segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
O que mudou desde 1615?..
"(…) mas outro cavaleiro poderia ter-te ouvido, e não gostar do que ouviu; porque nem todos os cavaleiros são corteses nem respeitosos: alguns são vis e insolentes. Nem todos os que se chamam cavaleiros o são completamente, que uns são de ouro autêntico, outros de ouro falso, e todos parecem cavaleiros, mas nem todos passam no toque da pedra da verdade. Homens vis há que rebentam por parecerem cavaleiros e cavaleiros nobres que parece que de propósito morrem por parecerem homens vis; e é preciso valer-nos do discernimento para distinguir estas duas espécies de cavaleiros, tão parecidos nos nomes e tão distintos nas acções.”
Miguel de Cervantes, In D. Quixote de La Mancha II
Miguel de Cervantes, In D. Quixote de La Mancha II
Interior...
Ontem foi domingo. Saí de casa com a intenção de dar um grande passeio para sacudir a nostalgia que se me colou às pernas...
Andei pelo interior de um País completamente deserto e desertificado.
No interior não há metropolitano. Não há caminho de ferro. Também não há autocarros. Há táxis.
Dou por mim a questionar-me como é que as pessoas destas terras fazem quando querem ir aos sítios...
Andei pelo interior de um País completamente deserto e desertificado.
No interior não há metropolitano. Não há caminho de ferro. Também não há autocarros. Há táxis.
Dou por mim a questionar-me como é que as pessoas destas terras fazem quando querem ir aos sítios...
domingo, 10 de fevereiro de 2019
A barra
Imagem via Fernando Curado |
...
Olha a sair a barra a galera Gentil
E a Anna a chorar p'lo João que parte p'ro Brazil!
Olha, acolá, no caes uma outra como chora:
É o marido, um ladrão, que vae «p'la barra fóra!»
E a Anna a chorar p'lo João que parte p'ro Brazil!
Olha, acolá, no caes uma outra como chora:
É o marido, um ladrão, que vae «p'la barra fóra!»
António Nobre, A Vida
sábado, 9 de fevereiro de 2019
Foi ausência do que fazer?..
Na falta do que fazer, o melhor era terem ficado sem fazer nada mesmo.
"Sejam honestos e comparem com o que já está feito da Requalificação! Era necessário intervir naquilo que era belo? Na minha opinião, quem decidiu esta Requalificação devia ser preso! Estragar dinheiro é Dolo, logo Gestão Danosa!"Casimiro Terêncio
Por onde anda a Ana Leal da TVI?..
Só tem olhos e ouvidos para a Festa do Avante e para a autarquia do Seixal?
O Carnaval é organizado pela Associação do Carnaval Buarcos/Figueira da Foz, com o apoio financeiro e logístico da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Imagem via DIÁRIO AS BEIRAS |
Medicridade imposta ou conveniente?...
E alguma vez foi diferente?..
No PSD, ou em qualquer outro partido, o que temos é "ausência de debate, total mediocridade, total desinteresse pelos problemas das populações, mas total preocupação com os joguinhos de poder."E, quem quer fazer carreira, tem de alinhar: não há espaço para "desafinar".
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Serviço público
(Então o que é que os romances fazem ao leitor comum?
Os romances dão ao leitor algo para ler.)
O escritor figueirense António Tavares, Prémio LeYa 2015, apresenta o seu quarto romance, “Homens de Pó”, no dia 14 deste mês, pelas 18H00, no Auditório Municipal da Figueira da Foz.O tema do novo livro do autor do “Coro dos defuntos” aborda a história de africanos negros que fugiu da guerra civil do seu país e se refugiou, em 1975, em pleno Verão Quente, em Portugal.
“O pó é terra e entra na história como uma metáfora, porque são homens que perderam a sua terra, mas, depois, aqui, trabalham na construção de estradas e arrastam consigo o pó nos pés de uma terra que não é a sua”, adiantou o escritor ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Gestão danosa
Uma análise, mais ou menos aturada do espólio deixado por mais de 20 anos de gestão autárquica socialista, pouco depois do 25 de Abril de 1974, até 1997, a que se seguiram 12 de PSD, e agora mais 10 anos de gestão do Alcaide Ataíde, leva-me a concluir pela saída possível: apresentar a alma da Figueira à insolvência.
A Figueira perdeu grande parte do seu rosto.
Não só no visível, mas, sobretudo, no essencial.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
2019 é o ano da despedida de CARLOS DO CARMO
Esteve mais de 57 anos em cima de palcos, com espectáculos por salas dos cinco continentes. Agora, aos 80 anos, Carlos do Carmo entende que é hora de terminar a carreira, mas não sem antes lançar um novo disco perto do final do ano e dois concertos nos Coliseus. OBRIGADO.
Que raio de democracia é esta?
Imagem sacadas do jornal AS BEIRAS |
Só que a partir de 14 Dezembro p.p. a exploração passou a reverter para um privado!
Por experiência própria, com o passar do tempo, fui dando conta que as virtudes da democracia estão inflacionadas. E os benefícios, para a maioria, idem, idem, aspas, aspas. Considero uma afronta e atitude vil a ingerência de certos países na vida de outros, procurando, à força de embargos, de bombas, ou de leis impostas pela força, torná-los democráticos.
A democracia não se impõe: cultiva-se e desenvolve-se. Como na conhecida história do ovo, a pressão tem de vir de dentro, para que sobreviva, não de fora, opressora e castradora.
Há países que não estão preparados para a democracia. Não reconhecer tal hipótese, é não somente ingénuo como perigoso.
Veja-se o caso de tantos países Africanos: de que lhes serviu a democracia até aqui?
E há ainda aqueles para quem a democracia pode não compensar o investimento. A democracia é cara...
A democracia, como podemos constatar pela maioria absolutíssima que detém o poder na Figueira, pode também significar o poder nas mãos de uma maioria democraticamente incompetente.
Reparem na imagem: um pequeno pormenor prova que uma foto diz mais do que mil palavras...
A Rua Voz da Justiça, na freguesia de Tavarede
Foto: Município da Figueira da Foz |
Uma obra considerada exemplar por parte do actual presidente de junta, Fernando Lopes, que veio dar resposta a problemas dos tavaredenses, ao nível do escoamento de águas pluviais e do saneamento.
O presidente da autarquia referiu tratar-se de mais uma obra que respeita o peão, em detrimento do trânsito automóvel, situação à qual o executivo é bastante sensível."
Confesso que, ao olhar para a foto, fiquei com muitas dúvidas
Eu sei que um dos problemas da Figueira de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as pessoas idiotas estão cheias de certezas!..
Na Figueira é a mesma coisa: desde que se tenha "pilim", as portas abrem-se...
Isaltino Morais na festa da SIC...
Fotografia: Tiago Miranda@Expresso |
Quem também não faltou ao certame foi Isaltino Morais, autarca lá do sítio, que, após vários anos de azáfama, durante os quais esteve preso, 14 meses numa prisão a sério e, posteriormente, no confortável conforto do lar, por crimes que são sobejamente conhecidos e que não o impediram de ganhar as autárquicas de 2017 com uma esmagadora maioria absoluta, viu a sua vida regressar à normalidade, como se nada tivesse acontecido.
Portugal é um lugar estranho. Um lugar estranho onde o ecossistema político, com a raríssima excepção de um ou outro robalo, levita sobre o plano terrestre, onde se movem os comuns mortais, em bicos de pés para que ninguém repare o quão acima das suas possibilidades vivem. Mas tudo está bem, quando acaba bem, não é mesmo?"
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