola possa controlar, boa parte do que nela acontece é corolário das condições sociais e emocionais em que os seus alunos vivem. Com efeito, seria imperioso que os políticos entendessem a natureza holística da educação dos jovens, juntando ao currículo académico apoios sociais, médicos e psicológicos, para que a Educação se tornasse o factor mais poderoso de promoção da qualidade de vida de cada ser. Mas os problemas têm passado de governo em governo sem que o maior, qual seja o separar o interesse da criança, enquanto indivíduo, do interesse e das solicitações da sociedade, enquanto forma de organização colectiva, seja considerado resolutamente e financiado adequadamente."
A capacidade de valorização deve ser isso mesmo: sublinhar o que há de mais insignificante em cada um de nós e promovê-lo a factor único e distintivo da personalidade... Obrigado: isto não é fraude, é marketing. E do melhor...
ATÉ AO MOMENTO, 21624 POSTAGENS PUBLICADAS.
VISUALIZAÇÕES: 3,698,492
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
Uma antologia sumária de frases proferidas no debate da televisão pública, segunda-feira à noite, pelos líderes dos partidos sem representação parlamentar que concorrem à Assembleia da República...
Fora da Caixa
Fernando Loureiro (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas):
«Eu estava lá, com um grupo de quatro pessoas. Não temos mais, infelizmente. Os outros estão todos doentes.»
Gonçalo Câmara Pereira (Partido Popular Monárquico):
«Ontem foi domingo, foi dia de eu ir à missa, estive com a família, que é a minha primeira preocupação. Como sou católico apostólico romano, fui à missa e passei o dia todo com a família. Fiz 45 anos de casado com a mesma mulher. Foi a minha campanha eleitoral: convencer a família a votar.»
Manuel Ramos (MPT - Partido da Terra):
«O aeroporto de Beja tem apenas um voo por semana actualmente. E tem as moscas, que vão lá também.»
Mendo Castro Henriques (Nós, Cidadãos):
«A nossa campanha não é dizer o que nós pensamos: é escutar o que nos dizem.»
Pedro Santana Lopes (Aliança):
«Criou-se em Portugal, depois da tróica, esta obsessão: mesmo quadros qualificados saem das universidades, vão ao primeiro emprego - 650, 700 euros, seja o que for... E as pessoas vão-se embora.»
Vitorino Silva (Reagir-Incluir-Reciclar):
«O homem é apenas uma espécie. O homem tem de se humildar. O homem pensa que é o dono disto tudo, mas não é. Temos de respeitar as outras espécies.»
Joacine Katar Moreira (Livre):
«Não é necessário nós estarmos no Executivo para nós identificarmos o que é útil e o que é urgente.»
José Pinto Coelho (Partido Nacional Renovador):
«Se não nascerem portugueses, Portugal acaba por morrer.»
Farmacêuticos debatem antibióticos
Via Diário as Beiras
Finalmente, uma postagem inofensiva e que não ofende ninguém:
FOTO DB/JOT’ALVES |
Subscrever:
Mensagens (Atom)