Conforme já deixei explícito
aqui, a Assembleia Municipal extraordinária, destinada a debater as obras na zona urbana, proposta pelo PSD para 20 de setembro,
ficou a uma assinatura da sua realização (conseguiu 13, do PSD, CDU e BE).
«Ficou claro que a maioria do PS não está disponível para esclarecer os figueirenses», frisou o líder dos deputados municipais social-democratas, Teotónio Cavaco.
Sei que, neste momento, em certos sectores da política local, existe uma enorme desilusão com um deputado municipal em particular:
Luís Ribeiro.
Talvez, porque
em maio do ano passado o deputado municipal (e líder da secção de Buarcos do PS) Luís Ribeiro votou ao lado do PSD, CDU e BE numa moção apresentada pelos social-democratas que defendia a inclusão do horto municipal no Parque de Campismo Municipal e a sua reclassificação como zona verde.
E, também, porque entendeu
"enquanto Figueirense" associar-se à iniciativa do
Movimento Parque Verde, pois
partilha integralmente a defesa do NOSSO Património natural: as árvores em causa estão - praticamente todas - onde devem estar!
Subserviência mais comum, em política, não é isto.
Subserviência mais comum, é a que aceita servilmente as diretrizes do mais forte, na convicção de que quanto mais se identificar com ele maiores são as hipóteses de beneficiar de um tratamento de favor.
É a lógica do “bom aluno”, no sentido mais pejorativo do conceito.
É a covardia política levada ao seu expoente máximo.
“O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. O povo está na miséria. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. O tédio invadiu as almas. A ruína económica cresce. O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. O Estado tem que ser considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo”...E, na Figueira, esta gentinha continua à frente das sondagens.
Figueirenses: eu não mereço esta gente que vocês escolhem por maioria absoluta...
É triste. Mas, o que vou vendo pela Figueira enfastia-me cada vez mais.
Das duas, uma: ou estou mais exigente; ou estou mais desiludido.
Talvez seja um pouco das duas, mas parece-me que a componente da desilusão prevalece.
Ou me engano muito, ou isto não augura nada de bom.