quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A (in)utilidade do património

"O Estado enquanto gestor de património público não é grande exemplo. A razão do descuido apontada é “por falta de recursos” mas não será só essa. A ausência dum sentimento de pertença colectiva do património, que é de todos, julgo ser ainda a razão porque o estimamos mal. Outra constatação é o destino ou uso a dar a esse património, muito dele adquirido sem um fim específico e chocando a incapacidade para zelar por aquilo que é de todos os nós.
A Figueira é também disto exemplo. No mandato de Santana Lopes adquiriu-se património vocacionado ou com aptidão para ser gerido por privados mas que, por impulso, ou simplesmente para agradar à população, foram adquiridos. Não enriqueceram o património municipal pois passaram a ser sinais de despesa, ineficiência e ausência de ideias para lhe dar um fim que servisse a comunidade.
Recordo algumas aquisições: a Piscina Mar, o Paço de Maiorca, a Quinta das Olaias, a Casa do Paço, o Paço de Tavarede, o Palácio Conselheiro Lopes Branco, a aceitação da doação do Castelo Silva Guimarães (sistematicamente recusada em executivos anteriores), as ruinas do Mosteiro de Santa Maria de Seiça. Excepção feita à Quinta das Olaias, que serviu para acolher uma importante infra-estrura de cultura, o resto não tem tido a utilidade pública adequada nem desejada. Hoje olhamos para esse património e perguntamos para que serviu, que fazer com ele. Alguém saberá?"


Via DIÁRIO AS BEIRAS

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Guillaume Sacriste é um dos académicos que com Thomas Piketty, o francês autor do best-seller O Capital no Século XXI, promove o Manifesto para a Democratização da Europa, uma série de propostas para aproximar a política dos cidadãos...

"Hoje temos governos que tomam decisões à porta fechada e deputados que as seguem"...


Pois é: os problemas actuais da Europa não resultam também da qualidade dos políticos? Quando se fala de qualidade, não é só a questão das competências técnicas, mas pessoas com verdadeiro sentido de serviço público. Em França e na Europa, no geral, nomeadamente na Figueira da Foz…

"Ganda" Santana

A "velha" e "tradicional" direita, agora denominada de "Aliança", veio a terreiro e fez ruído: propôs uma generalização dos seguros de saúde a toda a população!
Mais do mesmo. É a repetição da ideia de que, para resolver as demoras e outras debilidades causadas por PSD, CDS e mais o PS no SNS, os portugueses, sobretudo os trabalhadores no activo, deviam optar por contratar seguros privados, em alternativa aos descontos que fazemos para a Segurança Social e, no caso da Função Pública, para a ADSE.
Os resultados e os objectivos são claros.
A Segurança Social, a ADSE e o SNS levavam um tiro no porta aviões. Os patrões, com a redução das contribuições sobre os  salários, até rejubilavam. Os hospitais privados ganhavam oportunidades de negócios. As seguradoras idem, idem, aspas, aspas.
Perdíamos nós: a nossa saúde ficava com prazo de validade a prazo. Durava até ao surgimento de uma doença crónica ou de tratamento caro. Chegados aí, para a maioria de nós, era o passaporte para uma viagem, sem vinda, à "quinta das tabuletas" ou ao "churrasco mais próximo".
Na altura, a coisa era tão evidente, que ficou em stand by, à espreita de melhor oportunidade.
Ela aí está, pela mão da  "Aliança"da direita com o capital multinacional.
"Os pobres também têm direito ao privado", disse Santana. Só não explicou como. No país real, há muito boa gente que não tem possibilidade de pagar esse "LUXO".
Santana Lopes, tem o meu respeito, apenas por um facto. Logo no arranque, esteve ao seu nível, foi demagogo, deu o peito às balas, abriu o jogo e mostrou ao que vem: entregar a saúde dos portugueses às   multinacionais de seguros nas mãos de americanos, chineses e alemães, que dominam o mercado.

"Água podia ser 40 por cento mais barata"...

João Damasceno, director geral da Águas da Figueira: "se a concessionária pudesse candidatar-se a fundos europeus, como fazem as autarquias que exploram o sistema e o Grupo Águas de Portugal, «a água seria 40 por cento mais barata» na Figueira da Foz".
João Damasceno esclareceu que as concessionárias privadas não podem aceder à torneira financeira de Bruxelas devido ao “filtro do Estado” português. 


Via DIÁRIO AS BEIRAS

Lisboa é Lisboa! Figueira é Figueira!

Via jornal Público.
"Em 2020, a Praça de Espanha perde carros e ganha árvores. Obras de novo parque urbano arrancam este ano e a câmara prevê terminá-los a tempo da Capital Verde Europeia, que se assinala em 2020. Antes disso haverá mudanças várias.
Quando hoje se sai da estação do metro na Praça de Espanha, a primeira coisa que se vê à frente são vias de trânsito e, atrás, um parque de estacionamento e terminal rodoviário. Daqui a pouco mais de um ano, promete a câmara de Lisboa, a paisagem será radicalmente diferente. Essa saída de metro estará no centro de um extenso parque urbano que ali vai nascer e, em vez de estrada, o que se vai ver é uma ponte pedonal, uma clareira relvada e um riacho.
"


Aqui, é o contrário: "De parque verde a retail park..."
No ano da graça de 2016, já com 7 anos de gestão do Alcaide  Ataíde, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense.
Aos poucos,  as superfícies comerciais passaram a ocupar um espaço que, sublinhe-se, era o último local que restava à Figueira para um verdadeiro parque verde. E tem vindo a ser liquidado.
Este executivo camarário, que teve uma maioria absolutíssima, só enganou quem quis ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização, continua a ser o que sempre foi: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente,  hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.
Parabéns figueirenses...

Variações, Zeca Afonso e Amália...




Na opinião do meu Amigo Edgar Oliveira, que sabe da poda, "do melhor que se tem feito por cá ultimamente. Juntou Variações, Zeca Afonso e Amália".

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

"Areal urbano continua a aumentar e pode atingir 800 metros de largura"

Via DIÁRIO AS BEIRAS
A Agência Portuguesa do Ambiente deverá realizar este ano um estudo sobre a transferência de areias, do areal urbano para as praias do sul do concelho. O prolongamento do molhe norte, em 400 metros, foi inaugurado em fevereiro de 2011. Desde a conclusão da obra que o areal urbano não para de crescer, em comprimento e altura.
A obra, apesar dos vários alertas feitos em devido tempo e, agora, a realidade, continua a ser considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária para a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Todos estes depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada.
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
Sem politiquice: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...
Sobre as consequências do prolongamento do molhe norte nada mais Há a escrever. Toda a gente, incluindo os responsáveis autárquicos, conhecem o que se passa.
Portanto, venha  de lá o estudo para se escolher a melhor solução.
Só existem duas soluções para o excesso de areia a norte do estuário do Mondego e escassez a sul.
Esta: “se não for agora, será mais tarde, mas parte da areia do areal da Figueira da Foz vai ter de sair dali, porque ela não pertence àquele local”.
A outra, seria fazer implodir aqueles 400 metros que acrescentaram ao molhe norte.

O "peso" dos reformados...

"Sunset & golfe", uma crónica de...

Para ler via DIÁRIO AS BEIRAS.

10ª crónica na Rádio Beira Litoral …


O futebol é um jogo complexo: testa os limites físicos, a estratégia, a habilidade de cada um e a articulação do conjunto... E, ainda, tem o sortilégio da sorte!

O que mudou desde 1615?..

"(…) mas outro cavaleiro poderia ter-te ouvido, e não gostar do que ouviu; porque nem todos os cavaleiros são corteses nem respeitosos: alguns são vis e insolentes. Nem todos os que se chamam cavaleiros o são completamente, que uns são de ouro autêntico, outros de ouro falso, e todos parecem cavaleiros, mas nem todos passam no toque da pedra da verdade. Homens vis há que rebentam por parecerem cavaleiros e cavaleiros nobres que parece que de propósito morrem por parecerem homens vis; e é preciso valer-nos do discernimento para distinguir estas duas espécies de cavaleiros, tão parecidos nos nomes e tão distintos nas acções.”

Miguel de Cervantes, In D. Quixote de La Mancha II

Hoje é um bom dia para ler o DIÁRIO AS BEIRAS

À atenção da CMFF

Interior...

Ontem foi domingo. Saí de casa com a intenção de dar um grande passeio para sacudir a nostalgia que se me colou às pernas...
Andei pelo interior de um País completamente deserto e desertificado.
No interior não há metropolitano. Não há caminho de ferro. Também não há autocarros. Há táxis.
Dou por mim a questionar-me como é que as pessoas destas terras fazem quando  querem ir aos sítios...

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Foi ausência do que fazer?..

Na falta do que fazer, o melhor era terem ficado sem fazer nada mesmo.

"Sejam honestos e comparem com o que já está feito da Requalificação! Era necessário intervir naquilo que era belo? Na minha opinião, quem decidiu esta Requalificação devia ser preso! Estragar dinheiro é Dolo, logo Gestão Danosa!" 
Casimiro Terêncio